(1746-1792), líder da Inconfidência Mineira e primeiro mártir da independência, Joaquim José da Silva Xavier nasceu em Minas Gerais, filho do proprietário rural português Domingos da Silva Santos. Antes mesmo de freqüentar a escola, já havia aprendido a ler e escrever com a mãe. Órfão de mãe aos nove anos e de pai aos 15, ficou sob a tutela de um tio até a maioridade, quando resolveu conhecer o Brasil. Já adulto, foi tropeiro, mascate e dentista prático (daí o apelido); trabalhou em mineração e tentou a carreira militar, chegando ao posto de alferes no Regimento de Cavalaria Regular. Foi na tropa que Tiradentes entrou em contato com as idéias iluministas, que o entusiasmaram e inspirariam a Inconfidência Mineira, a primeira revolta no Brasil Colônia a manifestar claramente sua intenção de romper laços com Portugal, marcando o início do processo de emancipação política do Brasil. A revolta foi motivada ainda pela decisão da coroa de cobrar a derrama, um dívida em atraso desde 1762. A conspiração foi delatada por Joaquim Silvério dos Reis e todos os seus participantes foram presos. Sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador condenado à morte. Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo esquartejado e exposto em praça pública.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o único conspirador da Inconfidência Mineira condenado à morte pelo Estado português, que com sua punição exemplar procurava desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tornou-se mártir da Independência e da República. Ilustração do livro O Brasil da Independência, Documentos e Autographos, 1922. Acervo da Biblioteca Municipal Mário de Andrade Foto de Adi Leite/Folha Imagem.
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