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quinta-feira, março 17, 2011
Medicina.:.Anatomia Endodôntica
ANATOMIA ENDODÔNTICA
1 - DIVISÃO
1.1 - Endodonto:
1.1.1 Dentina
1.1.2 Cavidade Pulpar
1.1.3 Polpa
1.2 - Periápice
1.2.1 Cemento Apical
1.2.2 Ligamento Periodontal Apical
1.2.3 Osso Alveolar Apical
1.1 - ENDODONTO
1.1.1 - Dentina
É o tecido que rodeia a polpa nas suas regiões coronária e radicular, formando as paredes da câmara pulpar e do conduto radicular, exceto no forame apical. É um tecido conjuntivo calcificado de origem mesenquimal, constituída por células e substâncias intercelular e figurada.
Sua cor é geralmente amarelada, apresenta-se mais dura que o osso e o cemento, e menos dura que o esmalte, pois é menos mineralizada que este.
A composição química da dentina é 30% de água e substâncias orgânicas (proteínas e proteoglicanas) e 70% de substância inorgânica (cristais de hidroxiapatita).
Tipos de dentina:
- Dentina primária, até a erupção do dente.
- Dentina secundária fisiológica (Aventícia)
- Dentina secundária reacional
- Dentina esclerosada
1.1.2 - Cavidade Pulpar
É o espaço no interior do dente, que aloja a polpa dental, e é limitado por dentina em toda a extensão, exceto ao nível do forame apical, onde teremos cemento.
A forma da cavidade pulpar é semelhante a anatomia externa do dente.
É dividido em duas porções: câmara pulpar e canal radicular
a) Câmara pulpar: é a parte da cavidade pulpar que corresponde à coroa do dente e, aloja a polpa coronária. Ela é delimitada pelas seguintes paredes:
- Parede incisal, oclusal ou teto: dentes anteriores - esta parede é reduzida a um bordo, devido a convergência de suas paredes; dentes posteriores - nestes já é uma parede, tem reentrâncias que correspondem às cúspides e são ocupadas por projeções da polpa (cornos pulpares).
- Parede Cervical ou Assoalho: parte oposta ao teto, orifício de entrada dos canais., superfície convexa, lisa e polida
Em dentes que têm apenas um canal, o assoalho não existe, a câmara pulpar se transforma gradualmente em canal radicular.
A câmara pulpar é delimitada por 6 paredes: teto, assoalho, vestibular, lingual, mesial, distal.
b) Canal radicular
É a parte da cavidade pulpar que corresponde a raiz do dente e aloja a polpa radicular. Acompanha mais ou menos a forma da raiz, porém não com a mesma regularidade, devido a deposição de dentina reacional.
O canal radicular inicia no assoalho da câmara pulpar e vai se afilando até o ápice, onde se abre por um orifício, o forame apical.
Dividido em terços: terço apical, terço médio, terço cervical.
- Canal Dentinário: suas paredes são de dentina e aloja a polpa redicular
- Canal cementário: suas paredes são de cemento, e o tecido que o preenche tem características histológicas do periodonto. Tem o seu menor diâmetro voltado para a união cemento-dentina-canal e o maior diâmetro voltado para a região periapical. Este não é o campo de ação do endodontista e deve ser respeitado.
- Limite CDC: separando estes dois segmentos temos o ponto de constrição máxima do canal, que é o ponto de união cemento-dentina-canal.
O canal cementário é preenchido pelo coto pulpar, que é o tecido que preenche o canal cementário. Se o dente apresenta vitalidade, a vitalidade do coto pulpar deve ser preservada no tratamento endodôntico, pois ele é importante no processo de reparo.
- Forame apical: é um bordo arredondado que separa a terminação do canal da superfície externa da raiz.
1.1.3 - Polpa Dental
A polpa dentária é um tecido conjuntivo frouxo que ocupa a cavidade interna do dente e é composta por células, vasos, nervos, fibras e substância intercelular. Ela é dividida em polpa coronária e redicular, correspondendo respectivamente à coroa e raíz do dente.
- Função Nutritiva
- Função Sensorial
- Função Defensiva
1.2 - PERIÁPICE
Dividido em: cemento, ligamento periodontal
1.2.1 - Cemento Apical
É um tecido que cobre as raízes dos dentes, desde a união amelocementária até o ápice.
Histologicamente temos dois tipos de cementos:
- Cemento acelular ou primário: sem células
- Cemento celular ou secundário: com células, sua localização é no terço apical. Este tipo de cemento é formado após a erupção do dente e também devido a demandas funcionais.
O cemento apical desempenha um papel importante no processo de reparo, pois é através dele que se consegue a obturação biológica do forame apical, (com tecido osteocementóide) ocorre metaplasia tecido fibroso mineralizado.
1.2.2 - Ligamento Periodontal
É composto por fibras principais e secundárias, vasos sanguíneos e linfáticos, células e nervos.
É um tecido conjuntivo que cerca as raízes dos dentes, ligando o dente ao alvéolo.
Sua origem é mesodérmica, deriva da camada interna do saco dental.
A disposição dos feixes de fibras principais proporciona elasticidade ao ligamento periodontal. Estas fibras têm um trajeto ondulado e, permitem uma ligeira movimentação do dente, quando este é submetido a esforços.
1.2.3 - Osso Alveolar Apical
Processo alveolar: é o osso que se estende a partir do corpo da maxila e da mandíbula, com o qual é contínuo, para formar o alvéolo que aloja a raiz dental. O processo alveolar é constituído de osso compacto (compactas) separado por um osso esponjoso (esponja ou diploe).
As paredes vestibulares e lingual são compostas por:
- compacta perióstica
- osso esponjoso
- compacta periodôntica
Os septos interdentais e interradiculares são compostas por:
- compacta periodôntica
- osso esponjoso
- compacta periodôntica
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Anotações e Apostilas do Curso de Especialização em Endodontia, PUC-PR - 1985
- BERBERT, Alceu; BRAMANTE, Clóvis Monteiro; BERNARDINELI, Norberti, Endodontia Prática - São Paulo, Sarvier - 1980
- CÖHEN, Stephen & BURNS, Richard C., Caminhos da Polpa, 2ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1982
- DEUS, Quintiliano Diniz de; Endodontia, 4ª ed. Rio de Janeiro, Medsi, 1986
- DIAS, Amaryllis et alii, Manual de Endodontia, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1980
- INGLE, John I. & BEVERIDGE, Endodontia, 2ª ed. Rio de Janeiro, Interamericana, 1979
- LEONARDO, Mário Roberto et alli, Endodontia, Tratamento de Canais Radiculares, São Paulo, Panamericana, 1982
Posted by
Júlio Barbosa
às
março 17, 2011
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Medicina
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