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sexta-feira, junho 17, 2011

Educaçao Fisica.:.Sistema Cardiovascular em Repouso

SISTEMA CARDIOVASCULAR EM REPOUSO


Sabemos que o débito cardíaco em repouso, varia entre 5 a
8,0 litros/minuto em indivíduos destreinados e nos fisicamente aptos. O
débito cardíaco (Volume de sangue ejetado na aorta em um minuto) é
medido pelo produto do Volume Sistólico (VS) vezes a freqüência
cardíaca (FC), ou seja: DC = VS x FC.

O volume sistólico, em repouso, em indivíduo do sexo
masculino destreinado é, em média, 70 a 90ml por sístole e 100 a 120ml
no indivíduo treinado. Em mulheres destreinadas entre 50 a 70ml e de 70
a 90ml por sístole nas treinadas. Durante a diástole, o enchimento dos
ventrículos, normalmente, aumenta o volume de cada Ventrículo para
cerca de 120 a 130ml que se denomina VOLUME DIASTÓLICO FINAL
(VDF). Durante a sístole, o ventrículo esvazia-se de 70 a 90ml (VOLUME
SISTÓLICO). O volume que permanece, cerca de 50m a 60ml, é
denominado VOLUME SISTÓLICO FINAL (VSF).

A freqüência cardíaca em repouso varia, em indivíduos
normais, em 40bpm (atletas de resistência, maratonista por exemplo) a
valores próximos a 100bpm. Em média, em indivíduos sedentários, a
freqüência cardíaca em repouso está entre 70 a 90bpm. Pode-se observar
que a freqüência cardíaca de repouso é mais baixa nos indivíduos atletas,
pois esta diminuição é uma conseqüência dos programas de treinamento
físico. A freqüência cardíaca em repouso é alterada enormente com o uso
de medicamentos (betabloqueadores, efedrina, etc.), estado emocional,
fatores ambientais (calor, frio), tabagismo e outros fatores.

Do ponto de vista de PRESSÃO SANGÜÍNEA (força que
impulsiona o sangue através do sistema circulatório) temos que
considerar o conceito básico de que o sangue flui de uma área de alta
pressão para outra de menor pressão. A pressão mais alta obtida no
sistema arterial é denominada PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA (PAS) e a
mais baixa PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA (PAD). A média das
pressões sistêmicas sistólicas e diastólicas, durante o ciclo cardíaco
completo, é denominada PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM). Ela
representa a somatória de todas as pressões que existem no leitor vascular
do organismo e está relacionada ao débito cardíaco e à resistência
periférica pela equação DC = PAM/R, onde R representa a resistência
periférica total (calibre dos vasos), ou seja, a resistência ao fluxo
sangüíneo causada pela fricção entre o sangue e as paredes dos vasos. Os
vasos sangüíneos são elásticos, de modo que a vasocontricção e a
vasodilatação, que ocorrem primariamente nas arteríolas, controlam
grande quantidade de fluxo sangüíneo através do sistema circulatório.

O coração deve ejetar sangue na aorta, de modo a manter um
satisfatório gradiente de pressão sangüíneo (adequado). O fluxo
sangüíneo direciona-se aos capilares (local das trocas gasosas e
nutrientes), dependendo da pressão arterial média e da resistência a este
fluxo. A resistência ao fluxo está relacionada aos diâmetros internos das
arteríolas e dos esfíncteres pré-capilares.

Por último faremos algumas considerações sobre RETORNO
VENOSO e DIFERENÇA ARTERIOVENOSA (A - VO2 DIF.). O sangue que
volta ao coração é chamado de retorno venoso e este parâmetro guarda
íntima relação com o enchimento ventricular (VDF) e o débito cardíaco.
Fatores como hiperventilação (ação diafragmática), bombeamento dos
músculos dos músculos em atividade nos membros inferiores, efeito
(manobra) de Valsalva (aumento da pressão intratorácica) e
vasoconstricção alteram o retorno venoso e, portanto, modificam o débito
cardíaco.

Dentro os valores normais de pH, PO2 e PCO2 o sangue
arterial transporta 200ml de oxigênio (20% do volume) para cada litro de
sangue, entretanto o sangue venoso transporta somente cerca de 150ml de
oxigênio, portanto, uma Diferença Arteriovenosa (A - VO2 dif.) de 50ml
de oxigênio para cada 1000ml de sangue. Logo, em repouso, o consumo
de oxigênio (VO2) pelos tecidos está em torno de 250ml O2/min, se
considerarmos um débito cardíaco de 5 litros/minutos. O débito cardíaco
relaciona-se à Diferença Arteriovenosa pela equação:

DC = VO2/A - VO2 dif


COMPORTAMENTO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA
DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO


A freqüência cardíaca (FC) aumenta linearmente com a
intensidade do esforço físico (ver tabela 1.4) e com o aumento do
consumo de oxigênio (VO2). A intensidade do exercício físico é o
principal determinante do aumento da freqüência cardíaca durante
exercício. A importância da freqüência cardíaca em Fisiologia do Esforço
e Ergometria é enorme e podem-se resumir nos seguintes fatos:


1- É um parâmetro de fácil medida. Pode ser medida antes, durante
e após os esforços físicos.
2- Nos testes ergométricos submáximos, ainda é o parâmetro
fisiológico mais usado para medir o consumo máximo de oxigênio.
(Nomograma de Astrand - método ainda muito usado, ver tabela 1.3).
3- É um parâmetro utilizado para classificar a intensidade dos
esforços físicos (ver tabela 1.4).
4- É, ainda, o principal parâmetro utilizado para prescrever
atividades físicas dentro de intensidades recomendadas pelo Colégio
Norte-Americano de Ciência do Esporte, que aconselha intensidades de
60 a 85% da FCM (freqüência cardíaca máxima - ver tabelas 1.5 e 1.6).


Segundo o Colégio Norte-Americano de Ciência do Esporte
devem-se prescrever intensidades de exercícios físicos entre 60-85% da
FCM. Assim, por exemplo, se um gripo de indivíduos entre 30 a 40 anos
necessita iniciar um programa de condicionamento físico, como se deve
prescrever a intensidade de esforços físicos para este grupo?



Tabela 1.4
Classificação da Intensidade dos Esforços Físicos de acordo com a
Freqüência Cardíaca

Intensidade
FC


Muito Leve
75-100
Leve
101-120
Moderada
121-140
Intensa
141-160
Pesada
161-175
Exaustiva
> 175
Para indivíduos de 20 a 55 anos


Tabela 1.5
Freqüências Cardíacas Submáximas Recomendadas para
Condicionamento Físico para Indivíduos com Sistema
Cardiopulmonar Normal. Uso da Fórmula de Karvonen



Observa-se pelas tabelas 1.5 e 1.6 que a intensidade dos
esforços está entre 60-85% da FCM, ou seja, entre 117-162bpm (tabela
1.6) ou entre 132-155bpm (tabela 1.5). No início de programas de
atividade física devem-se sempre prescrever intensidades de 60-70% da
FCM, principalmente para indivíduos sedentários e idosos.

Se a freqüência cardíaca não aumenta, quando a intensidade
do exercício físico cresce, a resposta é anormal e a atividade física deverá
ser interrompida. Este fenômeno denomina-se incompetência
cronotrópica de esforço. Deve-se lembrar que: 1- as mesmas influências
neurais e humorais que aumentam o volume sistólico, durante o exercício
físico, também aumentam a freqüência cardíaca; 2- o volume sistólico
torna-se máximo, em intensidades submáximas de esforços físicos e
maiores aumentos do débito cardíaco são possíveis somente através do
aumento da freqüência cardíaca e 3- a freqüência cardíaca, como resposta
ao exercício, pode variar consideravelmente de pessoa para pessoa.


SISTEMA DE ABSORÇÃO - TRANSPORTE E
UTILIZAÇÃO DO OXIGÊNIO DURANTE O
EXERCÍCIO FÍSICO


O consumo de oxigênio depende das capacidades individuais
de absorver oxigênio; transportar oxigênio; entregar oxigênio e utilizar
oxigênio.

Devemos considerar que, em altitudes menores de 100m,
existe uma concentração adequada de oxigênio no ar ambiente para levá-
lo aos alvéolos pulmonares (há mais que suficiente área alvéolo-capilar
para absorver oxigênio) e manter a PO2 arterial em saturações acima de
95%, mesmo durante exercícios físicos intensos. O transporte de oxigênio
para a periferia depende da quantidade de sangue circulante e da
capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue (hemácia -
hemoglobina - hematócrito). O débito cardíaco tem sido considerado o
principal fator limitante no transporte de oxigênio durante o exercício.
Por sua vez, o débito cardíaco depende do volume sangüíneo, do volume
sistólico e freqüência cardíaca (todos inter-relacionados). A diferença na
saturação arteriovenosa nos pulmões é outro fator que realmente
determina a quantidade de oxigênio a ser transportado. Felizmente, a
gradiente de oxigênio alvéolo-capilar é suficiente para sobrecarregar a
hemoglobina em 98% saturada, mesmo com reduzida afinidade
hemoglobina-oxigênio, como em casos de acidez e hemácias com elevada
concentração de 2,3 difosfoglicerato. A entrega do oxigênio aos tecidos é
dependente do gradiente de pressão de oxigênio aos tecidos é dependente
do gradiente de pressão de oxigênio entre os capilares e células e da
distância de difusão dos tecidos. Os tecidos com maior vascularidade
(maior número de capilares por área) receberão maior quantidade de
oxigênio. A utilização de oxigênio pela célula dependente, no caso dos
músculos esqueléticos, de sua concentração de mioglobina, número de
mitocôndrias e enzimas. O aumento de VO2 max, após programas de
condicionamento físico, deve-se à melhora e aumento das capacidades
individuais de absorver, transportar, entregar e utilizar oxigênio e não
somente ,melhor capacidade funcional do sistema de transporte de
oxigênio. Há inclusive situações em que o indivíduo não melhora seu
sistema de transporta de oxigênio (significativamente) após
condicionamento físico, apesar de aumento significativo de VO2 max.
Acredita-se neste caso que a melhora (efeito de treinamento) ocorreu com
a melhora da utilização do oxigênio pelas fibras musculares. As
concentrações de mioglobina, número e tamanho das mitocôndrias,
atividade enzimática e oxidação de gorduras são alteração bioquímicas e
metabólicas que aumentam após o condicionamento físico aeróbico e que
melhoram principalmente a capacidade de extração e utilização de
oxigênio pelas fibras musculares. Portanto, pode-se afirmar que o VO2
max como sendo a quantidade de oxigênio que o indivíduo consegue
captar do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e
utilizar à nível celular na unidade de tempo.

O fornecimento de oxigênio aumenta devido ao:

1- aumento do débito cardíaco que é conseguido por aumento de
freqüência cardíaca (FC) e do volume sistólico (VS).
2- aumento de extração de oxigênio representada pela diferença
artério-venosa (A - VO2).

Durante o exercício, o teor de oxigênio no sangue arterial é
bastante uniforme, mas o teor de oxigênio no sangue venoso cai a níveis
muito baixos, na maioria dos tecidos com taxa metabólica aumentada. A
captação (utilização) de oxigênio durante o exercício aumenta em função
do fluxo sangüíneo aumentado nos músculos esqueléticos e do grau de
treinamento das fibras musculares destes músculos em atividade. Os
músculos esqueléticos treinados extraem mais oxigênio devido:

1- maior teor de mioglobina
2- maior número e tamanho de mitocôndrias
3- maior atividade e concentração das enzimas envolvidas no ciclo
de Krebs
4- maior capacidade de oxidação de gorduras
5- maiores concentrações de glicogênio muscular
6- aumento da densidade capilar (mais capilares por fibras
musculares)


VO2 MAX COMO ÍNDICE METABÓLICO


Durante exercício físico, a quantidade de oxigênio, requerida
no metabolismo, depende de qual tipo de substrato energético está sendo
metabolizado. Se forem usados carboidratos unicamente, queimam-se
5,05Kcal (quilocalorias) para cada litro de oxigênio consumido, e quando
a utilização é mista (gordura e carboidrato) a equivalência energética está
em torno de 4,83Kcal, para cada litro de O2 consumido. Para fins
práticos, usa-se a seguinte equivalência - 1l de O2 consumido = 5Kcal
liberada (ou gasta). Uma outra equivalência básica é o fato de que 1MET
eqüivale a 3,5ml (Kg/min)-1. A importância de fornecer o custo
metabólico (energético) de uma atividade física em METs deve-se ao fato
de facilitar a quantificação das unidades bioenergéticas. Assim, quando se
diz que uma atividade física exige um custo energético de 4METs, este
valor quer dizer que este custo é 4 vezes superior ao metabolismo basal,
ou seja, 4 vezes o custo energético nas condições de repouso. Deste
modo, facilita-se a precisão de exercícios físicos e dietas para atletas e
obesos. Conhecendo o gasto energético de uma atividade física, pode-se
prudentemente planejar a dieta para manter um adequado balanço
energético, inclusive calcular o peso de gordura corporal que seria
perdido durante o exercício físico (um gasto energético de 7730Kcal
eqüivale a 1Kg de gordura metabolizada). Tabelas fornecem o custo
energético em METs para exercícios físicos diversos. Mas, o mais
importante é saber manusear e converter unidades de VO2 max em
unidades metabólicas. Exemplo 1: um indivíduo de 80Kg fez teste
ergométrico e mediu-se o VO2 max de 10METs (35ml (Kg.min)-1), pois,
sabe-se que 1MET = 3,5ml (Kg/min)-1. Como este indivíduo tem 80Kg,
durante exercício máximo, ele consome no máximo 2,8 litros O2/min
(35ml x 80Kg = 2800ml = 2,8 litros). Logo pode-se concluir que este
indivíduo suporta exercícios de no máximo 14Kcal/min (1l de O2
consome 5Kcal/min e 2,8l de O2 consome 14Kcal/min). Em resumo, este
indivíduo tem um VO2 max de 35ml O2/Kg min, 10MTs ou 14Kcal/min.
Exemplo 2: indivíduo de 85Kg faz caminhada de 5Km/h de duração de
uma hora/dia. Qual o custo o custo energético desta atividade física
diariamente?

- 5METs eqüivale a 17,5ml (kg.min)-1 . (5 x 3,5)
- Indivíduo de 85 Kg - logo: 85 x 17,5 = 1490ml/min = 1,49l/min
- O custo energético é de 7,4Kcal/min (5 x 1,49 = 7,4Kcal/min)
- O custo energético em 60min é igual a 444Kcal (7,4 x 60)

O fato de saber o custo energético de uma atividade física
facilita adequar a capacidade física do indivíduo com a mesma. Por
exemplo, a maioria dos cardíacos possui o VO2 max menor que 22ml
O2/Kg min (6METs). Sabe-se que atividades ocupacionais contínuas e
prolongadas só são suportadas em torno de 1/3 de sua capacidade máxima
aeróbica e, no caso dos cardíacos, atividades em torno de 7ml O2/Kg min.
são suportáveis numa jornada de trabalho físico contínuo. Suponha-se que
uma determinada atividade física consuma uma média de 5Kcal por
minuto. Logo, somente indivíduos com capacidade aeróbica máxima
(VO2 max) de 15Kcal/min. suportariam tal esforço físico em jornada de 8
horas. Estudos epidemiológicos norte-americanos apresentam para os
adultos sedentários valores de VO2 max entre 9 - 11METs (33 - 38ml (Kg
min)-1). Os mais elevados valores encontram-se entre 20 - 21METs, em
atletas. Em resumo, pode-se deduzir que o VO2 max é de grande
importância nas áreas de Cardiologia, Medicina do Trabalho, Esporte e
Nutrição. Basta obter o VO2 max de um indivíduo, para converter este
valor encontrado em três diferentes unidades. Como exemplo, caminhar a
5Km/h tem um custo energético de 4 - 5METs, 5 - 6Kcal/min ou 14 -
18ml (Kg min)-1, num indivíduo de aproximadamente 70Kg. Mas este
valor varia num indivíduo de 85Kg. Logo, com as informações do VO2 e
custo energético das atividades físicas recreacionais, ocupacionais e
esportivas, pode-se adequar o homem, permitindo-lhe corretamente
executar tarefas dentro da sua tolerância de esforço.


IDADE, SEXO, FATORES GENÉTICOS E VO2 MAX


Acredita-se que se avaliar o VO2 max, numa população
homogênea, ou seja, maratonistas - sexo masculino - faixa etária de 20-30
anos, cidade do Rio de Janeiro, mesmo método de avaliação, etc., a
variabilidade dos resultados dependerá de fatores genéticos
predeterminados. A capacidade funcional máxima de cada indivíduo
depende de seu potencial genético, do sexo e faixa etária que se encontra.
Podem haver diferenças de 40% no VO2 max em gêmeos monozigóticos
quando um treina e outro não. Numa população homogênea entre homens
e mulheres, por exemplo, tenistas de alto nível, masculino ou feminino,
faixa etária de 20-25 anos etc., as mulheres apresentam menores valores
absolutos de VO2 max. Mas as mulheres respondem aos treinamentos
físicos da mesma forma e magnitude dos homens. Com relação à idade H.
DeVries salienta que as mulheres e idosos respondem ao treinamento
físico do mesmo modo que os jovens, considerando os fatores de correção
e o VO2 max inicial do início do programa. A potência aeróbica máxima
(VO2 max) das mulheres é menor que a dos homens cerca de 15 a 25%.


GINÁSTICA


1- Ginástica - do gr. gymnádzein, 'treinar, fazer ginástica', em
sentido próprio, 'exercitar-se nu', de gymnós, 'nu', já que os
gregos faziam nus os exercícios.
2- Conceituação - Ginástica é o conjunto de exercícios corporais
sistematizados e aplicados com fins competitivos, educativos,
formativos, artísticos ou terapêuticos. Como modalidade
esportiva, nela se conjugam a força, a agilidade e a elasticidade.
3- História - A ginástica se apresenta com características distintas,
nas sucessivas épocas históricas em que se desenvolveu.
3.1- Origens - O homem começou a praticar os primeiros
exercícios físicos obrigados pelas lutas de sobrevivência. À
medida em que se consolidavam as comunidades, as
necessidades de conquista e defesa deram origem à criação
dos exércitos, cada povo tentando aprimorar-se nos
exercícios físicos, fundamentais ao apuro dos guerreiros.
3.2- Antigüidade - A cultura grega foi a primeira a constatar que
os exercícios físicos tinham outras aplicações além da
preparação dos soldados. Os esportes cujo conjunto de
modalidades os gregos definiam por ginástica ocuparam
lugar proeminente em sua civilização.
3.3- Idade Media - Os espetáculos sangrentos das arenas e circos
romanos desprestigiaram de tal maneira a prática do esporte
como competição, que, mesmo depois da queda do império,
os jovens continuaram a não demonstrar qualquer interesse
pelos exercícios físicos. Os exercícios físicos voltaram a ser
praticados quase que exclusivamente nos exércitos, para a
preparação dos soldados.
3.4- Renascimento - O interesse pelas civilizações antigas,
durante o Renascimento, levou a redescoberta dos exercícios
físicos, que tiveram tão importante papel na mais evoluída
até então, de todas as culturas, a grega.
3.4.1- As escolas do Renascimento fizeram da Educação
Física uma parte importante do sistema educacional
então vigorante e incluíram em seus programas de
atividades os exercícios de equitação, corridas
pedestres, salto, esgrima, diversos jogos com bolo e
outras modalidades esportivas, praticadas todos os
dias pelos alunos, ao ar livre e sem limitação do
tempo.
3.5- Idade Contemporânea - A ginástica, no entanto, como
modalidade esportiva no aproveitamento dos exercícios
físicos só começa aparecer na Europa em meados do séc.
XVIII. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) tem seu nome
ligado ao reaparecimento da cultura física como fator de
educação.
3.5.1- Despertou na Europa, nessa época, o interesse pela
ginástica, em torno da qual se criaram quatro escolas
principais: a inglesa, a alemã, a sueca e a francesa.
3.5.2- Escola inglesa - Os ingleses, quando começaram a
participar da ginástica, não se propunham aprimorar
o novo esporte, fazendo-o apenas como base para
outras modalidades atléticas e jogos.
3.5.3- Escola alemã - Entre os humanistas responsáveis pela
evolução e difusão da ginástica em todo o mundo,
Guts Muths (1759-1839) escreveu uma das obras
mais importantes sobre o assunto. Como modalidade
esportiva, todavia, à ginastica se tornou uma
realidade, na Alemanha, com Johann Bernhard
Basedow (1723-1790), que levou os exercícios
físicos a se constituírem em parte essencial de um
plano educativo harmônico e integral, ao fundar, em
1774, o instituto Philanthropinum, em Dessau,
verdadeiro laboratório pedagógico.
3.5.4- Basedow foi o primeiro a fazer dos exercícios físicos
parte definida do programa educativo das escolas
primarias, distinguido-os dos das escolas especiais,
como as de cavalaria e academias.
3.5.5- Mais tarde, as idéias pedagógicas de Guts Muths
foram de certo modo suplantadas, na Alemanha, pelo
conteúdo patriótico-social da obra de Friedrich
Ludwig Jahn (1778-1852). Com Janh, nasceu a
Turnkunst, denominação que servia para abolir o
termo Gymnastik, a fim de acentuar o caráter
nacional de seu sistema. A Turnkunst, com o passar
dos anos, acabou-se por transformar-se na ginástica
internacional ou olímpica.
3.5.6- Escola sueca - Um holandês, Franz Nachtegall (1777-
1847), filho de um alfaiate alemão, foi quem fez
chegar a Escandinávia as idéias de Guts Muths. Em
1799, como professor do Philanthropinum de
Copenhague, fundou o primeiro instituto privado de
ginástica na Europa. Autor de um livro, Ginástica
para jovens, teve influência fundamental na criação
da cadeira de ginástica nas escolas primarias, em
1801, sendo também o principal responsável pela
criação, em 1804, do Instituto Militar de Ginástica,
primeiro estabelecimento especial desse tipo nos
tempos modernos.
3.5.7- Escola Francesa - As idéias de Guts Muths e Jahn
sobre ginástica foram aproveitadas por Francisco
Amorós y Ondeano, coronel do exército espanhol,
exilado em Paris por questões políticas. Diretor do
Ginásio Normal Militar desde sua criação em 1818,
pôs em prática seu próprio método de ginástica, a
amorosiana, conjunto de exercícios tomados aos dois
mestres alemães, com modificações, especialmente
na parte dos aparelhos.
3.5.8- A ginástica de Amorós conheceu, na época, sucesso
rápido, embora seu caráter militar e suas exigências
rigorosas merecessem severas críticas. Dominou, não
obstante, e totalmente, o panorama militar e civil na
França, por intermédio da obra de seu criador e
seguidores.
3.5.9- Introdução da Ginástica no Brasil - A ginástica
apareceu no Brasil no começo do séc. XIX,
introduzida por imigrantes europeus, feitos m Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Educaçao Fisica.:.O Que é Massagem?

O que é mesmo massagem?

Uma definição genérica é a de que a massagem vem a ser um conjunto de técnicas aplicadas com as mãos (nem sempre), sobre a pele, com finalidades estéticas ou terapêuticas.

Grupos e objetivos

Para muitos, a massagem pode ser dividida em dois grupos: as de origem oriental e as ocidentais.

Outros preferem classificá-las de acordo com o objetivo. Sendo assim, temos o grupo das que visam a manipulação energética (buscando equilíbrio) e as que buscam a desintoxicação (e a conseqüênte nutrição) do tecido através da circulação de retorno, venosa ou linfática. Estas últimas, quando aplicadas, trazem consigo aumento dos movimentos involuntários, se houverem, na área massageada.

Também há os que classificam a massagem quanto ao que sensibilizam: Terminais Energéticos e Terminais Nervosos. As massagens chamadas Reflexas (podal, quirodal e auricular) sensibilizam terminais nervosos, diferentemente das que procuram sensibilização de terminais energéticos (shiatsu, entre outras).

Quando a sensibilização é nervosa não existe preocupação de “sedar” ou “tonificar”. Já quando se faz sensibilização de terminais energéticos isto é fundamental. Quanto a esta classificação é importante que se atente que não se pode manipular circulação venosa ou linfática sem sensibilizar terminais nervosos.

Em outras palavras, a massagem que visa a desintoxicação celular pelo retorno venoso ou linfático também incrementará os movimentos involuntários, se houverem, na região em que é aplicada.

Contra-indicações

Temos, então, quem as massagens pertencentes a este grupo, em especial a massagem pelo estilo Sueco e a Drenagem Linfática, toda vez que aplicadas aumentarão a circulação e os movimentos involuntários, se houverem, na área massageada. Saber disto é imperativo pois sobre estes efeitos é que se fundamentam as indicações e contra-indicações das massagens pertencentes a este grupo.

A massagem estará indicada toda vez que o aumento da circulação resultante ou dos movimentos involuntários forem prejudiciais ao paciente. Pode acontecer que um dos efeitos seja benéfico mas o outro prejudicial. Neste caso ela estará contra-indicada. Exemplo: gravidez.

O aumento da circulação não seria, necessariamente prejudicial se a massagem fosse feita na região do útero, pois limparia e nutriria aquela região. Contudo, junto com o incremento circulatório, haveria aumento dos movimentos involuntários na área e estes estariam contra-indicados. Notem que se tivermos em mente estes dois fundamentos não precisaremos de uma lista de indicações e outra de contra-indicações.

Desintoxicação

A massagem que tem por objetivo a desintoxicação celular por retorno venoso ou linfático tema propriedade de provocar outros efeitos se variarmos apenas dois componentes: pressão e velocidade.

Quando lenta e superficial tem propriedades relaxantes e analgésicas;
Quando lenta e profunda tem propriedades desintoxicantes;
Quando rápida e profunda tem propriedades nutritivas, tonificantes;
Quando rápida e superficial tem propriedades excitantes do sistema nervoso.

Uma massagem para cada caso

Refletindo um pouco sobre estas propriedades notamos que no tratamento terapêutico, os dois primeiros efeitos são os mais indicados. É verdade que há casos terapêuticos que necessitarão dos outros. Na massagem estética costuma-se usar o terceiro efeito. Na massagem desportiva, antes do “esporte”, usa-se o terceiro e quarto efeitos e, após o esporte, o primeiro e o segundo.

Na estética, a esteticista deveria abordar sua paciente (hoje, refere-se a alguém que procura tratamento estético como paciente e, na verdade, não o deixa de ser) com visão “holística” e, se assim o fizer, antes de aplicar uma massagem com objetivos tonificantes faria uma massagem desintoxicante.

Rubens J. Balestro


Rubens J. Balestro é massoterapeuta, diretor da Escola de Massoterapia SOS CORPO e conselheiro da Assoc. De Ensino Profissionailizante do Rio Grande do Sul – AEPERS Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Educaçao Fisica.:.Esporte e Saúde

ESPORTE E SAÚDE – GUIA PRÁTICO

Apresentação

O homem moderno vem deixando de lado as práticas esportivas, o que muitas vezes leva a um estilo de vida sedentário e provoca distúrbios como má alimentação, obesidade, tabagismo, estresse, doenças coronarianas, etc.

Como reação a essa atitude, a ciência do esporte vem desenvolvendo estudos e demonstrando a importância que a prática constante de uma atividade física bem planejada tem para que as pessoas possam ter uma vida mais saudável.


Motivos importantes para a prática da atividade física


1 – Auto estima
A prática regular de exercícios aumenta a confiança do indivíduo.

2 – Capacidade Mental
Pessoas ativas apresentam reflexos mais rápidos, maior nível de concentração e memória mais apurada.

3 – Colesterol
Exercícios vigorosos e regulares aumentam os níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade, o “bom colesterol”) no sangue, fator associado à redução dos riscos de doenças cardíacas.

4 – Depressão
Pessoas com depressão branda ou moderada, que praticam exercícios de 15 a 30 minutos em dia alternados, experimentam uma variação positiva do humor já após a terceira semana de atividade.

5 – Doenças Crônicas
Os sedentários são duas vezes mais propensos a desenvolver doenças cadíacas. A atividade física regula a taxa de açúcar no sangue, reduzindo o risco de diabetes.

6 – Envelhecimento
Ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o declínio das habilidades físicas, os exercícios podem ajudar a manter a independência física e a habilidade para o trabalho, retardando o processo de envelhecimento.

7 – Ossos
Exercícios regulares com pesos são acessórios fundamentais na construção e manutenção da massa óssea.

8 – Sono
Quem se exercita “pega” no sono com mais facilidade, dorme profundamente e acorda restabelecido.

9 – Stress e Ansiedade
A atividade física libera os hormônios acumulados durante os momentos de stress. Também funciona como uma espécie de tranqüilizante natural – depois do exercício a pessoa experimenta uma sensação de serenidade.
Conceitos importantes para a prática da atividade física


Avaliação Física

Antes de iniciar um programa de atividade física regular, é fundamental a realização de uma avaliação física para a prevenção de quaisquer riscos à sua saúde. Esta avaliação de estado de aptidão inclui quatro áreas.

força muscular;
flexibilidade articular;
composição corporal (percentual de gordura, peso corporal magro e peso corporal desejável);
capacidade funcional cádio-respiratória.

Todos estes dados colaboram para a formulação correta de um programa de exercícios individualizado, baseado no estado de saúde e de aptidão da pessoa.

Avaliação Correta

Adquira, progressivamente, bons hábitos alimentares. Faça cerca de 5 a 6 refeições moderadas por dia.

O café da manhã deve ser rico e diversificado, constituindo uma das principais refeições.

Elimine ou evite de sua dieta os alimentos que só contribuem com calorias e que não têm valor nutritivo.

Evite chá, café e álcool, pois podem causar uma indesejável diminuição da eficiência muscular.

Prefira água e sucos naturais, em detrimento de bebidas artificiais.

Evite alimentos gordurosos, pois além de prejudicar o processo digestivo, aumentam o colesterol e o percentual de gordura no organismo.

Inserir alimentos ricos em carboidratos é muito importante, porém o excesso pode ser transformado em gordura e depositado no tecido adiposo.

Use a roupa correta

Na prática da atividade física, a escolha da roupa é importante.

Não utilize aquelas que dificultam a troca de temperatura entre o corpo e o meio ambiente (evite tecidos sintéticos).

Prefira roupas claras, leves e que mantenham a maior parte do corpo em contato com o ar, facilitando a evaporação do suor.

Use tênis apropriado para a modalidade física escolhida.




Prepare seu corpo antes da atividade física – Alongamento e Aquecimento


O alongamento é a forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização de movimentos de amplitude normal, com o mínimo de restrição possível, preparando assim o corpo para a atividade a ser realizada, evitando riscos aos músculos esqueléticos, tendões e articulações. Ele deve ser realizado antes e após os treinos. Ao executar os movimentos, fique atento à postura correta, mantendo a respiração lenta e profunda. Assim os resultados serão melhores.

O aquecimento deve durar de 5 a 20 minutos, utilizando 50% da sua capacidade máxima de condicionamento. Os objetivos deste preparo (aquecimento) são o aumento da temperatura corporal e a melhora da flexibilidade, evitando lesões nas regiões a serem estimuladas pelo exercício.

Volta a calma – resfriamento do organismo

Ao término do seu treino, não pare bruscamente: diminua progressivamente a intensidade da sua atividade. Com isso você conseguirá obter um estado de relaxamento do sistema nervoso central, aumentando a descontração da musculatura e otimizando a recuperação metabólica.


Sequência de alongamento para antes e depois da atividade física.




Freqüência e Intensidade do Programa de Exercícios

Para se adquirir um bom condicionamento, por meio de um programa eficiente de treinamento, deve-se levar em consideração os principais fatores que afetam as melhoras induzidas pelo treinamento. São estes: o nível inicial de aptidão, a freqüência, a intensidade, a duração e o tipo (modalidade) de treinamento.

A intensidade é estabelecida no exercício em termos de percentual da resposta da frequência cardíaca máxima individual.

Níveis de treinamento que proporcionam melhora na aptidão aeróbica, variam entre 60 e 85% da freqüência máxima, dependendo do nível de capacidade aeróbica individual.

A freqüência de treinamento aeróbico deve ser de, no mínimo, três vezes por semana.


Tabela de cálculo

Para obter os níveis ideais de freqüência cardíaca para uma atividade física, faça o seguinte cálculo:

F.C. máxima = 220 – (sua idade)

Este resultado deve ser multiplicado pelo percentual que varia de acordo com o seu nível de condicionamento físico.

Como saber qual é o percentual adequado para você:

Iniciantes: entre 60 e 65%
Intermediários: entre 65 e 75%
Avançados: entre 75 e 85%

Os percentuais citados são apenas sugestivos. Procure um profissional de educação física para que ele possa orientá-lo e acompanhá-lo adequadamente.



Tabela de Freqüência

Nos primeiros espaços devem ser utilizados ospercentuais de F. C. de acordo com o nível decondicionamento e suas respectivas F. C..

Exemplo: Tenho 25 anos e sou sedentário. Cálculo220-25=195. Esta é a freqüência cardíaca máxima que deve ser multiplicada pelo percentual que varia de acordo com o nível de condicionamento.

F. C. inicial: freqüência cardíaca ainda em repouso.
F. C. durante: freqüência cardíaca na metade do tempo de trabalho ou no momento de maior intensidade.
F. C. final: freqüência cardíaca no término do exercício, antes da diminuição da intensidade.
F. C. de recuperação: freqüência cardíaca após 1 minuto do término da atividade.
Tempo de Trabalho: duração do tempo total de treino.

Intensidade do exercício: medir a intensidade do exercício em treinos realizados em aparelhos orgométricos, como esteiras, bicicletas, etc, considerando velocidade, inclinação ou níveis de carga. Se estiver nadando ou correndo na rua, considere a distância percorrida.

Nível de esforço: relacione qual das opções reflete onível de esforço desprendido para realizar a atividade.

Obs.: Faça cópias das tabelas seguintes para seucontrole freqüente.






Atividade Física
Apesar do procedimento correto, podem ocorrer dores ou até lesões


Prevenção de Contusões

Tão importante quanto a prática de exercícios é a prevenção de danos que possam surgir. De acordo com pesquisas, as pessoas que não praticam exercícios com freqüência – às vezes chamadas de atletas de fim de semana – apresentam 3 vezes mais danos físicos quando comparadas com participantes de esportes organizados, e 9 entre 10 desses danos são deslocamentos e luxações, normalmente resultados do desequilíbrio entre a força muscular utilizada e a tolerância pessoal.

Exercícios e Dor

Respeite seu nível de aptidão e seu condicionamento físico para não exceder limites e provocar possíveis lesões. Seu corpo precisa de tempo para sofrer as adaptações necessárias para a melhora de condicionamento. Isto significa que as melhoras são progressivas. A dor é um bom indício para a intensidade correta de estímulo a ser empregada.

Lembre-se: se doer, pare.

Tratamento de Contusões

As dicas apresentadas por este guia são muito importantes para a prevenção dos danos físicos, mas mesmo com o maior cuidado durante o condicionamento, elas podem ocorrer. Para a maioria dos atletas amadores, o dano normalmente não é grave. Na verdade, a maior parte das lesões pode ser tratadas em casa, seguindo os seguintes procedimentos.

Descanse
Pare imediatamente qualquer exercício ou movimento da parte do corpo lesada. O descanso proporciona melhora. Use um apoio (pode ser uma muleta) para evitar colocar o peso sobre a perna, joelho, tornozelo ou pé, e use uma tala ou tipóia para imobilizar o braço com lesão.

Gelo
Aplique gelo o mais rápido possível. O frio causa uma vasocontrição, ou seja, faz com que as veias se contraiam, ajudando a parar sangramentos internos. Com isso, acumula-se o mínimo possível de sangue no local da lesão. A aplicação deve ser feita por aproximadamente 30 min, depois o gelo deve ser removido por 2 horas até a pele esquentar. Repita a aplicação do gelo por 3 a 5 vezes diariamente. Atenção: nunca ponha coisas quentes sobre uma lesão. O calor dilata os vasos sangüineos, resultando em inchaço. O calor só é apropriado após o término de sangramento interno, usualmente 72 horas após um deslocamento ou luxação.

Compressão
Envolva a lesão com uma bandagem elástica ou um pedaço de pano para reduzir o inchaço, diminuir a movimentação e o esforço na área lesada. Mantenha a bandagem firme, mas não aperte em excesso.

Elevação
Elevar a área de lesão acima do nível do coração, se possível, para que a gravidade drene o excesso de fluxo sangüineo. Este procedimento também diminui o inchaço e a dor.

Além destes procedimentos, você poderá utilizar um analgésico para aliviar as dores provenientes de músculos, tendões e ligamentos lesados.



Material desenvolvido com apoio do professor de educação física Wagner Gasparini, graduado pela FMU, pós-graduado em Treinamento Desportivo pela FMU e pós-graduado em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Educaçao Fisica.:.Educação Física e Esportes

Educação Física e Esportes

O texto “Educação Física e Esportes: Perspectivas para o século XXI” de Ademir Gebara, procura mostrar o surgimento da Educação Física, dentro de um sistema de evolução, problematização e solução.
Define o que é Educação Física buscando seu significado no passado e trazendo uma definição mais ampla para o presente com intenção de melhoras para o futuro.


“Para falar do presente e futuro é necessário conhecer o passado”

Assim ao falar das perspectivas para a Educação Física no Brasil é necessário viajar ao passado e buscar suas bagagens.
No período de 1.850 e o final do século, evidenciou-se o significado da “Educação Física”. A partir daí, novas pesquisas foram feitas a fim de buscar o seu núcleo gerador que deparasse com uma resposta conclusiva.
Em 1.890 na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, foi encontrada(e, ainda hoje é disponível) uma obra chamada “Tratado”(Mello Franco) que expõe um conjunto de conhecimentos sobre higiene e pediatria. Certas questões estavam interligadas a que se pretendia em Educação Física, atualmente esse manual não corresponde ao que pretendemos na área.
Em 1.854, desenvolveu-se regras às mães com preocupação com o meio ambiente, alimentação e atividade física , tornando a Educação Física mais complexa.
O Brasil traz consigo um nível grande de alterações, na política , educação e cultura e, devido a isso, a busca para compreender o homem brasileiro tornou-se evidente. A Educação Física foi interpretada de várias formas ( como “educação corpórea” , “arte da conservação dos meninos”, “educação medicinal”, “educação natural” ( foi consagrada em 1.761, na Academia de Harlem.
A Educação implica o intelectual, moral e físico e também, o desenvolvimento do espírito e dos costumes.
Em meados do século passado a Educação Física foi vista num ramo de educação e medicina.


OBJETO DE ESTUDO







SABER MÉDICO SABER PEDAGÓGICO



A Educação Física não deve se limitar somente no físico, e sim, no intelectual também.






1.978 - ênfase aos fatores sociais - relação atividade física e saúde



Também merece destaque o “tratamento militarista” a fim de reeducar o corpo do homem militar tornando-o mais dócil, corajoso e subordinado, e, conseqüentemente, apto a passar as resultantes da ginastica aos seus descendentes. Assim, se encontrando num mesmo ponto de vista a “instrução física” e a “Ed. Física”.
A relação da ginástica escolar e medicina é um ângulo importante, pois a ginástica seria uma parte da medicina que ensina como conservar e restabelecer a saúde por meio do exercício, permitindo um porte físico mais adequado, desenvolvimento físico melhor, fortalecimento da saúde , disciplina escolar, e progresso nos estudos, constituindo assim, um corpo sadio e disciplinado. A ginástica tem uma seção teórica e outra prática para menores e maiores de 10 anos.
Para os menores - a teoria fica a segundo plano e a prática compõe exercícios livres.
Para os maiores de 10 anos - a teoria abrange várias fontes para um melhor conhecimento do corpo humano, tais como: anatomia, anatomia animal, estrutura do corpo, peso do corpo, estrutura humana e tamanhos fora do comum, ciclo vital, aparelhos e funções, órgãos do movimento, esqueleto, beleza plástica, osteologia, artrologia.

“Para a prática é necessário conhecer a teoria.”

No início do século XX, a introdução dos esportes modernos no Brasil viriam compor a “Educação Física”. Exemplo : futebol.
E , em 1.920, ocorreu a sua escolarização que significa a prática obrigatória da Educação Física nas escolas brasileiras, com mais ênfase nos anos 30(serviu na construção da nacionalidade brasileira). A legislação criou um projeto pedagógico isolando a disciplina das outras.
Depois dos anos 60, novidades permitiram um desenvolvimento histórico na área, como o movimento ETP(tese de mestrado por Kátia Brandão), e a consolidação da educação Física no 3º grau e pós-graduação.
Essa disciplina é acadêmica, embora restam dúvidas se ela alcançou esse status. Pois está diante do objeto de estudo ( movimento humano, mas fragmentado pelo conhecimento.
O problema da Educação Física no 3ºgrau é que repete o que se trabalha no 2ºgrau, não se envolve profundamente na reflexão e conhecimento, se encontra esterilizado, assim a pós-graduação propiciara condições para o desequilíbrio qualitativo do ensino/pesquisa.
Um dos Problemas se encontra na teoria, pois é necessário um estudo mais aprofundado para um melhor conhecimento. A insuficiência de orientadores efetivos e recursos materiais, a ausência de pesquisa na área, a inexistência de uma política de estímulo, permitem uma disciplina estagnada. Por isso, o acréscimo de propostas de integrar especializações aos mestrados.
Alguns fatos significativos ocorreram de 1.987 a 1.991 ( “desenvolvimento do sistema” (surgimento de novas conquistas na área com crescimento lento e mais integração, diversificação e política), avanço na produção acadêmica(com definição de áreas de conhecimento) e melhoria da infra-estrutura do sistema.
Atualmente, os acadêmicos são mais multipolarizados, integrados, diversificados e politicamente mais organizados e menos corporativos.


Para avaliar a educação Física é necessária uma discussão mais aprofundada para suas perspectivas futuras. Trata-se de um objeto historicamente conformado e colado a práticas sociais, culturais, afetivas, ambientais. A à crise da Educação Física deve ser pensada com as premissas dialéticas e como um estado permanente, intrínseco ao objeto. As perspectivas para a área apresentam-se capazes de incorporar outras áreas de conhecimento: (ação motriz) - a despoluição também merecerá destaque diante da política diante da política e prática do lazer. E se tratando dos dispositivos, será importante o sistema de comunicação no mundo contemporâneo que continuarão sendo apreciados na educação Física.
A novidade será o desporto espetáculo, uma área parcialmente autônoma da Educação Física.


Conclusão


É muito importante a atual preocupação diante do profissional de Educação Física para o próximo século. Para que haja um avanço na área, o profissional deve buscar aperfeiçoar seu conhecimento com mais profundidade.
Procurar conhecer o corpo humano detalhadamente, buscar uma linguagem de fácil aprendizagem, mergulhar na filosofia. Não deve parar no tempo e sim, caminhar junto com a evolução.
É necessário conhecer o seu passado, buscar suas origens para que o presente seja melhor e o futuro mais garantido, buscando, assim, trabalho dentro da área, novos métodos de ensinar e de linguagem visando um sucesso maior para a Educação Física.

Palmiro Neto Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Educaçao Fisica.:.Capoeira Angola & SOMA

Capoeira Angola & SOMA

"Capoeira Angola, mandinga de escravo em ânsia de liberdade. Seu princípio não tem método e o seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista." Mestre Pastinha


A Capoeira Angola foi a manifestação mais decisiva no processo de resistência nos séculos de escravidão no Brasil. Ela nasceu para libertar o negro. A SOMA, uma terapia anarquista, também nasceu num período de resistência contra o autoritarismo, durante a ditadura militar, atuando sobre o indivíduo e sua liberdade de ser. Duas épocas, dois momento em que a natureza inventa formas criativas de reação contra aquilo que tenta bloquear seu desenvolvimento espontâneo.

Os negros africanos no Brasil, movidos por seu instinto de sobrevivência, reagiram desenvolvendo uma estratégia de luta: a Capoeira Angola. Disfarçando a luta em dança, o escravo pode treinar a única arma que possuia, o seu corpo. Os movimentos de ataque e defesa vieram da observação do funcionamento dos instrumentos de trabalho (martelo, foice), das formas de luta dos animais (coice de mula, rabo de arraia) e da cultura original mesclada a uma cultura estranha.

O desenvolvimento da SOMA é fruto da associação original de diversas áreas da ciência que estudam a vida e seus bloqueios, numa visão libertária. A SOMA buscou na Capoeira Angola um trabalho corporal bioenergético baseado nas idéias de Reich e acabou encontrando também Gestalt e a antipsiquiatria. A Angola trabalha a conscientização e a comunicação do movimento corporal, o aqui e agora da percepção clara da realidade e do equilíbrio energético alcançado. E depois de anos de pesquisa, descobrimos no jogo, na roda e na vida do angoleiro a mesma ideologia anarquista da SOMA.

A organização social que cria situações como a escravidão no período colonial ou a misérias nas sociedadesa atuais é a mesma. O autoritarismo de um senhor da Casa Grande querendo explorar outro homem, pois se considera superior e proprietário, é o mesmo de um empresário ou político corrupto que explora a miséria social em seu benefício. São os indivíduos autoritários que geram a sociedade autoritária. E é o anarquismo a ideologia que busca indivíduos livres, combatento todas as formas de autoritarismo. Indivíduos livres são amorosos, não são perversos. O homem livre busca e se relaciona solidariamente.

A capoeira depois da libertação dos escravos continuou a existir, sempre próxima as classes exploradas, aos marginais da sociedade. Ela evoluiu, modificou-se, mas sempre manteve sua ideologia de libertação. Hoje, só a Capoeira Angola preserva esta ideologia, com a mandinga, a estratégia, o jogo, o diálogo. A capoeira regional passou a ser esporte e competição em busca do melhor, da campeão. Na Angola não há melhor, não dá para comparar porque cada angoleiro é diferente do outro. Melhor não é a pessoa e sim a oportunidade.

Vicente Ferreira Pastinha, mestre Pastinha guardião da Capoeira Angola, costumava dizer que "cada um é cada um", mostrando sintonia com o anarquismo, pois o angoleiro leva a ética da roda para a sua vida. A SOMA tem o privilégio de relacionar a Capoeira Angola com o anarquismo e vice-versa. A ideologia da Natureza com uma estratégia vital.
Hoje só faz SOMA quem faz Capoeira Angola, porque temos certeza de que isto acelera o processo terapêutico, que significa mudança ideológica no cotidiano. Quem não faz SOMA também se beneficia do poder libertário da Capoeira Angola. Por isso, não queremos modificar, nem deturpar a capoeira e sim, pesquisar e jogar com os verdadeiros angoleiros.

O prazer de jogar capoeira só acontece num jogo com diálogo, troca, abertura, fechamento, desafio, brincadeira, um aprendizado, um relacionamento que também se deseja fora da roda. Um bom jogo é uma relação afetiva libertária, é uma relação produtiva autogestiva. Fora do jogo, sentado na roda ou nos instrumentos, puxando o corrido ou respondendo o coro, a relação de solidariedade que se procura desenvolver na Capoeira Angola é o jeito que os anarquistas querem a sociedade onde vivem. Sem autoritarismo, sem miséria social, sem escravidão. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...