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sábado, julho 09, 2011

Sociologia.:.Reforma Agrária

Reforma Agrária
                No nosso país do vale tudo, nesse momento histórico, de lideranças políticas e administradoras imorais e sem qualquer ética, tudo acontece, tudo se trama, e os privilégios se mantém e a corrupção é alimentada e mantida, por indivíduos, para os quais a impunidade é garantida.

                Neste vale tudo também está o  movimento dos excluídos pelos preconceitos sociais, injustiçados: negros, os portadores de deficiência mentais e física, os miseráveis abandonados pelas ruas, os menores carentes, as prostitutas, os sem-teto e os sem-terra.

                Deste contingente da população, os sem-terra, a quem é negada um pedaço de nosso imenso solo fértil para ser trabalhado, para garantir sua sobrevivência e a esperança de melhores condições de vida num enfoque de justiça social.

                Dentro deste quadro desesperador do vale tudo, estudaremos o movimento dos sem-terras, igualmente excluídos e lutando para conseguir sua aceitação através do direito inalienável da participação, inserido na Democracia.
  
REFORMA AGRÁRIA

A mudança da distribuição  ou da estrutura de propriedade da terra, em geral efetuada a partir de iniciativas governamentais. Os sistemas de propriedade da terra variam  consideravelmente e têm grande importância para estrutura social e política de um país. As terras podem ser mantidas de forma cooperativa por famílias ou em pequenos lotes individuais, ou por um pequeno número de latifundiários (propriedades de grandes extensões de terra). Dependendo do contexto social e político, a reforma agrária pode ter propósitos diversos e adquirir diferentes formatos: pode visar à criação de uma sociedade mais igualitária, abolindo relações de tipo feudal e conquistando o apoio dos camponeses, e dando-lhes maior participação na sociedade; pode também objetivar maior eficiência econômica, criando um padrão de propriedade de terras maximiza o investimento e a produtividade; ou pode procurar impor um padrão socialista de propriedade, no qual em geral não é permitida a propriedade de terras por indivíduos isolados. As medidas aplicadas variaram desde a redistribuição geral das terras à imposição de um limite máximo para cada proprietário, e da completa abolição da propriedade privada a tentativas de alterar os termos sob os quais arrendatários trabalham a terra de um latifundiário. Nos tempos modernos, a primeira redistribuição de terras ocorreu na França, após a Revolução de 1789, que criou o padrão de pequenas fazendas familiares que se mantêm no país até hoje.

 A QUESTÃO AGRÁRIA HOJE


As reivindicações dos trabalhadores rurais

               A reforma agrária que os trabalhadores rurais em geral reivindicam não é a pulverização antieconômica da terra; é sim uma redistribuição da renda, de poder e de direitos, aparecendo as formas multifamiliar e cooperativa como alternativas viáveis para o não fracionamento da propriedade. Em resumo, não desejam a mera distribuição de pequenos lotes, o que apenas os habilitaria a continuarem sendo uma forma de barateamento da mão-de-obra para as grandes propriedades. Mas almejam uma mudança na estrutura política e social no campo, sobre a qual se assenta o poder dos grandes proprietários de terras.

               A política de crédito rural subsidiado ilustra bem essa tríplice aliança entre indústria, bancos e latifundiários, hoje, no Brasil. Como regra, apenas os grandes proprietários têm acesso ao crédito, pelo menos naqueles programas que são mais vantajosos. De um lado, porque o crédito é para comprar: tratores, colhedeiras, adubos e defensivos químicos, etc. De outro, porque a burocracia bancária dá preferência ao grande, porque o custo operacional de um financiamento, por exemplo, de mil reais é o mesmo que o de um bilhão. Resumindo, ganham os grandes fazendeiros que recebem  o crédito subsidiado. Ganham os bancos que fazem o empréstimo, e garantem mais um cliente. E  ganham também os fabricantes de tratores, de adubos químicos, de defensivos, etc., de quem esses fazendeiros compram os produtos.

               Falamos das reivindicações mais amplas dos trabalhadores rurais em geral. Mas existem outras reivindicações que dizem respeito especificamente a este ou  àquele grupo de trabalhadores rurais. Ou seja, as reivindicações mais específicas dos trabalhadores rurais variam em função de suas diferenciações internas e das desigualdades do desenvolvimento regional do país, dando origem a um grande número de lutas específicas.
  
A retomada da solução “Reforma Agrária”.

                A reforma agrária é a aspiração maior dos trabalhadores rurais brasileiros nos dias de hoje. Mas por que a reforma agrária, e qual reforma  agrária?

               Esse debate também não é novo no país. Mas hoje ele tem uma conotação  muito distinta da que teve em períodos anteriores. Por  exemplo, nos anos cinqüenta, o debate da reforma agrária estava ligado à discussão mais geral dos rumos das industrialização brasileira.

               O importante a ressaltar aqui é que a reforma agrária aparecia no fim dos anos cinqüenta como o remédio para a crise agrária e para a crise agrícola  por que passava o país. A reforma agrária visava então a alterar a estrutura de posse e uso da terra no Brasil, para que pudesse haver um desenvolvimento mais rápido das forças produtivas no campo. Como se dizia na época, era preciso acelerar a penetração das relações capitalistas de produção na agricultura brasileira. Pretendia-se assim exorcizar os fantasmas dos “restos semifeudais” escondidos nos latifúndios que atormentavam a vida dos trabalhadores rurais. A reforma agrária, entregando esses latifúndios para os camponeses, suprimiria as “relações pré-capitalistas”(isto é, resolveria a questão agrária) e faria aumentar a produção, uma vez que colocaria as terras ociosas dos latifúndios em cultivo ( isto é, resolveria a questão agrícola ).

               Sabemos que essa reforma agrária não foi feita. Que não houve redistribuição de terras, até pelo contrário: o dados mais recentes mostram que a concentração da propriedade aumentou e os trabalhadores rurais se tornaram ainda mais miseráveis. E, no entanto, a estrutura agrária brasileira não constituiu empecilho ao processo de industrialização do país.. De maneira resumida, podemos dizer que o desenvolvimento das relações de produção capitalistas na agricultura brasileira conseguiu grandes avanços na solução das questões agrícolas, isto é, dos problemas ligados à produção propriamente dita. Mas esse desenvolvimento só fez agravar a questão agrária, ou seja, o nível de miséria da população rural brasileira.

               É nesse contexto que o remédio da reforma agrária ressurge hoje no Brasil em nova embalagem, como reaparece sempre nas épocas de crise das economias capitalistas. A solução “reforma agrária”  coloca-se especificamente hoje dentro do contexto de ser uma resolução para a crise agrária brasileira e não mais para a crise agrícola: ela é apenas uma reivindicação dos setores populares e não mais da burguesia, se é  que o foi algum dia.

               Hoje está claro que o processo de desenvolvimento capitalista no Brasil, como em todas as partes, criou riqueza em poucas mãos e miséria generalizada. Muita gente tinha esperança de que esse processo fosse representar não apenas a redenção da burguesia nacional, mas também a dos trabalhadores brasileiros em geral. Por isso, as alianças propostas eram as dos trabalhadores (rurais e urbanos) com a burguesia nacional, contra seus inimigos comuns: o latifúndio e o imperialismo. Hoje, o latifúndio se aburguesou e se internacionalizou. Não são mais apenas os velhos coronéis do Nordeste. Os grandes latifundiários, hoje, são também os bancos e as grandes multinacionais: o BRADESCO, a Volkswagen, a Jari...

               O capitalismo brasileiro mostrou no campo uma face do seu desenvolvimento profundamente prejudicial e parasitária, não só do ponto de vista dos trabalhadores, mas também da sociedade no seu conjunto. É ilustrativo, por exemplo, o nível que atingiu a especulação imobiliária, com a propriedade da terra funcionando apenas como reserva de valor contra a corrosão inflacionária e meio de acesso aos favores fiscais e creditícios das políticas governamentais. Isso porque, no sistema capitalista, pouco importa que um pedaço de chão produza soja ou cana-de-açúcar ou feijão. O que interessa é que produza lucros. Nem mesmo interessa se esse lucro advém da utilização produtiva do solo ou não...

               E enquanto milhões de hectares de terras férteis e bem localizadas são retidos improdutivamente, outros milhões são apropriados à custa de trambiques e violência, por grandes empresas capitalistas que, como já destacamos não são mais apenas os “velhos latifúndios”, mas também os bancos e as empresas multinacionais. Como resultado disso são expulsas do campo, a cada ano que passa, milhares de famílias, que não têm para onde se dirigir a não ser às favelas das periferias das cidades. Ë por isso que a reforma agrária aparece hoje como a única solução democrática possível para a questão agrária. Evidentemente, há outras soluções, como, por exemplo, deixar os migrantes morrerem de fome, continuar confinando esses excedentes de população em novas favelas.
               A questão agrária se alia hoje a uma série de “outras” questões, como a questão energética, a questão indígena, a questão ecológica, a questão urbana e a questão das desigualdades regionais. Ou seja, a questão agrária permeia hoje uma série de problemas fundamentais da sociedade brasileira. No fundo, todos eles têm a ver com o caráter parasitário que atingiu a forma específica como se desenvolveu o capitalismo neste país.

               Assim, o remédio “reforma agrária” tem que se apresentar hoje não apenas com uma nova embalagem, mas tem que ter também um outro conteúdo. A reforma agrária já não é mais hoje no Brasil uma reivindicação do desenvolvimento capitalista, e sim um questionamento da forma que assumiu esse desenvolvimento.

               Por isso, a reforma agrária é hoje - mais do nunca - uma questão eminentemente política. Ela não visa fundamentalmente  aumentar a produção, embora isso também seja desejável e possível de obter. A reforma agrária é hoje a expressão da reivindicação dos trabalhadores rurais pela apropriação dos frutos  do seu trabalho. E é nesse sentido que a reforma agrária não é mais apenas uma reivindicação dentro da “legalidade capitalista”: não é mais o direito de cada um à sua propriedade, mas o direito dos trabalhadores ao resultado da sua produção.

A reforma agrária é agora uma bandeira de luta política capaz de unificar não só os trabalhadores do campo, mas inclusive de se estender aos trabalhadores urbanos. A reforma agrária começa a se apresentar hoje como uma luta pela transformação da própria sociedade brasileira para um outro sistema, onde o trabalhador não só trabalhe, mas também se aproprie dos frutos do seu trabalho.

Evidentemente, não basta desejarmos isso. Essa é uma luta política de muitos, durante muito tempo. E apenas a organização  dos trabalhadores do campo e da cidade em sindicatos livres e autênticos poderá levá-la à frente.

Resumindo em poucas palavras, o futuro da agricultura brasileira depende basicamente do futuro da democracia brasileira.
               
BRASIL SURREALISTA “O REI DO GADO”

 Em matéria publicada no dia 18 de agosto próximo passado, no jornal da Tarde, da lavra de Fátima Fonseca, com o sugestivo título “Um reinado só na ficção”, pudemos apreciar uma apresentação objetiva, crítica e bem elaborada a respeito do impacto que a novela “O Rei do Gado”, vem suscitando em diferentes e específicos setores ligados às atividades agropecuárias e dos grandes fazendeiros ou latifundiários, há tempo em evidência na mídia.

Observando os acontecimentos que ocorreram no Senado, a atitude da bancada ruralista, firme, na manutenção dos grandes latifundiários, em oposição até à manifestações do próprio Presidente da República e de outros setores mais progressistas da sociedade, que sentindo a agudez do problema da Reforma Agrária e dos sem-terra especialmente, pela maneira brutal como vêm sendo tratados, com sacrifícios de vidas indefesas, que cometem um único pecado.

                E qual é? Desejar e lutar por um pedaço de terra, para trabalhar e garantir o sustento de seus familiares, na busca da solução para um, dentre os outros tantos percalços que perseguem o Brasil e o inviabilizam rumo a uma legítima democracia.

                Podemos arrolá-los todos, situando-os em três afirmações que ninguém ousará negar: 1) corrupção; 2) injustiça social; 3) desvirtuada distribuição de renda, beneficiando privilégios de minorias.

                Mas voltemos a matéria de Fátima Fonseca, levantando opiniões a respeito da novela da Globo, que tanto interesse vem provocando.
                Critica-se que “tradicionalmente coesos na defesa de seus interesses: fazendeiros, pecuaristas e representantes de entidades de classe enfrentam agora uma cisão”.

                A dúvida coloca como ponto crucial em desentendimento, a não aceitação da figura do personagem Bruno Mezenga, interpretado por Antônio Fagundes, que na opinião de indivíduos ligados à essas vivências, não representa fielmente a figura do poderoso proprietário rural do Brasil.
                “Outros entendem que o personagem se aproxima em muitos pontos da realidade dos senhores do campo”.

                A persistir a dúvida quanto à fidelidade ou não do enfoque, uma restrição, em meu entendimento é evidente.

                O Conteúdo da novela enfatiza em fato, que é preocupação hoje, para uma grande parte dos proprietários rurais, que vem sendo comentado com muita freqüência na mídia; o endividamento que está forçando numerosos ruralistas a entregar terras e bens a bancos, para saldar dívidas.

                Já comentei muitas vezes em minhas matérias a equivocada política agrícola do governo, envolvendo também os mais sofredores, os médios e pequenos agricultores, que no ano passado, preferiram não extrair da terra o produto, que apresentava mais altos custos do que o comercialização, devido aos baixíssimos preços, pela grande oferta, enterrando-os todos sem que qualquer alternativa oportuna pudesse vir em seu socorro. Nada...

                Hoje, já se fala em importar grãos da Argentina, para quem arcar com as conseqüências da insensatez, da incompetência? O povo, naturalmente!

                O qual se pode fazer, se não existe nem vontade, nem decisão política para beneficiar os desprotegidos?

                É realmente uma “Democracia” sui-generis.

                Mas, voltemos ao “Rei do Gado”. Na apreciação da jornalista, fruto de pesquisa, verifica-se a existência de um ponto comum entre os ruralistas: A maneira tranqüila, sem agressões, como está sendo encarada e sugerida a Reforma Agrária, no seu caráter mais conflitante, a ocupação de propriedades para assentamento de sem-terras, por meio do diálogo.

                Merece nosso respeito só por esse particular, a sugestão oferecida pelo competente Benedito Ruy Barbosa, que vem merecendo aplausos e elogios.
                Atente-se também para a maneira firme e corajosa, como o autor vem mostrando a realidade cotidiana do Senado Brasileiro, despertando o povo para suas tramas e suas mordomias, ao mesmo tempo que sugere a figura autêntica do Senado da República, representado por  Carlos Vereza, o “Senador Caxias”, honesto, preocupado com os problemas de seu país e com aquilo que é do povo.

                Parabenizo a Rede Globo, por lançar esta novela em horário nobre, ao qual todos têm acesso e a Benedito Ruy Barbosa, que desta feita deixa bem clara sua politização, sem amor patriótico e seu comprometimento com os problemas do país, este Brasil tão desarmado por numerosos integrantes da Classe Política e por administradores inconseqüentes.
  
BRASIL SURREALISTA.  O MOVIMENTO DOS SEM-TERRA
                              
                Evidentemente, que existem opiniões dividas em relação movimento dos sem-terra; desde aquele embuidos do mais grosseiro radicalismo, que cegos pelos preconceitos culturais, de uma sociedade, cristalizadas em estratificações sociais e por isso mesmo, mutilados no seu “EGO”, se deixam levar por esses impulsos e pelo ímpeto da violência, que nada resolve e que freqüentemente leva aos mais exacerbados atos, que podem se transformar numa agressão à própria vida. Disto temos, infelizmente, muitos e muitos exemplos.
                O problema dos sem-terra tem que ser entendido como um aspecto em ebulição, assim como muitos outros que bem conhecemos e que só ganham sentido, quando analisados no contexto global e cultural, onde se acham inseridos.
                De nada adianta e nada resolve ficar-se afirmando por aqui e por ali, que os sem-terra constituem grupos de marginais, que agredindo o Conceito Legal da Propriedade Privada, da terra se apossam e se mantêm como verdadeiros forasteiros da “LEI” e consequentemente passíveis das “PENAS”, que se aplicam a esses quadros específicos.
                Diz-se por aí a Imprensa Falada e Escrita e particularmente a televisão trás até nós notícias, que não compreendidas na sua totalidade, distorcem o significado dos acontecimentos, desinformando e criando situações muito delicadas, capazes de levar às diferentes manifestações de eclosão.
                Afirma-se que determinados Partidos Políticos estão solitários a esses movimentos e que defendendo semelhantes atos, são igualmente responsáveis por tantos confrontos de dolorosas conseqüências.
                Disse ainda, que indivíduos oportunistas, estariam se infiltrando em tais movimentos, com objetivos concretos e inaceitáveis.
                Por outro lado pode também afirmar, que está mal fadada Reforma Agrária, vem se arrastando há dez anos e que durante todo esse tempo, somente dois assentamentos, entre tantos outros foram totalmente, bem sucedidos, ambos no Rio Grande do Sul, que conseguiram até a organização de cooperativa, que permitiram a comercialização da “mais valha “, desfrutam hoje de condições de vida de tal qualidade, que a todos os brasileiros dever-se-ia oferecer.
                E o que dizer da Bancada Ruralista no Congresso, lutando com unhas e dentes para defender seus afilhados? Por acaso este não é um comportamento anti-ético e imoral, vindo de que vem?
                Por acaso, não existem uma enorme quantidade de terras devolutas pertencentes à Municípios, Estados e União, que são vergonhosamente ofertadas como “benesses” nas barganhas politiqueiras?
                Por acaso, não existem por todo esse nosso tão rico e fértil Brasil, extensões e mais extensões de terras, que foram “griladas” simplesmente e nada aconteceu a esses honrados cidadãos, tão zelosos do patrimônio Brasileiro?
                Terras e mais terras mantidas improdutivas, que não sofrem a tributação obrigatória sobre as mesmas, pela própria inércia que mantêm os privilégios. Isto está correto? Semelhantes proprietários, não merecem por parte de ninguém, qualquer recriminação, qualquer certo de conta, para esclarecimento da verdade?
                E vai por aí afora a brutalidade dos privilégios ostensivos, que maculam nosso País e enchem de tristeza e angústia aqueles, que tiverem a infelicidade de não ficarem aquém, e compreender as manipulações impunes.
                Por isso tudo é que afirmam que um análise do movimento dos sem-terra, na sua luta desesperada por um pedaço de terra e de uma infra-estrutura, que permita sua exploração produtiva, só poderá ser entendida, no seu universo sócio-político e cultural.
                Todas a considerações devem avaliadas objetivamente, porém, o caminho para solução desses conflitos está efetivamente e acima de tudo, na disposição e vontade política.


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Sociologia.:.Ciência Política

JOHN LOCK
BIBLIOGRAFIA

·     1632 - Locke nasceu em uma família burguesa de comerciantes, 44 anos depois de HOBBES.
·     Cresceu numa era de revolução sangrenta.
·     Seu pai era advogado puritano e pertenceu ao exército do parlamento.
·     Locke formou-se em medicina na Universidade de Oxford – baseava seu tratamento das doenças na observação empírica dos seus pacientes.
·     Locke valorizava a experiência como fonte de conhecimento, por isso escreveu uma obra filosófico-empirista : “Ensaios sobre a Lei da Natureza”.

CONTEXTO HISTÓRICO - Século XVII

·     Marcado pelo antagonismo entre a Coroa e o Parlamento, controlados respectivamente pela dinastia Stuart, defensora do absolutismo, e a burguesia ascendente, partidária do liberalismo.
·     Em 1660, com a morte do Lorde Protetor (Cromwell), a Inglaterra se vê envolvida em nova crise política, e para  evitar uma nova guerra civil, foi  restaurada a monarquia com o retorno dos Stuarts ao trono inglês, com Carlos II.
·     1666 - Ingressou no círculo político e intelectual tornando-se médico de Anthony Ashley Cooper, posteriormente Conde Shaftesbury.
·     Nesse período começou a escrever ensaios sobre o entendimento humano, no qual trabalhou durante quase 20 anos.
·     Em 1680, no reinado de Carlos II, o Parlamento  dividiu-se em dois partidos:
·     os Tories representando os conservadores e os Whigs representando os liberais
·     Conde Shaftesbury representava cada vez mais os interesses do parlamento opondo-se a Carlos II que o destituiu dos cargos.
·     Shaftesbury rompe com Carlos II e na luta contra o rei é vencido. Vai para o exílio na Holanda em 1681, onde falece. Locke também é perseguido e vai para a Holanda, onde passa os próximos cinco anos, que foram decisivos para a sua formação como filósofo político.
·     A crise da Restauração chega ao auge no reinado de Jaime II, soberano católico e absolutista. Os abusos reais levaram à união dos Tories e dos Whigs, que aliados a Guilherme de Orange, organizaram uma conspiração contra o monarca papista.
·     Em 1688, Guilherme de Orange aporta no país com o lema “Em defesa da Liberdade, do Parlamento e da Religião Protestante” e, após deposição de Jaime II, recebe a coroa do Parlamento. O retorno de Locke, que como opositor dos Stuarts se encontrava refugiado na Holanda, só ocorreu depois disso.
·     John Locke foi um dos principais representantes da revolução ideológica iluminista e teve com principal obra o segundo tratado do governo civil, para ele, contemporâneo da Revolução Gloriosa, os homens possuem a vida, a liberdade e a propriedade como direitos naturais, para preservar esses direitos, deixaram o “Estado de Natureza”, que é a vida mais primitiva da humanidade e estabeleceram um contrato entre si criando o governo e a sociedade civil. Assim, os governos teriam por finalidade respeitar os direitos naturais e, caso não o fizessem, caberia à sociedade civil o direito de rebelião contra o governo tirânico. Em síntese demolia-se o sustentáculo do estado absolutista, intocável e acima da sociedade civil, como  defenderam Maquiavel, Bossuet e principalmente Hobbes. O filósofo negava  o direito dos governantes do autoritarismo e a aplicação do direito divino, além de outras prerrogativas fundamentadas em preconceitos. Com sua obra, Locke definiu as bases da democracia liberal e individualistas, que serviria de referência para a elaboração da constituição dos EUA em 1787.
·         John Locke transferiu o racionalismo para a política, para a análise social. A partir da crítica e da razão, formulou a concepção da bondade natural humana e sua capacidade de construir a própria felicidade, idéias que confrontavam com as bases teóricas do estado absolutista. A volta à crença na capacidade racional humana e a necessidade de superação dos entraves tradicionais e incentivar  a oposição à velha ordem. O anseio por liberdade e pelo rompimento com o antigo regime fizeram dos grandes pensadores desse período os responsáveis pelo “século das luzes”.

Obra: SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL PRIMEIRA PARTE


Do Estado de Natureza

·          todos os homens se acham em um estado de perfeita liberdade. Todos iguais e independente; ninguém deve prejudicar a outrem na vida saúde liberdade ou posses.
·        Todos tem o direito de castigar o ofensor tornando-se executores da lei.
·        Como o homem irá julgar seus amigos e parentes?
·        “ O governo Civil é o remédio acertado para os inconvenientes do estado de natureza.

Do Estado de Guerra

·         Estado de guerra  é um estado de inimizade e destruição.
·        A razão ordena considerar como inimigo aquele que tenta nos arrebatar a liberdade; quem tenta escravizar a outrem põe-se com ele em estado de guerra.
·        A falta de um juiz comum com autoridade coloca todos o homens em um estado de natureza. A força sem o direito sobre a pessoa provoca um estado de guerra com ou sem juiz.
·        Hobbes dizia que estado de natureza e estado de guerra eram idênticos pois não havia autoridade.

Da escravidão

·        A liberdade dos homens sob governo  importa em Ter regra permanente comum a todos os membros dessa sociedade.
·        A liberdade é tão necessária à preservação do homem que não lhe é dado desfazer-se dela.
·        O homem não possuindo o poder da própria vida  não pode escravizar-se .

Da Propriedade

·        Cada homem tem uma propriedade em sua própria pessoa e a esta ninguém tem qualquer direito senão ele mesmo.
·        Pelo trabalho processa o que a natureza lhe proporciona.
·        Os bens pertencem àqueles que lhes dedicou o próprio trabalho.
·        A extensão de terra que o homem é capaz de plantar melhorar e cultivar lhe pertence : é sua propriedade.
·        Todo homem deve Ter tanto quando possa utilizar.
·        O trabalho provoca a diferença de valor em tudo quanto existe.
·        Dinheiro – algo de duradouro que os homens podem guardar sem estragar e por consentimento mútuo recebem em troca os sustentáculos da vida , úteis mas perecíveis.

SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL

SEGUNDA PARTE

·        Primeira forma de sociedade – união entre homem e mulher.
·        Formação da sociedade política civil -  cada indivíduo renuncia o seu próprio poder natural, para as mãos da comunidade.
·        Os homens formam a comunidade para viverem com segurança, paz e maior proteção contra quem não faz parte dela.
·        Na comunidade a maioria tem o direito de agir e resolver por todos.
·        Surgem o poder legislativo e o executivo que devem julgar e fazer cumprir por meio de leis estabelecidas até que ponto se devem castigar as infrações cometidas dentro dos limites da comunidade.
·        A primeira lei positiva e fundamental de toda comunidade consiste em estabelecer o poder legislativo, que não é somente o poder supremo da comunidade, mas sagrado e inalterável nas mãos que esta uma vez o colocou.
·        O legislativo, em seus limites extremos, restringe-se ao bem público da sociedade, não podendo assim, chamar a si o poder de governar e sim de estabelecer como se deverá utilizar a força da comunidade.
·        A comunidade é sempre o poder supremo, mas nunca considerada como forma de governo, senão quando para dissolvê-lo.
·        Deve-se governar por meio de leis estabelecidas e promulgadas, que não poderão variar em casos particulares.
·        Tais leis não devem ser destinadas a qualquer outro fim senão o bem do povo.
·        Não se devem lançar impostos sobre a propriedade sem o consentimento do povo.
·        Prerrogativa – é a permissão do povo ao governante para praticar alguns atos de livre escolha, onde a lei silencia e por vezes diretamente contra a própria lei.
·        Tirania- sempre que o poder se põe em quaisquer mãos, para governo do povo e preservação da propriedade se aplicar para outros fins e dela se faça uso para empobrecer , perseguir ou subjugar o povo.
·       Em caso de tirania ou em outro caso que o governo esteja prejudicando o bem público da sociedade, este pode ser dissolvido.

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Sociologia.:. Conceitos básicos do Marxismo

Conceitos básicos do Marxismo


Definir claramente o sentido de Socialismo, hoje em dia, não constitui tarefa das mais simples. Essa dificuldade pode ser creditada à utilização ampla e diversificada deste termo, que acabou por gerar um terreno bastante propício a confusões. Constantemente encontramos afirmações de que os comunistas lutam pelo socialismo, assim como também o fazem os anarquistas, os anarco-sindicalistas, os sociais-democratas e até mesmo os próprios socialistas. A leitura de jornais vai nos informar que os governos Cubano, Chines, Vietnamita, Alemão, Austríaco, Ingles, Francês, Sueco entre outros, proclamam-se socialistas. Caberia então perguntar o que é que vem a ser este conceito, tão vasto, que consegue englobar coisas tão dispares.
A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogenidade ao movimento socialista internacional.
Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder.


As idéias de Karl Marx e Friedrich Engels
As teses apresentadas por Marx e Engels levaram a uma total modificação do caminho que vinha sendo percorrido pelas idéias socialistas e constituíram a base do socialismo moderno. Apesar de obras anteriores, é o Manifesto do Partido Comunista que inova definitivamente o ideário socialista. A partir de sua publicação em 1848, tanto Marx quanto Engels aprofundaram e detalharam, em suas demais obras, suas concepções sobre a nova sociedade e sobre a História da humanidade.
Antes de qualquer coisa, devemos fugir à idéia de que anteriormente a Marx existissem apenas trevas. O que há de genial no trabalho de Marx é sua aguçada visão da História e dos movimentos sociais e a utilização de instrumentos de análise que ele próprio criou.
Marx se serve de três principais correntes do pensamento que se vinham desenvolvendo, na Europa, no século passado, coloca-as em relação umas com as outras e as completa em suas obras. Sem a inspiração nestas três correntes, admite o próprio Marx, a elaboração de suas idéias teria sido impossível. São elas: a dialética, a economia política inglesa e o socialismo.
Para Marx o movimento dialético não possui por base algo espiritual mas sim algo material.

O materialismo dialético é o conceito central da filosofia marxista, mas Marx não se contentou em introduzir esta importante modificação apenas no terreno da filosofia. Ele adentrou no terreno da História e ali desenvolveu uma teoria científica: O materialismo histórico. O materialismo histórico, a concepção materialista da história desenvolvida por Marx e Engels, é uma ruptura à História como vinha sendo estudada até então. A história idealista que dominava até então. A história idealista que dominava até aquela época chamava-se de História da Humanidade ou História da Civilização a algo que não passava de mera seqüência oredenada de fatos histórico relativos às religiões, impérios, reinados, imperadores, reis e etc.
Para Marx as coisas não funcionavam desta maneira. Em primeiro lugar, como materialista, interessava-lhe descobrir a base material daquelas sociedades, religiões, impérios e etc. A ele importava saber qual era a base econômica que sustentava estas sociedades: quem produzia, como produzia, com que produzia, para quem produzia e assim por diante. Foi visando isto que ele se lançou ao estudo da Economia Política, tomando como ponto de partida a escola inglesa cujos expoentes máximos eram Adam Smith e David Ricardo. Em segundo lugar uma vez que a base filosófica de todo o pensamento marxista (e, portanto, também de sua visão de história) era o materialismo dialético, Marx queria mostrar o movimento da história das civilizações enquanto movimento dialético. A teoria da História de Marx e Engels foi elaborada a partir de uma questão bastante simples. Examinando o desenvolvimento histórico da Humanidade, pode-se facilmente notar que a filosofia, a religião, a moral, o direito, a indústria, o coméricio etc., bem como as instituições onde estes valores são representados, não são sempre entendidos pelos homens da mesma maneira. Este fato é evidente: A religião na gécia não é vista da mesma maneira que a religião em nossos dias, assim como a moral existente durante o Império Romano não é a mesma moral existente durante a idade média.
O Texto acima foi extaido do livro " O que é Socialismo". Escrito por Arnaldo Spindel.
Editora Brasiliense, 4º edição

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Sociologia.:.Democracia Representativa II


1. Introdução
de de conhecer, e ao mesmo tempo de sentir o regime para vivê-lo espontaneamente, e não por imposição. Isso requer a conscientização dos problemas ligados ao regime, e educação para um comportamento harmonioso em uma sociedade sem fronteiras.
Nos sistemas totalitários da direita ou da esquerda o povo cumpre  uma missão, imposta por uma minoria. Nos regimes democráticos, o povo vive a missão que ele próprio escolheu, em uma sociedade aberta, sem limitações, a não ser as que decorrem da necessidade de manter a segurança e a liberdade.
Se o povo não se encontra capacitado para viver dentro de um sistema liberal, como é a democracia, surgirão como conseqüências dessa incapacidade , as crises periódicas ou permanentes. Então as limitações da democracia, ao invés de reduzirem, vão se tornar cada vez mais maiores, criados pelo povo, ou em última instância, pêlos governantes, degenerando, como tantas vezes tem acontecido, principalmente na América Latina, em regime autocrático.

4. Democracia Capitalista

A democracia capitalista, hoje predominante em todas as sociedades, necessita fazer um reexame de seus princípios básicos. A democracia não se limita ao processo eleitoral, nem deve ser exercida apenas pela ação dos políticos, mas, sim por toda sociedade. Inclusive os políticos, devem agir democraticamente em suas atividades individuais, na realização do bem comum. A democracia é um regime de governo que exige cultura de seus governantes e governados, por isso, o autor coloca em questão, o voto dos analfabetos. Ele faz também severas críticas ao processo de prolongamento os princípios da democracia, a todas as instituições sociais, quando deveriam limitar-se a política.

5. Democracia Política

Costuma-se dizer que o povo brasileiro já atingiu um alto grau de maturidade política. É um “lugar comum”, que só  parcialmente corresponde a realidade com efeito, não se podendo negar que uma parte do eleitorado, adquiriu uma consciência mais nítida, dos seus deveres e da sua responsabilidade, no exercício do voto, como expressão legítima da vontade do eleitor. Mas apenas uma parte. A grande maioria, vota pensando, tão somente os seus interesses particulares (da sua pessoa, da sua classe social ou do seu grupo econômico), ou regionais (do município ou do estado) - raramente com os olhos voltados, para os problemas da nação. O eleitor comum, tem uma visão doméstica, para não dizer pessoal, dos problemas do país, e é isto que tem contribuído para que os partidos de âmbito nacional, não passem em última análise, de um grupo despreparado, formado por partidos regionais.
Os governantes, estão despreparados para exercer suas tarefas, não conseguindo cumprir suas promessas eleitorais, deixando para traz o sonho de uma população de ver um país melhor sem tantas desigualdades sociais. Por isso governar democraticamente, não se limita a encher de votos as urnas. Democracia é muito mais do que isso, pois governar, envolve a vida dos cidadãos em suas atividades práticas, em, busca do bem comum, por meio da produção econômica. A democracia, prega a liberdade, a autonomia e o desenvolvimento da personalidade individual, concedendo a cada pessoa uma parcela de responsabilidade política.
A democracia foi concebida para emancipar o indivíduo, porém na prática tem de a dominá-lo, no anonimato das massas.
“O instrumento de governo, é o problema político primordial enfrentado pelos grupos humanos”, freqüentemente , o conflito na família é resultado desse problema. Esse problema passou a ser muito sério, depois da constituição das sociedades modernas. Atualmente, os povos enfrentam esse problema persistente, e as comunidades sofrem os vários perigos e as graves conseqüências dele provenientes. Não conseguindo, ainda, resolvê-lo definitiva e democraticamente.
Todos os regimes políticos do mundo atual , são produtos da luta pelo poder entre os instrumentos de governo . A luta, pode ser pacífica ou armada , como a luta de classes, seitas, tribos, partidos ou indivíduos. O resultado dessa luta, é sempre  a vitória de um instrumento de governo, seja um indivíduo, grupo, partido ou classe, e a derrota do povo, a da democracia genuína.
A luta política, que resulta na vitoria de um candidato com 51 por cento do total dos votos dos eleitores, por exemplo , leva a um corpo de governo ditatorial, disfarçado em democracia, já que os restantes 49 por cento dos eleitores, serão governados pelo instrumento de governo que não elegeram, mas que lhes foi imposto. Isto é a ditadura. Além disso, esse conflito pode produzir um corpo de governo, que representa somente uma minoria, porque quando os votos dos eleitores são distribuídos entre vários candidatos, um deles obtém mais votos que qualquer um dos outros. Mas, se os votos dirigidos aos que receberam votação menor forem somados, podem constituir maioria absoluta. No entanto, o candidato mais votado, e sua vitória, são considerados legítimos e democráticos. Na realidade, a ditadura, é estabelecida sob a capa de uma falsa democracia. Esta é a realidade dos sistemas políticos vigentes hoje no mundo. São sistemas ditatoriais, e é evidente que falsificam a democracia genuína.
No decorrer das ultimas sete décadas, predominaram no mundo duas correntes ideológicas político-económicas: o capitalismo e o comunismo, ambas atuando sob o mesmo regime, intitulando-se  democráticos.
Alguns autores afirmam que a democracia se encontra em grave período. A sociedade está se desintegrando e só uma economia socializada poderá salvá-la. Socialistas ortodoxos asseguram que o único sistema verdadeiramente democrático, é um sistema socialista.

6. Democracia Dinâmica

As mudanças que ocorrem com o decorrer do tempo fazem com que novas necessidades apareçam, e com isso a democracia deve passar por uma fase adaptativa.
                Para existir democracia, é necessário que haja um consentimento, visando o futuro do povo. A base disso é a fé em constituições e eleições, acreditando na participação popular.
                Democracia não deve ser classificada só como uma forma de governo,  pois implica em uma espécie de sociedade em que a ascensão humana é a finalidade, e a cooperação é o método mais viável.
                Para se viver democraticamente, o fato de ceder as pressões governamentais deve ser anulado das atitudes populares. Os debates são consideráveis a partir do fato de que formulam pensamentos e elevam as idéias de cada pessoa.
                A democracia baseada na participação ativa conduz à capacidade de criação de todos.


7. Conclusão

Os métodos  do exercício da democracia, o espirito de iniciativa, as atividades populares e desenvolvimento da comunidade devem adaptar-se as diferentes culturas, costumes, instituições, atitudes. Esses métodos falharão, a menos que, tais diferenças sejam levadas em conta.
                Diferentes culturas podem empregar métodos para aperfeiçoar o exercício da democracia, através de pessoas que se agrupam e põem em pratica o espirito de iniciativa o desenvolvimento da comunidade e da vida grupal. Tendo em vista a revitalização e a conservação da democracia, com muitas análises, que podem ser aplicadas tanto as sociedades urbanas como as rurais.





Bibliografia



CUNHA, Fernando Witaker da. Democracia e cultura Os pressupostos da 
ação política. S. ed. Rio de Janeiro, Freitas bastos, 1968.
264 p.
CORRÊA, Nereu. Democracia, educação e liberdade. S. ed. Rio de Janeiro, Val, 1965.
         180 p.
FERRAZ, Hermes. A democracia na sociedade moderna. S. ed. São Paulo, João Scortecci, 1994.
         104 p.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. A democracia possível. 4. ed. São Paulo, Saraiva, 1978.
         129 p.
MADDICK, Henry. Democracia, descentralização e desenvolvimento. S. ed. Trad. de Ruy Jungmann. Rio de Janeiro, Forense, 1966.
         280 p.
AZAMBUJA, Darcy. Introdução à ciencia politica. 8. Ed. São Paulo, Globo, 1994.
         198 p.
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sexta-feira, julho 08, 2011

Sociologia.:.Democracia Representativa

Democracia Representativa

                Democracia - do grego: demos, que significa povo e kratein, governar.
                A definição mais aceita é a seguinte: Governo do povo, para o povo e pelo povo.
                Nela, o governo é exercido em função  do bem comum. Visa o aperfeiçoamento de todos, dando-lhes oportunidades, favorecendo a aquisição dos meios básicos e necessários a esse aperfeiçoamento, defendendo os direitos inalienáveis do homem e facilitando-lhe o cumprimento dos deveres.
                Na democracia, o povo participa do governo pelo voto, pelo plebiscito. As Leis saem daqueles que foram escolhidos pelo povo para serem seus legítimos representantes.
                Este regime de governo não é sistema fechado e rígido. Ele se amolda conforme as necessidades e a evolução do povo.
                É por isso que dizemos que a democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo.
                A democracia dá igualdade de oportunidade para todos, pois são iguais perante a lei.
                Na democracia, todos podem constituir associações para fins jurídicos, econômicos, sendo asseguradas pelo Estado. Há apoio, pelo menos moral, a toda iniciativa particular que não atende contra o bem comum.
                Nela, todos se sentem responsáveis pelo progresso e pelos fracassos, pois todos concorrem para a escolha dos governantes.
                O Estado democrático, por ter caráter mais descentralizado, procura desenvolver e aproveitar as capacidades de cada cidadão e os meios de cada região.
                A concorrência pode ser, na democracia, quando regulada por leis justas e sábias, grande fator de desenvolvimento.
                Na democracia, o governo age livremente na pauta das leis em vigor, mas o povo a fiscaliza e julga por eleições e plebiscitos.
                A democracia desenvolve, nos indivíduos, o senso da própria dignidade e responsabilidade.
                Garante melhor os direitos da pessoa humana.
                A democracia nasceu de quatro princípios vitais que a tem diferenciado sempre mais claramente no curso da história e cujo dinamismo foi definitivamente revelado nos surtos dos últimos anos.

                1º princípio Þ A democracia, na sua oposição ao totalitarismo, se inspira nos princípios que determinam os vários fins do estado como imutáveis e superiores a toda ideologia particular.
                Esses princípios indicados na fórmula “governo para o povo” baseiam-se na convicção comum de que os governos não existem senão em função dos direitos naturais e inalienáveis com os quais o Criador dotou o homem que nenhuma autoridade humana pode ab-rogar. Escopo do Estado é proteger e promover o bem comum do povo, assegurar por outro lado as condições sociais, materiais e espirituais que permitam integral desenvolvimento de todos os cidadãos.

                2º princípio Þ a democracia, na sua oposição ao autoritarismo, se inspira no princípio da soberania popular.
                Segundo esse princípio, ninguém pode apoderar-se do governo em virtude da própria força, mas sim o povo, a quem compete o bem comum, é responsável em assegurar-lhe a realização designando a autoridade  responsável . Este princípio, indicado na fórmula “governo do povo” é o principal elemento genérico do regime democrático. Com base na lei natural que faz dos homens tanto seres sociais levados a constituírem-se necessariamente em sociedades para fruir do bem comum, os governos são investidos, pelo consentimento do povo, do poder de obrigar em consciência e de punir os transgressores.

                3º princípio Þ a democracia, na sua oposição à ditadura, se inspira nos princípios estruturais, os quais garantem a participação popular de tal sorte que o governo funcione na realidade, para o povo.
                Esses princípios indicados na fórmula “governo pelo povo” constituem a característica específica do regime democrático. Desde de que cada homem é dotado de razão e chega à idade adulta com um mínimo de experiência, o povo está no grau de participar na atividade atinente ao bem comum, exprimindo a própria vontade através de seus representantes e de outros meios diretos entre os quais os mais regulares são os movimentos de opinião pública.
                Os grupos sociais e técnicos não ainda politicamente maduros, tem direito de receber uma educação que lhes permita assumir sua responsabilidade nas questões relativas ao bem comum.

                4º princípio Þ a democracia, na sua oposição a todos os regimes que degradam o povo, se inspira nos princípios que afirmam o primado dos valores espirituais.
                Tal reconhecimento de forças sobreeconômicas e sobrenacionais, em última análise sobre-humanas, as quais criam uma atmosfera religiosa, faz parte do clima da democracia. Esta atmosfera de confiança naquilo que o homem tem de melhor, o estimula a superar a si mesmo e é a força que pode criar na maioria dos cidadãos um comportamento respeitável e digno .
                O Estado democrático deve favorecer, pois, no povo, a livre prática daquelas leis superiores que tem a sua última razão em Deus, e são a melhor garantia contra os perigos de doutrinas que suprimem a liberdade. (“Pro Deo”)
                A experiência vem demonstrando que os países democráticos se desenvolvem mais a contento de todos, com mais rapidez e eficiência do que os totalitários. E praticada a democracia nos países de maior cultura política. É tão bem aceita, que até os regimes ou movimentos totalitários se declaram democráticos.
                De fato, só a verdadeira democracia garante e concretiza os seguintes objetivos: o bem comum, os direitos humanos, os deveres, a vida segura para todos, o bem estar, igualdade de tratamento, liberdade de expressão, de ação, de culto e de escolha do próprio estado de vida, de participação na vida política.
                A democracia, no entanto só será o apanágio de todos e regime insuperável, quando todos os cidadãos forem “conscientizados” e “politizados”, isto é, quando tomarem conta de sua responsabilidade, dos seus deveres e direitos, quando compreenderem o valor da organização política e da importância do bem comum para a felicidade geral, quando o simples operário, como o rico, o sábio, como o mais humilde dos cidadãos, estiverem cônscios de que seu desenvolvimento será completo, seus direitos serão assegurados na democracia com a colaboração de todos.
                Estamos, no entanto, bem longe disso, mas caminhamos para tal compreensão.

BY PALMIRO SARTORELLI NETO
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quinta-feira, julho 07, 2011

Como remover/desistalar o tollbar do 4Shared ?

Pessoal, poucos dias atrás quebrei a cabeça para remover uma barra do 4shared que minha irmã instalou no meu navegar; e tenho certeza que muitas pessoas sem conhecimentos pode sentir obrigado a usar só porque não consegue desinstalar este tollbar.

Então vamos parar de falar bobeira e iremos ao que interessa.
No seu navegador, clique com o botão direito do mouse sobre o ícone no canto direito superior, como na imagem abaixo:

logo após clique em desinstalar.
abrirá uma caixinha e você confirma clicando novamente em desinstalar.
Pronto, você já está livre desta coisinha que para muitos é inútil.

abraços

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Vantagens de se trabalhar com o Marketing de Rede Multinível

  Vantagens de se trabalhar com o Marketing de Rede Multinível

   O que me leva a escrever sobre este assunto é a crise que hoje estamos vendo no mundo inteiro, já nao temos segurança em nosso trabalho formal no mundo tao globalizado; insegurança esta que pode bater em sua porta a qualquer hora após ser despedido  de seu emprego, sem ao menos ser comunicado, e agora? Como tratar de sua familia? Se voce já estiver desenvolvendo um trabalho de renda extra, uma oportunidade de negócio baseado em sua casa, será mais facil de contornar esta situação tao desesperadora.

  Hoje é necessario estarmos trabalhando em horas vagas para completarmos a renda familiar, isto é, se voce quizer dar um maior conforto para seus familiares. Quero mostrar para voce que é possivel sim conseguir uma renda extra invejável apenas trabalhando com marketing de rede multinivel usando o conhecimento dos nossos dias atuais e a tecnologia, o marketing de rede multinivel ou marketing de rede é um negócio de visao do futuro, Essencialmente Marketing Multinível é uma forma de fazer os produtos e serviços chegarem diretamente aos consumidores sem intermediários e sem os custos das gigantescas campanhas publicitárias, por meio de uma estrutura disposta em camadas de distribuidores independentes. O negócio consiste de formar uma rede de consumidores fidelizados, que patrocinam outros consumidores e com isso obtêm comissões percentuais sobre o capital movimentado pela rede.

  O marketing  multinivel é uma oportunidade de trabalhar em casa que cresce mais de 11% anualmente, sao centenas de pessoas interessadas em um novo emprego ou nova oportunidade de renda extra. E porque crece tanto?

E quais as vantagens de trabalhar com marketing multinivel? Veja Alguns dos benefícios de se trabalhar com Marketing Multinivel:

 *       A principal vantagem é a possibilidade de desenvolver s seu negócio próprio de baixos investimentos sem os altos custos que seriam necessários a um negócio tradicional;*      Ter uma renda adicional;*       Dispor mais tempo livre;*       Ser seu próprio chefe;*     Ajudar mais pessoas a ingressar em seu negócio;*       Carga horária compatível com seu desejo;
*
       Ter um capital maior tendo uma maior segurança em seu emprego formal;
*
       Sem investimento em local fisico, estoque, acessoria, contabilidade, funcionarios, etc.;
*
       Pode viajar e levar o notebook e trabalhar a beira da praia, dentro do carro e qualquer lugar.
*
       Voce pode montar seu escritorio dentro de sua casa e trabalhar tranquilo ao lado de sua familia.

 Gostou? E entao?Nao perca tempo e entre neste mundo inovado, trabalhe em casa tendo uma renda extra, uma oportunidade de negócio que voce nao pode perder.

Conheça em nosso site grandes empresas de marketing de rede ( marketing multinível)

Muito obrigado e muito sucesso para voce e toda a sua familia.

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O Que é Marketing Multinivel ?


O que é Marketing Multinivel ?

  Marketing Multinível, também conhecido como Marketing em rede, ocorre quando os próprios consumidores indicam outros consumidores, ganhando algo por isso.

  De acordo com Will Marks “O Marketing de Rede é um sistema de distribuição, ou forma de Marketing, que movimenta bens e/ou serviços do fabricante para o
consumidor por meio de uma ‘rede’ de contratantes independentes”. Surgiu na década de 1940, com o químico americano chamado Carl Rhenborg.
  Ele não estava satisfeito com o sistema de distribuição atual, onde o distribuidor ganhava somente aquilo que vendia. Então ele pensou no conceito de rede,
ou seja, quem nunca indicou um restaurante ou uma lanchonete, mas o que o restaurante ou a lanchonete lhe pagaram por isso? Nada. Exatamente aí que estava o erro segundo Rhenborg. Então resolveu criar um sistema diferente, um sistema de bonificação onde o revendedor ganharia um
percentual sobre o que outros distribuidores que ele trouxe para a companhia vendessem.

Existem várias siglas e nomes para este tipo de negócio, então vamos a elas:

* Marketing de Rede (MR)
* Marketing Multi Nível (MMN)
* Multi Level Marketing (MLM)
* Network Marketing (NM)

  Também o marketing de rede é um novo conceito de venda direta, ou seja, aquela venda sem intermediários, onde a empresa pode remunerar muito melhor seus distribuidores ao invés de pagar por campanhas milionárias.


  A ciência do Marketing Multinível é simplesmente "cortar" despesas administrativas através de uma distribuição direta ao consumidor final e a ampliação do negócio através da "abertura de filiais" (pessoas que fazem o mesmo que você faz).

Vamos detalhar um pouco mais:

  Imaginemos um produto qualquer, um medicamento, por exemplo. Numa cadeia de distribuição normal o que acontece? Existe a fábrica, que fabrica o medicamento e depois repassa para um centro de distribuição (CD). Este possui seus vendedores que vendem o medicamento para um grande atacado e, por sua vez, a revende para um varejista para que chegue às mãos do consumidor final. Vamos entender o que aconteceu...

  Fábrica > CD > Repr. Comercial > Atacado > Varejo > Consumidor

  Neste caso todos esses "atravessadores" têm que obter lucratividade. Além disso todos eles possuem despesas de transportes, logística, funcionários, encargos sociais, impostos... fatores que encarecem o produto. Então é necessário vender muito porque ganham o mínimo por unidade vendida.

  No sistema MMN isso não acontece pois os produtos vão da fábrica para o Distribuidor e deste para as mãos do consumidor final. Simples!

Fábrica > Distribuidor > Consumidor

  É um sistema inteligente de distribuição que dispensa os "atravessadores". Sendo assim, conseguimos ter produtos de altíssima qualidade com preços acessíveis. O melhor de tudo é que não precisamos ter Pessoa Jurídica, ou seja, não nos preocupamos com estabelecimento comercial, pagamento de impostos, funcionários, encargos, etc..
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quarta-feira, julho 06, 2011

Biografias.:.CARLOS CHAGAS

CARLOS RIBEIRO JUSTINIANO DA CHAGAS – CARLOS CHAGAS

Cientista brasileiro (Oliveira 9/7/1878 - Rio de Janeiro 8/11/1934)
Filho de fazendeiros, nasce em Oliveira, Minas Gerais. Começa a estudar em São João del Rei, concluindo o colegial em Ouro Preto. Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1903). Ainda acadêmico,ingressou no Instituto Bacteriológico Osvaldo Cruz (1903), de que viria a ser diretor (1917 -1934).
Desde cedo revelou dotes de pesquisador e sanitarista. À frente da campanha profilática, erradicou a malária na cidade de Santos (1905). Graças à sua teoria domiciliar da transmissão da malária, formulada por ocasião dessa campanha, projetou seu nome nos meios científicos do país. Seus trabalhos foram mais tardes universalmente aceitos.
Foi chefe da comissão de estudos sobre a profilaxia da malária em Minas Gerais (1907). Em 1909 concluiu as pesquisas destinadas a debelar a tripanossomíase, posteriormente conhecida como doença de Chagas. Identificou o agente causador dessa doença, ao qual deu o nome de Trypanosoma cruzi, em homenagem a Osvaldo Cruz. Seu trabalho abrange todos os aspectos da doença: anatomia patológica, epidemiologia, etiologia, formas clínicas, meios de transmissão, patogenia, profilaxia e sintomatologia. Um ano depois de sua descoberta, recebeu o reconhecimento dos meios científicos internacionais. Criou-se para ele uma vaga especial na Academia Nacional de Medicina (1910).
Os dois anos seguintes, passou-os Carlos Chagas em viagem pelo vale amazônico, levantando carta epidemiológica da região. Em 1912 um júri internacional conferiu-lhe o prêmio Schaudinn, concedido ao melhor estudo sobre protozoologia e microbiologia.
Outro trabalho seu foi a chefia da campanha contra a epidemia de gripe "espanhola" no Rio de Janeiro (1918). Diretor de Saúde Pública (1919), aperfeiçoou e modernizou os serviços sanitários da então capital da república. Professor de medicina tropical da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1925). Ainda em 1925 a universidade de Hamburgo conferiu-lhe o prêmio Kummel (medalha de ouro). Recebeu os títulos de magister honoris causa das Universidades de Paris e Harvard. Pertenceu às academias de medicina de New York (1926), Paris (1930) e Lima (1922).
De sua extensa obra publicada, destacam-se: Estudos hematológicos do impaludismo (1902), Hematologia do impaludismo (1903), Profilaxia antipalúdica (1907), Nova espécie de Taeniorynchus (1908), Nova espécie mórbida do homem produzida por um tripanossoma (1909), Classificação e descrição de diversas espécies de anofelinos e culicídios, Descrição de uma nova moléstia humana transmitida pelo "barbeiro" (Triatoma megistus) (1912), Patogenia da tripanossomíase americana (em colaboração com Eurico Vilela) (1929), Aspectos evolutivos do Trypanosoma cruzi no transmissor (1929).
Biografia retirada da página de Cláudio Azevedo dedicada a Carlos Chagas  Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...