Mercado de Capitais
Surgimento do BC
O Banco Central do Brasil, Autarquia federal integrante do sistema financeiro Nacional - SFN foi criado pela lei 4.595 de 31/12/64, iniciou suas atividades em 31 de março de 1965, para ser o agente da sociedade na busca da estabilidade do poder de compra da moeda nacional, viabilizando a proteção da poupança nacional, o fluxo de recursos do exterior, o estimulo a novos investimentos e a elevação dos padrões de produção e consumo da sociedade brasileira, zelar pela adequada liquidez da economia, manter as reservas internacionais do pais em níveis satisfatórios, assegurar a formação de poupança em níveis apropriados e promover o aperfeiçoamento do SFN.
Organograma
Diretoria
A Diretoria do Banco Central é um órgão de deliberação colegiada, composto por seu presidente e por diretores responsáveis pelas seguintes áreas:
Administração, Fiscalização, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Política Econômica e Política Monetária.
Estrutura
A estrutura administrativa interna está organizada em unidades especiais, centrais (formuladoras e operacionais) e regionais(executoras), competindo ao Presidente e a cada Diretor gerir um conjunto dessas unidades.
A Secretaria Executiva da Diretoria (SECRE) assessora os diretores pautando a troca de informações entre eles, agilizando o processo decisório e veiculando a comunicação de assuntos de interesse do Banco. A SECRE é composta pela Secretaria para Assuntos Administrativos, Secretaria para Assuntos da Diretoria e do Conselho Monetário Nacional, Secretaria para Assuntos Parlamentares e Secretaria de Relações Institucionais.
Diretamente vinculadas ao Presidente, as Delegacias Regionais são as representações do Banco Central nos diversos estados da federação, com vistas a assegurar maior rapidez e objetividade ás decisões, atender ao público que procura o BC em busca de informações por meio de uma equipe especialmente treinada para tal, garantir que as demandas que chegam ao Banco sejam encaminhadas devidamente e que as informações prestadas tenham a necessária precisão.
Essas regionais estão sediadas nas seguintes capitais do Pais:
Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Antes de sua criação, as autoridades monetárias brasileiras eram a Superintendência da moeda e do crédito - SUMOC, o Banco do Brasil - BB e o Tesouro Nacional, que em conjunto, exerciam funções típicas de um banco central paralelamente ao desempenho de suas atribuições próprias. No ato da criação do Banco Central, no entanto, não ocorreu o seu completo aprimoramento institucional, uma vez que, embora fosse o banco emissor, realizava as emissões em função das necessidades do Banco do Brasil e, conquanto fosse o banco dos bancos, não detinha com exclusividade os depósitos das instituições financeiras, que recolhiam suas reservas voluntárias ao Banco do Brasil, além de diversas outras disfunções.
Reordenamento
Em 1985 então, tomou-se a decisão de buscar o reordenamento financeiro governamental, com a separação das contas e funções do BC, Banco do Brasil e Tesouro Nacional. Já a partir de 1986, foi extinta a conta movimento, e o fornecimento de recursos do BC ao Banco do Brasil passou a ser raramente identificado nos orçamentos de ambas instituições, eliminando-se os suprimentos automáticos que prejudicavam a atuação do Banco Central.
Em um processo que se estendeu até 1988, as funções de autoridade monetária foram sendo transferidas progressivamente do Banco do Brasil para o BC, enquanto as atividades atípicas exercidas por esse último, como as relacionadas ao fomento e à administração da divida publica federal, foram transferidas para o Tesouro Nacional.
A constituição de 1988 consagra dispositivos importantes para a atuação do BC, como o do exercício exclusivo da competência da União para emitir moeda e o da necessidade de aprovação prévia pelo Senado Federal, em votação secreta, após argüição publica, dos designados pelo Presidente da República para os cargos de Presidente e Diretores. Além disso, vedou ao BC a concessão direta ou indireta de emprestimos ao Tesouro Nacional. A constituição de 1988 prevê ainda, em seu artigo 192, a elaboração de lei complementar do Sistema Financeiro Nacional, que deverá substituir a lei 4595, abrangendo vários e importantes aspectos da estruturação e atuação do Banco Central
Mercosul
tratado de Assunção, que foi assinado em 26.03.91, pelos presidentes do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, prevendo a constituição, ocorrida em 31.12.94, de um mercado - O Mercado Comum do Sul - Mercosul - entre os quatro países, estabelece que o Banco Central é membro do Grupo Mercado Comum, o qual, na qualidade de órgão executivo, coordena os trabalhos dos subgrupos técnicos.
Principais Atribuições
Satisfazer a demanda de dinheiro indispensável a atividade econômico financeira do Pais.
Manter o papel-moeda em circulação em boas e seguras condições de uso;
manter os valores em circulação ajustados a realidade econômica;
Formulação, execução e acompanhamento da política cambial e de relações financeiras com o exterior
Organização, disciplinamento e fiscalização do sistema financeiro Nacional e ordenamento do mercado financeiro
execução dos serviços do meio circulante.
Satisfazer a demanda de dinheiro indispensável a atividade econômico financeira do Pais;
Manter o papel-moeda em circulação em boas e seguras condições de uso;
Manter os valores em circulação ajustados a realidade economica, representano-os adequadamente sob a forma de cédulas e moedas;
Assegurar que as cédulas e moedas sejam oferecidas a sociedade a custos racionalizados, mas sob padrões de excelência, estética e técnica;
Assegurar que os valores sob gestão do MECIR sejam distribuídos aos estoques setoriais a custos racionalizados, sob convenientes padrões de segurança, tanto das operações de deslocamento, quanto das operações de guarda e estocagem locais;
Contribuir para a preservação da memória nacional, no campo dos meios de pagamento;
Formular normas aplicáveis aos serviços de meio circulante, bem como manter sistemas de controle operacional e de informação gerencial.
Acompanhar e controlar regimes especiais decretados pelo banco.
Conduzir e controlar os processos administrativos no âmbito da fiscalização
Zelar pela recuperação dos recursos da reserva monetária e do banco aplicados em decorrência de regime especial.
Zelar pelo cumprimento e aferir a eficácia das normas aplicáveis as instituições
Conhecer a situação economico-financeira das instituições
Suprir as áreas do banco com a informações necessárias a tomada de decisões
Buscar a otimização das atividades exercidas pela fiscalização
Contribuir para a formulação da política cambial
Zelar para o funcionamento regular do mercado de cambio
estabelecer condições para a execução da política cambial e o aperfeiçoamento do mercado de cambio
Subsidiar decisões de política econômica quanto as relações financeiras com o exterior.
Acompanhar as aplicações de capitais estrangeiros no pais e brasileiros no exterior
Assegurar condições adequadas aos fluxos de capitais com o exterior.
Gerenciar o passivo externo
Recuperar os créditos externos
Acompanhar o endividamento externo brasileiro
Gerenciar os contratos de restruturação da divida externa brasileira
atuar no sentido do adequado relacionamento institucional e financeiro com organismo internacionais.
participar dos processos de integração econômica e financeira com o exterior
Contribuir para o aperfeiçoamento dos sistemas de pagamentos internacionais e regionais.
Estimular a cooperação técnica e financeira com bancos centrais
Administrar as reservas internacionais, zelando pelo equilíbrio entre segurança, liquidez e rentabilidade
Conduzir as operações de cambio e ouro no mercado doméstico, no contexto da execução da política cambial do governo, bem como buscar o aperfeiçoamento desses mercados
Administrar a carteira de créditos internacionais do governo brasileiro
Formular normas aplicáveis ao sistema financeiro nacional
avaliar e aperfeiçoar as normas do sistema financeiro nacional
Assegurar a sociedade a transparência das informações referentes ao sistema financeiro nacional.
Buscar regulamentação prudência
A importância do Banco Central
Na economia globalizada de hoje, o pais que têm um BC independente e com técnicos no seu comando, consegue de forma ordenada administrar o seu fluxo de pagamentos e a manutenção de sua moeda evitando especulação, ultimamente está muito em evidencia os Bancos Centrais. com as recentes crises na Ásia:Russia, Corea do Sul, Japão e outros países do oriente, revelou-se ser de suma importância a presença de um Banco Central forte, não só para a estabilidade da moeda interna, como para à regularização e acompanhamento dos dinheiros externos.
A presença do BC tem se mostrado muito importante no mercado nacional, através do PROER garantiu a normalidade do mercado com a injeção de alguns bilhões de reais, com a finalidade de manter o sistema financeiro nacional e preservar as centenas de milhares de pessoas que tinham suas economias nessas instituições, eu mesmo sou testemunha, da importância dessa presença, o meu pai foi vitima da falta de um órgão regularizador do sistema financeiro nacional, a cerca de 30 anos atrás ele tinha uma poupança para adquirir um restaurante, aplicado no Banco Nacional, e um primo dele disse que o Banco Itabira estava pagando o dobro de juros, o meu pai juntamente com um grande numero de pessoas, retirou toda a poupança de sua vida para esse novo investimento, apenas uma semana depois os proprietários do Banco sumiram com todo o dinheiro dos clientes além dos funcionários que ficaram sem receber, assim sendo eu mais do que ninguém tenho no Banco Central, a certeza de termos hoje um sistema financeiro mais confiável, onde não só o grande investidor, mas qualquer pessoa tem as garantias que o governo federal através do Banco Central dá as instituições em operação. No momento há também a abertura do mercado financeiro, chegando mais uma instituição financeira estrangeira, o que trás para nós a saudável concorrência, com melhoria de serviços e diminuição de custos, além do aumento de empregos.
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quinta-feira, março 10, 2011
Economia.:.Mercado de Capitais
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Júlio Barbosa
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março 10, 2011
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Economia
Economia.:.Maquiavel
MACHIAVELLI, Niccolò
O PRÍNCIPE. Comentado por Napoleão
Bonaparte. Ed. Hemus. 1997. São Paulo
EXPLANAÇÃO SOBRE A OBRA
Esta obra, de Niccolò Maquiavelli, foi produzida no exílio, em meio a toda agitação política de seu tempo, causada por grandes Estados, como Milão, Veneza, o Papado, Florença e Nápoles. E, em meio às confusões existentes, Maquiavel participava ativamente nos acordos com as cortes estrangeiras e mesmo durante os 15 anos em que passou no exílio, a política sem foi sua dominante.
Neste trabalho, será retratado os assuntos políticos da época e a sistematização que Maquiavel tinha com seu amigo Vettori, e com toda a experiência que tivera em sua vida.
Apesar deste livro ser dirigido aos governantes, é perfeitamente aplicado ao homem do povo, para assim, aplicar-se à uma organização, pois é uma colocação sobre as verdadeiras intenções de um governante ambicioso.
Do início ao fim do livro, poderemos notar o diferente posicionamento, as hesitações e decisões ditadas pela força.
Um outro dado bastante constante em sua época, é a relação existente entre a política e a religião, onde as teorias medievais era teocráticas, enquanto que com o renascimento procura-se evitar a idéia de que o poder seria uma graça ou um favor divino, entretanto, embora ignorem a teocracia, não podem negar a idéia cristã, ou seja, “o poder político só é legítimo se for justo, e só será justo se estiver de acordo com a vontade de Deus”.
E é por esse lado, com relação ao pensamento político e teocrático que a obra de Maquiavel é destruidora e revolucionária. O poder maquiavélico refere-se a um poder que age secretamente, onde mantém suas intenções e finalidades desconhecidas, onde utilizam-se meios imorais, agressivos e perversos para atingirem seus objetivos.
Suas teorias eram formuladas com a experiência normal de seu tempo, pois viu muitas lutas, ascensão e queda de grandes cidades. A concepção dessas experiências conduziu a idéia de que uma nova sociedade tornara-se necessária. Seu pensamento político oferece novas respostas, onde alguns pontos são:
– Não admite um fundamento interior à política;
– Não aceita a idéia da comunidade constituída para o bem comum e a justiça;
– Recusa a figura do bom governo encarnada no príncipe portador de virtudes morais;
– Não aceita a divisão clássica da monarquia, aristocracia, democracia e suas formas corruptas. Para Maquiavel, o critério para avaliação de um líder, é a liberdade.
Para muitos, essa obra é considerada uma idéia lunática, atéia e satânica, pois, a idéia de que a finalidade da política é a tomada e conservação do poder e que este não provém de Deus, e nem de uma ordem natural feitas de hierarquias fixas, exigiu que os governantes justificassem a ocupação do poder assumido.
O “desenrolar” desta complicadíssima obra é o seguinte:
RESUMO (com nossas referências inclusas)
Segundo Maquiavel, todos os Estados que existiram ou existem são repúblicas ou principados, hereditários ou novos, estes conquistados ou recebidos.
Procura demonstrar como eles podem ser governados e preservados através dos atos dos antecessores mediante a contemporização ou pela retomada.
Os Estados conquistados, para que sejam suscetíveis à dominação, não podem Ter suas leis e impostos modificados, nem a presença da linguagem do antigo príncipe. Um recurso útil é ir habitá-lo, para tornar-se acessível ao povo em casos amistosos, tornando assim, próximo para ser amado ou odiado, conforme o caso.
Há dois modos de se governar: um príncipe auxiliado por ministros que no governo são apenas servos, concessão do seu senhor e por barões, que por tradição de sangue, possuem essa qualidade.
Quando são conquistados, por três modos se pode conservar-se a posse:
Arruiná-los;
Ir morar com eles;
Deixar que vivam com suas leis, arrecadando um tributo e criando um governo de poucos.
Um homem prudente deve escolher os trilhos já percorridos por outros homens, pois mesmo numa imitação falha, há muita coisa para ser aproveitada.
Os que, pela virtude, antes se fazem príncipes, conquistam com
dificuldade, mas com facilidade o conservam, atendendo a máxima de que todos os profetas armados vencem, ao passo que os desarmados fracassam. Contudo, há duas de tornar-se um príncipe: ( Atingir o principado pela maldade ou pelo favor dos conterrâneos. Quem se torna príncipe pelo voto popular precisa manter-se amigo do povo, quem obtém de outra forma precisa conquistar-lhes a amizade.
Os principados eclesiásticos são mais difíceis de serem conquistados, pois são pelo mérito ou pela fortuna, sustentam na rotina da religião. As principais bases que os Estados possuem: novos ou velhos, mistos ou não, são boas leis e bons princípios. Não existem boas leis onde não existam boas armas. As mercenárias e auxiliares são inúteis ou perigosas. Os príncipes de prudência repeliram sempre tais forças, antes perder com as suas que vencer auxiliados por outros.
Deve o príncipe não Ter outra finalidade nem outro pensamento, senão a guerra, seu regulamento e disciplina, pois é a única arte que se atribui a quem comanda.
O príncipe deve evitar a fama de avarento, que a custa dos outros se mantém; deve querer ser considerado piedoso e não cruel, deve empregar de modo conveniente esta piedade. É muito mais seguro ser temido que amado. Contudo, sem exceder-se, para não despertar o ódio. Um príncipe e sobretudo um novo, não pode seguir todas as coisas são obrigados os homens tidos como bons, sendo muitas vezes, para conservar o seu Estado, obrigado a agir contra a caridade, a fé, a humildade e a religião. Ele precisa Ter duas razões de receio: Uma de origem interna, da parte de seus súditos, outra de origem externa, da parte dos de fora. Não deve temer as conspirações se ele é querido do povo, porém se este é seu inimigo e o odeia deve temer a tudo e a todos.
É prudente não desarmar os seus súditos, mas armá-los, para que os defendam, exceto quando se trata de um Estado novo, recém conquistado. Quanto as fortalezas, são boas ou não, conforme as circunstâncias, mas a melhor fortaleza é não ser odiado pelo povo.
Deve um príncipe mostrar-se amante das virtudes e honrar aqueles que se destacam numa arte qualquer, pois está na observação dos homens que estão ao seu redor; já o ministro será bom se não pensar em si mesmo, mas no príncipe. Os conselhos, venham de onde vierem, nascem da prudência do príncipe, e não a prudência do príncipe de bons conselhos.
Pensa-se, naturalmente que as coisas do mundo são dirigidas pela fortuna e por Deus, de modo que a prudência não as corrige nem remedia.
Por outro lado, a doutrina suscitou a reação do antimaquiavelismo político consistente na necessidade de conciliação entre a norma política e moral.
Palmiro Sartorelli Neto ()
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O PRÍNCIPE. Comentado por Napoleão
Bonaparte. Ed. Hemus. 1997. São Paulo
EXPLANAÇÃO SOBRE A OBRA
Esta obra, de Niccolò Maquiavelli, foi produzida no exílio, em meio a toda agitação política de seu tempo, causada por grandes Estados, como Milão, Veneza, o Papado, Florença e Nápoles. E, em meio às confusões existentes, Maquiavel participava ativamente nos acordos com as cortes estrangeiras e mesmo durante os 15 anos em que passou no exílio, a política sem foi sua dominante.
Neste trabalho, será retratado os assuntos políticos da época e a sistematização que Maquiavel tinha com seu amigo Vettori, e com toda a experiência que tivera em sua vida.
Apesar deste livro ser dirigido aos governantes, é perfeitamente aplicado ao homem do povo, para assim, aplicar-se à uma organização, pois é uma colocação sobre as verdadeiras intenções de um governante ambicioso.
Do início ao fim do livro, poderemos notar o diferente posicionamento, as hesitações e decisões ditadas pela força.
Um outro dado bastante constante em sua época, é a relação existente entre a política e a religião, onde as teorias medievais era teocráticas, enquanto que com o renascimento procura-se evitar a idéia de que o poder seria uma graça ou um favor divino, entretanto, embora ignorem a teocracia, não podem negar a idéia cristã, ou seja, “o poder político só é legítimo se for justo, e só será justo se estiver de acordo com a vontade de Deus”.
E é por esse lado, com relação ao pensamento político e teocrático que a obra de Maquiavel é destruidora e revolucionária. O poder maquiavélico refere-se a um poder que age secretamente, onde mantém suas intenções e finalidades desconhecidas, onde utilizam-se meios imorais, agressivos e perversos para atingirem seus objetivos.
Suas teorias eram formuladas com a experiência normal de seu tempo, pois viu muitas lutas, ascensão e queda de grandes cidades. A concepção dessas experiências conduziu a idéia de que uma nova sociedade tornara-se necessária. Seu pensamento político oferece novas respostas, onde alguns pontos são:
– Não admite um fundamento interior à política;
– Não aceita a idéia da comunidade constituída para o bem comum e a justiça;
– Recusa a figura do bom governo encarnada no príncipe portador de virtudes morais;
– Não aceita a divisão clássica da monarquia, aristocracia, democracia e suas formas corruptas. Para Maquiavel, o critério para avaliação de um líder, é a liberdade.
Para muitos, essa obra é considerada uma idéia lunática, atéia e satânica, pois, a idéia de que a finalidade da política é a tomada e conservação do poder e que este não provém de Deus, e nem de uma ordem natural feitas de hierarquias fixas, exigiu que os governantes justificassem a ocupação do poder assumido.
O “desenrolar” desta complicadíssima obra é o seguinte:
RESUMO (com nossas referências inclusas)
Segundo Maquiavel, todos os Estados que existiram ou existem são repúblicas ou principados, hereditários ou novos, estes conquistados ou recebidos.
Procura demonstrar como eles podem ser governados e preservados através dos atos dos antecessores mediante a contemporização ou pela retomada.
Os Estados conquistados, para que sejam suscetíveis à dominação, não podem Ter suas leis e impostos modificados, nem a presença da linguagem do antigo príncipe. Um recurso útil é ir habitá-lo, para tornar-se acessível ao povo em casos amistosos, tornando assim, próximo para ser amado ou odiado, conforme o caso.
Há dois modos de se governar: um príncipe auxiliado por ministros que no governo são apenas servos, concessão do seu senhor e por barões, que por tradição de sangue, possuem essa qualidade.
Quando são conquistados, por três modos se pode conservar-se a posse:
Arruiná-los;
Ir morar com eles;
Deixar que vivam com suas leis, arrecadando um tributo e criando um governo de poucos.
Um homem prudente deve escolher os trilhos já percorridos por outros homens, pois mesmo numa imitação falha, há muita coisa para ser aproveitada.
Os que, pela virtude, antes se fazem príncipes, conquistam com
dificuldade, mas com facilidade o conservam, atendendo a máxima de que todos os profetas armados vencem, ao passo que os desarmados fracassam. Contudo, há duas de tornar-se um príncipe: ( Atingir o principado pela maldade ou pelo favor dos conterrâneos. Quem se torna príncipe pelo voto popular precisa manter-se amigo do povo, quem obtém de outra forma precisa conquistar-lhes a amizade.
Os principados eclesiásticos são mais difíceis de serem conquistados, pois são pelo mérito ou pela fortuna, sustentam na rotina da religião. As principais bases que os Estados possuem: novos ou velhos, mistos ou não, são boas leis e bons princípios. Não existem boas leis onde não existam boas armas. As mercenárias e auxiliares são inúteis ou perigosas. Os príncipes de prudência repeliram sempre tais forças, antes perder com as suas que vencer auxiliados por outros.
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Pensa-se, naturalmente que as coisas do mundo são dirigidas pela fortuna e por Deus, de modo que a prudência não as corrige nem remedia.
Por outro lado, a doutrina suscitou a reação do antimaquiavelismo político consistente na necessidade de conciliação entre a norma política e moral.
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Economia
Economia.:.Nazista
ECONOMIA ALEMÃ (1928-1939)
Desemprego na Alemanha (milhões)
1928 -JAN 1,862 1934 -JAN 3,773
-JUL 1,012 -JUL 2,426
1929 -JAN 2,850 1935 -JAN 2,974
-JUL 1,251 -JUL 1,754
1930 -JAN 3,218 1936 -JAN 2,520
-JUL 2,765 -JUL 1,170
1931 -JAN 4,887 1937 -JAN 1,853
-JUL 3,990 -JUL 0,563
1932 -JAN 6,042 1938 -JAN 1,052
-JUL 5,392 -JUL 0,218
1933 -JAN 6,014 1939 -JAN 0,302
-JUL 4,464 -JUL 0,038
Falências e Liquidações Mercantis na Alemanha (milhares)
1927 - 11,3 1932 - 20,3
1928 - 13,7 1933 - 9,5
1929 - 18,2 1934 - 7,0
1930 - 22,7 1935 - 6,8
1931 - 27,9 1936 - 5,9
J.K. Galbraith sobre a economia do nacional-socialismo
John Kenneth Galbraith é o mais respeitado dos economistas atuais. Em seu livro “A Era da Incerteza”, escreveu, no capitulo “A Revolução dos Mandarins”, à página 213 (destaques nossos):
A Experiência em Marcha
Os nazistas não eram dados a ler livros. Eles reagiam às circunstâncias e isso lhes serviu mais do que os sensatos economistas serviram à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos. A partir de 1933, Hitler tomava dinheiro emprestado e o aplicava, e o fez com liberalidade, como Keynes teria recomendado. Parecia ser a coisa mais indicada a fazer, dada a taxa de desemprego reinante. De início, os gastos foram mais voltados a obras públicas - ferrovias, canais, edifícios públicos, as famosas Autobahnen, ou super-rodovias. O controle do câmbio então impediu que os apavorados alemães enviassem dinheiro ao exterior, e quem tivesse uma renda crescente deixava de gastar muito na compra de coisas importadas.
O resultado foi exatamente o que um keynesiano poderia desejar. Em fins de 1935, o desemprego chegava ao fim na Alemanha. Em 1936, uma renda elevada estava forçando a alta dos preços ou, então, propiciando esta alta. Da mesma forma, os salários começavam a aumentar. Por isso, foi decretado um teto tanto para os preços como para os salários, e essa medida também deu certo. A Alemanha, em fins da década de 30, tinha EMPREGO PARA TODOS e preços PERFEITAMENTE ESTABILIZADOS. Isso constituía, no mundo industrializado, UM FEITO INTEIRAMENTE INÉDITO. (e nunca mais repetido...)
...
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1928 -JAN 1,862 1934 -JAN 3,773
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1929 -JAN 2,850 1935 -JAN 2,974
-JUL 1,251 -JUL 1,754
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-JUL 5,392 -JUL 0,218
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1931 - 27,9 1936 - 5,9
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John Kenneth Galbraith é o mais respeitado dos economistas atuais. Em seu livro “A Era da Incerteza”, escreveu, no capitulo “A Revolução dos Mandarins”, à página 213 (destaques nossos):
A Experiência em Marcha
Os nazistas não eram dados a ler livros. Eles reagiam às circunstâncias e isso lhes serviu mais do que os sensatos economistas serviram à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos. A partir de 1933, Hitler tomava dinheiro emprestado e o aplicava, e o fez com liberalidade, como Keynes teria recomendado. Parecia ser a coisa mais indicada a fazer, dada a taxa de desemprego reinante. De início, os gastos foram mais voltados a obras públicas - ferrovias, canais, edifícios públicos, as famosas Autobahnen, ou super-rodovias. O controle do câmbio então impediu que os apavorados alemães enviassem dinheiro ao exterior, e quem tivesse uma renda crescente deixava de gastar muito na compra de coisas importadas.
O resultado foi exatamente o que um keynesiano poderia desejar. Em fins de 1935, o desemprego chegava ao fim na Alemanha. Em 1936, uma renda elevada estava forçando a alta dos preços ou, então, propiciando esta alta. Da mesma forma, os salários começavam a aumentar. Por isso, foi decretado um teto tanto para os preços como para os salários, e essa medida também deu certo. A Alemanha, em fins da década de 30, tinha EMPREGO PARA TODOS e preços PERFEITAMENTE ESTABILIZADOS. Isso constituía, no mundo industrializado, UM FEITO INTEIRAMENTE INÉDITO. (e nunca mais repetido...)
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Economia.:.Bovespa
INTRODUÇÃO
BOVESPA
A Bolsa de Valores de Nova York gira mais de US$ 1 bilhão num dia normal de pregão, fechando o ano com qualquer coisa como 4% do Produto Nacional Bruto dos Estados Unidos. Um em cada dez americanos tem interesse direto nas cotações de ações e de commodities de seu país, seja comoinvestidores, como cotistas de fundos mútuos, ou como participantes de planos de pensão, individuais e de empresas.
A origens das Bolsas de Valores é bastante remota. Durante toda a Idade Média e até o século XVII, as operações de Bolsa resumiram-se á compra e venda de moedas, letras de câmbio e metais preciosos. A palavra Bolsa, no seu sentido comercial e financeiro, nasceu em Bruges, cidade lacustre da Bélgica, a Bourse de Paris foi implantada por Luís VII em 1141. Em 1698 foi fundada a Bolsa de Fundos Públicos de Londres, mas só no século XVIII estas instituições atingiram grande desenvolvimento, quando as exigências de crédito público obrigaram os banqueiros a fracionar os empréstimos em títulos de participação.
No Brasil, seu desenvolvimento está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da estrutura financeira do País, que se assentou basicamente sobre dois tipos de instituições: os bancos comerciais e as Bolsas de Valores. Antes do século XIX não se encontravam instituições organizadas, mas apenas indivíduos exercendo as funções de banqueiros ou corretores.
Em 13 de março de 1897 foi expedido o Decreto nº 2475, que veio a se constituir na espinha dorsal da legislação sobre Bolsas e Corretoras. Em São Paulo, em dezembro de 1894, foi aprovada uma tabela de corretagem para a embrionária Bolsa Livre de Valores, por ato do governo estadual. Este fato representou o passo inicial para a criação dos primeiros cargos de corretores de fundos públicos.Em 1897, o Governo Estadual instituía a Bolsa Oficial de títulos de São Paulo. Foi a partir das reformas que institucionalizaram o sistema financeiro nacional, iniciadas em 1964, que as Bolsas de Valores assumiram as características que hoje possuem.
Perseguindo mais o modelo norte-americano do que outros modelos europeus, as Bolsas de Valores brasileiras- as de São Paulo e Rio de Janeiro em especial- assumiram postura empresarial que as classifica, na atualidade, entre as instituições mais modernas do mundo. A organização interna das Bolsas volta-se para a divulgação instantânea de informações sobre o desenrolar das atividades de pregão, e da oferta de dados adicionais sobre as companhias cotadas.
As Bolsas de Valores são associações civis, sem fins lucrativos. Seu patrimônio é representado por títulos que pertencem ás sociedades corretoras membros. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa, mas estão sujeitas á supervisão da Comissão de Valores Mobiliarios e obedecem ás diretrizes e políticas emanadas do Conselho Monetário Nacional. Seus objetivos e atividades são:
*Manter local adequado á realização, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários.
*Criar e organizar os meios materiais, os recursos técnicos e as dependências administrativas necessárias a pronta, segura e eficiente realização e liquidação das operações efetuadas no recinto de negociação(pregão), entre outros.
A atividade do corretor (com esse nome ou o de cambista) começou na mais remota antiguidade, referia-se ás pessoas que se dedicavam a troca de moedas.
No Brasil, o corretor de fundos públicos atuou, e foi reconhecido como tal, desde os tempos de Império. Na República, o corretor, pessoa física, com caráter de ofício público vitalício, era nomeado pelo Presidente da República e sua indicação referenciada pelo Ministro da Fazenda, sendo exigidas condições especiais para o exercício do cargo.
A Lei de Mercado de Capitais extinguiu a figura do corretor de fundos públicos e instituiu as sociedades corretoras, instituições financeiras membros da Bolsa de Valores, constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
Pretendeu-se, também, a igualdade de condições legais para todo mercado de títulos no território nacional, o que não ocorria quando os corretores funcionavam como serventuários oficiais nas Bolsas estaduais. Houve, portanto, uma espécie de federalização das atividades das sociedades corretoras, que acompanhavam idêntica medida de federalização das Bolsas de Valores.
As sociedades corretoras estão sujeitas ás normas do Conselho Monetário Nacional, Banco Central e CVM. Seus objetivos são:
Operar com exclusividade em Bolsas de Valores.
Comprar, vender e distribuir títulos e valores mobiliários por conta de terceiros;
Formar e gerir, como líder ou participantes de consórcios para lançamento público;
Encarregar-se da administração de carteiras de valores e da custódia de títulos e valores mobiliários;
Encarregar-se da subscrição de títulos e valores mobiliários;
Promover o lançamento de títulos e valores mobiliários, públicos e particulares;
Instituir, organizar e administrar fundos mútuos de investimentos, bem como clube de investimentos;
Oganizar fundos de investimentos, sob a forma de sociedade anônima de capital autorizado;
Operar em open market e overnight, desde que especificamente credenciada pelo Banco Central do Brasil;
Intermediar operações no mercado de commodities;
Assessorar os clientes no processo de tomada de decisão.
Relacionamento investidor-corretora-Bolsa necessita ser especialmente formal, para conferir ás operações a segurança essencial á sua legitimação.
Os investidores podem emitir aos seus corretores vários tipos de ordens de compra e venda de ações. As mais comuns são: Mercado; Limitada; Casada; De financiamento; De stop; Para o dia; Prazo determinado; Em aberto.
Os investidores compram ações de companhias, em Bolsa, através das sociedades corretoras. O investidor emite uma ordem de compra e venda á sua corretora e esta se encarrega de executá-la no pregão. O operador, de posse das ordens de compra e de venda dos clientes de sua corretora, participa diretamente do pregão, apregoando seus negócios. As operações em Bolsa são remuneradas á base de comissões sobre os negócios efetuados.
Local mantido pelas Bolsas para a realização de negócios de compra e venda de títulos, principalmente ações, em mercado livre e aberto. O pregão é o principal recinto de uma Bolsa de Valores, e onde se realiza todo o seu processo operacional. Apesar de realizar-se dentro de uma sala de dimensões normais, o pregão é um mercado onde se efetuam milhares de negócios em um só dia, de forma segura, ágil e livre. No pregão encontram-se os fluxos de oferta e procura do mercado de ações. Milhares de pessoas que desejam comprar e vender ações estão aí representadas pelos operadores de Bolsa (os próprios corretores ou seus prepostos).
Sistemas de informações liga, através de terminais, o pregão de uma Bolsa aos pregões das demais Bolsas do País, ás sociedades corretoras dos diversos Estados, a bancos de investimento e investidores individuais.
Pregão pode ser organizado segundo os sistemas de negociaçãoexistentes:
Operadores ficam em volta de balcão circular, onde anunciam de viva voz suas ofertas de compra e venda. O diretor do pregão delimita intervalo de tempo para a negociação de cada título. Esgotado o tempo, o mesmo título só pode ser transacionado no final, em nova rodada, ou no dia seguinte. (Call System).
Negócios são realizados durante todo o período do pregão. O sistema é consagrado nas maiores Bolsas do País e estrangeiras, e permite efetuar grandes volumes de negócios (Trading Post).
Os negócios são realizados segundo quatro processos:
Negociação Comum- Realiza-se entre dois representantes. Apregoação de viva voz mensiona intenção de comprar e vender, o título, características, quantidade e preço unitário.
Negociação Direta- O mesmo operador é, simultâneamente, comprador e vendedor: comprador para um dos clientes de sua corretora e vendedor para outro. Apregoação é feita por um representante da Bolsa.
Negociação por Leilão- Semelhante a negociação direta. Ao ocorrer apregoação de compra e venda de grande quantidade, representante da Bolsa interfere colocando em leilão.
Negociação por Oferta- Realizada entre dois operadores, sendo um deles representado pelo posto de negociação que recebeu sua oferta.
Introduzido em 1990 e operado pela Bolsa de Valores de São Paulo, o CATS oferece um sistema de informações de mercado e instrumentos de análise de investimentos, contribuindo para que a Bolsa possa manter um sistema eficiente de negociações e funcinamento do mercado.
Á Vista: Compra e venda de lotes padronizados de ações, executadas a um preço estabelecido em determinado instante da sessão do pregão, ou através de sistemas eletrônicos de negociação.
A Termo: Compra e venda de ações, em sessão de pregão ou através de sistemas eletrônicos de negociação, a um preço fixado, para entrega numa data definida, entre 30 e 180 dias, a partir da data da negociação, daí resultando um contrato entre as partes.
Operações a Prazo-Conta Margem: No mercado de Bolsa as operações a prazo podem ser realizadas através da conta margem que é um mecanismo de crédito, operado pelas Corretoras, a seus clientes. Em verdade a conta-margem é uma operação extra-bolsa. A Corretora empresta a seu cliente dinheiro para comprar ações, ou ações para serem vendidas no mercado.
Operações a Futuro: Operação de futuro é aquela em que a prestação e a contra prestação são contemporâneas no futuro.
O outro mercado que não se liquida a vista ou contra entrega é o mercado de opções. No mercado de opções o que se negocia são direitos sobre ações. São direitos de uma parte comprar ou vender a outra, até uma determinada data, certa quantidade de ações a um preço preestabelecido, pagando-se de uma só vez o valor da opção.
Lançador: É quem vende a opção.
Titular: É que compra a opção.
Ação-Objeto: Ação a ser comprada ou vendida no dia de vencimento da opção.
Dia de Exercício: Dia de vencimento da opção.
Day Trade: Compra e venda de opções da mesma série, numa mesma sessão de pregão, na mesma Bolsa.
Dentro do Preço: Opção cujo preço de exercício é maior do que o preço a vista da ação-objeto; entre outros.
Em síntese, ao investidor no mercado de opções é dado lançar, fechar posições exercer, comprar e vender opções e ainda fazê-lo da forma day trade.
O Índice de ações são indicadores de variação de preços de mercado utilizados para a avaliação comparada de performance dos preços das ações para administradores e investidores. É ainda poderoso instrumento de avaliação nas negociações a futuro.
índice de ações mais conhecido no Brasil é o Índice BOVESPA. Calculado ininterruptamente há mais de 25 anos, em função do movimento da maior Bolsa do país, o BOVESPA, é importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações. O Índice BOVESPA é o valor atual em moeda do país de uma carteira teórica de ações, a partir de uma aplicação hipotética.
O sistema de difusão de informações das Bolsas de Valores brasileiras é, possivelmente, um dos mais avançados do mundo. As Bolsas utilizam quase todos os meios de comunicação disponíveis: correio, malotes, imprensa escrita, falada e televisada, telex e o teleprocessamento de dados com terminais de computadores on-line ou ligados a telex. Além disso, as Bolsas de Valores do Rio e de São Paulo estão ligadas na rede internacional Internet e por sistemas de E-mail.
As principais Bolsas de Valores do País, do Rio de Janeiro e de São Paulo, estão equipadas com o que há de mais moderno em teleprocessamento de dados. Todo o processo, desde o fechamento da operação até o momento da liquidação, é feito através do computador.
As duas Bolsas instalaram uma rede de terminais que opera on-line com o sistema central de computadores e permite a utilizaçãode um amplo sistema integrado de teleprocessamento, com unidades que podem ser distribuídas por todo o território nacional e memso no exterior.
As Bolsas de Valores são obrigadas a manter um Fundo de Garantia, com a finalidade de ressarcir os clientes de seus associados dos prejuízos que lhes sejam ocasionados por ato doloso ou culposo dos membros da entidade.
INTRODUÇÃO
BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuros)
A BMF é um mercado fascinante, onde é possível comprar sem ter dinheiro e vender sem ter mercadoria; em que menos de 2% das operações são líquidas pela entrega efetiva do bem transacionado; onde a especulação, mais do que tolerada ou desejável, é imprescindível.Em nenhum outro mercado, ganham-se ou perdem-se fortunas com tanta facilidade, tudo isso é o mercado de futuros, até recentemente denominado de commodities.(mercadorias).
Muitas pessoas relutam em negociar com futuros, por acreditar que seus mecanismos sejam mais complicados do que na realidade o são. Depois vale esclarecer os detalhes de um mercado extremamente interessante, repleto de perspectivas operacionais de alta rentabilidade e motivação.
O princípio básico das negociações a futuro- contrate agora, acerte depois- é muito antigo. Apesar do declinio de civilizações, os princípios básicos de mercado central sobreviveram a Idade Média. Um pouco mais de tempo e duas outras grandes áreas de comércio firmaram-se: no Norte da Itália, e na França, logo surgiram agentes beneficiando-se, da oportunidade de geração de lucros em operações a termo- com entrega da mercadoria em época posterior ao fechamento do negócio. É no Japão feudal, do século XVII que está o primeiro caso registrado de comércio organizado a futuro.
Nos Estados Unidos do início do século passado, todos os anos assistia-se a um problema de grandes proporções econômicas. É que os fazendeiros, chegando, ao mesmo tempo, aos poucos mercados regionais existentes, carregados de grão ou de reses, geravam excesso de oferta com relação á demanda imediata ou de curto prazo. Por outro lado, ocorria também o inverso: em anos de quebra de safras ou de escassez de carne, os suprimentos exauriam-se, os preços disparavam e as pessoas passavam fome nas cidades.
Com a guerra civil e o agravamento dos problemas de oferta e demanda, surgiu o estímulo ao desenvolvimento de contratos a futuro. Desenvolveu-se, então, o hedge, para minimizar o risco puro.
A Chicago Board of Trade e a Chicago Mercantile Exchange foram a grande força por detrás dos esforços legislativos para melhoria de estradas, instalações portuárias, armazéns e transportes, além de terem contribuído enormemente para a fixação e aceitação plena, até em nível internacional, de padrões de qualidade e unidades de medida. A partir da consolidação das bolsas de Chicago, da consiliação das experiências japonesas e européias e do surgimento de novas necessidades e orientações econômicas, foi-se delineando, com clareza e rapidez, o atual panorama do mercado mundial de futuros:
já não se contratam futuros apenas de mercadorias ou produtos primários, evolui-se para a negociação com metais, moedas estrangeiras, petróleo e outros;
não se fala em mercadorias ou commodities, e sim, simplismente em futuros;
os contratos mais movimentados geram quase sempre, como subprodutos, contratos de opções;
as bolsas especializam-se em certos contratos futuros, baseadas em sua experiência, seus instituidores e investidores, seu marketing ou nas características da economia da microrregião em que se situam.
As principais características do mercados de futuros resultam da análise da definição e da natureza dos contrato nele operados, um contrato de futuro é o compromisso legalmente exigível de entregar ou receber determinada quantidade ou qualidade de uma commodity, pelo preço combinado na bolsa de futuros, no momento em que o contrato é executado.Os contratos são compensados através ou de uma divisão específica das bolsas de futuros ou de uma empresa autônoma, prestadora de serviços de compensação.
Cada contrato para comprar ou vender no futuro, especifica a quantidade exata de bens de qualidade predeterminada- o que significa que tais contratos são intercambiáveis, podendo ser rapidamente negociados entre compradores e vendedores.
As características mais importantes do mercado de futuros são também facilmente aprendidas quando se o compara ao mercado de capitais, momento em que fica evidente que as diferenças entre ambos são muito maiores do que suas semelhanças. O principal propósito do mercado de ações é assistir á formação de capital; as commodities são em geral de oferta incerta; os contrato futuros são altamente alavancados, os títulos e papéis de mercado não; o mercado de futuros está sujeito a alterações de preços muito mais rápidas do que no mercado de capitais; no mercado de futuro utilizam-se limites de preço e de posições, nenhum deles existe nos mercados de ações e de capitais; não há limites sobre o número total de contratos que podem ser efetuados; o mercado de futuros é mais competitivo. Outra grande e peculiar característica do mercado de futuros é a coexistência, de duas figuras exponenciais de participantes: o hedger e o especulador. Aquele não existe sem este, e vice-versa, e o mercado não se forma nem evolui sem qualquer dos dois.
As bolsas têm de ser participantes ativas e fortes incentivadoras do desenvolvimento dos futuros. Cabe as bolsas em primeiro lugar, buscar a todo o tempo a formatação contratual mais conveniente para novas commodities e ativos financeiros, de modo que surjam novas oportunidades para hedgers e especuladores.
Depois as bolsas precisam estar sempre alertas e prontas a adaptar os contratos futuros em vigor ás novas condições ou exigências do mercado, para que a bolsa de futuros cumpra a contento seu importantíssimo papel, deve:
dialogar permanentemente com o governo e as autoridades institucionais, buscando soluções para situações que afetem os futuros;
manter a disposição de seus membros e dos interessados em geral, departamentos, câmaras ou áreas especializadas por commodity, esclarecendo dúvidas e prestando informações;
oferecer assessoria jurídica e juízo arbitral a seus membros e aos interessados em geral.
Câmara de compensação, trata-se de uma entidade-chave para o mercado, que tranforma o que não passaria de simples contrato a termo em contratos a futuro de alta liquidez. As câmaras de compensação realizam duas funções primórdias; primeiro, tentam assegurar a integridade financeira das transações a futuro, seja garantindo diretamente alguns contratos, seja estabelecendo um elaborado mecanismo auto-regulável, para manter a saúde das finanças de todos os seus associados, os agentes ou membros da compensação; segundo, como as câmaras de compensação tornam-se parte de todos os contratos a futuros, oferecem um meio muito simples e conveniente para seu ajuste e sua liquidação: a compensação por diferença. A câmara de compensação do mercado de futuros atua, na prática, como a vendedora de todos os compradores e a compradora de todos os vendedores.
Para alguém liquidar por compensação financeira sua posição a futuro, seja comprada seja vendida, é necessário que assuma outra posição no mesmo contrato, igual e contrária, mas os valores dos contratos oscilam diariamente. Daí o ajuste diário, cujo objetivo principal é a manutenção, a cada dia , dos valores das posições compradas e vendidas de qualquer contrato nos exatos níveis em que foram negociados. E cabe á câmara de compensação pagar o ajuste, a quem tenha a receber, e cobrar o ajuste, de quem tem a pagar.
orgão regulador do mercado de futuros dos Estados Unidos, a Commodities Futures Trading Commision- CFTC, define os intermediários de mercado de futuros como indivíduos, associações, sociedades, corporações ou grupos, engajados na aceitação ou no repasse de ordens de compra ou de venda de uma commodity, para entrega futura em bolsa autorizada, segundo as regras de tal instituição, que recebem somas em dinheiro, títulos de crédito ou bens reais, ou abrem crédito para margear, garantir ou assegurar todos os negócios ou contratos que resultam, ou possam resultar, da execução de ordens.
Tanto hedgers como especulador entram no mercado para conseguir lucros e , assim fazendo, acabam por assumir riscos, portanto, em último análise, os dois especulam. O que usualmente se define como especulação- ou seja, posições compradas ou vendidas em contratos futuros, é especulação nas alterações nos nívei de preços. Por outro lado, o que se identifica como hedge- isto é, posições compradas no físico e vendidas no futuro, ou vice-versa, é especulação nas relações entre os preços. Hedge e especulações não são opostos, ao contrário, são conceitualmente similares, constituindo-se, tão-somente, em espécies diferentes de especulação.
Hedge significa contrabalançar a compra e venda de um título, através da venda ou da compra de ouro. Fazer hedge é gerenciar, administrar o risco, conseguir quase um seguro de preço para o bem ou ativo transacionado. O entendimento da base pode ser uma das mais importantes ferramentas do hedger. A base dá o tom ao mercado, oferecendo ao hedger auxílio precioso para descobrir quando deverá vender commodities no disponível ou quando o relacionamento entre os preços dos mercados favorecerá, ao contrário, a venda de contrato futuros.
O especulador julga e age segunda padrões de comportamento tipicamente humanos. O especulador é como qualquer pessoa, sujeito a emoções e influências alheias ao racional, por isso mesmo ele erra muito. A New York Stock Exchange, principal bolsa de valores do mundo, define especulador como “aquele que se dispõe a assumir um risco relativamente alto, em contrapartida a uma expectativa de ganho”.Os especuladores são os que , dependendo de suas previsões acerca dos movimentos dos preços futuros, ou compram ou vendem contratos futuros. O especulador quase nunca tem qualqer interesse em ser proprietário ou possuir a commodity física. Ele compra um contrato quando sua análise de preço sugere um movimento ascendente, esperando fazer, mais tarde, uma venda, pelo melhor preço, e proporcione lucro. Ao contrário, ele vende um contrato quando seus prognósticos indicam redução de preço, dependendo, por conseguinte, fazer uma compra compensatória pelo menor preço, e, obter o lucro.
O especulador, nos mercados futuros, executa diversas funções econômicas fundamentais, que facilitam a produção, o processamento e o marketing das commodities básicas. Ele proporciona ao hedger tanto a oportunidade de transferência de risco quanto a liquidez, para comprar ou vender grandes volumes com facilidade.
Com efeito, o especulador avalia o movimento provável dos preços e aventura seu capital de risco, com o propósito de auferir lucros.
Uma primeira forma de classificar os especuladores é segundo o tipo de posição que assumem. Por esse critério, existem especuladores short (vendidos) e long (comprados). Depois os especuladores podem classificados segundo o tamanho, o volume ou a expressão monetária das posições que detêm. Nesse caso, existemespeculadores grandes e pequenos. Em terceiro lugar, é possível classificar os especuladores segundo o critério de previsão de preços que utilizam para assumir posições. Entre as classificações mais convenientes e elucidativas para distinguir as qualidades ou espécies de especuladores, encontra-se a que os agrupa e determina segundo o espaço de tempo que permanecem com a posição assimida.
Scalper (escalpelador) é o especulador que tem por técnica negociar baseado em flutuações mínimas. Já o day trader permanece com a posição por tempo superior ao do scalper- mas, normalmente, por não mais do que um dia. Por último, o position trader é o especulador que carrega suas posições por um período maior: dias, semanas ou meses.
Um investidor prudente deve considerar a possibilidade de se estar formando uma tendência favorável; deve antecipar o tamanho do movimento potencial; e deve planejar a alocação específica de parte de seu capital operacional. No mercado de futuros, a alavancagem e os riscos são ilimitados, uma vez que é perfeitamente possível operar sem qualquer dispêndio inicial.
Cada contrato de commodity negociado no Brasil exige a prestação de determinado depósito, ou margem original. Acontece que essa margem pode ser coberta ou ofertada por carta de fiança bancária. Assim, se alguém tiver a sorte de realizar exclusivamente lucros, o único pagamento que precisará fazer será o da taxa cobrada pelo banco em troca do compromisso por assinatura.
Há duas grandes escolas de análise do mercado de futuros: a Fundamentalista e a Técnica. O fundamentalista utiliza informação econômico-histórica para estabelecer uma curva de preços de oferta e procura. O técnico pode fazer as mesmas avaliações a cerca do verdadeiro valor econômico de uma commodity, mas emprega técnica diferente, para tirar vantagens dos movimentos de preços. O trabalho de análise do fundamentalismo externa-se em relatórios-pareceres e o técnico, em gráficos. Em geral plotados por computadores.
Investir em commodities diferentes usualmente resulta em mudanças menores na conta corrente total de lucros e perdas, essa política praticamente garante ao investidor estar em pelo menos uma tendência favorável de mercado, embora possa haver perdas com algumas commodities, os lucros com outras amortecerão o impacto negativo.
A volatilidade é a qualidade do movimento de preços em certo período de tempo. Quanto maior a variacão de preços no período considerado, maior a volatilidade. Fica evidente que as commodities com maior volatilidade são a de maior alavancagem e potencial de lucros e, por conseguinte, de perdas.
Os especuladores experietes recomendam que parcela substancial do capital nunca deve ser arriscada numa única operação. Os especuladores bem-sucedidos também sugerem que acréscimos á posição inicial sejam feitos exclusivamente quando esta se tenha mostrado correta e gerado lucro financeiro. Trata-se, em última análise, de calcular o volume de capital necessário para operar uma única commodity, independentemente do método, técnica ou sistema empregado, isso porque a taxa de retorno sobre o capital, estará na razão direta da projeção efetuada.
Para obter êxito em qualquer especulação, você precisa, primeiro, estabelecer sólida base operacional e determinar normas. O numerário do especulador para operar em futuros deve ser dinheiro que ele possa perder sem que arrisque o bem-estar de sua família ou que altere sue padrão de vida, nenhum especulador tem sucesso sempre, e ele tem que estar ciente disto.
Há ocasiões em que a incerteza dos outros participantes, a indefinição da política nacional ou a necessidade de esclarecimentos sobre certos fatos internacionais faz com que o mercado fique inseguro e perigoso, é óbvio que, nesses casos, é melhor o investidor ficar de fora.
O investidor tem sempre que possuir uma reserva de capital de investimento, tanto em sua conta de futuro como fora dela. Trata-se de um ponto básico para preservação de um julgamento isento, que é indispensável para a especulação bem-sucedida.
O problema é que ninguém começa intencionalmente a deixar os prejuízos crescer e a limitar os lucros. Mas se o investidor não se fixar rigorozamente a certos procedimentos operacionais, descobrirá que fez, sem meditar, exatamente isso. O segredo do sucesso no mercado de futuros é encarrar o ano operacional com lucros maiores do que as perdas, o total de dólares e centavos auferido como lucro contra o total de dólares e centavos realizado como prejuízo.
O investidor deve apurar o intervalo de preços de uma tendência, observar a extenção dos movimentos de contratendência que venham a acontecer e escolher seu preço de stop longe o bastante de tal intervalo. E, conforme o mercado se mover a favor do investidor, o ponto de stop também deverá ser movido ao longo da tendência, para proteger o lucro em ascensão.
Ao contrário de lutar contra a tendência, é mais lúcido observar seu movimento e procurar enxergar sua extenção e seu ciclo, para pular fora antes dos outros.
É bom não ser muito afoito no mercado de futuros e atentar para dois conselhos dos investidores mais experientes: não acresça sua posição, a menos que os contratos anteriores tenham demonstrado lucros; e não adicione a sua posição original, em momento algum, mais contratos do que os que possuí.
Os especuladores mais sofisticados, aqueles que não se incomodam e até procuram vender a descoberto, sejam os que mais ganham dinheiro nas operações a futuro. No mercado de futuros, o investidor sentir-se tão livre para vender a descoberto quanto para comprar a descoberto.
Pesquisas do governo confirmam a impressão geral de que o especulador sem sofisticação é mais afeito a estar long do que short, mas demonstram igualmente que as posições short tendem a ser mais rentáveis.
BIBLIOGRAFIA
FORBES, Luiz F., ‘Mercados Futuros: Uma Introdução’ Editora Bolsa de Mercadorias & Futuros.
RUDGE, Luiz Fernando & CAVALCANTE, Francisco, “Mercado de Capitais”- terceira edição, CNBV ( Comissão Nacional de Bolsas de Valores).
BOVESPA
A Bolsa de Valores de Nova York gira mais de US$ 1 bilhão num dia normal de pregão, fechando o ano com qualquer coisa como 4% do Produto Nacional Bruto dos Estados Unidos. Um em cada dez americanos tem interesse direto nas cotações de ações e de commodities de seu país, seja comoinvestidores, como cotistas de fundos mútuos, ou como participantes de planos de pensão, individuais e de empresas.
A origens das Bolsas de Valores é bastante remota. Durante toda a Idade Média e até o século XVII, as operações de Bolsa resumiram-se á compra e venda de moedas, letras de câmbio e metais preciosos. A palavra Bolsa, no seu sentido comercial e financeiro, nasceu em Bruges, cidade lacustre da Bélgica, a Bourse de Paris foi implantada por Luís VII em 1141. Em 1698 foi fundada a Bolsa de Fundos Públicos de Londres, mas só no século XVIII estas instituições atingiram grande desenvolvimento, quando as exigências de crédito público obrigaram os banqueiros a fracionar os empréstimos em títulos de participação.
No Brasil, seu desenvolvimento está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da estrutura financeira do País, que se assentou basicamente sobre dois tipos de instituições: os bancos comerciais e as Bolsas de Valores. Antes do século XIX não se encontravam instituições organizadas, mas apenas indivíduos exercendo as funções de banqueiros ou corretores.
Em 13 de março de 1897 foi expedido o Decreto nº 2475, que veio a se constituir na espinha dorsal da legislação sobre Bolsas e Corretoras. Em São Paulo, em dezembro de 1894, foi aprovada uma tabela de corretagem para a embrionária Bolsa Livre de Valores, por ato do governo estadual. Este fato representou o passo inicial para a criação dos primeiros cargos de corretores de fundos públicos.Em 1897, o Governo Estadual instituía a Bolsa Oficial de títulos de São Paulo. Foi a partir das reformas que institucionalizaram o sistema financeiro nacional, iniciadas em 1964, que as Bolsas de Valores assumiram as características que hoje possuem.
Perseguindo mais o modelo norte-americano do que outros modelos europeus, as Bolsas de Valores brasileiras- as de São Paulo e Rio de Janeiro em especial- assumiram postura empresarial que as classifica, na atualidade, entre as instituições mais modernas do mundo. A organização interna das Bolsas volta-se para a divulgação instantânea de informações sobre o desenrolar das atividades de pregão, e da oferta de dados adicionais sobre as companhias cotadas.
As Bolsas de Valores são associações civis, sem fins lucrativos. Seu patrimônio é representado por títulos que pertencem ás sociedades corretoras membros. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa, mas estão sujeitas á supervisão da Comissão de Valores Mobiliarios e obedecem ás diretrizes e políticas emanadas do Conselho Monetário Nacional. Seus objetivos e atividades são:
*Manter local adequado á realização, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários.
*Criar e organizar os meios materiais, os recursos técnicos e as dependências administrativas necessárias a pronta, segura e eficiente realização e liquidação das operações efetuadas no recinto de negociação(pregão), entre outros.
A atividade do corretor (com esse nome ou o de cambista) começou na mais remota antiguidade, referia-se ás pessoas que se dedicavam a troca de moedas.
No Brasil, o corretor de fundos públicos atuou, e foi reconhecido como tal, desde os tempos de Império. Na República, o corretor, pessoa física, com caráter de ofício público vitalício, era nomeado pelo Presidente da República e sua indicação referenciada pelo Ministro da Fazenda, sendo exigidas condições especiais para o exercício do cargo.
A Lei de Mercado de Capitais extinguiu a figura do corretor de fundos públicos e instituiu as sociedades corretoras, instituições financeiras membros da Bolsa de Valores, constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
Pretendeu-se, também, a igualdade de condições legais para todo mercado de títulos no território nacional, o que não ocorria quando os corretores funcionavam como serventuários oficiais nas Bolsas estaduais. Houve, portanto, uma espécie de federalização das atividades das sociedades corretoras, que acompanhavam idêntica medida de federalização das Bolsas de Valores.
As sociedades corretoras estão sujeitas ás normas do Conselho Monetário Nacional, Banco Central e CVM. Seus objetivos são:
Operar com exclusividade em Bolsas de Valores.
Comprar, vender e distribuir títulos e valores mobiliários por conta de terceiros;
Formar e gerir, como líder ou participantes de consórcios para lançamento público;
Encarregar-se da administração de carteiras de valores e da custódia de títulos e valores mobiliários;
Encarregar-se da subscrição de títulos e valores mobiliários;
Promover o lançamento de títulos e valores mobiliários, públicos e particulares;
Instituir, organizar e administrar fundos mútuos de investimentos, bem como clube de investimentos;
Oganizar fundos de investimentos, sob a forma de sociedade anônima de capital autorizado;
Operar em open market e overnight, desde que especificamente credenciada pelo Banco Central do Brasil;
Intermediar operações no mercado de commodities;
Assessorar os clientes no processo de tomada de decisão.
Relacionamento investidor-corretora-Bolsa necessita ser especialmente formal, para conferir ás operações a segurança essencial á sua legitimação.
Os investidores podem emitir aos seus corretores vários tipos de ordens de compra e venda de ações. As mais comuns são: Mercado; Limitada; Casada; De financiamento; De stop; Para o dia; Prazo determinado; Em aberto.
Os investidores compram ações de companhias, em Bolsa, através das sociedades corretoras. O investidor emite uma ordem de compra e venda á sua corretora e esta se encarrega de executá-la no pregão. O operador, de posse das ordens de compra e de venda dos clientes de sua corretora, participa diretamente do pregão, apregoando seus negócios. As operações em Bolsa são remuneradas á base de comissões sobre os negócios efetuados.
Local mantido pelas Bolsas para a realização de negócios de compra e venda de títulos, principalmente ações, em mercado livre e aberto. O pregão é o principal recinto de uma Bolsa de Valores, e onde se realiza todo o seu processo operacional. Apesar de realizar-se dentro de uma sala de dimensões normais, o pregão é um mercado onde se efetuam milhares de negócios em um só dia, de forma segura, ágil e livre. No pregão encontram-se os fluxos de oferta e procura do mercado de ações. Milhares de pessoas que desejam comprar e vender ações estão aí representadas pelos operadores de Bolsa (os próprios corretores ou seus prepostos).
Sistemas de informações liga, através de terminais, o pregão de uma Bolsa aos pregões das demais Bolsas do País, ás sociedades corretoras dos diversos Estados, a bancos de investimento e investidores individuais.
Pregão pode ser organizado segundo os sistemas de negociaçãoexistentes:
Operadores ficam em volta de balcão circular, onde anunciam de viva voz suas ofertas de compra e venda. O diretor do pregão delimita intervalo de tempo para a negociação de cada título. Esgotado o tempo, o mesmo título só pode ser transacionado no final, em nova rodada, ou no dia seguinte. (Call System).
Negócios são realizados durante todo o período do pregão. O sistema é consagrado nas maiores Bolsas do País e estrangeiras, e permite efetuar grandes volumes de negócios (Trading Post).
Os negócios são realizados segundo quatro processos:
Negociação Comum- Realiza-se entre dois representantes. Apregoação de viva voz mensiona intenção de comprar e vender, o título, características, quantidade e preço unitário.
Negociação Direta- O mesmo operador é, simultâneamente, comprador e vendedor: comprador para um dos clientes de sua corretora e vendedor para outro. Apregoação é feita por um representante da Bolsa.
Negociação por Leilão- Semelhante a negociação direta. Ao ocorrer apregoação de compra e venda de grande quantidade, representante da Bolsa interfere colocando em leilão.
Negociação por Oferta- Realizada entre dois operadores, sendo um deles representado pelo posto de negociação que recebeu sua oferta.
Introduzido em 1990 e operado pela Bolsa de Valores de São Paulo, o CATS oferece um sistema de informações de mercado e instrumentos de análise de investimentos, contribuindo para que a Bolsa possa manter um sistema eficiente de negociações e funcinamento do mercado.
Á Vista: Compra e venda de lotes padronizados de ações, executadas a um preço estabelecido em determinado instante da sessão do pregão, ou através de sistemas eletrônicos de negociação.
A Termo: Compra e venda de ações, em sessão de pregão ou através de sistemas eletrônicos de negociação, a um preço fixado, para entrega numa data definida, entre 30 e 180 dias, a partir da data da negociação, daí resultando um contrato entre as partes.
Operações a Prazo-Conta Margem: No mercado de Bolsa as operações a prazo podem ser realizadas através da conta margem que é um mecanismo de crédito, operado pelas Corretoras, a seus clientes. Em verdade a conta-margem é uma operação extra-bolsa. A Corretora empresta a seu cliente dinheiro para comprar ações, ou ações para serem vendidas no mercado.
Operações a Futuro: Operação de futuro é aquela em que a prestação e a contra prestação são contemporâneas no futuro.
O outro mercado que não se liquida a vista ou contra entrega é o mercado de opções. No mercado de opções o que se negocia são direitos sobre ações. São direitos de uma parte comprar ou vender a outra, até uma determinada data, certa quantidade de ações a um preço preestabelecido, pagando-se de uma só vez o valor da opção.
Lançador: É quem vende a opção.
Titular: É que compra a opção.
Ação-Objeto: Ação a ser comprada ou vendida no dia de vencimento da opção.
Dia de Exercício: Dia de vencimento da opção.
Day Trade: Compra e venda de opções da mesma série, numa mesma sessão de pregão, na mesma Bolsa.
Dentro do Preço: Opção cujo preço de exercício é maior do que o preço a vista da ação-objeto; entre outros.
Em síntese, ao investidor no mercado de opções é dado lançar, fechar posições exercer, comprar e vender opções e ainda fazê-lo da forma day trade.
O Índice de ações são indicadores de variação de preços de mercado utilizados para a avaliação comparada de performance dos preços das ações para administradores e investidores. É ainda poderoso instrumento de avaliação nas negociações a futuro.
índice de ações mais conhecido no Brasil é o Índice BOVESPA. Calculado ininterruptamente há mais de 25 anos, em função do movimento da maior Bolsa do país, o BOVESPA, é importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações. O Índice BOVESPA é o valor atual em moeda do país de uma carteira teórica de ações, a partir de uma aplicação hipotética.
O sistema de difusão de informações das Bolsas de Valores brasileiras é, possivelmente, um dos mais avançados do mundo. As Bolsas utilizam quase todos os meios de comunicação disponíveis: correio, malotes, imprensa escrita, falada e televisada, telex e o teleprocessamento de dados com terminais de computadores on-line ou ligados a telex. Além disso, as Bolsas de Valores do Rio e de São Paulo estão ligadas na rede internacional Internet e por sistemas de E-mail.
As principais Bolsas de Valores do País, do Rio de Janeiro e de São Paulo, estão equipadas com o que há de mais moderno em teleprocessamento de dados. Todo o processo, desde o fechamento da operação até o momento da liquidação, é feito através do computador.
As duas Bolsas instalaram uma rede de terminais que opera on-line com o sistema central de computadores e permite a utilizaçãode um amplo sistema integrado de teleprocessamento, com unidades que podem ser distribuídas por todo o território nacional e memso no exterior.
As Bolsas de Valores são obrigadas a manter um Fundo de Garantia, com a finalidade de ressarcir os clientes de seus associados dos prejuízos que lhes sejam ocasionados por ato doloso ou culposo dos membros da entidade.
INTRODUÇÃO
BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuros)
A BMF é um mercado fascinante, onde é possível comprar sem ter dinheiro e vender sem ter mercadoria; em que menos de 2% das operações são líquidas pela entrega efetiva do bem transacionado; onde a especulação, mais do que tolerada ou desejável, é imprescindível.Em nenhum outro mercado, ganham-se ou perdem-se fortunas com tanta facilidade, tudo isso é o mercado de futuros, até recentemente denominado de commodities.(mercadorias).
Muitas pessoas relutam em negociar com futuros, por acreditar que seus mecanismos sejam mais complicados do que na realidade o são. Depois vale esclarecer os detalhes de um mercado extremamente interessante, repleto de perspectivas operacionais de alta rentabilidade e motivação.
O princípio básico das negociações a futuro- contrate agora, acerte depois- é muito antigo. Apesar do declinio de civilizações, os princípios básicos de mercado central sobreviveram a Idade Média. Um pouco mais de tempo e duas outras grandes áreas de comércio firmaram-se: no Norte da Itália, e na França, logo surgiram agentes beneficiando-se, da oportunidade de geração de lucros em operações a termo- com entrega da mercadoria em época posterior ao fechamento do negócio. É no Japão feudal, do século XVII que está o primeiro caso registrado de comércio organizado a futuro.
Nos Estados Unidos do início do século passado, todos os anos assistia-se a um problema de grandes proporções econômicas. É que os fazendeiros, chegando, ao mesmo tempo, aos poucos mercados regionais existentes, carregados de grão ou de reses, geravam excesso de oferta com relação á demanda imediata ou de curto prazo. Por outro lado, ocorria também o inverso: em anos de quebra de safras ou de escassez de carne, os suprimentos exauriam-se, os preços disparavam e as pessoas passavam fome nas cidades.
Com a guerra civil e o agravamento dos problemas de oferta e demanda, surgiu o estímulo ao desenvolvimento de contratos a futuro. Desenvolveu-se, então, o hedge, para minimizar o risco puro.
A Chicago Board of Trade e a Chicago Mercantile Exchange foram a grande força por detrás dos esforços legislativos para melhoria de estradas, instalações portuárias, armazéns e transportes, além de terem contribuído enormemente para a fixação e aceitação plena, até em nível internacional, de padrões de qualidade e unidades de medida. A partir da consolidação das bolsas de Chicago, da consiliação das experiências japonesas e européias e do surgimento de novas necessidades e orientações econômicas, foi-se delineando, com clareza e rapidez, o atual panorama do mercado mundial de futuros:
já não se contratam futuros apenas de mercadorias ou produtos primários, evolui-se para a negociação com metais, moedas estrangeiras, petróleo e outros;
não se fala em mercadorias ou commodities, e sim, simplismente em futuros;
os contratos mais movimentados geram quase sempre, como subprodutos, contratos de opções;
as bolsas especializam-se em certos contratos futuros, baseadas em sua experiência, seus instituidores e investidores, seu marketing ou nas características da economia da microrregião em que se situam.
As principais características do mercados de futuros resultam da análise da definição e da natureza dos contrato nele operados, um contrato de futuro é o compromisso legalmente exigível de entregar ou receber determinada quantidade ou qualidade de uma commodity, pelo preço combinado na bolsa de futuros, no momento em que o contrato é executado.Os contratos são compensados através ou de uma divisão específica das bolsas de futuros ou de uma empresa autônoma, prestadora de serviços de compensação.
Cada contrato para comprar ou vender no futuro, especifica a quantidade exata de bens de qualidade predeterminada- o que significa que tais contratos são intercambiáveis, podendo ser rapidamente negociados entre compradores e vendedores.
As características mais importantes do mercado de futuros são também facilmente aprendidas quando se o compara ao mercado de capitais, momento em que fica evidente que as diferenças entre ambos são muito maiores do que suas semelhanças. O principal propósito do mercado de ações é assistir á formação de capital; as commodities são em geral de oferta incerta; os contrato futuros são altamente alavancados, os títulos e papéis de mercado não; o mercado de futuros está sujeito a alterações de preços muito mais rápidas do que no mercado de capitais; no mercado de futuro utilizam-se limites de preço e de posições, nenhum deles existe nos mercados de ações e de capitais; não há limites sobre o número total de contratos que podem ser efetuados; o mercado de futuros é mais competitivo. Outra grande e peculiar característica do mercado de futuros é a coexistência, de duas figuras exponenciais de participantes: o hedger e o especulador. Aquele não existe sem este, e vice-versa, e o mercado não se forma nem evolui sem qualquer dos dois.
As bolsas têm de ser participantes ativas e fortes incentivadoras do desenvolvimento dos futuros. Cabe as bolsas em primeiro lugar, buscar a todo o tempo a formatação contratual mais conveniente para novas commodities e ativos financeiros, de modo que surjam novas oportunidades para hedgers e especuladores.
Depois as bolsas precisam estar sempre alertas e prontas a adaptar os contratos futuros em vigor ás novas condições ou exigências do mercado, para que a bolsa de futuros cumpra a contento seu importantíssimo papel, deve:
dialogar permanentemente com o governo e as autoridades institucionais, buscando soluções para situações que afetem os futuros;
manter a disposição de seus membros e dos interessados em geral, departamentos, câmaras ou áreas especializadas por commodity, esclarecendo dúvidas e prestando informações;
oferecer assessoria jurídica e juízo arbitral a seus membros e aos interessados em geral.
Câmara de compensação, trata-se de uma entidade-chave para o mercado, que tranforma o que não passaria de simples contrato a termo em contratos a futuro de alta liquidez. As câmaras de compensação realizam duas funções primórdias; primeiro, tentam assegurar a integridade financeira das transações a futuro, seja garantindo diretamente alguns contratos, seja estabelecendo um elaborado mecanismo auto-regulável, para manter a saúde das finanças de todos os seus associados, os agentes ou membros da compensação; segundo, como as câmaras de compensação tornam-se parte de todos os contratos a futuros, oferecem um meio muito simples e conveniente para seu ajuste e sua liquidação: a compensação por diferença. A câmara de compensação do mercado de futuros atua, na prática, como a vendedora de todos os compradores e a compradora de todos os vendedores.
Para alguém liquidar por compensação financeira sua posição a futuro, seja comprada seja vendida, é necessário que assuma outra posição no mesmo contrato, igual e contrária, mas os valores dos contratos oscilam diariamente. Daí o ajuste diário, cujo objetivo principal é a manutenção, a cada dia , dos valores das posições compradas e vendidas de qualquer contrato nos exatos níveis em que foram negociados. E cabe á câmara de compensação pagar o ajuste, a quem tenha a receber, e cobrar o ajuste, de quem tem a pagar.
orgão regulador do mercado de futuros dos Estados Unidos, a Commodities Futures Trading Commision- CFTC, define os intermediários de mercado de futuros como indivíduos, associações, sociedades, corporações ou grupos, engajados na aceitação ou no repasse de ordens de compra ou de venda de uma commodity, para entrega futura em bolsa autorizada, segundo as regras de tal instituição, que recebem somas em dinheiro, títulos de crédito ou bens reais, ou abrem crédito para margear, garantir ou assegurar todos os negócios ou contratos que resultam, ou possam resultar, da execução de ordens.
Tanto hedgers como especulador entram no mercado para conseguir lucros e , assim fazendo, acabam por assumir riscos, portanto, em último análise, os dois especulam. O que usualmente se define como especulação- ou seja, posições compradas ou vendidas em contratos futuros, é especulação nas alterações nos nívei de preços. Por outro lado, o que se identifica como hedge- isto é, posições compradas no físico e vendidas no futuro, ou vice-versa, é especulação nas relações entre os preços. Hedge e especulações não são opostos, ao contrário, são conceitualmente similares, constituindo-se, tão-somente, em espécies diferentes de especulação.
Hedge significa contrabalançar a compra e venda de um título, através da venda ou da compra de ouro. Fazer hedge é gerenciar, administrar o risco, conseguir quase um seguro de preço para o bem ou ativo transacionado. O entendimento da base pode ser uma das mais importantes ferramentas do hedger. A base dá o tom ao mercado, oferecendo ao hedger auxílio precioso para descobrir quando deverá vender commodities no disponível ou quando o relacionamento entre os preços dos mercados favorecerá, ao contrário, a venda de contrato futuros.
O especulador julga e age segunda padrões de comportamento tipicamente humanos. O especulador é como qualquer pessoa, sujeito a emoções e influências alheias ao racional, por isso mesmo ele erra muito. A New York Stock Exchange, principal bolsa de valores do mundo, define especulador como “aquele que se dispõe a assumir um risco relativamente alto, em contrapartida a uma expectativa de ganho”.Os especuladores são os que , dependendo de suas previsões acerca dos movimentos dos preços futuros, ou compram ou vendem contratos futuros. O especulador quase nunca tem qualqer interesse em ser proprietário ou possuir a commodity física. Ele compra um contrato quando sua análise de preço sugere um movimento ascendente, esperando fazer, mais tarde, uma venda, pelo melhor preço, e proporcione lucro. Ao contrário, ele vende um contrato quando seus prognósticos indicam redução de preço, dependendo, por conseguinte, fazer uma compra compensatória pelo menor preço, e, obter o lucro.
O especulador, nos mercados futuros, executa diversas funções econômicas fundamentais, que facilitam a produção, o processamento e o marketing das commodities básicas. Ele proporciona ao hedger tanto a oportunidade de transferência de risco quanto a liquidez, para comprar ou vender grandes volumes com facilidade.
Com efeito, o especulador avalia o movimento provável dos preços e aventura seu capital de risco, com o propósito de auferir lucros.
Uma primeira forma de classificar os especuladores é segundo o tipo de posição que assumem. Por esse critério, existem especuladores short (vendidos) e long (comprados). Depois os especuladores podem classificados segundo o tamanho, o volume ou a expressão monetária das posições que detêm. Nesse caso, existemespeculadores grandes e pequenos. Em terceiro lugar, é possível classificar os especuladores segundo o critério de previsão de preços que utilizam para assumir posições. Entre as classificações mais convenientes e elucidativas para distinguir as qualidades ou espécies de especuladores, encontra-se a que os agrupa e determina segundo o espaço de tempo que permanecem com a posição assimida.
Scalper (escalpelador) é o especulador que tem por técnica negociar baseado em flutuações mínimas. Já o day trader permanece com a posição por tempo superior ao do scalper- mas, normalmente, por não mais do que um dia. Por último, o position trader é o especulador que carrega suas posições por um período maior: dias, semanas ou meses.
Um investidor prudente deve considerar a possibilidade de se estar formando uma tendência favorável; deve antecipar o tamanho do movimento potencial; e deve planejar a alocação específica de parte de seu capital operacional. No mercado de futuros, a alavancagem e os riscos são ilimitados, uma vez que é perfeitamente possível operar sem qualquer dispêndio inicial.
Cada contrato de commodity negociado no Brasil exige a prestação de determinado depósito, ou margem original. Acontece que essa margem pode ser coberta ou ofertada por carta de fiança bancária. Assim, se alguém tiver a sorte de realizar exclusivamente lucros, o único pagamento que precisará fazer será o da taxa cobrada pelo banco em troca do compromisso por assinatura.
Há duas grandes escolas de análise do mercado de futuros: a Fundamentalista e a Técnica. O fundamentalista utiliza informação econômico-histórica para estabelecer uma curva de preços de oferta e procura. O técnico pode fazer as mesmas avaliações a cerca do verdadeiro valor econômico de uma commodity, mas emprega técnica diferente, para tirar vantagens dos movimentos de preços. O trabalho de análise do fundamentalismo externa-se em relatórios-pareceres e o técnico, em gráficos. Em geral plotados por computadores.
Investir em commodities diferentes usualmente resulta em mudanças menores na conta corrente total de lucros e perdas, essa política praticamente garante ao investidor estar em pelo menos uma tendência favorável de mercado, embora possa haver perdas com algumas commodities, os lucros com outras amortecerão o impacto negativo.
A volatilidade é a qualidade do movimento de preços em certo período de tempo. Quanto maior a variacão de preços no período considerado, maior a volatilidade. Fica evidente que as commodities com maior volatilidade são a de maior alavancagem e potencial de lucros e, por conseguinte, de perdas.
Os especuladores experietes recomendam que parcela substancial do capital nunca deve ser arriscada numa única operação. Os especuladores bem-sucedidos também sugerem que acréscimos á posição inicial sejam feitos exclusivamente quando esta se tenha mostrado correta e gerado lucro financeiro. Trata-se, em última análise, de calcular o volume de capital necessário para operar uma única commodity, independentemente do método, técnica ou sistema empregado, isso porque a taxa de retorno sobre o capital, estará na razão direta da projeção efetuada.
Para obter êxito em qualquer especulação, você precisa, primeiro, estabelecer sólida base operacional e determinar normas. O numerário do especulador para operar em futuros deve ser dinheiro que ele possa perder sem que arrisque o bem-estar de sua família ou que altere sue padrão de vida, nenhum especulador tem sucesso sempre, e ele tem que estar ciente disto.
Há ocasiões em que a incerteza dos outros participantes, a indefinição da política nacional ou a necessidade de esclarecimentos sobre certos fatos internacionais faz com que o mercado fique inseguro e perigoso, é óbvio que, nesses casos, é melhor o investidor ficar de fora.
O investidor tem sempre que possuir uma reserva de capital de investimento, tanto em sua conta de futuro como fora dela. Trata-se de um ponto básico para preservação de um julgamento isento, que é indispensável para a especulação bem-sucedida.
O problema é que ninguém começa intencionalmente a deixar os prejuízos crescer e a limitar os lucros. Mas se o investidor não se fixar rigorozamente a certos procedimentos operacionais, descobrirá que fez, sem meditar, exatamente isso. O segredo do sucesso no mercado de futuros é encarrar o ano operacional com lucros maiores do que as perdas, o total de dólares e centavos auferido como lucro contra o total de dólares e centavos realizado como prejuízo.
O investidor deve apurar o intervalo de preços de uma tendência, observar a extenção dos movimentos de contratendência que venham a acontecer e escolher seu preço de stop longe o bastante de tal intervalo. E, conforme o mercado se mover a favor do investidor, o ponto de stop também deverá ser movido ao longo da tendência, para proteger o lucro em ascensão.
Ao contrário de lutar contra a tendência, é mais lúcido observar seu movimento e procurar enxergar sua extenção e seu ciclo, para pular fora antes dos outros.
É bom não ser muito afoito no mercado de futuros e atentar para dois conselhos dos investidores mais experientes: não acresça sua posição, a menos que os contratos anteriores tenham demonstrado lucros; e não adicione a sua posição original, em momento algum, mais contratos do que os que possuí.
Os especuladores mais sofisticados, aqueles que não se incomodam e até procuram vender a descoberto, sejam os que mais ganham dinheiro nas operações a futuro. No mercado de futuros, o investidor sentir-se tão livre para vender a descoberto quanto para comprar a descoberto.
Pesquisas do governo confirmam a impressão geral de que o especulador sem sofisticação é mais afeito a estar long do que short, mas demonstram igualmente que as posições short tendem a ser mais rentáveis.
BIBLIOGRAFIA
FORBES, Luiz F., ‘Mercados Futuros: Uma Introdução’ Editora Bolsa de Mercadorias & Futuros.
RUDGE, Luiz Fernando & CAVALCANTE, Francisco, “Mercado de Capitais”- terceira edição, CNBV ( Comissão Nacional de Bolsas de Valores).
Posted by
Júlio Barbosa
às
março 10, 2011
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Economia
Economia.:.Plano Real
Plano Real
O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos para combater casos de inflação crônica. Combinaram-se condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o Governo brasileiro lançasse, ainda no final de 1993, as bases de um programa de longo prazo. Organizado em etapas, o plano resultaria no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição da antiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994.
A partir daí, a inflação foi dominada sem congelamentos de preços, confisco de depósitos bancários ou outros artificialismos da heterodoxia econômica. Em conseqüência do fim da inflação, a economia brasileira voltou a crescer rapidamente, obrigando o Ministério da Fazenda a optar por uma política de restrição à expansão da moeda e do crédito, de forma a garantir que, na etapa seguinte, o Brasil possa registrar taxas de crescimento econômico auto-sustentáveis, viabilizando a retomada do crescimento com distribuição da renda.
Nas páginas seguintes você encontra um resumo dos antecedentes históricos que levaram o Governo Federal a editar, no final de junho de 1994, o conjunto de medidas econômicas que ficariam conhecidas como Plano Real. Você pode acessar essa retrospectiva na opção Histórico, que contém o texto original da Exposição de Motivos que o então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, encaminhou ao então presidente da República, Itamar Franco.
Finalmente, você encontra neste trabalho uma área específica para os resultados do Plano Real onde são apresentados os números referentes à inflação, às políticas monetária, fiscal e cambial e ao desempenho da economia brasileira na vigência do plano de estabilização:
•Balanço dos doze meses do Real
•Vinte meses do Plano Real
•Vinte e dois meses do Plano Real
•Vinte e quatro meses do Plano Real
•Vinte e seis meses do Plano Real
Histórico
Neste ítem você encontra os documentos com as fundamentações teóricas e os antecedentes históricos do Plano Real. O primeiro documento é o Programa de Ação Imediata (PAI), elaborado em julho de 1993, já sob a coordenação do então Ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso. O PAI contém as primeiras medidas econômicas destinadas a "preparar a casa" para enfrentar a ameaça da hiperinflação, um ano antes do lançamento do Plano Real. O segundo é a Exposição de Motivos da Medida Provisória do Real, encaminhada em 30 de junho de 1994 ao então presidente da República, Itamar Franco. Assinada por vários ministros, apresenta as razões para a edição da MP do Real, publicada no Diário Oficial da União no dia primeiro de julho de 1994, já com força de lei, e posteriormente confirmada com pequenas alterações pelo Congresso. 1 . Programa de Ação Imediata (PAI)
2. Exposição de Motivos da Medida Provisória do Real
Medidas recentes
Aqui você obtém algumas das medidas mais recentes tomadas pelo Governo Federal, dando continuidade ao programa de estabilização da economia brasileira. O primeiro documento disponível nesta área é a exposição de motivos enviada pelos ministros ao presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no dia primeiro de julho de 1995, encaminhando a Medida Provisória da Desindexação submetida ao Congresso. O segundo são a Medida Provisória e a Exposição de Motivos publicadas em 08 de agosto, que oferecem aos governadores opções de restruturação para os bancos estaduais. 1. Exposição de Motivos da Medida Provisória da Desindexação
2. Medida Provisória dos bancos estaduais
Balanço dos 12 meses do Real
O Plano Real completou no dia 1º de julho de 1995 o seu décimo segundo mês de existência. Chegou-se ao primeiro aniversário do Real com uma taxa de inflação em torno de 2% ao mês, um sinal incontestável de que este é o plano de estabilização econômica mais bem-sucedido entre todos até hoje tentados no país. A taxa de inflação que, em junho de 1994, estava ao redor de 50% ao mês, baixou para taxa mensal em torno de 1,7% nos primeiros seis meses de 1995. Há quase um quarto de século o Brasil não experimentava taxas tão baixas de inflação para o período janeiro-junho de um mesmo ano. Índices de Preço (%) --------------------------------------------------------------
| período | IGP-DI | IGP-M | IPC-FIPE | IPC-r | INPC |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| 94/ jun. | 46,60 | 45,21 | 50,75 | ------ | 48,24 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| jul. | 5,47 | 4,33 | 6,95 | 6,08 | 7,75 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| ago. | 3,34 | 3,94 | 1,95 | 5,46 | 1,85 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| set. | 1,55 | 1,75 | 0,82 | 1,51 | 1,40 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| out. | 2,55 | 1,82 | 3,17 | 1,86 | 2,82 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| nov. | 2,47 | 2,85 | 3,02 | 3,27 | 2,96 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| dez. | 0,57 | 0,84 | 1,25 | 2,19 | 1,70 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| 95/ jan. | 1,36 | 0,92 | 0,80 | 1,67 | 1,44 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| fev. | 1,15 | 1,39 | 1,32 | 0,99 | 1,01 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| mar. | 1,81 | 1,12 | 1,92 | 1,41 | 1,62 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| abr. | 2,30 | 2,10 | 2,64 | 1,92 | 2,49 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| maio | 0,40 | 0,58 | 1,97 | 2,57 | 2,10 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| junho | 2,62 | 2,46 | 2,66 | 1,82 | 2,18 |
--------------------------------------------------------------
IGP-DI: Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna, apurado pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro.
IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado, da FGV.
IPC-FIPE: Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (FIPE), Universidade de São Paulo (USP).
IPC-r: Índice de Preços ao Consumidor do Real (deixou de ser apurado desde o dia
1º de julho deste ano).
INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).
Tomando-se a média dos cinco índices publicados por diferentes institutos de pesquisa, a taxa de inflação acumulada havia chegado a 758,59% no primeiro semestre de 1994. Isso representou uma inflação média mensal de 43,1%, equivalente a uma taxa anual de 7.271,84%. No segundo semestre de 1994 a taxa de inflação acumulada foi de 18,72% (uma média mensal de 2,9% entre os cinco índices mais conhecidos). Deve-se considerar, ao analisar a evolução das taxas, que os índices de julho e de agosto de 1994 ainda estavam "contaminados" pela inflação do cruzeiro real observada em junho e até em maio imediatamente anteriores. A taxa de inflação acumulada em julho e em agosto de 1994 foi de 9,66%. No entanto, isso não reflete, de forma alguma, o tamanho da perda do poder aquisitivo do Real naqueles dois primeiros meses do plano. A partir de setembro de 1994, quando se tem a primeira inflação "descontaminada" do efeito estatístico, verifica-se que a taxa acumulada do último quadrimestre de 1994 foi de 8,31%, com a taxa mensal tendo se situado no nível de 2,02%. No primeiro semestre de 1995, a taxa média acumulada dos cinco índices de preços chegou a 10,57%, equivalendo a uma inflação média mensal de 1,69% no período. O quadro abaixo mostra a evolução da inflação em 1994 e 1995, em termos médios, segundo o comportamento dos cinco índices de preços mais conhecidos: Evolução da Inflação (%) ------------------------------------------------------------------------
| | IGP-DI | IGP-M | IPC- |IPC-r | INPC | MÉDIA | M.M.A.*|
| | | | FIPE | | | | |
|Variação | | | | | | | |
|Acumulada | | | | | | | |
|jul/93-jun/94 |5.153,5 |4.852,9|5.167,3| 0,00 |5.167,3|5.083,48|5.083,48|
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|1º semestre/94| 763,48 | 732,26|780,18 | 0,00 |759,15 | 758,59 |7.271,84|
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|jul-ago/94 | 8,90 | 8,44| 9,40 |11,87 | 9,74 | 9,66 | 73,93 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|set-dez/94 | 7,32 | 7,45| 8,50 | 9,12 | 9,17 | 8,31 | 27,06 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|2º semestre/94| 16,97 | 16,52| 18,30 |22,07 | 19,81 | 18,72 | 40,94 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|1º semestre/95| 10,02 | 8,87| 11,84 |10,83 | 11,33 | 10,57 | 22,26 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|set/94-jun/95 | 18,07 | 16,98| 21,35 |20,94 | 21,54 | 19,76 | 24,16 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|jul/94-jun/95 | 28,69 | 26,85| 32,31 |35,29 | 33,39 | 31,27 | 31,27 |
------------------------------------------------------------------------
*- média mensal anualizada de todos os índices
A questão relevante que se coloca para o Governo e para os mercados - que operam sempre na base do forward-looking, olhando para frente, como deve ser - diz respeito não ao fato de a inflação acumulada nos primeiros seis meses de 1995 ter sido da ordem de 10,57%, mas à tendência para os próximos meses. Alguns analistas, sempre que um determinado índice de preços mostra uma taxa mensal mais elevada do que o mês imediatamente anterior, projetam tendência altista de inflação, o que nem sempre se confirma. Isso aconteceu em outubro e em novembro do ano passado, quando as taxas de inflação apresentaram-se ligeiramente acima do resultado de setembro. Vários analistas chegaram a prever taxas de inflação de 5% para dezembro e até maiores para janeiro de 1995. Um aumento que não se materializou. Do mesmo modo, as projeções de inflação mais alta para maio, de até 3% ou além disto, não se confirmaram. A partir das informações já disponíveis sobre a inflação ocorrida até junho, em termos de média acumulada dos diferentes índices de preços, a taxa de inflação projetada para todo o ano de 1995 é da ordem de 22%. No entanto, não se deve tomar essa projeção como uma meta do Governo, mas como uma finalidade plausível. Esse objetivo depende de uma série de ações necessárias à continuidade do programa de estabilização, como as reformas constitucionais, a retomada do programa de privatização e a reestruturação do Estado que garantam a melhor eficiência da economia brasileira e um profundo e definitivo ajuste fiscal. Vale notar que, considerando-se as séries históricas para o IGP-DI, a taxa de inflação para o primeiro semestre de 1995 é a mais baixa desde 1973. Nos últimos 35 anos - entre 1961 e 1995 - a economia brasileira vivenciou taxas de inflação inferiores aos níveis atuais, para o primeiro semestre do ano somente em 1969, 1970, 1972 e 1973. A nova moeda trouxe um substancial ganho para o trabalhador. Além de o salário deixar de ser corroído mensalmente pela inflação, as classes de renda mais baixas foram favorecidas pelo aumento de 54% no valor do salário mínimo - passou de R$ 64,79, em julho de 1994, para R$ 100,00, em maio de 1995 - e pela queda de cerca de 5% no valor da cesta básica, ocorrida nos últimos 12 meses. A combinação desses fatores redundou em expressivo crescimento do poder aquisitivo (quase 60%) dos trabalhadores de menor renda, ao longo dos últimos 12 meses, sobre os produtos da cesta básica. O valor da cesta básica, em 1º de julho de 1994, era de R$ 106,95. Em 30 de junho de 1995, o preço da cesta havia caído para R$ 100,78. Desempenho Econômico O Plano Real trouxe, também, uma nova perspectiva para a economia brasileira em termos de oportunidades de emprego. O PIB cresceu 5,67% em 1994, com o setor industrial apresentando expansão de 7%. A agropecuária acusou crescimento ainda maior, de 7,6%, confirmado pela safra recorde de cerca de 80 milhões de toneladas de grãos. O setor serviços cresceu 4%, a taxa mais baixa, denotando, em parte, o efeito do desaparecimento do ganho inflacionário que antes contribuía para o grande movimento de dinheiro no sistema financeiro. A economia manteve-se em expansão nos primeiros três meses de 1995, contrariando aqueles que, de antemão, qualificavam o programa como recessivo. A taxa de crescimento do primeiro trimestre (ajustada sazonalmente), em relação aos três últimos meses de 1994, foi de 3,1%, atingindo o aumento expressivo de 10,4%, sobre o primeiro trimestre de 1994. Segundo a Fundação IBGE, entre junho de 1994 e março de 1995 a produção industrial cresceu 15,5% em termos dessazonalizados. O setor de bens duráveis liderava até março o crescimento industrial estimulado pelo Plano Real, acumulando expansão de 29,7%. No entanto, o setor de bens de capital, responsável pela ampliação da capacidade de oferta da economia, também teve expressivo crescimento, alcançando a taxa de 27,2% naquele período. Estas são as estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para o comportamento do produto interno bruto (PIB), no decorrer de 1995: Produto Interno Bruto Taxa de variação acumulada no ano em % -----------------------------------------------------------------------|setores | observado | observado | estimado | previsto | previsto |
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
| |94-IV tri. | 95-I tri. | 95-II tri. | 95-III tri. | 95-IV tri.|
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
|PIB | 5,7 | 10,4 | 8,3 | 7,4 | 6,0 |
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
|Indúst. | 6,9 | 14,3 | 11,5 | 10,3 | 8,6 |
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
|Agropec.| 7,6 | 7,2 | 5,6 | 4,5 | 4,1 |
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
|Serviços| 4,1 | 8,3 | 6,6 | 5,7 | 4,4 |
-----------------------------------------------------------------------
A queda rápida da inflação teve efeitos significativos sobre o poder de compra da população, com o consumo tendo sido estimulado também pelos efetivos incrementos ocorridos na massa salarial e no nível de emprego. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME), da Fundação IBGE, mostra que, no período entre junho de 1994 e abril de 1995, nas regiões metropolitanas, o aumento real de salários foi de 12,02%, ( deflacionado pelo INPC), para os trabalhadores com carteira assinada. Maiores foram os ganhos dos trabalhadores do setor informal da economia, cujo poder aquisitivo é bem menor. Em média, os rendimentos reais dos trabalhadores que não têm carteira assinada aumentaram em 20,80 %, enquanto a renda daqueles que trabalham por conta própria teve um crescimento de 45,48 %, naquele período. Em termos médios, a massa de salários nas regiões metropolitanas cresceu 21,4%, entre junho de 1994 e abril de 1995. O nível de ocupação nas regiões metropolitanas, também segundo a PME, acusou incremento médio de 3,3%, entre junho de 1994 e abril de 1995. A ocupação para empregados com carteira aumentou em 2,16%. Para empregados sem carteira, o crescimento foi de 6,13%, na medida que, os trabalhadores autônomos tiveram o nível de ocupação ampliado em 2,65%. A taxa de desemprego nas regiões metropolitanas, que era de 5,42% em junho de 1994, caiu para 4,35%, em abril de 1995. Dados do comércio do estado de São Paulo indicam que foi extremamente expressivo o impacto do Real sobre o consumo. O faturamento cresceu quase 18% em março de 1995 em comparação a março de 1994, sendo que a venda no setor de duráveis teve elevação de 57,6%, no mesmo período. De um ano para outro, portanto, as vendas de eletrodomésticos, automóveis, geladeiras, fogões e outros produtos duráveis cresceram em mais de 50%. O Governo, ciente da característica expansionista que normalmente acompanha os planos de estabilização, adotou medidas de controle da demanda no início da circulação da nova moeda, em 1º de julho de 1994. O objetivo era prevenir as pressões de consumo que poderiam comprometer o sucesso do Real. A princípio, foram introduzidos recolhimentos compulsórios sobre depósitos à vista, depósitos a prazo e depósitos de poupança para brecar um crescimento fora de controle da oferta de crédito. Ao longo de todo o segundo semestre de 1994, foram adotadas novas medidas, na mesma linha, sempre procurando um controle da demanda, mas com a preocupação de não trazer recessão ao país. Nos primeiros meses de 1995, o nível da demanda ficou ainda mais alto, levando o Governo a adotar medidas adicionais de restrição ao consumo, em fevereiro e em abril. Política Fiscal No campo fiscal, a queda abrupta da inflação provocou um nítido alívio para o equilíbrio das contas do Governo. A receita líquida do Governo Federal aumentou 11,5% em 1994, trazendo a arrecadação para o valor de US$ 63,2 bilhões. Em 1993, essa receita foi de US$ 56,7 bilhões. O desempenho da receita fiscal tem se mantido favorável. Em janeiro deste ano, a arrecadação atingiu R$ 6,680 bilhões, representando um incremento de 34% sobre o mesmo mês do ano passado. Entre janeiro e maio de 1995, a Receita Federal arrecadou R$ 34,334 bilhões. Em junho de 1995, a arrecadação atingiu R$ 7,412 bilhões, ultrapassando em larga medida o valor de R$ 4,930 bilhões recolhido em junho do ano passado. Entre janeiro e junho deste ano, a arrecadação acumulada somou R$ 41,746 bilhões, o que representa aumento de 42,11% sobre a receita do mesmo período do ano anterior, equivalente a R$ 29,375 bilhões. Três fatores têm contribuído para a melhoria do desempenho da Receita Federal: o aquecimento da economia, as medidas de ordem fiscal, que ampliaram a participação das contribuições na fonte, e, ainda, a maior eficiência no sistema de arrecadação. O Tesouro Nacional acusou, em 1994, superávit primário de US$ 9 bilhões. Isso corresponde a um aumento de 65% sobre o resultado de 1993. Em termos de necessidades de financiamento do setor público, que mede o déficit público pelo lado dos empréstimos tomados no mercado financeiro, houve uma melhora substancial no resultado de 1994 quando comparado com os três anos anteriores. O Governo central foi o que mais contribuiu para o desempenho fiscal favorável, acusando superávit operacional de 1,17% do PIB. Nos primeiros 12 meses do Real - entre julho de 1994 e junho de 1995 - o Tesouro Nacional apresentou superávit acumulado de R$ 1,708 bilhão, a preços correntes. Em junho, o resultado acusou superávit de R$ 253 milhões. Pelo conceito de resultado primário, o Tesouro Nacional apresentou superávit acumulado de R$ 11,3 bilhões nos últimos doze meses, sendo que, em junho, o superávit primário foi de R$ 233 milhões. O conceito primário desconta os juros da dívida interna e externa dos cálculos do desempenho fiscal e considera a receita pelo critério de competência, incorpora o que é devido em determinado mês, mesmo que não tenha ocorrido ainda ingresso no caixa do Tesouro. Necessidades de Financiamento do Setor Público(em % do PIB corrente) -----------------------------------------------------------------------|Discriminação | 1991 | 1992 | 1993 | 1994 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Resultado operacional | 0,20 | 2,84 | 1,25 | 0,03 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Gov. central | 0,08 | 1,20 | 0,95 | - 1,17 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Est. e municipios | - 0,72 | 0,70 | 0,12 | 0,80 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Estatais | 0,83 | 0,93 | 0,19 | 0,40 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Resultado primário | - 2,88 | - 0,67 | - 1,75 | - 3,83 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Gov. central | - 1,05 | - 0,61 | - 0,55 | - 2,63 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Est. e municípios | - 1,47 | - 0,04 | - 0,59 | - 0,73 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Estatais | - 0,35 | - 0,02 | - 0,61 | - 0,47 |
-----------------------------------------------------------------------
Obs: (-)= superávit e (+)= déficit
O Plano Real abriu o caminho para a estabilização, mas esta só estará garantida com as mudanças propostas no processo de Reforma da Constituição, já iniciado pelo Congresso Nacional. Elas apontam para a necessidade de se fortalecer o orçamento com o objetivo de recuperar as funções prioritárias do Governo; para a reestruturação da Previdência Social e para a abertura da economia ao capital privado, tanto nacional como estrangeiro, em áreas de atuação hoje ocupadas ineficientemente pelo setor público. Política Monetária O Governo cumpriu, dentro do programado, as metas monetárias fixadas em lei para execução nos dois últimos trimestres de 1994. A base monetária (emissão primária de moeda) ficou em R$ 14,8 bilhões, pela média dos saldos diários no trimestre outubro-dezembro de 1994, abaixo portanto do limite de R$ 15,1 bilhões fixado em lei. No conceito de base ampliada (que inclui os títulos públicos federais em mercado), a média do último trimestre de 1994 ficou em R$ 78,9 bilhões, também inferior ao limite de R$ 80,1 bilhões. A pressão de demanda por moeda, como consequência natural da monetização, foi muito forte nos primeiros três meses do Real. A base monetária, pela média dos saldos diários, passou de R$ 3,538 bilhões, em 30 de junho, para R$ 6,5 bilhões em 31 de julho. Para R$ 9,070 bilhões, em 31 de agosto, e para R$ 11,2 bilhões, em 30 de setembro. No mês de dezembro, pela média dos saldos diários, a base monetária ficou em R$ 17,2 bilhões. Passados os seis primeiros meses do plano de estabilização, o processo de remonetização começou a mostrar sinais de arrefecimento, com a base monetária apresentando queda entre janeiro e abril de 1995. Em janeiro, pela primeira vez nos últimos seis meses, houve contração da base monetária, com recuo de 2,3%. Pela média, o saldo no mês registrou o valor de R$ l6,8 bilhões. Em fevereiro, mantém-se o comportamento de retração da base monetária . A base acusou saldo médio no mês de R$ 15,801 bilhões, trazendo para R$ 16,4 bilhões a média nos dois primeiros meses do ano. Em março, o saldo médio da base monetária alcançou o valor de R$ 15,661 bilhões, tendo ocorrido também retração de 0,9%. Em abril, o mesmo comportamento foi verificado, com a base monetária tendo encolhido à taxa de 7,2%. O saldo médio diário ficou em R$ 14,535 bilhões, ao final de abril. Em maio, a base monetária apresentou saldo médio de R$ 14,433 bilhões, revelando retração de 0,7%. No mês de junho, segundo dados preliminares do Banco Central, a média dos saldos diários da base monetária acusou valor de R$ 14,662 bilhões, implicando em crescimento de 1,6%. Desde dezembro, conforme determinou a Medida Provisória do Real, em sua última edição de 1994, deixou de haver meta monetária fixada em lei. O critério de fixação de metas foi substituído pelo processo de submissão ao Senado Federal de uma programação monetária que será previamente definida para cada trimestre. Assim, o Banco Central remeteu, no início do ano, à consideração dos senadores, o programa monetário para o trimestre janeiro-março de 1995, que foi totalmente cumprido com folga. Recentemente, enviou a previsão de estimativas referentes ao segundo trimestre do ano, que é a seguinte: Programação Monetária do 1º Trimestre/95 (em R$ bilhões, relativo a média dos saldos diários no trimestre) -----------------------------------------------------------------------|Período | Base Mon. | M1 | Base Amp. | M4 * |
|---------------|-------------|-------------|-----------|---------------|
|95/ abr.-jun. | 14,9 - 17,4 | 17,7 - 20,7 | 84,1-85,5 | 200,4 - 203,6 |
-----------------------------------------------------------------------
obs: * média dos saldos em fim de mês (ajustado)
M1 = meios de pagamento pelo conceito mais restrito.
M4 = meios de pagamento pelo conceito mais amplo.
Contas Externas
A balança comercial acusou déficits nos últimos meses como consequência da rápida abertura ocorrida na economia brasileira, a partir do final do ano passado. As importações maciças de bens de consumo duráveis, principalmente de automóveis, tiveram um impacto negativo no movimento do comércio externo do país. Medidas foram tomadas pelo Governo para frear esse movimento e espera-se que o comportamento da balança comercial seja revertido a curto prazo. Nos primeiros cinco meses de 1995, as exportações físicas (representando o valor do produto efetivamente embarcado) acumularam receita de US$ 17,329 bilhões, enquanto que as importações (representando o ingresso físico do produto no país) revelaram despesa de US$ 20,821 bilhões. Nos últimos doze meses, na posição de final de maio, as exportações físicas somaram US$ 44,501 bilhões, enquanto que as importações absorveram US$ 43,350 bilhões, acusando superávit de US$ 1,151 bilhão. No mercado de câmbio, onde são feitas as operações bancárias, os contratos de exportação acumularam receita de US$ 21,895 bilhões, entre janeiro e maio deste ano. Os contratos de fechamento de câmbio, envolvendo importações, representaram, no mesmo período, US$ 17,899 bilhões. Portanto, o saldo cambial do movimento do comércio externo, nos primeiros cinco meses do ano, foi de US$ 3,996 bilhões. No mês de junho, os contratos de fechamento de câmbio de exportação envolveram US$ 4,365 bilhões, enquanto os contratos cambiais de importação somaram US$ 4,205 bilhões. O saldo positivo acumulado no mês foi de US$ 160 milhões. No segmento do mercado financeiro, onde são efetuadas as operações cambiais relativas ao movimento de capitais, houve ingresso acumulado, entre janeiro e maio de 1995, de US$ 13,806 bilhões, contra saídas no valor de US$ 21,284 bilhões. No mês de junho, a entrada de capitais somou US$ 4,349 bilhões, enquanto a saída envolveu US$ 4,346 bilhões. Nesse segmento, portanto, ocorreu, em junho, pequeno superávit de US$ 3 milhões. A República Federativa do Brasil, depois de quinze anos, voltou a captar recursos diretamente no mercado financeiro internacional em duas operações bem sucedidas. A primeira, em maio, com lançamento de bônus em ienes, de dois anos de prazo, representou captação de 80 bilhões de ienes (US$ 942 milhões ). A segunda, efetuada em junho, rendeu um bilhão de marcos (US$ 721 milhões), com o lançamento de bônus de três anos de prazo referenciados à moeda alemã. A política cambial brasileira continuará sendo guiada pelas premissas definidas na elaboração do Plano Real. O Governo optou, e já deixou isto claro, por um regime de banda cambial. No dia 23 de junho, o Governo definiu a nova banda, entre 91 e 99 centavos de Real por dólar norte-americano. A tranquilidade com que o mercado reagiu à mudança confirma a aceitação do regime de bandas como o mais adequado à economia brasileira. O nível das reservas internacionais do país foi praticamente recuperado em fins de maio, depois dos efeitos da crise cambial mexicana que abalaram o sistema financeiro internacional, no final de 1994 e início de 1995. Reservas Internacionais no Banco Central (em US$ bilhões) ------------------------------------------------------------- |Fim de período | Caixa * | Liquidez Intern. **| |------------------------|-------------|----------------------| |1994/ junho | 40,131 | 42,881 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|julho | 40,317 | 43,090 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|agosto | 40,204 | 42,981 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|setembro | 40,873 | 43,455 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|outubro | 40,441 | 42,845 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|novembro | 39,531 | 41,937 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|dezembro | 36,471 | 38,806 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|1995/ janeiro | 35,929 | 38,278 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|fevereiro | 35,750 | 37,998 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|março | 31,530 | 33,742 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|abril | 29,918 | 31,887 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|maio | 31,664 | 33,731 |
-------------------------------------------------------------
* conceito que contempla haveres prontamente disponíveis
** agrega ao caixa os haveres representados por títulos de exportação e outros
de médio e longo prazos.
Ao Governo brasileiro interessa estimular ainda mais o ingresso do capital estrangeiro de médio e de longo prazos. Alguns setores da economia, hoje monopólios exclusivos do Estado, como por exemplo as áreas de telecomunicações e de exploração de energia elétrica, serão abertas à participação do capital privado, nacional e internacional. Avanços significativos já ocorreram no Congresso Nacional a favor das propostas de reforma da Constituição apresentadas pelo Executivo, no capítulo da Ordem Econômica.
O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos para combater casos de inflação crônica. Combinaram-se condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o Governo brasileiro lançasse, ainda no final de 1993, as bases de um programa de longo prazo. Organizado em etapas, o plano resultaria no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição da antiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994.
A partir daí, a inflação foi dominada sem congelamentos de preços, confisco de depósitos bancários ou outros artificialismos da heterodoxia econômica. Em conseqüência do fim da inflação, a economia brasileira voltou a crescer rapidamente, obrigando o Ministério da Fazenda a optar por uma política de restrição à expansão da moeda e do crédito, de forma a garantir que, na etapa seguinte, o Brasil possa registrar taxas de crescimento econômico auto-sustentáveis, viabilizando a retomada do crescimento com distribuição da renda.
Nas páginas seguintes você encontra um resumo dos antecedentes históricos que levaram o Governo Federal a editar, no final de junho de 1994, o conjunto de medidas econômicas que ficariam conhecidas como Plano Real. Você pode acessar essa retrospectiva na opção Histórico, que contém o texto original da Exposição de Motivos que o então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, encaminhou ao então presidente da República, Itamar Franco.
Finalmente, você encontra neste trabalho uma área específica para os resultados do Plano Real onde são apresentados os números referentes à inflação, às políticas monetária, fiscal e cambial e ao desempenho da economia brasileira na vigência do plano de estabilização:
•Balanço dos doze meses do Real
•Vinte meses do Plano Real
•Vinte e dois meses do Plano Real
•Vinte e quatro meses do Plano Real
•Vinte e seis meses do Plano Real
Histórico
Neste ítem você encontra os documentos com as fundamentações teóricas e os antecedentes históricos do Plano Real. O primeiro documento é o Programa de Ação Imediata (PAI), elaborado em julho de 1993, já sob a coordenação do então Ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso. O PAI contém as primeiras medidas econômicas destinadas a "preparar a casa" para enfrentar a ameaça da hiperinflação, um ano antes do lançamento do Plano Real. O segundo é a Exposição de Motivos da Medida Provisória do Real, encaminhada em 30 de junho de 1994 ao então presidente da República, Itamar Franco. Assinada por vários ministros, apresenta as razões para a edição da MP do Real, publicada no Diário Oficial da União no dia primeiro de julho de 1994, já com força de lei, e posteriormente confirmada com pequenas alterações pelo Congresso. 1 . Programa de Ação Imediata (PAI)
2. Exposição de Motivos da Medida Provisória do Real
Medidas recentes
Aqui você obtém algumas das medidas mais recentes tomadas pelo Governo Federal, dando continuidade ao programa de estabilização da economia brasileira. O primeiro documento disponível nesta área é a exposição de motivos enviada pelos ministros ao presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no dia primeiro de julho de 1995, encaminhando a Medida Provisória da Desindexação submetida ao Congresso. O segundo são a Medida Provisória e a Exposição de Motivos publicadas em 08 de agosto, que oferecem aos governadores opções de restruturação para os bancos estaduais. 1. Exposição de Motivos da Medida Provisória da Desindexação
2. Medida Provisória dos bancos estaduais
Balanço dos 12 meses do Real
O Plano Real completou no dia 1º de julho de 1995 o seu décimo segundo mês de existência. Chegou-se ao primeiro aniversário do Real com uma taxa de inflação em torno de 2% ao mês, um sinal incontestável de que este é o plano de estabilização econômica mais bem-sucedido entre todos até hoje tentados no país. A taxa de inflação que, em junho de 1994, estava ao redor de 50% ao mês, baixou para taxa mensal em torno de 1,7% nos primeiros seis meses de 1995. Há quase um quarto de século o Brasil não experimentava taxas tão baixas de inflação para o período janeiro-junho de um mesmo ano. Índices de Preço (%) --------------------------------------------------------------
| período | IGP-DI | IGP-M | IPC-FIPE | IPC-r | INPC |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| 94/ jun. | 46,60 | 45,21 | 50,75 | ------ | 48,24 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| jul. | 5,47 | 4,33 | 6,95 | 6,08 | 7,75 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| ago. | 3,34 | 3,94 | 1,95 | 5,46 | 1,85 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| set. | 1,55 | 1,75 | 0,82 | 1,51 | 1,40 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| out. | 2,55 | 1,82 | 3,17 | 1,86 | 2,82 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| nov. | 2,47 | 2,85 | 3,02 | 3,27 | 2,96 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| dez. | 0,57 | 0,84 | 1,25 | 2,19 | 1,70 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| 95/ jan. | 1,36 | 0,92 | 0,80 | 1,67 | 1,44 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| fev. | 1,15 | 1,39 | 1,32 | 0,99 | 1,01 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| mar. | 1,81 | 1,12 | 1,92 | 1,41 | 1,62 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| abr. | 2,30 | 2,10 | 2,64 | 1,92 | 2,49 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| maio | 0,40 | 0,58 | 1,97 | 2,57 | 2,10 |
|----------|-----------|---------|----------|---------|--------|
| junho | 2,62 | 2,46 | 2,66 | 1,82 | 2,18 |
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IGP-DI: Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna, apurado pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro.
IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado, da FGV.
IPC-FIPE: Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (FIPE), Universidade de São Paulo (USP).
IPC-r: Índice de Preços ao Consumidor do Real (deixou de ser apurado desde o dia
1º de julho deste ano).
INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).
Tomando-se a média dos cinco índices publicados por diferentes institutos de pesquisa, a taxa de inflação acumulada havia chegado a 758,59% no primeiro semestre de 1994. Isso representou uma inflação média mensal de 43,1%, equivalente a uma taxa anual de 7.271,84%. No segundo semestre de 1994 a taxa de inflação acumulada foi de 18,72% (uma média mensal de 2,9% entre os cinco índices mais conhecidos). Deve-se considerar, ao analisar a evolução das taxas, que os índices de julho e de agosto de 1994 ainda estavam "contaminados" pela inflação do cruzeiro real observada em junho e até em maio imediatamente anteriores. A taxa de inflação acumulada em julho e em agosto de 1994 foi de 9,66%. No entanto, isso não reflete, de forma alguma, o tamanho da perda do poder aquisitivo do Real naqueles dois primeiros meses do plano. A partir de setembro de 1994, quando se tem a primeira inflação "descontaminada" do efeito estatístico, verifica-se que a taxa acumulada do último quadrimestre de 1994 foi de 8,31%, com a taxa mensal tendo se situado no nível de 2,02%. No primeiro semestre de 1995, a taxa média acumulada dos cinco índices de preços chegou a 10,57%, equivalendo a uma inflação média mensal de 1,69% no período. O quadro abaixo mostra a evolução da inflação em 1994 e 1995, em termos médios, segundo o comportamento dos cinco índices de preços mais conhecidos: Evolução da Inflação (%) ------------------------------------------------------------------------
| | IGP-DI | IGP-M | IPC- |IPC-r | INPC | MÉDIA | M.M.A.*|
| | | | FIPE | | | | |
|Variação | | | | | | | |
|Acumulada | | | | | | | |
|jul/93-jun/94 |5.153,5 |4.852,9|5.167,3| 0,00 |5.167,3|5.083,48|5.083,48|
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|1º semestre/94| 763,48 | 732,26|780,18 | 0,00 |759,15 | 758,59 |7.271,84|
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|jul-ago/94 | 8,90 | 8,44| 9,40 |11,87 | 9,74 | 9,66 | 73,93 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|set-dez/94 | 7,32 | 7,45| 8,50 | 9,12 | 9,17 | 8,31 | 27,06 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|2º semestre/94| 16,97 | 16,52| 18,30 |22,07 | 19,81 | 18,72 | 40,94 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|1º semestre/95| 10,02 | 8,87| 11,84 |10,83 | 11,33 | 10,57 | 22,26 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|set/94-jun/95 | 18,07 | 16,98| 21,35 |20,94 | 21,54 | 19,76 | 24,16 |
|--------------|--------|-------|-------|------|-------|--------|--------|
|jul/94-jun/95 | 28,69 | 26,85| 32,31 |35,29 | 33,39 | 31,27 | 31,27 |
------------------------------------------------------------------------
*- média mensal anualizada de todos os índices
A questão relevante que se coloca para o Governo e para os mercados - que operam sempre na base do forward-looking, olhando para frente, como deve ser - diz respeito não ao fato de a inflação acumulada nos primeiros seis meses de 1995 ter sido da ordem de 10,57%, mas à tendência para os próximos meses. Alguns analistas, sempre que um determinado índice de preços mostra uma taxa mensal mais elevada do que o mês imediatamente anterior, projetam tendência altista de inflação, o que nem sempre se confirma. Isso aconteceu em outubro e em novembro do ano passado, quando as taxas de inflação apresentaram-se ligeiramente acima do resultado de setembro. Vários analistas chegaram a prever taxas de inflação de 5% para dezembro e até maiores para janeiro de 1995. Um aumento que não se materializou. Do mesmo modo, as projeções de inflação mais alta para maio, de até 3% ou além disto, não se confirmaram. A partir das informações já disponíveis sobre a inflação ocorrida até junho, em termos de média acumulada dos diferentes índices de preços, a taxa de inflação projetada para todo o ano de 1995 é da ordem de 22%. No entanto, não se deve tomar essa projeção como uma meta do Governo, mas como uma finalidade plausível. Esse objetivo depende de uma série de ações necessárias à continuidade do programa de estabilização, como as reformas constitucionais, a retomada do programa de privatização e a reestruturação do Estado que garantam a melhor eficiência da economia brasileira e um profundo e definitivo ajuste fiscal. Vale notar que, considerando-se as séries históricas para o IGP-DI, a taxa de inflação para o primeiro semestre de 1995 é a mais baixa desde 1973. Nos últimos 35 anos - entre 1961 e 1995 - a economia brasileira vivenciou taxas de inflação inferiores aos níveis atuais, para o primeiro semestre do ano somente em 1969, 1970, 1972 e 1973. A nova moeda trouxe um substancial ganho para o trabalhador. Além de o salário deixar de ser corroído mensalmente pela inflação, as classes de renda mais baixas foram favorecidas pelo aumento de 54% no valor do salário mínimo - passou de R$ 64,79, em julho de 1994, para R$ 100,00, em maio de 1995 - e pela queda de cerca de 5% no valor da cesta básica, ocorrida nos últimos 12 meses. A combinação desses fatores redundou em expressivo crescimento do poder aquisitivo (quase 60%) dos trabalhadores de menor renda, ao longo dos últimos 12 meses, sobre os produtos da cesta básica. O valor da cesta básica, em 1º de julho de 1994, era de R$ 106,95. Em 30 de junho de 1995, o preço da cesta havia caído para R$ 100,78. Desempenho Econômico O Plano Real trouxe, também, uma nova perspectiva para a economia brasileira em termos de oportunidades de emprego. O PIB cresceu 5,67% em 1994, com o setor industrial apresentando expansão de 7%. A agropecuária acusou crescimento ainda maior, de 7,6%, confirmado pela safra recorde de cerca de 80 milhões de toneladas de grãos. O setor serviços cresceu 4%, a taxa mais baixa, denotando, em parte, o efeito do desaparecimento do ganho inflacionário que antes contribuía para o grande movimento de dinheiro no sistema financeiro. A economia manteve-se em expansão nos primeiros três meses de 1995, contrariando aqueles que, de antemão, qualificavam o programa como recessivo. A taxa de crescimento do primeiro trimestre (ajustada sazonalmente), em relação aos três últimos meses de 1994, foi de 3,1%, atingindo o aumento expressivo de 10,4%, sobre o primeiro trimestre de 1994. Segundo a Fundação IBGE, entre junho de 1994 e março de 1995 a produção industrial cresceu 15,5% em termos dessazonalizados. O setor de bens duráveis liderava até março o crescimento industrial estimulado pelo Plano Real, acumulando expansão de 29,7%. No entanto, o setor de bens de capital, responsável pela ampliação da capacidade de oferta da economia, também teve expressivo crescimento, alcançando a taxa de 27,2% naquele período. Estas são as estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para o comportamento do produto interno bruto (PIB), no decorrer de 1995: Produto Interno Bruto Taxa de variação acumulada no ano em % -----------------------------------------------------------------------|setores | observado | observado | estimado | previsto | previsto |
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
| |94-IV tri. | 95-I tri. | 95-II tri. | 95-III tri. | 95-IV tri.|
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
|PIB | 5,7 | 10,4 | 8,3 | 7,4 | 6,0 |
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
|Indúst. | 6,9 | 14,3 | 11,5 | 10,3 | 8,6 |
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
|Agropec.| 7,6 | 7,2 | 5,6 | 4,5 | 4,1 |
|--------|-----------|-----------|------------|-------------|-----------|
|Serviços| 4,1 | 8,3 | 6,6 | 5,7 | 4,4 |
-----------------------------------------------------------------------
A queda rápida da inflação teve efeitos significativos sobre o poder de compra da população, com o consumo tendo sido estimulado também pelos efetivos incrementos ocorridos na massa salarial e no nível de emprego. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME), da Fundação IBGE, mostra que, no período entre junho de 1994 e abril de 1995, nas regiões metropolitanas, o aumento real de salários foi de 12,02%, ( deflacionado pelo INPC), para os trabalhadores com carteira assinada. Maiores foram os ganhos dos trabalhadores do setor informal da economia, cujo poder aquisitivo é bem menor. Em média, os rendimentos reais dos trabalhadores que não têm carteira assinada aumentaram em 20,80 %, enquanto a renda daqueles que trabalham por conta própria teve um crescimento de 45,48 %, naquele período. Em termos médios, a massa de salários nas regiões metropolitanas cresceu 21,4%, entre junho de 1994 e abril de 1995. O nível de ocupação nas regiões metropolitanas, também segundo a PME, acusou incremento médio de 3,3%, entre junho de 1994 e abril de 1995. A ocupação para empregados com carteira aumentou em 2,16%. Para empregados sem carteira, o crescimento foi de 6,13%, na medida que, os trabalhadores autônomos tiveram o nível de ocupação ampliado em 2,65%. A taxa de desemprego nas regiões metropolitanas, que era de 5,42% em junho de 1994, caiu para 4,35%, em abril de 1995. Dados do comércio do estado de São Paulo indicam que foi extremamente expressivo o impacto do Real sobre o consumo. O faturamento cresceu quase 18% em março de 1995 em comparação a março de 1994, sendo que a venda no setor de duráveis teve elevação de 57,6%, no mesmo período. De um ano para outro, portanto, as vendas de eletrodomésticos, automóveis, geladeiras, fogões e outros produtos duráveis cresceram em mais de 50%. O Governo, ciente da característica expansionista que normalmente acompanha os planos de estabilização, adotou medidas de controle da demanda no início da circulação da nova moeda, em 1º de julho de 1994. O objetivo era prevenir as pressões de consumo que poderiam comprometer o sucesso do Real. A princípio, foram introduzidos recolhimentos compulsórios sobre depósitos à vista, depósitos a prazo e depósitos de poupança para brecar um crescimento fora de controle da oferta de crédito. Ao longo de todo o segundo semestre de 1994, foram adotadas novas medidas, na mesma linha, sempre procurando um controle da demanda, mas com a preocupação de não trazer recessão ao país. Nos primeiros meses de 1995, o nível da demanda ficou ainda mais alto, levando o Governo a adotar medidas adicionais de restrição ao consumo, em fevereiro e em abril. Política Fiscal No campo fiscal, a queda abrupta da inflação provocou um nítido alívio para o equilíbrio das contas do Governo. A receita líquida do Governo Federal aumentou 11,5% em 1994, trazendo a arrecadação para o valor de US$ 63,2 bilhões. Em 1993, essa receita foi de US$ 56,7 bilhões. O desempenho da receita fiscal tem se mantido favorável. Em janeiro deste ano, a arrecadação atingiu R$ 6,680 bilhões, representando um incremento de 34% sobre o mesmo mês do ano passado. Entre janeiro e maio de 1995, a Receita Federal arrecadou R$ 34,334 bilhões. Em junho de 1995, a arrecadação atingiu R$ 7,412 bilhões, ultrapassando em larga medida o valor de R$ 4,930 bilhões recolhido em junho do ano passado. Entre janeiro e junho deste ano, a arrecadação acumulada somou R$ 41,746 bilhões, o que representa aumento de 42,11% sobre a receita do mesmo período do ano anterior, equivalente a R$ 29,375 bilhões. Três fatores têm contribuído para a melhoria do desempenho da Receita Federal: o aquecimento da economia, as medidas de ordem fiscal, que ampliaram a participação das contribuições na fonte, e, ainda, a maior eficiência no sistema de arrecadação. O Tesouro Nacional acusou, em 1994, superávit primário de US$ 9 bilhões. Isso corresponde a um aumento de 65% sobre o resultado de 1993. Em termos de necessidades de financiamento do setor público, que mede o déficit público pelo lado dos empréstimos tomados no mercado financeiro, houve uma melhora substancial no resultado de 1994 quando comparado com os três anos anteriores. O Governo central foi o que mais contribuiu para o desempenho fiscal favorável, acusando superávit operacional de 1,17% do PIB. Nos primeiros 12 meses do Real - entre julho de 1994 e junho de 1995 - o Tesouro Nacional apresentou superávit acumulado de R$ 1,708 bilhão, a preços correntes. Em junho, o resultado acusou superávit de R$ 253 milhões. Pelo conceito de resultado primário, o Tesouro Nacional apresentou superávit acumulado de R$ 11,3 bilhões nos últimos doze meses, sendo que, em junho, o superávit primário foi de R$ 233 milhões. O conceito primário desconta os juros da dívida interna e externa dos cálculos do desempenho fiscal e considera a receita pelo critério de competência, incorpora o que é devido em determinado mês, mesmo que não tenha ocorrido ainda ingresso no caixa do Tesouro. Necessidades de Financiamento do Setor Público(em % do PIB corrente) -----------------------------------------------------------------------|Discriminação | 1991 | 1992 | 1993 | 1994 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Resultado operacional | 0,20 | 2,84 | 1,25 | 0,03 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Gov. central | 0,08 | 1,20 | 0,95 | - 1,17 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Est. e municipios | - 0,72 | 0,70 | 0,12 | 0,80 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Estatais | 0,83 | 0,93 | 0,19 | 0,40 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Resultado primário | - 2,88 | - 0,67 | - 1,75 | - 3,83 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Gov. central | - 1,05 | - 0,61 | - 0,55 | - 2,63 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Est. e municípios | - 1,47 | - 0,04 | - 0,59 | - 0,73 |
|----------------------------|---------|----------|----------|----------|
|Estatais | - 0,35 | - 0,02 | - 0,61 | - 0,47 |
-----------------------------------------------------------------------
Obs: (-)= superávit e (+)= déficit
O Plano Real abriu o caminho para a estabilização, mas esta só estará garantida com as mudanças propostas no processo de Reforma da Constituição, já iniciado pelo Congresso Nacional. Elas apontam para a necessidade de se fortalecer o orçamento com o objetivo de recuperar as funções prioritárias do Governo; para a reestruturação da Previdência Social e para a abertura da economia ao capital privado, tanto nacional como estrangeiro, em áreas de atuação hoje ocupadas ineficientemente pelo setor público. Política Monetária O Governo cumpriu, dentro do programado, as metas monetárias fixadas em lei para execução nos dois últimos trimestres de 1994. A base monetária (emissão primária de moeda) ficou em R$ 14,8 bilhões, pela média dos saldos diários no trimestre outubro-dezembro de 1994, abaixo portanto do limite de R$ 15,1 bilhões fixado em lei. No conceito de base ampliada (que inclui os títulos públicos federais em mercado), a média do último trimestre de 1994 ficou em R$ 78,9 bilhões, também inferior ao limite de R$ 80,1 bilhões. A pressão de demanda por moeda, como consequência natural da monetização, foi muito forte nos primeiros três meses do Real. A base monetária, pela média dos saldos diários, passou de R$ 3,538 bilhões, em 30 de junho, para R$ 6,5 bilhões em 31 de julho. Para R$ 9,070 bilhões, em 31 de agosto, e para R$ 11,2 bilhões, em 30 de setembro. No mês de dezembro, pela média dos saldos diários, a base monetária ficou em R$ 17,2 bilhões. Passados os seis primeiros meses do plano de estabilização, o processo de remonetização começou a mostrar sinais de arrefecimento, com a base monetária apresentando queda entre janeiro e abril de 1995. Em janeiro, pela primeira vez nos últimos seis meses, houve contração da base monetária, com recuo de 2,3%. Pela média, o saldo no mês registrou o valor de R$ l6,8 bilhões. Em fevereiro, mantém-se o comportamento de retração da base monetária . A base acusou saldo médio no mês de R$ 15,801 bilhões, trazendo para R$ 16,4 bilhões a média nos dois primeiros meses do ano. Em março, o saldo médio da base monetária alcançou o valor de R$ 15,661 bilhões, tendo ocorrido também retração de 0,9%. Em abril, o mesmo comportamento foi verificado, com a base monetária tendo encolhido à taxa de 7,2%. O saldo médio diário ficou em R$ 14,535 bilhões, ao final de abril. Em maio, a base monetária apresentou saldo médio de R$ 14,433 bilhões, revelando retração de 0,7%. No mês de junho, segundo dados preliminares do Banco Central, a média dos saldos diários da base monetária acusou valor de R$ 14,662 bilhões, implicando em crescimento de 1,6%. Desde dezembro, conforme determinou a Medida Provisória do Real, em sua última edição de 1994, deixou de haver meta monetária fixada em lei. O critério de fixação de metas foi substituído pelo processo de submissão ao Senado Federal de uma programação monetária que será previamente definida para cada trimestre. Assim, o Banco Central remeteu, no início do ano, à consideração dos senadores, o programa monetário para o trimestre janeiro-março de 1995, que foi totalmente cumprido com folga. Recentemente, enviou a previsão de estimativas referentes ao segundo trimestre do ano, que é a seguinte: Programação Monetária do 1º Trimestre/95 (em R$ bilhões, relativo a média dos saldos diários no trimestre) -----------------------------------------------------------------------|Período | Base Mon. | M1 | Base Amp. | M4 * |
|---------------|-------------|-------------|-----------|---------------|
|95/ abr.-jun. | 14,9 - 17,4 | 17,7 - 20,7 | 84,1-85,5 | 200,4 - 203,6 |
-----------------------------------------------------------------------
obs: * média dos saldos em fim de mês (ajustado)
M1 = meios de pagamento pelo conceito mais restrito.
M4 = meios de pagamento pelo conceito mais amplo.
Contas Externas
A balança comercial acusou déficits nos últimos meses como consequência da rápida abertura ocorrida na economia brasileira, a partir do final do ano passado. As importações maciças de bens de consumo duráveis, principalmente de automóveis, tiveram um impacto negativo no movimento do comércio externo do país. Medidas foram tomadas pelo Governo para frear esse movimento e espera-se que o comportamento da balança comercial seja revertido a curto prazo. Nos primeiros cinco meses de 1995, as exportações físicas (representando o valor do produto efetivamente embarcado) acumularam receita de US$ 17,329 bilhões, enquanto que as importações (representando o ingresso físico do produto no país) revelaram despesa de US$ 20,821 bilhões. Nos últimos doze meses, na posição de final de maio, as exportações físicas somaram US$ 44,501 bilhões, enquanto que as importações absorveram US$ 43,350 bilhões, acusando superávit de US$ 1,151 bilhão. No mercado de câmbio, onde são feitas as operações bancárias, os contratos de exportação acumularam receita de US$ 21,895 bilhões, entre janeiro e maio deste ano. Os contratos de fechamento de câmbio, envolvendo importações, representaram, no mesmo período, US$ 17,899 bilhões. Portanto, o saldo cambial do movimento do comércio externo, nos primeiros cinco meses do ano, foi de US$ 3,996 bilhões. No mês de junho, os contratos de fechamento de câmbio de exportação envolveram US$ 4,365 bilhões, enquanto os contratos cambiais de importação somaram US$ 4,205 bilhões. O saldo positivo acumulado no mês foi de US$ 160 milhões. No segmento do mercado financeiro, onde são efetuadas as operações cambiais relativas ao movimento de capitais, houve ingresso acumulado, entre janeiro e maio de 1995, de US$ 13,806 bilhões, contra saídas no valor de US$ 21,284 bilhões. No mês de junho, a entrada de capitais somou US$ 4,349 bilhões, enquanto a saída envolveu US$ 4,346 bilhões. Nesse segmento, portanto, ocorreu, em junho, pequeno superávit de US$ 3 milhões. A República Federativa do Brasil, depois de quinze anos, voltou a captar recursos diretamente no mercado financeiro internacional em duas operações bem sucedidas. A primeira, em maio, com lançamento de bônus em ienes, de dois anos de prazo, representou captação de 80 bilhões de ienes (US$ 942 milhões ). A segunda, efetuada em junho, rendeu um bilhão de marcos (US$ 721 milhões), com o lançamento de bônus de três anos de prazo referenciados à moeda alemã. A política cambial brasileira continuará sendo guiada pelas premissas definidas na elaboração do Plano Real. O Governo optou, e já deixou isto claro, por um regime de banda cambial. No dia 23 de junho, o Governo definiu a nova banda, entre 91 e 99 centavos de Real por dólar norte-americano. A tranquilidade com que o mercado reagiu à mudança confirma a aceitação do regime de bandas como o mais adequado à economia brasileira. O nível das reservas internacionais do país foi praticamente recuperado em fins de maio, depois dos efeitos da crise cambial mexicana que abalaram o sistema financeiro internacional, no final de 1994 e início de 1995. Reservas Internacionais no Banco Central (em US$ bilhões) ------------------------------------------------------------- |Fim de período | Caixa * | Liquidez Intern. **| |------------------------|-------------|----------------------| |1994/ junho | 40,131 | 42,881 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|julho | 40,317 | 43,090 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|agosto | 40,204 | 42,981 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|setembro | 40,873 | 43,455 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|outubro | 40,441 | 42,845 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|novembro | 39,531 | 41,937 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|dezembro | 36,471 | 38,806 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|1995/ janeiro | 35,929 | 38,278 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|fevereiro | 35,750 | 37,998 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|março | 31,530 | 33,742 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|abril | 29,918 | 31,887 |
|------------------------|-------------|----------------------|
|maio | 31,664 | 33,731 |
-------------------------------------------------------------
* conceito que contempla haveres prontamente disponíveis
** agrega ao caixa os haveres representados por títulos de exportação e outros
de médio e longo prazos.
Ao Governo brasileiro interessa estimular ainda mais o ingresso do capital estrangeiro de médio e de longo prazos. Alguns setores da economia, hoje monopólios exclusivos do Estado, como por exemplo as áreas de telecomunicações e de exploração de energia elétrica, serão abertas à participação do capital privado, nacional e internacional. Avanços significativos já ocorreram no Congresso Nacional a favor das propostas de reforma da Constituição apresentadas pelo Executivo, no capítulo da Ordem Econômica.
Posted by
Júlio Barbosa
às
março 10, 2011
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Marcadores:
Economia
Economia.:.Caderneta de poupança
CADERNETA DE POUPANÇA
É a aplicação mais simples e tradicional, sendo uma das poucas, senão a única, em que se pode aplicar pequenas somas e Ter liquidez, apesar da perda de rentabilidade para saques fora da data de aniversário da aplicação.
A caderneta de poupança é um produto exclusivo das SCI, das carteiras imobiliárias dos bancos múltiplos, das associações de poupança e empréstimo e das caixas econômicas.
Os recursos das cadernetas de poupança devem ser aplicados de acordo com regras preestabelecidas pelo Banco Central e que, conforme as variáveis econômicas do momento, podem ser alteradas.
30% na Faixa Não Habitacional
15% em depósito compulsório no BC, recolhidos em espécie, fazendo jus à remuneração diária com base na TR mais juros anuais de 6,1%.
Os recursos remanescentes em disponibilidades financeiras e operações de faixa livre.
70% na Faixa Habitacional
80% ( no mínimo ) do percentual acima em operações no âmbito do SFH.
O restante em operações a taxas de mercado.
Caso não haja financiamento junto ao SFH que preencham os requisitos e/ou percentuais estabelecidos, os recursos da Caderneta de Poupança não aplicados devem ser depositados junto ao Banco Central, que os remunerará apenas pela TR.
Assim, de cada 100 aplicados de caderneta de poupança, 70 vão para o SFH, 30 são aplicados conforme determinação do Banco Central.
Atualmente, é remunerada pela TR da data de aniversário mais os tradicionais 0,5% a.m. Assim, a caderneta passou a Ter uma correção diferenciada para os vários dias do mês, funcionando como um CDB pós- fixado.
Os valores de remuneração da caderneta são conhecidos quando do cálculo da TR e divulgados nos principais jornais do país.
Assim, a poupança é um ativo que rende de acordo com a quantidade de dias úteis no mês e a variação da TR do período.
Ela recebe depósito de pessoa física e jurídica. A abertura pode ser feita a qualquer dia do mês, sendo que contas abertas dias 29,30 e 31 começam a Ter rendimento no início do mês.
A remuneração é mensal sem fins lucrativos. Para pessoas jurídicas com fins lucrativos, o rendimento é trimestral.
Pode - se Ter quantas cadernetas quiser, escolhendo livremente a data de aniversário. Atualmente, os bancos em função da concorrência, vêm criando alternativas e facilidades para a poupança, que viabilizem um aumento de liquidez e da facilidade de movimentação das cadernetas como por exemplo:
- depósitos e saques diretos pela conta corrente;
mesmo número e senha da conta corrente;
aplicação e resgate pelo telefone;
programação do investimento por períodos de até um ano;
possibilidade de abertura de até 28 subcontas dentro de uma única conta.
Em 14/07/1993, pela Circular 2339 do BC, foi criada uma nova modalidade de caderneta de poupança para pessoas físicas, exclusivamente com prazo mínimo de resgate de 3 meses, para absorção de rendimentos.
Além da caderneta de poupança também temos:
Caderneta de Poupança Programada
O depositante assume, por contrato, o compromisso de depositar quantias fixas e determinadas por prazos de 12,18,ou 24 meses. As taxas de remuneração são progressivas. Os rendimentos são creditados trimestralmente e há uma carência inicial de seis meses para o saque.
Caderneta de Poupança de Rendimentos Crescentes
Recebe apenas um único depósito. Os rendimentos são creditados trimestralmente e as taxas de juros são crescentes.
Suas principais características são: não se permitem saques parcelados, os depósitos são feitos sempre em múltiplos de 10; o rendimento é creditado retroativamente a cada mudança de taxa.
Caderneta de Poupança Vinculada
O BC fixou o prazo mínimo desta poupança em 36 meses com a correção de depósito sendo feita pela TR mais 6% ao ano, sendo isento de impostos.
No caso de imóveis residenciais são necessários 9 anos. Nos imóveis comerciais, o período corresponde ao dobro do prazo de poupança.
DEBÊNTURES
São títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas, visando a obtenção de recursos para financiamento de capital fixo ou de giro.
Segundo as garantias oferecidas a seus titulares, credores da companhia, a Lei das Sociedades Anônimas, Lei nº 6.404, admite a criação das seguintes espécies de debêntures ou obrigações:
Debêntures com garantia real – são aquelas em que a sociedade emissora oferece um garantia real (penhor, hipoteca ou anticrese) aos debenturistas;
Debêntures com garantia flutuante – são aquelas cuja garantia oferecida a seus titulares é o ativo total da sociedade;
Debêntures sem garantia – são aquelas destituídas de preferência entre os credores da sociedade. Assim os debenturistas, que em princípio são credores privilegiados, tornam-se meros credores quirografários;
Debêntures subordinadas – são aquelas subordinadas aos demais credores da companhia. Em caso de liquidação da sociedades, seus titulares só serão pagos após o pagamento efetuado aos credores quirográficos.
Segundo os direitos conferidos a seus titulares, as debêntures podem ser simples ou conversveis em ações.
Esses dois tipos de debêntures podem ser emitidos com cláusula de correção monetária. A diferença básica entre elas é que as últimas permitem ao investidor a opção de convertê-las em ações do capital da sociedade emissora, passando assim da condição de credor para a de sócio dessa sociedade.
Em princípio, o valor total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o valor do capital social da empresa. Entretanto, tal limite pode ser excedido nos seguintes casos:
Emissão de debêntures com garantia real, cujo montante poderá alançar até 80% do valor de seus bens gravados, próprios ou de terceiros;
Emissão de debêntures com garantia flutuante, cujo limeite poderá alcançar até 70% do valor contábil do ativo da companhia, diminuído do montante das suas dívidas garantidas por direitos reais.
Em se tratando de debêntures conversíveis em ações, o montante da emissão não poderá exceder o patrimônio líquido apurado.
Debêntures conversíveis em ação:
As debêntures quando convertidas passarão a ter as mesmas características das ações no que diz respeito à negociação, tributação, lucratividade etc. podem ser consideradas como o tipo intermediário do valor mobiliário, ou seja, um título basicamente de renda fixa, mas passível de uma transformação em um título de renda variável, admitindo-se um prazo de inconversibilidade de 90 dias, a critério da empresa, a aprtir de sua emissão. Não podem efetivamente existir ao mesmo tempo, ou são debêntures e recebem rendimentos fixos periódicos, ou são ações, tornando seus titulares beneficiários dos eventuais dividendos. Até que exerça a opção de conversão, o portador é beneficiário de um título que lhe proporciona renda fixa e ainda conserva a possibilidade de ser convertido em ações, segundo uma razão predeterminada. Uma vez exercida a opção, a debênture conversível deixa de existir.
Quanto à forma de circulação, as debêntures podem ser emitidas ao portador, nominativas ou nominativas endossáveis.
A emissão de debêntures pode acarretar vantagens para a empresa. No que diz respeito aos custos, verifica-se que os fundos necessitaodos são de longo prazo, uma única emissão de debêntures pode representar custos menores que várias operações bancárias. Entretanto, tal vantagem só ocorre em mercados desenvolvidos, como o dos Estados Unidos, onde os custos são baixos.
Outra vantagem da emissão refere-se ao controle da empresa, uma vez que tal emissão não tem implicações de alteração na situação desse controle cionário.Finalmente podemos mencionar o fator segurança sob a ótica do poupador, pois as debêntures oferecem garantias a seus titulares. São eles credores privilegiados da sociedade emissora: em caso de liquidação da companhia as debêntures serão pagas antes de quaisquer credores.
Como desvantagem, temos o eventual risco de endividamento excessivo da empresa. Um asociedade que não paga no vencimento uma dívida líquida constantedo título que legitime a ação executiva pode ter decretada sua falência.
Para emissão de debêntures no exterior por companhias brasileiras, sendo o produto dessa emissão aplicado no Brasil, exige-se:
prévia autorização do Banco Central,
transferência dos recursos obtidos para o Brasil
registro da operação no Banco Central
possibilidade de remessa de amortizaçaõ e juros para o exterior
preferência dos credores por obrigações contraídas no Brasil
Para emissão de debêntures no exterior, por empresa brasileira, não sendo o produto dessa emissão aplicado no Brasil, exige-se:
prévia autorização do Banco Central,
impossibilidade de remessa de amortização de juros para o exterior
preferência dos credores por obrigações contraídas no Brasil
Para emissão de debêntures no exterior, por empresa estrangeira autorizada a funcionar no país, sendo o produto dessa emissão aplicado no Brasil, exige-se:
prévia autorização do Banco Central,
transferência dos recursos obtidos para o Brasil
registro da operação no Banco Central
possibilidade de remessa de amortizaçaõ e juros para o exterior
preferência dos credores por obrigações contraídas no Brasil
Emissão de debêntures no exterior, por empresa estrangeira autorizada a funcionar no país, não sendo o produto dessa emissão aplicado no Brasil, exige-se:
impossibilidade de remessa de amortização de juros para o exterior
preferência dos credores por obrigações contraídas no Brasil
TÍTULOS
Uma das formas mais importantes de captar recursos no mercado financeiro encontrada pelo Tesouro Nacional, para execução e financiamento das dívidas internas do Governo é a emissão primária de títulos públicos.
Esses títulos são apresentados sob diferentes nomenclaturas como LTN, OTN, LFT, NTN, NTF, LTN, e uma série enorme de outras siglas que identificam títulos com carecterísticas diferentes de prazo e remuneração. É importante mencionar que na sua essência títulos cumprem a missão básica de rolagem da dívida interna pelo tesouro Nacional, sempre através do Banco Central.
O mais importante desses títulos são as Notas do Tesouro Nacional (NTN). Esse foi o intrumento criado pelo Governo em 1991 com o objetivo de alongar o prazo de financiamento da dívida do Tesouro. NTNs são títulos pós-fixados com valor nominal de emissão. Sua forma de colocação é por oferta pública com realização de leilões pelo Banco Central. Além disso, os juros estão isentos de imposto de renda. Exestem vários tipos de NTNs, estes são diferenciados pela série (A, B, C, D, H, P, R, M e T).
Abaixo algumas características dos principais títulos:
Letras Financeiras do Tesouro (LFT)
BASE LEGAL: Medida Provisória nº 1.862, de 29/06/1999, Decreto nº 2.701, de 30.07.98, e Portaria MF nº 270, de 08/07/1999;
OBJETIVOS: Prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receitas e para atendimento a determinações legais;
MODALIDADE: Escritural, nominativa e negociável;
CARACTERÍSTICAS: Pós-fixadas;
PRAZOS: Mínimo 28 (vinte e oito) dias;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: Taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) para títulos públicos federais;
TAXA DE JUROS: Não há (incorporada à remuneração do título);
PAGAMENTO DE JUROS: No resgate do título;
SITUAÇÃO ATUAL: Em circulação.
Letras do Tesouro Nacional (LTN)
BASE LEGAL: Medida Provisória nº 1.862, de 29/06/1999, Decreto nº 2.701, de 30.07.98, e Portaria MF nº 270, de 08/07/1999;
OBJETIVOS: Prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receita e para atendimento a determinações legais;
MODALIDADE: Escritural, nominativa e negociável;
CARACTERÍSTICAS: Pré-fixadas;
PRAZOS: mínimo 28 dias;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: Não há;
TAXA DE JUROS: Juros implícitos no deságio do título;
PAGAMENTO DE JUROS: No resgate;
SITUAÇÃO ATUAL: Em circulação.
Bônus do Tesouro Nacional (BTN)
BASE LEGAL: Lei nº 7.777, de 01/06/89 (criação) e Lei nº 8.177, de 01/03/91 (extinção);
OBJETIVOS: Prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receita e efetuar troca voluntária por Bônus da Dívida Externa (BTN-BIB);
MODALIDADE: Escritural e nominativo-endossável;
CARACTERÍSTICAS: Pós-fixados;
PRAZOS: Até 25 anos;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: Quando da Criação, IPC ou variação da cotação de venda do dólar americano; atualmente, TR;
TAXA DE JUROS: Máximo de 12% a.a.;
PAGAMENTO DE JUROS: Semestral;
SITUAÇÃO ATUAL: Título extinto, existindo alguns ainda em circulação.
Notas do Tesouro Nacional (NTN)
BASE LEGAL: Medida Provisória nº 1.862, de 29/06/1999, Decreto nº 2.701, de 30.07.98, e Portaria MF nº 270, de 08/07/1999;
OBJETIVOS: Prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receita e para atendimento a determinações legais;
MODALIDADE:
Séries A,B, C, D, E, H, J, R1, R2, S, T e U: escriturais, nominativas e negociáveis;
Séries B (quando emitida para capitalização), F, I, L, M e P: escriturais, nominativas e inegociáveis;
CARACTERÍSTICAS: Pós-fixadas;
Série A: troca por títulos emitidos em decorrência de acordos de reestruturação da dívida externa brasileira. Emitidas em nove subséries distintas;
Série B: aumento de capital;
Série C: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Série D: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Série E: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Série F: Garantia de empréstimo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT ao Ministério da Saúde;
Série H: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Série I: Programa de Financiamento às Exportações - PROEX;
Série J: aumento de capital;
Série L: lastro passivo externo do Banco Central;
Série M: troca por bônus externos (Debt Conversion Bond e New Money Bond);
Série P: troca por recursos recebidos no âmbito do Programa Nacional de Desestatização - PND;
Séries R1 e R2: fundos de pensão;
Série S: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Séries T: Garantia de empréstimo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT ao Ministério da Saúde;
Séries U: Garantia de empréstimo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT ao Ministério do Planejamento e Orçamento;
PRAZOS:
Série A: diversos;
Série B: mínimo de 12 meses;
Série C: mínimo de 12 meses;
Série D: mínimo de 3 meses;
Série E: até 30 anos;
Série F: até 6 anos;
Série H: mínimo de 3 meses;
Série I: até 25 anos;
Série J: até 15 anos;
Série L: até 2 anos;
Série M: 15 anos;
Série P: mínimo de 15 anos;
Série R1: 2 anos;
Série R2: 10 anos;
Série S, prazo composto de dois períodos: primeiro período: mínimo de 7 dias e rendimento prefixado; segundo período: mínimo de 21 dias e rendimento pós-fixado; Série T: até 15 anos;
Série U: até 15 anos;
FATOR DE REMUNERAÇÃO:
Séries A, D, I, L, M, R1 e R2 : variação da cotação de venda do dólar americano;
Séries B e C: IGP-M;
Série E: Taxa Básica Financeira - TBF;
Séries F, H, e P: TR;
Série J: não há;
Série S: primeiro período: não há; segundo período: taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no sistema especial de liquidação e de custódia (SELIC) para títulos públicos federais;
Séries T e U: TJLP;
TAXA DE JUROS:
Série A: diversos;
Séries B, C, D e P: 6% a.a.;
Séries E, H e I: não há;
Séries F, L, e T: 5% a.a.;
Série J: taxa da LTN de 6 meses emitida em cada repactuação;
Série M: LIBOR + 0,875% a.a., limitada a 12% a.a.;
Séries R1 e R2: 8% e 12% a.a., respectivamente;
Série S: primeiro período: juros implícito no deságio do título; segundo período: não há;
Série U: 6,53% a.a.;
PAGAMENTO DE JUROS:
Séries A, C, D e J semestral;
Séries B, F, L, M, P, R1 e T: no resgate do título;
Séries E, H e I: não há;
Séries R2 e U: mensal;
Série S: no resgate do título;
SITUAÇÃO ATUAL: em circulação (exceto C, F, H, J, R1 e T).
Certificado Financeiro do Tesouro (CFT)
BASE LEGAL: Decreto nº 2.766, de 02.09.98, Decreto nº 2.830, de 29.10.98;
OBJETIVOS: atender a operações com finalidades específicas definidas em lei;
MODALIDADE:
Séries A e D: escriturais, nominativas e negociáveis;
Série B: escriturais, nominativas e inegociáveis;
CARACTERÍSTICAS:
Séries A e D: instrumento financeiro em operações estruturadas autorizadas em lei;
Série B: caução processual referente às medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica;
PRAZOS:
Séries A, B e D: até 30 anos;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: Pós-fixados;
Série A: IGP-DI;
Série B: TR;
Série D: variação da cotação de venda do dólar americano;
TAXA DE JUROS:
Séries A, B e D: até 6% ao ano;
PAGAMENTO DE JUROS:
Séries A e B: na data de resgate do Certificado;
Série D: semestralmente, com ajuste no primeiro período de fluência se necessário;
SITUAÇÃO ATUAL:
Séries A e D: em circulação
Série B: não emitido
Certificado do Tesouro Nacional (CTN)
BASE LEGAL: Decreto nº 2.701, de 30.07.98, e Resolução CMN nº 2.471, de 26.02.98;
OBJETIVOS: destinado para fins de de crédito;
MODALIDADE: Escritural, nominativa e negociável ou inegociável, conforme o caso;
CARACTERÍSTICAS: Pós-fixados;
PRAZO: 20 anos;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: com base na variação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV);
TAXA DE JUROS: juros implícitos no deságio do título;
PAGAMENTO DE JUROS: no resgate do título;
SITUAÇÃO ATUAL: em poder dos mutuários do crédito rural, custodiados nas instituições financeiras credoras das dívidas do créd
É a aplicação mais simples e tradicional, sendo uma das poucas, senão a única, em que se pode aplicar pequenas somas e Ter liquidez, apesar da perda de rentabilidade para saques fora da data de aniversário da aplicação.
A caderneta de poupança é um produto exclusivo das SCI, das carteiras imobiliárias dos bancos múltiplos, das associações de poupança e empréstimo e das caixas econômicas.
Os recursos das cadernetas de poupança devem ser aplicados de acordo com regras preestabelecidas pelo Banco Central e que, conforme as variáveis econômicas do momento, podem ser alteradas.
30% na Faixa Não Habitacional
15% em depósito compulsório no BC, recolhidos em espécie, fazendo jus à remuneração diária com base na TR mais juros anuais de 6,1%.
Os recursos remanescentes em disponibilidades financeiras e operações de faixa livre.
70% na Faixa Habitacional
80% ( no mínimo ) do percentual acima em operações no âmbito do SFH.
O restante em operações a taxas de mercado.
Caso não haja financiamento junto ao SFH que preencham os requisitos e/ou percentuais estabelecidos, os recursos da Caderneta de Poupança não aplicados devem ser depositados junto ao Banco Central, que os remunerará apenas pela TR.
Assim, de cada 100 aplicados de caderneta de poupança, 70 vão para o SFH, 30 são aplicados conforme determinação do Banco Central.
Atualmente, é remunerada pela TR da data de aniversário mais os tradicionais 0,5% a.m. Assim, a caderneta passou a Ter uma correção diferenciada para os vários dias do mês, funcionando como um CDB pós- fixado.
Os valores de remuneração da caderneta são conhecidos quando do cálculo da TR e divulgados nos principais jornais do país.
Assim, a poupança é um ativo que rende de acordo com a quantidade de dias úteis no mês e a variação da TR do período.
Ela recebe depósito de pessoa física e jurídica. A abertura pode ser feita a qualquer dia do mês, sendo que contas abertas dias 29,30 e 31 começam a Ter rendimento no início do mês.
A remuneração é mensal sem fins lucrativos. Para pessoas jurídicas com fins lucrativos, o rendimento é trimestral.
Pode - se Ter quantas cadernetas quiser, escolhendo livremente a data de aniversário. Atualmente, os bancos em função da concorrência, vêm criando alternativas e facilidades para a poupança, que viabilizem um aumento de liquidez e da facilidade de movimentação das cadernetas como por exemplo:
- depósitos e saques diretos pela conta corrente;
mesmo número e senha da conta corrente;
aplicação e resgate pelo telefone;
programação do investimento por períodos de até um ano;
possibilidade de abertura de até 28 subcontas dentro de uma única conta.
Em 14/07/1993, pela Circular 2339 do BC, foi criada uma nova modalidade de caderneta de poupança para pessoas físicas, exclusivamente com prazo mínimo de resgate de 3 meses, para absorção de rendimentos.
Além da caderneta de poupança também temos:
Caderneta de Poupança Programada
O depositante assume, por contrato, o compromisso de depositar quantias fixas e determinadas por prazos de 12,18,ou 24 meses. As taxas de remuneração são progressivas. Os rendimentos são creditados trimestralmente e há uma carência inicial de seis meses para o saque.
Caderneta de Poupança de Rendimentos Crescentes
Recebe apenas um único depósito. Os rendimentos são creditados trimestralmente e as taxas de juros são crescentes.
Suas principais características são: não se permitem saques parcelados, os depósitos são feitos sempre em múltiplos de 10; o rendimento é creditado retroativamente a cada mudança de taxa.
Caderneta de Poupança Vinculada
O BC fixou o prazo mínimo desta poupança em 36 meses com a correção de depósito sendo feita pela TR mais 6% ao ano, sendo isento de impostos.
No caso de imóveis residenciais são necessários 9 anos. Nos imóveis comerciais, o período corresponde ao dobro do prazo de poupança.
DEBÊNTURES
São títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas, visando a obtenção de recursos para financiamento de capital fixo ou de giro.
Segundo as garantias oferecidas a seus titulares, credores da companhia, a Lei das Sociedades Anônimas, Lei nº 6.404, admite a criação das seguintes espécies de debêntures ou obrigações:
Debêntures com garantia real – são aquelas em que a sociedade emissora oferece um garantia real (penhor, hipoteca ou anticrese) aos debenturistas;
Debêntures com garantia flutuante – são aquelas cuja garantia oferecida a seus titulares é o ativo total da sociedade;
Debêntures sem garantia – são aquelas destituídas de preferência entre os credores da sociedade. Assim os debenturistas, que em princípio são credores privilegiados, tornam-se meros credores quirografários;
Debêntures subordinadas – são aquelas subordinadas aos demais credores da companhia. Em caso de liquidação da sociedades, seus titulares só serão pagos após o pagamento efetuado aos credores quirográficos.
Segundo os direitos conferidos a seus titulares, as debêntures podem ser simples ou conversveis em ações.
Esses dois tipos de debêntures podem ser emitidos com cláusula de correção monetária. A diferença básica entre elas é que as últimas permitem ao investidor a opção de convertê-las em ações do capital da sociedade emissora, passando assim da condição de credor para a de sócio dessa sociedade.
Em princípio, o valor total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o valor do capital social da empresa. Entretanto, tal limite pode ser excedido nos seguintes casos:
Emissão de debêntures com garantia real, cujo montante poderá alançar até 80% do valor de seus bens gravados, próprios ou de terceiros;
Emissão de debêntures com garantia flutuante, cujo limeite poderá alcançar até 70% do valor contábil do ativo da companhia, diminuído do montante das suas dívidas garantidas por direitos reais.
Em se tratando de debêntures conversíveis em ações, o montante da emissão não poderá exceder o patrimônio líquido apurado.
Debêntures conversíveis em ação:
As debêntures quando convertidas passarão a ter as mesmas características das ações no que diz respeito à negociação, tributação, lucratividade etc. podem ser consideradas como o tipo intermediário do valor mobiliário, ou seja, um título basicamente de renda fixa, mas passível de uma transformação em um título de renda variável, admitindo-se um prazo de inconversibilidade de 90 dias, a critério da empresa, a aprtir de sua emissão. Não podem efetivamente existir ao mesmo tempo, ou são debêntures e recebem rendimentos fixos periódicos, ou são ações, tornando seus titulares beneficiários dos eventuais dividendos. Até que exerça a opção de conversão, o portador é beneficiário de um título que lhe proporciona renda fixa e ainda conserva a possibilidade de ser convertido em ações, segundo uma razão predeterminada. Uma vez exercida a opção, a debênture conversível deixa de existir.
Quanto à forma de circulação, as debêntures podem ser emitidas ao portador, nominativas ou nominativas endossáveis.
A emissão de debêntures pode acarretar vantagens para a empresa. No que diz respeito aos custos, verifica-se que os fundos necessitaodos são de longo prazo, uma única emissão de debêntures pode representar custos menores que várias operações bancárias. Entretanto, tal vantagem só ocorre em mercados desenvolvidos, como o dos Estados Unidos, onde os custos são baixos.
Outra vantagem da emissão refere-se ao controle da empresa, uma vez que tal emissão não tem implicações de alteração na situação desse controle cionário.Finalmente podemos mencionar o fator segurança sob a ótica do poupador, pois as debêntures oferecem garantias a seus titulares. São eles credores privilegiados da sociedade emissora: em caso de liquidação da companhia as debêntures serão pagas antes de quaisquer credores.
Como desvantagem, temos o eventual risco de endividamento excessivo da empresa. Um asociedade que não paga no vencimento uma dívida líquida constantedo título que legitime a ação executiva pode ter decretada sua falência.
Para emissão de debêntures no exterior por companhias brasileiras, sendo o produto dessa emissão aplicado no Brasil, exige-se:
prévia autorização do Banco Central,
transferência dos recursos obtidos para o Brasil
registro da operação no Banco Central
possibilidade de remessa de amortizaçaõ e juros para o exterior
preferência dos credores por obrigações contraídas no Brasil
Para emissão de debêntures no exterior, por empresa brasileira, não sendo o produto dessa emissão aplicado no Brasil, exige-se:
prévia autorização do Banco Central,
impossibilidade de remessa de amortização de juros para o exterior
preferência dos credores por obrigações contraídas no Brasil
Para emissão de debêntures no exterior, por empresa estrangeira autorizada a funcionar no país, sendo o produto dessa emissão aplicado no Brasil, exige-se:
prévia autorização do Banco Central,
transferência dos recursos obtidos para o Brasil
registro da operação no Banco Central
possibilidade de remessa de amortizaçaõ e juros para o exterior
preferência dos credores por obrigações contraídas no Brasil
Emissão de debêntures no exterior, por empresa estrangeira autorizada a funcionar no país, não sendo o produto dessa emissão aplicado no Brasil, exige-se:
impossibilidade de remessa de amortização de juros para o exterior
preferência dos credores por obrigações contraídas no Brasil
TÍTULOS
Uma das formas mais importantes de captar recursos no mercado financeiro encontrada pelo Tesouro Nacional, para execução e financiamento das dívidas internas do Governo é a emissão primária de títulos públicos.
Esses títulos são apresentados sob diferentes nomenclaturas como LTN, OTN, LFT, NTN, NTF, LTN, e uma série enorme de outras siglas que identificam títulos com carecterísticas diferentes de prazo e remuneração. É importante mencionar que na sua essência títulos cumprem a missão básica de rolagem da dívida interna pelo tesouro Nacional, sempre através do Banco Central.
O mais importante desses títulos são as Notas do Tesouro Nacional (NTN). Esse foi o intrumento criado pelo Governo em 1991 com o objetivo de alongar o prazo de financiamento da dívida do Tesouro. NTNs são títulos pós-fixados com valor nominal de emissão. Sua forma de colocação é por oferta pública com realização de leilões pelo Banco Central. Além disso, os juros estão isentos de imposto de renda. Exestem vários tipos de NTNs, estes são diferenciados pela série (A, B, C, D, H, P, R, M e T).
Abaixo algumas características dos principais títulos:
Letras Financeiras do Tesouro (LFT)
BASE LEGAL: Medida Provisória nº 1.862, de 29/06/1999, Decreto nº 2.701, de 30.07.98, e Portaria MF nº 270, de 08/07/1999;
OBJETIVOS: Prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receitas e para atendimento a determinações legais;
MODALIDADE: Escritural, nominativa e negociável;
CARACTERÍSTICAS: Pós-fixadas;
PRAZOS: Mínimo 28 (vinte e oito) dias;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: Taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) para títulos públicos federais;
TAXA DE JUROS: Não há (incorporada à remuneração do título);
PAGAMENTO DE JUROS: No resgate do título;
SITUAÇÃO ATUAL: Em circulação.
Letras do Tesouro Nacional (LTN)
BASE LEGAL: Medida Provisória nº 1.862, de 29/06/1999, Decreto nº 2.701, de 30.07.98, e Portaria MF nº 270, de 08/07/1999;
OBJETIVOS: Prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receita e para atendimento a determinações legais;
MODALIDADE: Escritural, nominativa e negociável;
CARACTERÍSTICAS: Pré-fixadas;
PRAZOS: mínimo 28 dias;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: Não há;
TAXA DE JUROS: Juros implícitos no deságio do título;
PAGAMENTO DE JUROS: No resgate;
SITUAÇÃO ATUAL: Em circulação.
Bônus do Tesouro Nacional (BTN)
BASE LEGAL: Lei nº 7.777, de 01/06/89 (criação) e Lei nº 8.177, de 01/03/91 (extinção);
OBJETIVOS: Prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receita e efetuar troca voluntária por Bônus da Dívida Externa (BTN-BIB);
MODALIDADE: Escritural e nominativo-endossável;
CARACTERÍSTICAS: Pós-fixados;
PRAZOS: Até 25 anos;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: Quando da Criação, IPC ou variação da cotação de venda do dólar americano; atualmente, TR;
TAXA DE JUROS: Máximo de 12% a.a.;
PAGAMENTO DE JUROS: Semestral;
SITUAÇÃO ATUAL: Título extinto, existindo alguns ainda em circulação.
Notas do Tesouro Nacional (NTN)
BASE LEGAL: Medida Provisória nº 1.862, de 29/06/1999, Decreto nº 2.701, de 30.07.98, e Portaria MF nº 270, de 08/07/1999;
OBJETIVOS: Prover recursos necessários à cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receita e para atendimento a determinações legais;
MODALIDADE:
Séries A,B, C, D, E, H, J, R1, R2, S, T e U: escriturais, nominativas e negociáveis;
Séries B (quando emitida para capitalização), F, I, L, M e P: escriturais, nominativas e inegociáveis;
CARACTERÍSTICAS: Pós-fixadas;
Série A: troca por títulos emitidos em decorrência de acordos de reestruturação da dívida externa brasileira. Emitidas em nove subséries distintas;
Série B: aumento de capital;
Série C: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Série D: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Série E: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Série F: Garantia de empréstimo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT ao Ministério da Saúde;
Série H: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Série I: Programa de Financiamento às Exportações - PROEX;
Série J: aumento de capital;
Série L: lastro passivo externo do Banco Central;
Série M: troca por bônus externos (Debt Conversion Bond e New Money Bond);
Série P: troca por recursos recebidos no âmbito do Programa Nacional de Desestatização - PND;
Séries R1 e R2: fundos de pensão;
Série S: Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna - DPMFi;
Séries T: Garantia de empréstimo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT ao Ministério da Saúde;
Séries U: Garantia de empréstimo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT ao Ministério do Planejamento e Orçamento;
PRAZOS:
Série A: diversos;
Série B: mínimo de 12 meses;
Série C: mínimo de 12 meses;
Série D: mínimo de 3 meses;
Série E: até 30 anos;
Série F: até 6 anos;
Série H: mínimo de 3 meses;
Série I: até 25 anos;
Série J: até 15 anos;
Série L: até 2 anos;
Série M: 15 anos;
Série P: mínimo de 15 anos;
Série R1: 2 anos;
Série R2: 10 anos;
Série S, prazo composto de dois períodos: primeiro período: mínimo de 7 dias e rendimento prefixado; segundo período: mínimo de 21 dias e rendimento pós-fixado; Série T: até 15 anos;
Série U: até 15 anos;
FATOR DE REMUNERAÇÃO:
Séries A, D, I, L, M, R1 e R2 : variação da cotação de venda do dólar americano;
Séries B e C: IGP-M;
Série E: Taxa Básica Financeira - TBF;
Séries F, H, e P: TR;
Série J: não há;
Série S: primeiro período: não há; segundo período: taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no sistema especial de liquidação e de custódia (SELIC) para títulos públicos federais;
Séries T e U: TJLP;
TAXA DE JUROS:
Série A: diversos;
Séries B, C, D e P: 6% a.a.;
Séries E, H e I: não há;
Séries F, L, e T: 5% a.a.;
Série J: taxa da LTN de 6 meses emitida em cada repactuação;
Série M: LIBOR + 0,875% a.a., limitada a 12% a.a.;
Séries R1 e R2: 8% e 12% a.a., respectivamente;
Série S: primeiro período: juros implícito no deságio do título; segundo período: não há;
Série U: 6,53% a.a.;
PAGAMENTO DE JUROS:
Séries A, C, D e J semestral;
Séries B, F, L, M, P, R1 e T: no resgate do título;
Séries E, H e I: não há;
Séries R2 e U: mensal;
Série S: no resgate do título;
SITUAÇÃO ATUAL: em circulação (exceto C, F, H, J, R1 e T).
Certificado Financeiro do Tesouro (CFT)
BASE LEGAL: Decreto nº 2.766, de 02.09.98, Decreto nº 2.830, de 29.10.98;
OBJETIVOS: atender a operações com finalidades específicas definidas em lei;
MODALIDADE:
Séries A e D: escriturais, nominativas e negociáveis;
Série B: escriturais, nominativas e inegociáveis;
CARACTERÍSTICAS:
Séries A e D: instrumento financeiro em operações estruturadas autorizadas em lei;
Série B: caução processual referente às medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica;
PRAZOS:
Séries A, B e D: até 30 anos;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: Pós-fixados;
Série A: IGP-DI;
Série B: TR;
Série D: variação da cotação de venda do dólar americano;
TAXA DE JUROS:
Séries A, B e D: até 6% ao ano;
PAGAMENTO DE JUROS:
Séries A e B: na data de resgate do Certificado;
Série D: semestralmente, com ajuste no primeiro período de fluência se necessário;
SITUAÇÃO ATUAL:
Séries A e D: em circulação
Série B: não emitido
Certificado do Tesouro Nacional (CTN)
BASE LEGAL: Decreto nº 2.701, de 30.07.98, e Resolução CMN nº 2.471, de 26.02.98;
OBJETIVOS: destinado para fins de de crédito;
MODALIDADE: Escritural, nominativa e negociável ou inegociável, conforme o caso;
CARACTERÍSTICAS: Pós-fixados;
PRAZO: 20 anos;
FATOR DE REMUNERAÇÃO: com base na variação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV);
TAXA DE JUROS: juros implícitos no deságio do título;
PAGAMENTO DE JUROS: no resgate do título;
SITUAÇÃO ATUAL: em poder dos mutuários do crédito rural, custodiados nas instituições financeiras credoras das dívidas do créd
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Júlio Barbosa
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março 10, 2011
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Economia
Economia.:.de onde vem o dinheiro ?
DE ONDE VEM O DINHEIRO
O DINHEIRO SÓ SE TORNA CAPITAL QUANDO É USADO PARA ADQUIRIR MERCADORIAS , OU TRABALHO COM FINALIDADE DE VENDE - LOS NOVAMENTE.QUANDO O DINHEIRO É EMPREGADO NUM EMPREENDIMENTO OU TRANSIÇÃO QUE DÁ UM LUCRO , ESSE DINHEIRO SE TRANSFORMA EM CAPITAL . É A DIFERENÇA ENTRE COMPRAR PARA USO ( FASE PRÉ - CAPITALISTA) E COMPRAR PARA VENDER COM O OBJETIVO DE GANHAR (FASE CAPITALISTA).
O CAPITALISTA É O DONO DOS MEIOS DE PRODUÇÃO --EDIFÍCIOS , MÁQUINAS , MATÉRIA -PRIMA , ETC. COMPRA A FORÇA DE TRABALHO . É DA ASSOCIAÇÃO DESSAS DUAS COISAS QUE DECORRE A PRODUÇÃO CAPITALISTA.
ANTES DA IDADE CAPITALISTA , O CAPITAL ERA ACUMULADA PRINCIPALMENTE ATRAVÉS DO COMÉRCIO TERMO ELÁSTICO , SIGNIFICANDO NÃO APENAS A TROCA DE MERCADORIAS , MAS INCLUINDO TAMBÉM A CONQUISTA , SEQUE EXPLORAÇÃO.FOI A PARTIR DO SÉCULO XVI QUE SE COMEÇOU A REUNIR CAPITAL EM VOLUME BASTANTE GRANDE PARA SATISFAZER TODA NESSECIDADE . DEPOIS DA HOLANDA , A INGLATERRA ERA O MAIS IMPORTANTE PAÍS CAPITALISTA.
É PRECISO , ALGO MAIS DO QUE O CAPITAL ACUMULADO , ANTES QUE A PRODUÇÃO CAPITALISTA EM GRANDE ESCALA PUDESSE COMEÇAR . O CAPITAL , ISTO É , PARA DAR LUCRO , ENQUANTO NÃO HOUVER O TRABALHO NECESSÁRIO PARA PROPORCIONAR ESSE LUCRO.
PORTANTO ERA NECESSÁRIO TAMBÉM UMA OFERTA DE TRABALHO ADEQUADA . NO SÉCULO XX , COM O DESEMPREGO EM TODA PARTE , É DIFÍCIL COMPREENDER QUE HOUVE UM TEMPO NO QUAL ARRANJAR TRABALHADORES PARA A INDUSTRIA CONSTITUÍA UM VERDADEIRO PROBLEMA . FOI NA INGLATERRA QUE O CAPITALISMO EM GRANDE ESCALA SE DESENVOLVEU A PRINCÍPIO , E POR ISSO SUAS ORIGENS ALI SÃO MAIS EVIDENTES .
HOUVE FECHAMENTOS DE TERRA NO SÉCULO XVI , XVIII E EM PRINCÍPIOS DO SÉCULO XIX .EMBORA O MOVIMENTO DE FECHAMENTO SEJA MAIS TÍPICO NA INGLATERRA, OCORREU EM PROPORÇÕES MENORES NO CONTINENTE EUROPEU.
NO TODO , AS CIRCUNSTÂNCIAS DAS CLASSES MAIS BAIXAS SÃO MODIFICADAS , PARA PIOR , SOB QUASE TODOS OS ASPECTOS . DE PEQUENOS OCUPANTES DA TERRA SÃO REDUZIDOS A CONDIÇÃO DE TRABALHADORES DIARISTAS E ASSALARIADOS.
A PERDA DOS DIREITOS `COMUNS ATINGIU DURAMENTE OS INGLESES . NA FRANÇA CRESCEU A CLASSE DO PEQUENO CAMPONÊS PROPRIETÁRIOS , MAS NA INGLATERRA , ONDE O CAPITALISMO INDUSTRIAL SE DESENVOLVEU MAIS RAPIDAMENTE DO QUE EM QUALQUER OUTRO LUGAR ,O PEQUENO PROPRIETÁRIO DESAPARECEU QUASE TOTALMENTE.
EXPULSAR DAS TERRAS AS CLASSES MAIS BAIXAS TIVERAM DE SE TORNAR ASSALARIADOS . O FECHAMENTO FOI UMA DAS PRINCIPAIS FORMAS DE OBTER O NECESSÁRIO SUPRIMENTO DE MÃO-DE-OBRA PARA INDUSTRIA.
O TRABALHO MANUAL FOI LIQUIDADO PELA QUEDA DOS PREÇOS PELA CONCORRÊNCIA DA MÁQUINA. DESSA FORMA , COMEÇOU A EXISTIR A CLASSE TRABALHADORA SEM PROPRIEDADES , QUE COM A ACUMULAÇÃO DO CAPITAL TORNA-SE ESSENCIAL AO CAPITALISMO INDUSTRIAL.
A ACUMULAÇÃO DE CAPITAL VEIO DO COMÉRCIO PRIMITIVO MAIS A EXISTÊNCIA DE UMA CLASSE DE TRABALHADORES SEM PROPRIEDADES , PRE NUNCIAVAM O INICIO DO CAPITALISMO INDUSTRIAL.
CAPÍTULO 15
REVOLUÇÃO NA INDUSTRIA , AGRICULTURA , TRANSPORTE .
O APARECIMENTO DA MÁQUINA A VAPOR FOI O NASCIMENTO DO SISTEMA FABRIL EM GRANDE ESCALA . ERA POSSÍVEL TER MÁQUINAS A VAPOR SEM FÁBRICAS .
O SISTEMA FABRIL , COM SUA ORGANIZAÇÃO EFICIENTE EM GRANDE ESCALA E SUA DIVISÃO DE TRABALHO , REPRESENTOU UM AUMENTO TREMENDO NA PRODUÇÃO . AS MERCADORIAS SAIAM DAS FÁBRICAS EM UM RITMO INTENSO . ESSE AUMENTO DA PRODUÇÃO FOI EM PARTE PROVOCADO PELO CAPITAL ABRINDO CAMINHO NA DIREÇÃO DOS LUCROS.
A ABERTURA DE MERCADOS DAS TERRAS RECÉM-DESCOBERTAS FOI UMA CAUSA IMPORTANTE DESSE AUMENTO . AS MERCADORIAS PRODUZIDAS NAS FÁBRICAS ENCONTRAVAM TAMBÉM UM MERCADO INTERNO SIMULTANEAMENTE COM O MERCADO EXTERNO . ISSO DEVIDO AO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DA PRÓPRIA INGLATERRA.
O MAIOR CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DA INGLATERRA NO SÉCULO XVIII , FOI DEVIDO A UM AUMENTO NA TAXA DE NATALIDADE OU A UMA QUEDA NA TAXA DE MORTALIDADE .
TALVEZ OUTRA CAUSA DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO ESTIVESSE NO FATO DE QUE AS PESSOAS SE ALIMENTAVAM MELHOR GRAÇAS A PROCESSOS SURPREENDENTES NA AGRICULTURA . TAL COMO HOUVE UMA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL , HOUVE TAMBÉM UMA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA .
HOUVE MELHORAMENTOS NAS FERRAMENTAS E MÁQUINAS USADAS NA INDUSTRIA ASSIM NO SÉCULO XVIII VIU NOVOS E MELHORES ARADOS , ENXADAS , ETC. , USADOS NA AGRICULTURA .
FOI O MOVIMENTO DE FECHAMENTO DE TERRAS DE EFEITOS TÃO TERRÍVEIS NOS POBRES , QUE POSSIBILITOU TODO ESSE MELHORAMENTO NOTÁVEL NA TÉCNICA , CIÊNCIA E FERRAMENTAS AGRÍCOLAS , EM GRANDE ESCALA .
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO TORNOU LUCRATIVA A AGRICULTURA . A REVOLUÇÃO NA INDUSTRIA E AGRICULTURA FOI ACOMPANHADA PELA REVOLUÇÃO NOS TRANSPORTES .
A REVOLUÇÃO NOS TRANSPORTES NÃO SÓ POSSIBILITOU A AMPLIAÇÃO DO MERCADO INTERNO EM TODAS AS DIREÇÕES COMO TAMBÉM POSSIBILITOU AO MERCADO MUNDIAL TORNA-SE IGUAL AO MERCADO INTERNO .
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO AS REVOLUÇÕES NO TRANSPORTES , AGRICULTURA E INDUSTRIA , TUDO ISSO ESTAVA CORRELACIONADO .
AGIAM E REAGIAM MUTUALMENTE . ERAM FORÇAS ABRINDO UM MUNDO NOVO.
DADOS DO LIVRO
AUTOR =
NOME DO LIVRO = HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM.
CAPÍTULO = 14 OU 15 , PÁG. 156 ATÉ 174 .
FATORES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
ECONÔMICOS.
O COMÉRCIO SE DESENVOLVEU MUITO NA INGLATERRA JUNTO A REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL.
SÉC. XVIII O COMÉRCIO SE ESPALHOU PELO MUNDO E ISSO FEZ COM QUE SEU CAPITAL CRESCESSE . CRIOU MERCADO PARA OS PRODUTOS INDUSTRIAIS E OUTRO PARA FORNECER MATÉRIAS PRIMAS . O CAPITAL FOI CRESCENDO MAIS E MAIS ATRAVÉS DE ALUGUEIS DE TERRAS , SOBRE OS QUE PRODUZIAM MATÉRIAS - PRIMAS E NOS PREÇOS COMO O CAPITAL ESTAVA EM EXCESSO FACILITA EMPRÉSTIMO PARA INDUSTRIAS , POIS JUROS COBRADOS ERAM BAIXOS . COM ISSO INVESTIRAM NAS MÁQUINAS QUE COMPENSAVA OS GASTOS . NA INGLATERRA O CARVÃO E O FERRO FORAM IMPORTANTES NO FUNCIONAMENTO E NA CONSTRUÇÃO DAS MÁQUINAS
SOCIAIS.
COM A CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS NÃO SÓ FATOR ECONÔMICO TEVE SEU LUCRO COMO TAMBÉM NO SOCIAL , OU SEJA , AS PESSOAS PASSARAM A TER UMA CONDIÇÃO DE VIDA MELHOR EM RELAÇÃO A ( HIGIENE ) NA SAÚDE , E NA ALIMENTAÇÃO QUE FAZ PARTE DA AGRICULTURA , QUE MELHOROU MUITO TAMBÉM DEPOIS DA CRIAÇÃO DAS MÁQUINAS COM ISSO AS PESSOAS PASSARAM A VIVER MAIS , AUMENTOU A POPULAÇÃO , O QUE FEZ A INDUSTRIA OBTER MAIS LUCRO , POIS GANHOU MAIS MÃO DE OBRA E CONSUMIDORES .
POLÍTICOS.
O PODER POLÍTICO (1688 ) SÉCULO XVII ESTAVA NAS MÃOS DOS BURGUESES , SEU DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ERA GRANDE .
ORGANIZARAM UM SISTEMA DE CIRCULAÇÃO CONSTRUINDO ESTRADAS E PORTOS O COMÉRCIO EXTERIOR , ASSIM TAMBÉM COMO O INTERIOR NA PASSAGEM DE MERCADORIAS.
Texto gentilmente cedido por Tatyana Sales (adfsales@sti.com.br)
BIBLIOTECA VI
O DINHEIRO SÓ SE TORNA CAPITAL QUANDO É USADO PARA ADQUIRIR MERCADORIAS , OU TRABALHO COM FINALIDADE DE VENDE - LOS NOVAMENTE.QUANDO O DINHEIRO É EMPREGADO NUM EMPREENDIMENTO OU TRANSIÇÃO QUE DÁ UM LUCRO , ESSE DINHEIRO SE TRANSFORMA EM CAPITAL . É A DIFERENÇA ENTRE COMPRAR PARA USO ( FASE PRÉ - CAPITALISTA) E COMPRAR PARA VENDER COM O OBJETIVO DE GANHAR (FASE CAPITALISTA).
O CAPITALISTA É O DONO DOS MEIOS DE PRODUÇÃO --EDIFÍCIOS , MÁQUINAS , MATÉRIA -PRIMA , ETC. COMPRA A FORÇA DE TRABALHO . É DA ASSOCIAÇÃO DESSAS DUAS COISAS QUE DECORRE A PRODUÇÃO CAPITALISTA.
ANTES DA IDADE CAPITALISTA , O CAPITAL ERA ACUMULADA PRINCIPALMENTE ATRAVÉS DO COMÉRCIO TERMO ELÁSTICO , SIGNIFICANDO NÃO APENAS A TROCA DE MERCADORIAS , MAS INCLUINDO TAMBÉM A CONQUISTA , SEQUE EXPLORAÇÃO.FOI A PARTIR DO SÉCULO XVI QUE SE COMEÇOU A REUNIR CAPITAL EM VOLUME BASTANTE GRANDE PARA SATISFAZER TODA NESSECIDADE . DEPOIS DA HOLANDA , A INGLATERRA ERA O MAIS IMPORTANTE PAÍS CAPITALISTA.
É PRECISO , ALGO MAIS DO QUE O CAPITAL ACUMULADO , ANTES QUE A PRODUÇÃO CAPITALISTA EM GRANDE ESCALA PUDESSE COMEÇAR . O CAPITAL , ISTO É , PARA DAR LUCRO , ENQUANTO NÃO HOUVER O TRABALHO NECESSÁRIO PARA PROPORCIONAR ESSE LUCRO.
PORTANTO ERA NECESSÁRIO TAMBÉM UMA OFERTA DE TRABALHO ADEQUADA . NO SÉCULO XX , COM O DESEMPREGO EM TODA PARTE , É DIFÍCIL COMPREENDER QUE HOUVE UM TEMPO NO QUAL ARRANJAR TRABALHADORES PARA A INDUSTRIA CONSTITUÍA UM VERDADEIRO PROBLEMA . FOI NA INGLATERRA QUE O CAPITALISMO EM GRANDE ESCALA SE DESENVOLVEU A PRINCÍPIO , E POR ISSO SUAS ORIGENS ALI SÃO MAIS EVIDENTES .
HOUVE FECHAMENTOS DE TERRA NO SÉCULO XVI , XVIII E EM PRINCÍPIOS DO SÉCULO XIX .EMBORA O MOVIMENTO DE FECHAMENTO SEJA MAIS TÍPICO NA INGLATERRA, OCORREU EM PROPORÇÕES MENORES NO CONTINENTE EUROPEU.
NO TODO , AS CIRCUNSTÂNCIAS DAS CLASSES MAIS BAIXAS SÃO MODIFICADAS , PARA PIOR , SOB QUASE TODOS OS ASPECTOS . DE PEQUENOS OCUPANTES DA TERRA SÃO REDUZIDOS A CONDIÇÃO DE TRABALHADORES DIARISTAS E ASSALARIADOS.
A PERDA DOS DIREITOS `COMUNS ATINGIU DURAMENTE OS INGLESES . NA FRANÇA CRESCEU A CLASSE DO PEQUENO CAMPONÊS PROPRIETÁRIOS , MAS NA INGLATERRA , ONDE O CAPITALISMO INDUSTRIAL SE DESENVOLVEU MAIS RAPIDAMENTE DO QUE EM QUALQUER OUTRO LUGAR ,O PEQUENO PROPRIETÁRIO DESAPARECEU QUASE TOTALMENTE.
EXPULSAR DAS TERRAS AS CLASSES MAIS BAIXAS TIVERAM DE SE TORNAR ASSALARIADOS . O FECHAMENTO FOI UMA DAS PRINCIPAIS FORMAS DE OBTER O NECESSÁRIO SUPRIMENTO DE MÃO-DE-OBRA PARA INDUSTRIA.
O TRABALHO MANUAL FOI LIQUIDADO PELA QUEDA DOS PREÇOS PELA CONCORRÊNCIA DA MÁQUINA. DESSA FORMA , COMEÇOU A EXISTIR A CLASSE TRABALHADORA SEM PROPRIEDADES , QUE COM A ACUMULAÇÃO DO CAPITAL TORNA-SE ESSENCIAL AO CAPITALISMO INDUSTRIAL.
A ACUMULAÇÃO DE CAPITAL VEIO DO COMÉRCIO PRIMITIVO MAIS A EXISTÊNCIA DE UMA CLASSE DE TRABALHADORES SEM PROPRIEDADES , PRE NUNCIAVAM O INICIO DO CAPITALISMO INDUSTRIAL.
CAPÍTULO 15
REVOLUÇÃO NA INDUSTRIA , AGRICULTURA , TRANSPORTE .
O APARECIMENTO DA MÁQUINA A VAPOR FOI O NASCIMENTO DO SISTEMA FABRIL EM GRANDE ESCALA . ERA POSSÍVEL TER MÁQUINAS A VAPOR SEM FÁBRICAS .
O SISTEMA FABRIL , COM SUA ORGANIZAÇÃO EFICIENTE EM GRANDE ESCALA E SUA DIVISÃO DE TRABALHO , REPRESENTOU UM AUMENTO TREMENDO NA PRODUÇÃO . AS MERCADORIAS SAIAM DAS FÁBRICAS EM UM RITMO INTENSO . ESSE AUMENTO DA PRODUÇÃO FOI EM PARTE PROVOCADO PELO CAPITAL ABRINDO CAMINHO NA DIREÇÃO DOS LUCROS.
A ABERTURA DE MERCADOS DAS TERRAS RECÉM-DESCOBERTAS FOI UMA CAUSA IMPORTANTE DESSE AUMENTO . AS MERCADORIAS PRODUZIDAS NAS FÁBRICAS ENCONTRAVAM TAMBÉM UM MERCADO INTERNO SIMULTANEAMENTE COM O MERCADO EXTERNO . ISSO DEVIDO AO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DA PRÓPRIA INGLATERRA.
O MAIOR CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DA INGLATERRA NO SÉCULO XVIII , FOI DEVIDO A UM AUMENTO NA TAXA DE NATALIDADE OU A UMA QUEDA NA TAXA DE MORTALIDADE .
TALVEZ OUTRA CAUSA DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO ESTIVESSE NO FATO DE QUE AS PESSOAS SE ALIMENTAVAM MELHOR GRAÇAS A PROCESSOS SURPREENDENTES NA AGRICULTURA . TAL COMO HOUVE UMA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL , HOUVE TAMBÉM UMA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA .
HOUVE MELHORAMENTOS NAS FERRAMENTAS E MÁQUINAS USADAS NA INDUSTRIA ASSIM NO SÉCULO XVIII VIU NOVOS E MELHORES ARADOS , ENXADAS , ETC. , USADOS NA AGRICULTURA .
FOI O MOVIMENTO DE FECHAMENTO DE TERRAS DE EFEITOS TÃO TERRÍVEIS NOS POBRES , QUE POSSIBILITOU TODO ESSE MELHORAMENTO NOTÁVEL NA TÉCNICA , CIÊNCIA E FERRAMENTAS AGRÍCOLAS , EM GRANDE ESCALA .
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO TORNOU LUCRATIVA A AGRICULTURA . A REVOLUÇÃO NA INDUSTRIA E AGRICULTURA FOI ACOMPANHADA PELA REVOLUÇÃO NOS TRANSPORTES .
A REVOLUÇÃO NOS TRANSPORTES NÃO SÓ POSSIBILITOU A AMPLIAÇÃO DO MERCADO INTERNO EM TODAS AS DIREÇÕES COMO TAMBÉM POSSIBILITOU AO MERCADO MUNDIAL TORNA-SE IGUAL AO MERCADO INTERNO .
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO AS REVOLUÇÕES NO TRANSPORTES , AGRICULTURA E INDUSTRIA , TUDO ISSO ESTAVA CORRELACIONADO .
AGIAM E REAGIAM MUTUALMENTE . ERAM FORÇAS ABRINDO UM MUNDO NOVO.
DADOS DO LIVRO
AUTOR =
NOME DO LIVRO = HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM.
CAPÍTULO = 14 OU 15 , PÁG. 156 ATÉ 174 .
FATORES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
ECONÔMICOS.
O COMÉRCIO SE DESENVOLVEU MUITO NA INGLATERRA JUNTO A REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL.
SÉC. XVIII O COMÉRCIO SE ESPALHOU PELO MUNDO E ISSO FEZ COM QUE SEU CAPITAL CRESCESSE . CRIOU MERCADO PARA OS PRODUTOS INDUSTRIAIS E OUTRO PARA FORNECER MATÉRIAS PRIMAS . O CAPITAL FOI CRESCENDO MAIS E MAIS ATRAVÉS DE ALUGUEIS DE TERRAS , SOBRE OS QUE PRODUZIAM MATÉRIAS - PRIMAS E NOS PREÇOS COMO O CAPITAL ESTAVA EM EXCESSO FACILITA EMPRÉSTIMO PARA INDUSTRIAS , POIS JUROS COBRADOS ERAM BAIXOS . COM ISSO INVESTIRAM NAS MÁQUINAS QUE COMPENSAVA OS GASTOS . NA INGLATERRA O CARVÃO E O FERRO FORAM IMPORTANTES NO FUNCIONAMENTO E NA CONSTRUÇÃO DAS MÁQUINAS
SOCIAIS.
COM A CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS NÃO SÓ FATOR ECONÔMICO TEVE SEU LUCRO COMO TAMBÉM NO SOCIAL , OU SEJA , AS PESSOAS PASSARAM A TER UMA CONDIÇÃO DE VIDA MELHOR EM RELAÇÃO A ( HIGIENE ) NA SAÚDE , E NA ALIMENTAÇÃO QUE FAZ PARTE DA AGRICULTURA , QUE MELHOROU MUITO TAMBÉM DEPOIS DA CRIAÇÃO DAS MÁQUINAS COM ISSO AS PESSOAS PASSARAM A VIVER MAIS , AUMENTOU A POPULAÇÃO , O QUE FEZ A INDUSTRIA OBTER MAIS LUCRO , POIS GANHOU MAIS MÃO DE OBRA E CONSUMIDORES .
POLÍTICOS.
O PODER POLÍTICO (1688 ) SÉCULO XVII ESTAVA NAS MÃOS DOS BURGUESES , SEU DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ERA GRANDE .
ORGANIZARAM UM SISTEMA DE CIRCULAÇÃO CONSTRUINDO ESTRADAS E PORTOS O COMÉRCIO EXTERIOR , ASSIM TAMBÉM COMO O INTERIOR NA PASSAGEM DE MERCADORIAS.
Texto gentilmente cedido por Tatyana Sales (adfsales@sti.com.br)
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