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sexta-feira, julho 01, 2011
Quimica.:. O que é Bioluminescência ?
Bioluminescência
Bioluminescência é a emissão de luz visível derivada da liberação química de fótons. A bioluminescência obedece a várias funções biológicas: comunicação interespecífica (para vagalumes, vários peixes e poliquetas do gênero Odontosyllis), proteção do ataque (para o crustáceo Cypridina e cefalópodos), atração de presas (no peixe sapo Porichthys notatus) e iluminação dos arredores (no peixe lanterna Photoblepharon sp.). Além das diferentes utilizações, a bioluminescência tem também diversos padrões de produção pelos organismos, sendo que ela pode ser de origem bacteriológica (simbiose) ou ser produzida pelo próprio animal de forma extra ou intracelular. Como um exemplo de bioluminescência, vemos o protozoário dinoflagelado Pyrodinium bahamenese (fig.1) presente nas águas da costa caribenha que cria um fenômeno magnífico, conhecido como “Baia Bioluninescente” (fig. 2).
Figura 1: Dinoflagelado Figura 2: Baia bioluminescente, causada pela
Pyrodinium bahamenese passagem do caiaque e a perturbação dos
organismos.
A amplitude filogenética ainda difusa da distribuição entre os animais bioluminescentes indica uma provável evolução independente entre estes diversos grupos de organismos. Isto é mais evidente não só pelos diferentes usos para a bioluminescência, mas principalmente pelo mecanismo bioquímico por trás destas reações produtoras de luz.
A energia liberada sob a forma de luz por bioluminescência pode ser calculada pela fórmula:
E = energia luminosa (KJ/mol de fótons); h = constante de Planck;
= frequência; c = velocidade da luz; = comprimento de onda (nm).
Mecanismo da Bioluninescência:
Bioluminescência ocorre quando alguma parte da energia química de reações bioquímicas é liberada na forma de fótons de luz e não na forma de calor. Esta conversão de energia química para luz é devida principalmente à estrutura altamente "forçada" de proteínas chamadas Luciferinas (substrato das reações luminescentes), normalmente com ligações peróxido. A luz é emitida quando esta molécula passa deste estado de alta excitação para um estágio menos excitado. Os diferentes organismos bioluminescentes possuem diferentes tipos de luciferinas que usam em diferentes vias metabólicas para liberar luz.
Nas reações de bioluninescência a enzima que cataliza a reação é chamada de Luciferase. Tanto a luciferina quanto a luciferase variam bastante de configuração nos diversos animais, mas uma característica que é comum às diversas vias de bioluminescência é o fato de que em todas ocorre uma reação de oxidação da luciferina.
A luciferina de uma bactéria bioluminescente é um complexo formado por uma flavoproteína (FMNH2) e um aldeído de cadeia longa (R-CHO; R maior que 6 carbonos). O complexo FMN-RCHO é oxidado para FMN e ácido carboxílico, na presença de luciferase e oxigênio, produzindo água e liberando fótons de comprimento de onda máximo de 480nm (fig. 3).
Figura 3: Vias bioquímicas do
processo de bioluminescência bactérias.
A bioluminescência de um cnidário antozoário do gênero Renilla requer oxigênio, mas não ATP. A oxidação da oxiluciferina libera luz. Em alguns cnidários, incluindo Renilla, a emissão de luz é verde (comprimento de onda máximo de 510 nm) no animal livre na natureza, mas a emissão é azul (comprimento de onda máximo de 470 nm) no animal em cativeiro.
Proteínas cálcio-ativadas emitem luz em presença de íons cálcio. Exemplos são a aequorina de um hidrozoário Aequorea e mnemiopsina de um ctenóforo Mnemiopsis. O oxigênio é incorporado na estrutura dessas proteínas durante a sua síntese, não sendo necessário oxigênio para o processo luminescente. O modelo de cálcio-ativado bioluminescência de aequorina e mnemiopsina é essencialmente idêntico ao da Renilla, exceto pela pré incorporação do oxigênio e pelo papel excitatório do cálcio iônico.
Uma série muito diferente de reações requerendo ATP é vista em insetos luminescentes, como nos vagalumes (família Lampyridae). A forma reduzida da luciferina combina com ATP na presença de luciferase para formar um complexo luciferil-adenilate. Esse complexo, então, se decompõe para produzir a luciferina oxidada, gás carbônico e luz (comprimento de onda máximo de 560 nm).
Apesar dos vários estudos já realizados com bioluminescência, as observações feitas não confirmam se a luciferina é mesmo a molécula fóton-produtora ou se o produto da reação luciferase-luciferina pode reagir, futuramente, com outras moléculas para produzir a luz visível.
Bibliografia:
Urich, Klaus - Comparative Animal Biochemistry - Editora Spring-Verlag
Withers, Philip C. - Comparative Animal Phisiology - Editora College Publishing
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Júlio Barbosa
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julho 01, 2011
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Química
Sociologia.:. O que é sociologia ?
A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório. Para alguns representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes, para outros ela é a expressão teórica dos movimentos revolucionários.
Por sua posição de contradição foi proscrita de centros de ensino e uni-versidades da América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, etc.) todos em regimes ditatoriais. Foi acusada ainda de ser disfarce do marxismo e teoria de revolução.
Historicamente, a sociologia é um conjunto de conceitos, de técnicas e de métodos de investigação produzidos para explicar a vida social. Como princípio para o autor, a sociologia é o resultado de uma tentativa de compreensão de situa-ções sociais radicalmente novas, criadas pela então nascente sociedade capitalis-ta.
O Surgimento
Podemos entender a sociologia como uma das manifestações do pen-samento moderno. Desde Copérnico, a evolução do pensamento era exclusiva-mente científico. A sociologia veio preencher a lacuna do saber social, surgindo após, a constituição das ciências naturais e de várias ciências sociais. A sua for-mação constitui um acontecimento complexo para o qual concorreram circunstâncias históricas e intelectuais e intenções práticas. O seu surgimento ocorre num momento histórico determinado, coincidente com os últimos momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista.
A criação da sociologia não é obra de um só filósofo ou cientista mas o trabalho de vários pensadores empenhados em compreender as situações novas de existência que estavam em curso.
As transformações econômicas, políticas e culturas verificadas no século XVII, marca de forma indelével a sociologia. As revoluções industrial e a francesa patrocinam a instalação definitiva da sociedade capitalista. Somente por volta de 1830, um século depois, surgiria a palavra sociologia, fruto dos acontecimentos das duas revoluções citadas. A revolução industrial, à parte a introdução da máquina a vapor e os aperfeiçoamentos dos métodos produtivos, determinou o triunfo da indústria capitalista pela concentração e controle de máquinas, terras e ferramentas onde as massas humanas eram simples trabalhadores despossuídos.
Cada passo da sociedade capitalista capitaneava a desintegração e o solapamento de instituições e costumes reinantes, para constituir-se em novas formas de organização social. As máquinas não simplesmente destruíam os pe-quenos artesãos, como obrigava-os à forte disciplina, nova conduta e relação de trabalho até então desconhecidas.
Em 80 anos (entre 1780 e 1860), a Inglaterra conseguiu mudar radical-mente a sua face. Pequenas cidades passou a grandes cidades produtoras e ex-portadoras. Estas bruscas transformações implicariam em nova organização social, pela transformação da atividade artesanal em manufatureira e fabril, como também pela emigração do campo para a cidade onde mulheres e crianças em jornadas de trabalho desumana percebiam salários de subsistência e constituía-se em mais da metade da força de trabalho industrial. Estas cidades se transformaram num verdadeiro caos, vez que sem condições para suportar um vertiginoso crescimento, deram lugar a toda sorte de problemas sociais, tais como, surtos de epidemias de tifo e cólera, vícios, prostituição, criminalidade, infanticídio que dizimaram parte das suas populações.
Este fenômeno, o da revolução industrial, determinou o aparecimento do proletariado e o papel histórico que ele desempenharia na sociedade capitalista. Os seus efeitos catastróficos para a classe trabalhadora geraram sentimentos de revolta traduzidos externamente na forma de destruição de máquinas, sabotagens, explosão de oficinas, roubos e outros crimes, que deram lugar à criação de associações livres e sindicatos que permitiram o diálogo de classes organizadas, cientes de seus interesses com os proprietários dos instru-mentos de trabalho.
Estes importantes acontecimentos e as transformações sociais verifica-das despertaram a necessidade investigação. Os pensadores ingleses que teste-munhavam estas transformações e com elas se preocupavam não eram homens de ciência ou sociólogos profissionais. Eram homens de atitude que desejavam introduzir determinadas modificações na sociedade. Participavam de debates ideológicos onde estavam presentes correntes conservadoras, liberais e socialistas, visando orientação de ações para conservar, modificar radicalmente ou reformar a sociedade de seu tempo. Isto quer dizer que os precursores da sociologia se encontravam entre militantes políticos e entre as pessoas que se preocupavam com os problemas sociais. Entre eles estavam os pensadores: Owen (1771-1858), William Thompson (1775-1833), Jeremy Bentham (1748-1832), etc., cujos escritos foram de importância capital para a formação e constituição de um saber sobre a sociedade.
A sociologia constitui uma resposta intelectual às novas situações colo-cadas pela revolução industrial, como por exemplo, a situação dos trabalhadores, o aparecimento das cidades industriais, as transformações tecnológicas, a organização do trabalho na fábrica, etc. É a formação e uma estrutura social específica – a sociedade capitalista – que impõe uma reflexão sobre a sociedade, suas transformações, suas crises, e sobre seus antagonismos de classe.
A observação e o experimento como fontes da exploração dos fenôme-nos da natureza propiciou a acumulação de fatos. O relacionamento entre estes, possibilitaria o seu controle e domínio.
O pensamento filosófico do século XVII contribuiu para popularizar os avanços do pensamento científico. “A teologia deixaria de ser a forma norteadora do pensamento. A autoridade em que se apoiava um dos alicerces da teologia, cederia lugar a uma dúvida metódica que possibilitasse um conhecimento objetivo da realidade” (Francis Bacon 1561-1626). Para ele o novo método de conhecimento (observação e experimentação), ampliaria infinitamente o poder do homem e deveria ser estendido e aplicado ao estudo da sociedade.
O uso sistemático da razão, do livre exame da realidade, representou um grande salto para libertar o conhecimento do controle científico, da tradição, da “revelação” e, conseqüentemente, para a formulação de uma nova atitude intelec-tual diante dos fenômenos da natureza e da cultura.
Se no século XVIII os dados estatísticos voavam, dando conta de uma produtividade desconhecida, o pensamento social também divagava rumo a novas descobertas. Se o processo histórico possui lógica, pode ser compreendido e assim abrir novas pistas para o estudo racional da sociedade (Vico 1668-1744). Para ele é o homem que produz a história. Daí, afirmava que a sociedade podia ser compreendida porque, ao contrário da natureza, ela constitui obra dos próprios homens. Esta postura influenciou os historiadores escoceses da época, como David Hume (1711-1776) e Adam Ferguson (1723-1816), e seria posteriormente desenvolvida e amadurecida por Hegel e Marx.
Foi também dessa época a disposição e tratar a sociedade a partir do estudo de seus grupos e não dos indivíduos isolados, a cuja corrente pertencia Adam Ferguson que foi influenciado pelas idéias de Bacon de que é a indução, e não a dedução, que nos revela a natureza do mundo, e a importância da observa-ção enquanto instrumento para a obtenção do conhecimento.
É a intensidade dos conflitos entre as classes dominantes da sociedade feudal e a burguesia revolucionária que leva os filósofos, seus representantes intelectuais, a atacarem de forma impiedosa a sociedade feudal e sua estrutura de conhecimento, e a negarem abertamente a sociedade existente.
Os iluministas, enquanto ideólogos da burguesia, com posições revolu-cionárias, atacavam firmemente os fundamentos da sociedade feudal e seus privilégios e as restrições que esta impunha aos interesses econômicos e políticos da burguesia. Estes iluministas reformularam as idéias e procedimentos de seus antecessores como Descartes, Bacon, Hobbes: ao invés de usarem a dedução como a maioria dos pensadores do século XVII, os iluministas insistiam numa explicação da realidade baseado no modelo das ciências da natureza, influenciados mais por Newton (modelo de conhecimento baseado na observação, experimentação e acumulação de dados), do que por Descartes (método de investigação baseado na dedução).
Combinando o uso da razão e da observação, os iluministas analisaram quase todos os aspectos da sociedade (população, comércio, religião, moral, família, etc.).O objetivo do estudo era demonstrar que as instituições eram irracionais e injustas, que atentavam contra a natureza dos indivíduos e impediam a liberdade do homem, por isso deviam ser eliminadas. Para eles o indivíduo possuía razão, perfeição inata e era destinado à liberdade e à igualdade social. Reivindicavam a liberação do indivíduo de todos os laços sociais tradicionais, tal como as corporações, a autoridade feudal, etc.
O visível progresso das formas de pensar, fruto das novas maneiras de pensar e viver, contribuía para afastar interpretações fundadas em superstições e crenças infundadas e abria espaço para a constituição de um saber sobre os fe-nômenos histórico-sociais.
O “homem comum” da época também passou a deixar de encarar, cada vez mais, as instituições sociais, as normas, como fenômenos sagrados e imutá-veis submetidos a forças sobrenaturais, percebendo-os como produtos da ativida-de humana passíveis de serem conhecidos e mudados.
A ferrenha crítica dos iluministas às instituições feudais constituía-se em claro indício da putrefação da luta que a burquesia travava no plano político contra a classe feudal dominante. Na França, as forças burguesas ascendentes colidia com a típica monarquia absolutista que privilegiava aproximadamente quinhentas mil pessoas em detrimento de vinte e três milhões de habitantes, no final do século XVIII. Estes privilégios incluía isenção de impostos, direito de receber tributos feudais e impedia a formação de livre-empresa e a exploração eficiente da terra e incapaz de criar uma administração padronizada através de uma política tributária racional e imparcial.
A burguesia, ao tomar o poder em 1789, insurgiu-se definitivamente contra os fundamentos da sociedade feudal, ao construir um Estado que assegu-rasse sua autonomia diante da Igreja e que incentivasse e protegesse a empresa capitalista. Aconteceu aí uma liquidação do regime antigo. Em menos de um ano a velha estrutura e o Estado monárquico estavam liquidados, inclusive abolindo radicalmente a antiga forma de sociedade e suas tradicionais instituições, arraigados costumes e hábitos, promovendo sensíveis alterações na economia, na política e na vida cultural. Neste contexto se situam a abolição das corporações e dos grêmios e a promulgação de legislação que limitava os poderes patriarcais na família, coibindo os abusos da autoridade do pai e forçando-o a uma divisão igualitária da propriedade. Confiscou propriedades da Igreja, suprimiu os votos monásticos e responsabilizou o Estado pela educação. Acabou com antigos privilégios de classe e amparou e incentivou o empresário.
O choque da revolução foi tão intenso, que após quase setenta anos de seu triunfo, o pensador francês Alexis de Tocqueville disse dela: “A revolução se-gue seu curso: à medida que vai aparecendo a cabeça do monstro, descobre-se que, após ter destruído as instituições políticas, ela suprime as instituições civis e muda, em seguida, as leis, os usos, os costumes e até a língua; após ter arruinado a estrutura do governo, mexe nos fundamentos da sociedade e parece querer a-gredir até Deus...” Este espanto também foi partilhado por outros como Durkheim, Sant-Simon, Comte, Le Play, etc.
A Formação
No final do século passado, o matemático francês Henri Poicaré re-feriu-se à sociologia como ciência de muitos métodos e poucos resultados. Ao que tudo indica, atualmente poucos duvidam dos resultados alcançados pela sociologia. A sua realidade é atestada pelas inúmeras pesquisas dos sociólogos, pela sua presença nas universidades e empresas e nos organismos estatais. Ao lado desta crescente presença da sociologia no nosso dia-a-dia, continua porém chamando a atenção de todos os que se interessam por ela os freqüentes e acirrados debates travados em seu interior sobre o seu objeto de estudo e seus métodos de investigação.
A falta de um entendimento comum entre os sociólogos sobre a sua ci-ência possui, em boa medida, uma relação com a formação de uma sociedade dividida pelos antagonismos de classe. A existência de interesses opostos na sociedade capitalista penetrou e invadiu a formação da sociologia. Este contexto histórico influenciou enormemente suas visões sobre como deveria ser analisada a sociedade, o que refletiu também no conteúdo político de seus trabalhos. Este antagonismo deu origem ao aparecimento de diferentes tradições sociológicas ou distintas sociologias como afirmam alguns sociólogos.
Não podemos esquecer que a sociologia surgiu num momento de grande expansão do capitalismo e por isto mesmo alguns sociólogos otimistas assumiram, diante da sociedade capitalista nascente, que os interesses e os valores da classe dominante eram representativos do conjunto da sociedade e que os conflitos entre as classes sociais eram passageiros.
Os conservadores chamados de “profetas do passado” construíram suas obras contra a herança dos filósofos iluministas. Não eram intelectuais que justificavam a sociedade por suas realizações políticas ou econômicas. Ao contrário, a inspiração do pensamento conservador era a sociedade feudal, com sua estabilidade e acentuada hierarquia social. Não se interessavam em defender uma sociedade moldada nos princípios defendidos pelos iluministas nem um capitalismo que se transformava mostrando sua faceta industrial e financeira. O fascínio que as sociedades da Idade Média exercia sobre estes pensadores conferiu-lhes e às suas obras um forte sabor medieval. Por interesse direto, alguns deles eram defensores ferrenhos das instituições religiosas, monárquicas e aristocráticas em franco processo de desmantelamento.
As idéias dos conservadores eram um ponto de referência para os pio-neiros da sociologia, interessados na preservação da nova ordem econômica e política que estava sendo implantada. Adaptando, inclusive, algumas concepções dos “profetas do passado” às novas circunstâncias históricas, pela impossibilidade total de retorno ao passado.
É entre os autores positivistas, como Saint-Simon, Auguste Comte e E-mile Durkheim, que as idéias dos conservadores exerceriam uma grande influên-cia. É comum encontrarmos a inclusão de Saint-Simon (1760-1825) entre os pri-meiros pensadores socialistas. Foi considerado o “mais eloqüente dos profetas da burguesia”, um grande entusiasta da sociedade industrial. Todavia, entendia que o problema da restauração da ordem devia ser enfrentado, porque a sociedade francesa pós-revolucionária parecia-lhe “perturbada” pois nela reinava um clima de “desordem” e de “anarquia”.
Saint-Simon acreditava que a nova época era a do industrialismo, que trazia consigo a possibilidade de satisfazer todas as necessidades humanas e constituía a única fonte de riqueza e prosperidade. Percebeu que no avanço que estava ocorrendo no conhecimento científico havia uma grande lacuna, nesta área do saber, qual seja, a inexistência da ciência da sociedade. Admitia, mesmo tendo uma visão otimista da sociedade industrial, a existência de conflitos entre os possuidores e os não possuidores.
Várias das obras de Saint-Simon seriam retomadas por Auguste Comte (1798-1857) seu secretário particular, pensador menos original, embora mais sis-temático que Saint-Simon, a quem deve suas principais idéias. A motivação da obra de Comte repousa no estado de “anarquia” e de “desordem” de sua época histórica. Segundo ele as sociedades européias encontravam-se em um verdadeiro estado de caos social. Entendia que se as idéias religiosas não teriam mais forças para reorganizarem a sociedade, muito menos as idéias dos iluministas. Era extremamente impiedoso no ataque a esses pensadores, a quem chamava de “doutores em guilhotina”, vendo em suas idéias o “veneno da desintegração social”. Para ele, para haver coesão e equilíbrio na sociedade, seria necessário restabelecer a ordem nas idéias e nos conhecimentos, criando um conjunto de crenças comuns a todos os homens.
Comte considerava como um dos pontos altos de sua sociologia a re-conciliação entre a “ordem” e o “progresso”, pregando a necessidade mútua des-ses dois elementos para a nova sociedade.
Também para Durkheim (1858-1917) a questão da ordem social seria uma preocupação constante. De forma sistemática, ocupou-se em estabelecer o objeto de estudo da sociologia assim como indicar o seu método de investigação. Foi através dele que a sociologia penetrou a Universidade, conferindo a esta disci-plina o reconhecimento acadêmico. Sua obra foi elaborada em época de crises econômicas constantes, quando o desemprego e a miséria provocava o acirramento das lutas de classe, com os operários utilizando a greve como instrumento de luta e fundando seus sindicatos.
Vivendo nesta época em que as teorias socialistas ganhavam terreno, Durkheim não poderia ignorá-las, tanto é que em certo sentido, suas idéias consti-tuíam a tentativa de fornecer uma resposta às formulações socialistas. Discordava das teorias socialistas mormente quanto à ênfase atribuída aos fatos econômicos para diagnosticar a crise das sociedades européias. Acreditava que a origem dos problemas não era de natureza econômica, mas originados na fragilidade da moral em orientar adequadamente o comportamento dos indivíduos.
Preocupado em estabelecer um objeto de estudo e um método para a sociologia, Durkheim, dedicou-se a esta questão, salientando que nenhuma ciência poderia constituir-se sem uma área própria de investigação. A sociologia deveria ocupar-se com os fatos sociais que se apresentavam aos indivíduos como exteriores e coercitivos. Isto quer dizer que o indivíduo quando nasce já encontra a sociedade formada criada pelas gerações passadas, cuja organização deverá ser transmitida às gerações futuras através da educação.
O seu pensamento marcou decisivamente e sociologia contemporânea, principalmente as tendências que têm-se preocupado com as questões da manutenção da ordem social. A sua influência fora do meio acadêmico francês começou por volta de 1930, quando, na Inglaterra, dois antropólogos, Malinowski e Radcliffe-Brown, armaram a partir de seus trabalhos os alicerces do método de investigação funcionalista (busca de explicação das instituições sociais e culturais em termos da contribuição que estas fornecem para a manutenção da estrutura social). Nos Estados Unidos, a partir daquela data, as suas idéias começaram a ganhar terreno no meio universitário, exercendo grande fascínio em inúmeros pesquisadores. No entanto, foram dois sociólogos americanos Mertom e Parsons, em boa medida, os responsáveis pelo desenvolvimento do funcionalismo moderno e pela integração da contribuição de Durkheim ao pensamento sociológico contemporâneo, destacando a sua contribuição ao progresso teórico desta disciplina.
A formação e o desenvolvimento do conhecimento sociológico crítico e negador da sociedade capitalista, sem dúvida liga-se à tradição do pensamento socialista, que encontra-se em Marx (1818-1883) e Engels (1820-1903) a sua ela-boração mais expressiva. Estes pensadores não estavam preocupados em fundar a sociologia como disciplina específica. A rigor não encontramos neles a intenção de estabelecer fronteiras rígidas entre os diferentes campos do saber, tão ao gosto dos “especialistas” de nossos dias. Eles, em suas obras, interligavam disciplinas como antropologia, ciência política, economia, procurando oferecer uma explicação da sociedade como um todo, colocando em evidência as suas dimensões globais. Seus trabalhos não foram elaborados nos bancos das universidades, mas freqüentemente, no calor das lutas políticas.
A formação teórica do socialismo marxistas constitui uma complexa o-peração intelectual, na qual são assimiladas de maneira crítica as três principais correntes do pensamento europeu do século passado, tais como, o socialismo, a dialética e a economia política. O socialismo pré-marxista, também denominado “socialismo utópico”, constituía uma clara reação à nova realidade implantada pelo capitalismo, principalmente quanto às suas relações de exploração. Marx e Engels, ao tomarem contato com a literatura socialista da época, assinalaram as brilhantes idéias de seus antecessores sem deixarem de elaborar algumas críticas a este socialismo, a fim de dar-lhe maior consistência teórica e efetividade prática. Assinalavam que as lacunas existentes neste tipo de socialismo possuíam uma relação com o estágio de desenvolvimento do capitalismo da época, uma vez que as contradições entre burquesia e proletariado não se encontravam ainda plenamente amadurecidas.
Atuavam os “utópicos” como representantes dos interesses da humani-dade, não reconhecendo em nenhuma classe social o instrumento para a concretização de suas idéias.
A filosofia alemã da época de Marx encontrara em Hegel uma de suas mais expressivas figuras. Como se sabe, a dialética ocupava posição de destaque em seu sistema filosófico. A tomarem contato com a dialética hegeliana, eles res-saltaram o caráter revolucionário, uma vez que o método de análise de Hegel su-geria que tudo o que existia, devido às suas contradições, tendia a extinguir-se. A crítica que eles faziam à dialética hegeliana se dirigia ao seu caráter idealista. As-sim procuraram “corrigi-la “, recorrendo ao materialismo filosófico de seu tempo.
A intenção e conferir à sociologia uma reputação científica encontra em Max Weber (1864-1920) um marco de referência. Durante toda sua vida, insistiu em estabelecer uma clara distinção entre o conhecimento científico, fruto de cuidadosa investigação, e os julgamentos de valor sobre a realidade.
A busca de uma neutralidade científica levou Weber a estabelecer uma rigorosa fronteira entre o cientista, homem do saber, das análises frias e penetran-tes e o político, homem de ação e de decisão comprometido com as questões prá-ticas da vida. Essa posição de Weber, que tantas discussões têm provocado entre os cientistas sociais, constitui, ao isolar a sociologia dos movimentos revolucioná-rios, um dos momentos decisivos da profissionalização dessa disciplina. A idéia de uma ciência social neutra seria um argumento útil e fascinante para aqueles que viviam e iriam viver da sociologia como profissão.
A sociologia por ele desenvolvida considerava o indivíduo e a sua ação como ponto chave da investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto de partida da sociologia era a compreensão da ação dos indivíduos e não a análise das “instituições sociais” ou do “grupo social”, tão enfatizadas pelo pensamento conservador.
O Desenvolvimento
Se o contexto histórico do surgimento e da formação da sociologia coin-cidiu com um momento de grande expansão do capitalismo, infundindo otimismo em diversos sociólogos com relação a civilização capitalista, os acontecimentos históricos que permearam o seu desenvolvimento tornaram no mínimo problemáticas as esperanças de democratização que vários sociólogos nutriam com relação ao capitalismo. O desenvolvimento desta ciência tem como pano de fundo a existência de uma burguesia que se distanciara de seu projeto de igualdade e fraternidade, e que , crescentemente, se comportava no plano político de forma menos liberal e mais conservadora, utilizando intensamente os seus aparatos repressivos e ideológicos para assegurar a sua dominação.
O aparecimento das grandes empresas, monopolizando produtos e mercados, a eclosão de guerras entre as grandes potências mundiais, a intensifi-cação da organização política do movimento operário e a realização de revoluções socialistas em diversos países, eram realidades históricas que abalavam as cren-ças na perfeição da civilização capitalista.
A profunda crise em que mergulhou a civilização capitalista em nosso tempo não poderia deixar de provocar sensíveis repercussões no pensamento sociológico contemporâneo. O desmoronamento da civilização capitalista, levado a cabo pelos diversos movimentos revolucionários e pela alternativa socialista fez com que o conhecimento científico fosse submetido aos interesses da ordem estabelecida. As ciências sociais, de modo geral, passaram a ser usadas para produzir um conhecimento útil e necessário à dominação vigente.
A antropologia foi largamente utilizada para facilitar a administração de populações colonizadas; a ciência econômica e a ciência política forneceram fre-qüentemente seus conhecimentos para a elaboração de estratégias de expansão econômica e militar das grandes potências capitalistas.
A sociologia também, em boa medida, passou a ser empregada como técnica de manutenção das relações dominantes. As pesquisas de inúmeros sociólogos foram incorporadas à cultura e à prática das grandes empresas, do Estado moderno, dos partidos políticos, à luta cotidiana pela preservação das estruturas econômicas, políticas e culturais do capitalismo moderno. O sociólogo de nosso tempo passou a desenvolver o seu trabalho, via de regra, em complexas organizações privadas ou estatais que financiam suas atividades e estabelecem os objetivos e as finalidades da produção do conhecimento sociológico. Envolvido nas malhas e nos objetivos que sustentam suas atividades, tornou-se para ele extremamente difícil produzir um conhecimento que possua uma autonomia crítica e uma criatividade intelectual.
O desenvolvimento da sociologia na segunda metade do nosso século foi profundamente afetado pela eclosão da duas guerras mundiais. Tal fato não poderia deixar de quebrar a continuidade dos trabalhos que vinham sendo efetua-dos, interrompendo drasticamente o intercâmbio de conhecimentos entre as na-ções.
A sociologia, a partir dos anos cinqüenta, seria arrastada e envolvida na luta pela contenção da expansão do socialismo, pela neutralização dos movimen-tos de libertação das nações subjugadas pelas potências imperialistas e pela ma-nutenção da independência econômica e financeira destes países em face dos centros metropolitanos.
É neste contexto que surge a melancólica figura do sociólogo profissio-nal, que passa a desenvolver as suas atividades de correção da ordem, adotando uma atitude científica “neutra” e “objetiva”. Na verdade, a institucionalização da sociologia como profissão e do sociólogo como “um técnico”, um “profissional como outro qualquer “, foi realizada a partir da promessa e rentabilidade que os sociólogos passaram a oferecer a seus empregadores potenciais, como o Estado moderno, as grandes empresas privadas e os diversos organismos internacionais empenhados na conservação da ordem em escala mundial.
A profissionalização da sociologia, orientada para legitimar os interesses dominantes, constitui campo fértil para uma classe média intelectualizada ascender socialmente.
Bibliografia
O que é Sociologia, de Carlos Benedito Martins, Editora Brasiliense, 1994, Coleção Primeiros Passos; 57, 100 pág.
Sobre o autor
Carlos Benedito Martins é sociólogo, graduado e mestre em Ciências Sociais pela PUC de São Paulo, onde exerceu durante vários anos atividade do-cente. Foi coordenador do Departamento de Sociologia daquela Universidade no período de 1977 a 1981.
É doutor em Sociologia pela Universidade de Paris, onde apresentou a tese “Le Nouvel Enseignement Supérieur Privé au Brésil (1964-1983): rencontre d´une demande sociale et d´une opportunité politique”. É autor do livro Ensino Pago: um retrato sem retoque, publicado pela Global Editora. Organizou Ensino Superior Brasileiro: transformações e perspectivas atuais, publicado pela Editora Brasiliense e “O Público e o Privado na Educação Brasileira Contemporânea”, em parceria com Olga Moraes von Simson.
Atualmente exerce funções de docência e de pesquisa no Departamento de Sociologia na Universidade de Brasília (UnB), atuando nas áreas de Teoria Sociológica e Sociologia da Educação. É também pesquisador do CNPq.
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Sociologia.:. O movimento sem terra
BRASIL SURREALISTA
O MOVIMENTO SEM-TERRA
Evidentemente, que existem opiniões dividas em relação movimento dos sem-terra; desde aquele embuidos do mais grosseiro radicalismo, que cegos pelos preconceitos culturais, de uma sociedade, cristalizadas em estratificações sociais e por isso mesmo, mutilados no seu “EGO”, se deixam levar por esses impulsos e pelo ímpeto da violência, que nada resolve e que freqüentemente leva aos mais exacerbados atos, que podem se transformar numa agressão à própria vida. Disto temos, infelizmente, muitos e muitos exemplos.
O problema dos sem-terra tem que ser entendido como um aspecto em ebulição, assim como muitos outros que bem conhecemos e que só ganham sentido, quando analisados no contexto global e cultural, onde se acham inseridos.
De nada adianta e nada resolve ficar-se afirmando por aqui e por ali, que os sem-terra constituem grupos de marginais, que agredindo o Conceito Legal da Propriedade Privada, da terra se apossam e se mantêm como verdadeiros forasteiros da “LEI” e consequentemente passíveis das “PENAS”, que se aplicam a esses quadros específicos.
Diz-se por aí a Imprensa Falada e Escrita e particularmente a televisão trás até nós notícias, que não compreendidas na sua totalidade, distorcem o significado dos acontecimentos, desinformando e criando situações muito delicadas, capazes de levar às diferentes manifestações de eclosão.
Afirma-se que determinados Partidos Políticos estão solitários a esses movimentos e que defendendo semelhantes atos, são igualmente responsáveis por tantos confrontos de dolorosas conseqüências.
Disse ainda, que indivíduos oportunistas, estariam se infiltrando em tais movimentos, com objetivos concretos e inaceitáveis.
Por outro lado pode também afirmar, que está mal fadada Reforma Agrária, vem se arrastando há dez anos e que durante todo esse tempo, somente dois assentamentos, entre tantos outros foram totalmente, bem sucedidos, ambos no Rio Grande do Sul, que conseguiram até a organização de cooperativa, que permitiram a comercialização da “mais valha “, desfrutam hoje de condições de vida de tal qualidade, que a todos os brasileiros dever-se-ia oferecer.
E o que dizer da Bancada Ruralista no Congresso, lutando com unhas e dentes para defender seus afilhados? Por acaso este não é um comportamento anti-ético e imoral, vindo de que vem?
Por acaso, não existem uma enorme quantidade de terras devolutas pertencentes à Municípios, Estados e União, que são vergonhosamente ofertadas como “benesses” nas barganhas politiqueiras?
Por acaso, não existem por todo esse nosso tão rico e fértil Brasil, extensões e mais extensões de terras, que foram “griladas” simplesmente e nada aconteceu a esses honrados cidadãos, tão zelosos do patrimônio Brasileiro?
Terras e mais terras mantidas improdutivas, que não sofrem a tributação obrigatória sobre as mesmas, pela própria inércia que mantêm os privilégios. Isto está correto? Semelhantes proprietários, não merecem por parte de ninguém, qualquer recriminação, qualquer certo de conta, para esclarecimento da verdade?
E vai por aí afora a brutalidade dos privilégios ostensivos, que maculam nosso País e enchem de tristeza e angústia aqueles, que tiverem a infelicidade de não ficarem aquém, e compreender as manipulações impunes.
Por isso tudo é que afirmam que um análise do movimento dos sem-terra, na sua luta desesperada por um pedaço de terra e de uma infra-estrutura, que permita sua exploração produtiva, só poderá ser entendida, no seu universo sócio-político e cultural.
Todas a considerações devem avaliadas objetivamente, porém, o caminho para solução desses conflitos está efetivamente e acima de tudo, na disposição e vontade política.
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julho 01, 2011
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quarta-feira, junho 29, 2011
O que é e como funciona o Programa de afiliado Google partners ?
Seja parceiro do YouTube
Ganhar dinheiro com videos no youtube ja é realidade no Brasil; o programa parceiro do youtube ja está sendo usado por blogueiros no Brasil, tem gente ganhando muito dinheiro com isto, cerca de 4000$ por mês.
Requisitos
Para se tornar um parceiro do YouTube, você deve atender estes requisitos mínimos:
Você cria vídeos originais adequados para transmissão on-line.
Você é proprietário ou possui permissão expressa para usar e monetizar todo conteúdo de áudio e vídeo que enviar—sem exceções.
Você envia regularmente vídeos que são visualizados por milhares de usuários do YouTube ou publica vídeos de sucesso popular e comercial de outros modos (como DVD vendido on-line).
Se Você tem ótimos vídeos e uma audiência crescente, Deixe o YouTube ajudar a levar seu canal a um nível mais alto através de programa de parceria. Gere lucro a partir de seus vídeos e acesse os recursos e ferramentas especializados para parceiros do YouTube, incluindo aluguéis, gerenciamento de conteúdo e o Google analytics.
Saiba mais sobre as histórias de sucesso do Programa de parceria do YouTube - Aqui
Perguntas Freqüentes Para facilitar seu entendimento e tirar algumas dúvidas básicas:
1-Como os parceiros do youtube ganham dinheiro?
Nosso Programa de Parcerias possibilita que criadores e produtores de conteúdo original ganhem dinheiro com seus vídeos no YouTube por meio da participação nos lucros. Você pode ganhar receita ao permitir que anúncios relevantes sejam exibidos com seus vídeos ou ao torná-los disponíveis para locação por transmissão.
2-Quanto tempo demora o processo de inscrição?
Seu aplicativo deve ser analisado internamente para determinar se você se encaixa em nossos critérios de elegibilidade. Pedimos que aguarde pois esse processo poderá demorar. Enquanto isso, para ajudar a garantir que seu aplicativo seja aprovado, certifique-se de que:
tem uma conta de usuário do YouTube
tem permissão explícita para usar e gerar receita de todos os direitos autorais de vídeo e áudio de todo seu conteúdo
não violou os Termos de Uso do YouTube
tem uma conta ativa do AdSense
Em relação ao conteúdo para aluguel, será necessário uma conta de negócios no Google Checkout.
3-Quanto dinheiro vou conseguir receber?
Não há garantias no acordo de Parceria do YouTube com relação a quanto será pago. Visite estudos de caso para obter exemplos de parceiros que tiveram bons resultados com o programa.
4-Quais os critérios de aprovação de usuários para o programa de parceria?
Quando avaliamos os inscritos em relação à disponibilidade para o Programa de Parcerias do YouTube, nós analisamos uma série de critérios, incluindo, mas não se limitando a, o tamanho do público-alvo, a qualidade do conteúdo, a conformidade com nossas Diretrizes da comunidade e Termos de Uso do YouTube e país onde residem.
Sua conta pode NÃO ser adequada para o Programa de Parcerias se você faz upload de vídeos que usam qualquer um dos seguintes materiais, sem a permissão explícita da pessoa que os criou ou produziu:
Música (incluindo covers de música, música lírica e de fundo)
Imagens e representações gráficas (incluindo fotografias e obras de arte)
Trechos de filmes ou programas de TV
Imagens de video game ou softwares. Clique aqui para obter detalhes.
Performances (incluindo concertos, eventos esportivos e shows)
Dito isso, ESTAMOS procurando todos os tipos de conteúdo de vídeo original nos mais variados gêneros.
5-Ainda poderei participar do programa se não tiver os direitos sobre o conteúdo da música?
Não, só aceitamos parceiros que detêm direitos globais sobre os vídeos de música.
6-Uma música cover se classifica como vídeo de música original?
Atualmente, não permitimos vídeos de artistas cantando músicas cover em nosso programa de parceria a menos que o artista tenha adquirido a sincronização total e os direitos para representação. As músicas cover são músicas que já foram gravadas ou lançadas no mercado por outras pessoas. Leia o artigo da nossa Central de Ajuda para obter mais informações
7-Vocês aceitam áudio como parte do programa?
Não, no momento aceitamos apenas envio de vídeos de música.
8-Que tipo de anúncios serão exibidos no meu conteúdo?
Se você escolher vídeos com anúncios, os anúncios serão escolhidos automaticamente pelo nosso sistema, com base em vários fatores contextuais, como a categoria do vídeo. Se escolher locações de transmissão, nenhum anúncio será mostrado
9-Fiz a inscrição para me tornar um Parceiro do YouTube, mas não fui aceito. Por quê?
No momento, estamos procurando aceitar usuários que produzem vídeos voltados para um público-alvo amplo regularmente ou que publicam vídeos populares ou comercialmente bem-sucedidos de outras maneiras (como DVDs vendidos on-line). Ao avaliar as inscrições, consideramos vários fatores, incluindo, mas não se limitando, a popularidade dos vídeos do usuário, o número de inscritos, o envolvimento do usuário com a comunidade do YouTube e o histórico de conformidade do usuário com os Termos de Serviço do YouTube
10-Já sou um parceiro e tenho dúvidas. Onde posso obter ajuda?
Visite a nossa Central de Ajuda para parceiros.
Cadastre no Site do google agora ou tire mais Dúvidas: http://www.youtube.com/partners
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Júlio Barbosa
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sexta-feira, junho 24, 2011
Ganhar Dinheiro.:. Afiliados - ImagemFolheados
Afiliados Imagem folheados
Quero lhe apresentar o programa de afiliados imagemfolheados, que é um programa que eu me cadastrei e sou cliente / afiliado desde 14/06/2007, quando eu comecei a conhecer este maravilhoso programa. O programa de afiliados imagem folheado trabalha com vendas de produtos folheados a ouro, prata, resinados, strass e tambem uma variedade enorme de diferentes tipos de produtos, tais como brincos, pingentes, aneis, gargantilhas, pulseiras, tornozeleiras, brincos de argola, piercings, broches, alianças, letras, artigos religiosos e muito mais.
Há duas maneiras distintas para você lucrar com o imagem folheados veja:
VENDAS DIRETAS - Indicando novos clientes através de seu código de afiliado você ganhará comissões de 10% sobre a 1ª compra destes clientes e 5% (comissão perpétua) sobre todas as outras compras posteriores realizadas por estes clientes INDEFINIDAMENTE.
VENDAS INDIRETAS - Você também pode indicar novos afiliados formando assim sua Rede Downline. Indicando novos afiliados através de seu código de afiliado, você ganhará comissões até o 5º nível de indicação como mostrado abaixo. Você ganha 4% sobre as vendas de afiliados diretos (1º nível); 2% sobre as vendas de afiliados indiretos (2º nível); 1% sobre as vendas de afiliados indiretos (3º nível); 1% sobre as vendas de afiliados indiretos (4º nível) e mais 1% sobre as vendas de afiliados indiretos (5º nível).
É um ótimo negócio, na internet voce encontra vários meios de ganhar dinheiro, porem a maioria é papo furado, o que realmente dar dinheiro mesmo é programas de afiliados, pois desde 2007 eu cadastro em muitos programas e a maioria eu tomei prejuízo, investi muito e não tive nada de retorno; mas programa de afiliados voce cadastra gratuitamente e não paga nadinha... é eles que te pagam para vender os produtos deles, é o melhor negócio. olha... vou te contar um segredo, nada melhor do que comprar deles os produtos e voce colocar pessoas para vender para voce em sua cidade, dar lucro de mais de 100%, fiz isto na minha cidade e comecei a ganhar dinheiro, mas começou abrir um monte de lojas de bijuterias por aqui na cidade e ficou difícil pelo motivo da concorrência grande, falta de tempo porque trabalho também fora e ainda alguns prejuízos que tomei por vender fiado à alguns conhecidos ( não venda fiado heimm, porque sempre toma prejú).Você também pode indicar seu link de vendas para seus amigos no orkut, Facebook, blogs, sites e muito mais.
Caso não queira vender ou indicar os produtos, você pode tão somente indicar afiliados para a sua rede e você ganhará nas vendas e indicações deles.
Esta é minha dica de hoje, e como prova do que eu estou falando, veja abaixo a prova de minha rede e também alguns ganhos que tive no programa de afiliados imagem folheados.
Minhas Indicações:
Meus Últimos Ganhos:
Cadastre-se:
Se quizer cadastrar como cliente : Cadastre Aqui- Imagem Folheados
Se quizer cadastrar como Afiliados: Cadastre Aqui- Imagem Folheados
Obrigado e sucessos para você.
Segue abaixo alguns depoimentos de pessoas que cadastrou neste negócio:
Opiniões e testemunhos de nossos Clientes
Pessoal, esses produtos são maravilhosos! Compro na mão de uma revendedora deste site e estou satisfeitíssima! Já indiquei outros clientes à ela e sempre ganho brindes e descontos! Nota 10!
DANIELLE, LAURO DE FREITAS-BAHIA
DANIELLE, LAURO DE FREITAS-BAHIA
Como foi minha primeira compra, tem sempre a duvida se vem ou não. Minha Primeira compra foi dia 16/06/11 e o pedido chegou 17/06/11. o.O Olha que moro em BH em! Ótima Loja, aconselho a todos!
C. R. F. SOUZA, BELO HORIZONTE-MG
C. R. F. SOUZA, BELO HORIZONTE-MG
Peças muito bonitas e de muito bom gosto! Estou feliz com a minha compra e pretendo em breve adquirir mais! Parabéns pelo capricho e rapidez na entrega!
L. ESCH, RIO DE JANEIRO-RJ
L. ESCH, RIO DE JANEIRO-RJ
PESSOAL BOM DIA. AMEI A REFORMULAÇÃO DO SITE ESTA MUITO LINDO,,PARABENS,,APESAR DE EU COMPRAR POUCO, SEMPRE ENTRO PARA VER AS NOVIDADES,,ACHEI MARAVILHOSO VER HOJE O SITE COMPLETAMENTE DIFERENTE. EM BREVE FAREI MAIS PEDIDOS. UM ABRAÇÃO A VCS , QUE SEMPRE CONTINUE ASSIM, MARAVILHOSOS COM OS CLIENTES.
M. L. CHAPARRO, CAMPO GRANDE-MS
M. L. CHAPARRO, CAMPO GRANDE-MS
Olá, quero parabenizar a imagem folheados pelo bom atendimento, preço e qualidade dos produtos!!!
M. DIAS, JUAZEIRO DO NORTE-CEARÁ
M. DIAS, JUAZEIRO DO NORTE-CEARÁ
Gostei dos produtos que apreciei, gostaria de estar sempre em contato, pois em breve pretendo adquirir produtos como: Brincos, correntes, aneis, pulseiras etc..,
H. PC, ANANINDEUA-PARÁ/BRASIL
H. PC, ANANINDEUA-PARÁ/BRASIL
Acabei de receber e os produtos são de alta qualidade..os clientes estão adorando. Mal recebi e já fiz novos pedidos. Estou satisfeita.
D. S. ALEXANDRINO, SALVADOR-BA
D. S. ALEXANDRINO, SALVADOR-BA
Está foi a minha primeira compra pela internet, pois sempre tive receio de comprar, pagar e não receber a mercadoria, mas a Imagem Folheados está de parabéns pela agilidade, qualidade dos produtos e atendimento! Ontem realizei a minha segunda compra e estou feliz da vida!
C. D. D. SANTOS, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP
C. D. D. SANTOS, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP
Adorei conhecer a Imagem Folheados, os produtos são de boa qualidade, agilidade na entrega e ótimos preços.
J MELO, BELO HORIZONTE-MG
J MELO, BELO HORIZONTE-MG
ESTOU TRABALHANDO NESSE RAMO, MAS ENCONTRO DIFICULDADES, POIS TENHO QUE IR ATE SÃO PAULO PRA COMPRAR MINHAS PEÇAS, SE VOCÊS PODEREM ME AJUDAR E O PREÇO SUPERAR MINHAS ESPECTATIVAS, ME TORNAREI CLIENTE DE VOCÊS. OBRIGADA! BOM DIA!
M. E. M. LOPES, SANTANA-AP-AMAPÁ
M. E. M. LOPES, SANTANA-AP-AMAPÁ
adorei as pecas chegaram bem direitinho ate a proxima compra ;)
A. E. A. DE PAULO, ASSU-RN
A. E. A. DE PAULO, ASSU-RN
Olá pessoal da Imagem, quero agradecer pela atenção e paciência no esclarecimento das dúvidas. Foi meu primeiro de muitos pedidos que irei fazer com certeza. Peças lindas de qualidade!!! Irão fazer muito sucesso com toda certeza!!! RECOMENDOOOOOO A TODOS! MUITO OBRIGADA!!!!!!! até breve!
T. B. NEVES, CUBATÃO-SP
T. B. NEVES, CUBATÃO-SP
Adorei o site, a entrega foi rápida e as peças são lindas, já vendi quase tudo. Só queria ressaltar uma coisa, poderia ter pulseiras maiores e com aqueles balangandans coloridos que as mulheres gostam.
K. DE A. NATÁRIO, MARICÁ-RJ
K. DE A. NATÁRIO, MARICÁ-RJ
Amei os folheados, em breve retornarei com outro pedido. parabénssssssssssss
F. W. DE O. E SILVA, SERRA-ES
F. W. DE O. E SILVA, SERRA-ES
já estou na minha terceira compra, estou estourando de vender R$$$$$... meus clientes estão adorando os folheados.. com certeza irei comprar muito mais... eu e meus clientes aprovamos os produtos da Imagem Folheados.
T. C. F. VAZ, PLANURA-MG
T. C. F. VAZ, PLANURA-MG
NOSSAAAAAAAA...OS PRODUTOS SÃO ÓTIMOOOOOOS ESTOU VENDENDO MUITOOOOOOOO...PARABÉNS Á VC QUE JÁ É UMA REVENDEDORA DE IMAGEM E FOLHEADOS, TODO PEDIDO QUE FAÇO SEMPRE TIRO ALGO PRA MIMKKKKKKKK...ESTOU ARRAZANDOOOOO...BEIJOS
D. L. D. SANTOS, MACEIÓ-AL
D. L. D. SANTOS, MACEIÓ-AL
O MEU PEDIDO FOI ENTREGUE RÁPIDO E OS PRODUTOS SÃO DE ÓTIMA QUALIDADE, E TEM UMA ACEITAÇÃO MUITO BOA, JÁ ESTOU FORMANDO A MINHA CLIENTELA. OBRIGADO A IMAGEM FOLHEADOS PELA OPORTUNIDADE QUE NOS DÁ.
M. F. PERIGOLO, CORONEL FABRICIANO-MINAS GERAIS
M. F. PERIGOLO, CORONEL FABRICIANO-MINAS GERAIS
Amei comprar comprar cm vcs a entrega rapida atendimento otimo e os produtos otimos e lindos que vcs continuem assim eu so gostaria mais novidade brincos de aço inox obrigada
M. S. MENEZES, VARZEA PAULISTA-ESTADO
M. S. MENEZES, VARZEA PAULISTA-ESTADO
As peças realmente tem um acabamento muito bom gostei bastante e o atendimento é de primeira chegou rapidinho. valeu pessoal vou comprar de novo em breve!!!
CLEOMAR, ANGELÂNDIA-MG
CLEOMAR, ANGELÂNDIA-MG
Parabéns pelo atendimento..E fora que as peças são de ótima qualidade..Muito obrigada pela atenção.
A. H. LOPES, MUTUM-MG
A. H. LOPES, MUTUM-MG
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Júlio Barbosa
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quinta-feira, junho 23, 2011
Filosofia.:.ARISTÓTELES
VIDA E OBRA DE ARISTÓTELES
VIDA DE ARISTÓTELES
Aristóteles, filho do médico Nicômaco, da família dos Ascleopiades que descendiam dos Esculápia, nasceu a 384 a. C. Sua cidade natal Estagia, ficava no litoral setentrional do Mar Ergeu. Durante sua vida teve duas esposas: a primeira foi Pítias, sobrinha do tirano Hermías, governante de Assos, antigo escravo e ex-integrante da Academia Platônica; a segunda foi Herpilis, que deu-lhe o filho Nicômaco.
O jovem Aristóteles, originário da Macedônia, chega a Atenas, centro intelectual e artístico da Grécia, em 367 ou 366 a. C., a procura de oportunidade para prosseguir seus estudos. Encontra naquela época duas grandes instituições educacionais que disputam a preferência dos jovens. Uma dirigida por Isócrates, seguidor da trilha dos sofistas, propunha-se a educar os jovens para a vida democrática ateniense, ensinando-os a arte da retórica. A outra fundada por Platão, em 387 a. C., “mostrava a seus discípulos que a atividade humana, desde que pretendesse ser correta e responsável não poderia ser norteada por valores instáveis, formulados segundo o relativismo e a diversidade das opiniões”, mas sim na investigação científica, “fundada na realidade”. Aristóteles fez opção pela Academia, mesmo sendo advertido de que ali não ingressava “quem não soubesse geometria”.
A condição de meteco de Aristóteles explicava porque não seguiu os passos do seu mestre – Platão – “um pensador político, preocupado com os destinos da Pólis e com a reforma das instituições”. Ele, freqüentador da Academia por vinte anos, dedicou-se a pesquisas biológicas, contrapondo-se ao “matematismo que dominava na Academia”. Seu “espírito de observação e a índole classificadora, típicas da investigação naturalista”, constituiu os traços fundamentais de seu pensamento. Aristóteles, diante das questões políticas, assume atitude de homem de estudo, isolando-se da cidade em pesquisas especulativas, fazendo da política um objeto de estudo e não uma ocasião para agir.
Em 347 a. C. morre Platão. Mesmo tendo uma destacada atuação, Aristóteles não é escolhido para substituir o mestre na direção da Academia.
A partir de 343 a. C. e por vários anos Aristóteles é encarregado da missão de educar Alexandre, filho de Filipe da Macedônia. Em 338 a. C. os macedônicos derrotam os gregos em Queronéia, chegando ao fim a autonomia das cidades-Estados.
No ano de 336 a. C. Alexandre sobe ao trono da Macedônia e inicia a construção de seu grande império, e neste momento Aristóteles retorna a Atenas.
É em Atenas que Aristóteles funda sua escola, próximo ao templo dedicado a Apolo Liceano, que recebeu o nome de Liceu, também chamada de peripatética.
A Escola Peripatética dedicou-se, especialmente, à indagação empírica, naturalista e histórica.
Uma curiosidade sobre Aristóteles. Consta que quando ele estava estudando, segurava em uma dadas mãos uma bola de cobre e se adormecesse cairia em uma bacia de metal, despertando-o.
Com a morte de Alexandre, em 323 a. C., Aristóteles passou a ser perseguido politicamente pelos anti-manedônicos. Ele deixou Atenas e refugiou-se em Cábeis, no sudeste da Ilha de Eueria, onde morreu no verão de 322 a. C., aos 62 anos.
OBRA DE ARISTÓTELES
A Obra de Aristóteles é vasta, foi escrita para dois públicos distintos: uma parte endereçada aos seus discÍpulos no Liceu, os Escritos ditos filosóficos ou científicos; a outra parte destinada à publicação para o grande público, as Obras exotéricas, redigidas em forma mais dialética do que demonstrativa.
Aristóteles dizia que “a filosofia é essencialmente teoria” e que o “homem é uma unidade substancial de alma e corpo”, além de afirmar “que todo movimento implica uma passagem de um estado a outro”.
As principais obras e seus enfoques:
Escritos lógicos: considerava a lógica instrumento da ciência e da filosofia.
Escritos sobre a física: abarcava a cosmologia e a antropologia dentro da filosofia teorética, além da metafísica. Analisava os diversos tipos de movimentos, no espaço e no tempo.
Escritos metafísicos: a metafísica. Esta obra de 14 livros foi editada após a sua morte, a partir de manuscritos sobre a metafísica geral e teológica. A metafísica “ciência do ser como ser, ou dos princípios e das causas do ser e dos seus atributos essenciais”, abrangendo do ser imóvel à Deus. Age a partir de 4 doutrinas: da potência e do ato, da matéria e da forma, do particular e do universal, do motor e da coisa movida.
Escritos morais e políticos: a Ética a Nicômaco, em dez livros; a Ética a Eudemo, inacabada; a Grande Ética, compêndio das duas anteriores, com maior destaque para a Ética a Eudemo; a Política, com 8 livros inacabada. Coloca o Estado como superior ao indivíduo.
Escritos retóricos e poéticos: a Retórica, em 3 livros; Poética, em 2 livros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PADOVANI, Humberto, CASTAGNOLA, Luís. História da filosofia. 4 ed. São Paulo : Melhoramentos, 1961. p. 71 - 84.
MARITAIN, Jacques. Introdução à filosofia : elementos de filosofia I. tradução de Ilza das Neves e Heloísa de Oliveira Penedo. 10 ed. Rio de Janeiro : livraria agir editora, 1972. P. 57 - 67.
GRANDE Enciclopédia Delta Larousse. Rio de Janeiro : Editora delta S/A, 1979. v. 4. p. 488.
OS PENSADORES: Aristóteles – Vida e Obra. São Paulo : Editora Nova Cultura, 1999. p. 5 - 27.
VIDA DE ARISTÓTELES
Aristóteles, filho do médico Nicômaco, da família dos Ascleopiades que descendiam dos Esculápia, nasceu a 384 a. C. Sua cidade natal Estagia, ficava no litoral setentrional do Mar Ergeu. Durante sua vida teve duas esposas: a primeira foi Pítias, sobrinha do tirano Hermías, governante de Assos, antigo escravo e ex-integrante da Academia Platônica; a segunda foi Herpilis, que deu-lhe o filho Nicômaco.
O jovem Aristóteles, originário da Macedônia, chega a Atenas, centro intelectual e artístico da Grécia, em 367 ou 366 a. C., a procura de oportunidade para prosseguir seus estudos. Encontra naquela época duas grandes instituições educacionais que disputam a preferência dos jovens. Uma dirigida por Isócrates, seguidor da trilha dos sofistas, propunha-se a educar os jovens para a vida democrática ateniense, ensinando-os a arte da retórica. A outra fundada por Platão, em 387 a. C., “mostrava a seus discípulos que a atividade humana, desde que pretendesse ser correta e responsável não poderia ser norteada por valores instáveis, formulados segundo o relativismo e a diversidade das opiniões”, mas sim na investigação científica, “fundada na realidade”. Aristóteles fez opção pela Academia, mesmo sendo advertido de que ali não ingressava “quem não soubesse geometria”.
A condição de meteco de Aristóteles explicava porque não seguiu os passos do seu mestre – Platão – “um pensador político, preocupado com os destinos da Pólis e com a reforma das instituições”. Ele, freqüentador da Academia por vinte anos, dedicou-se a pesquisas biológicas, contrapondo-se ao “matematismo que dominava na Academia”. Seu “espírito de observação e a índole classificadora, típicas da investigação naturalista”, constituiu os traços fundamentais de seu pensamento. Aristóteles, diante das questões políticas, assume atitude de homem de estudo, isolando-se da cidade em pesquisas especulativas, fazendo da política um objeto de estudo e não uma ocasião para agir.
Em 347 a. C. morre Platão. Mesmo tendo uma destacada atuação, Aristóteles não é escolhido para substituir o mestre na direção da Academia.
A partir de 343 a. C. e por vários anos Aristóteles é encarregado da missão de educar Alexandre, filho de Filipe da Macedônia. Em 338 a. C. os macedônicos derrotam os gregos em Queronéia, chegando ao fim a autonomia das cidades-Estados.
No ano de 336 a. C. Alexandre sobe ao trono da Macedônia e inicia a construção de seu grande império, e neste momento Aristóteles retorna a Atenas.
É em Atenas que Aristóteles funda sua escola, próximo ao templo dedicado a Apolo Liceano, que recebeu o nome de Liceu, também chamada de peripatética.
A Escola Peripatética dedicou-se, especialmente, à indagação empírica, naturalista e histórica.
Uma curiosidade sobre Aristóteles. Consta que quando ele estava estudando, segurava em uma dadas mãos uma bola de cobre e se adormecesse cairia em uma bacia de metal, despertando-o.
Com a morte de Alexandre, em 323 a. C., Aristóteles passou a ser perseguido politicamente pelos anti-manedônicos. Ele deixou Atenas e refugiou-se em Cábeis, no sudeste da Ilha de Eueria, onde morreu no verão de 322 a. C., aos 62 anos.
OBRA DE ARISTÓTELES
A Obra de Aristóteles é vasta, foi escrita para dois públicos distintos: uma parte endereçada aos seus discÍpulos no Liceu, os Escritos ditos filosóficos ou científicos; a outra parte destinada à publicação para o grande público, as Obras exotéricas, redigidas em forma mais dialética do que demonstrativa.
Aristóteles dizia que “a filosofia é essencialmente teoria” e que o “homem é uma unidade substancial de alma e corpo”, além de afirmar “que todo movimento implica uma passagem de um estado a outro”.
As principais obras e seus enfoques:
Escritos lógicos: considerava a lógica instrumento da ciência e da filosofia.
Escritos sobre a física: abarcava a cosmologia e a antropologia dentro da filosofia teorética, além da metafísica. Analisava os diversos tipos de movimentos, no espaço e no tempo.
Escritos metafísicos: a metafísica. Esta obra de 14 livros foi editada após a sua morte, a partir de manuscritos sobre a metafísica geral e teológica. A metafísica “ciência do ser como ser, ou dos princípios e das causas do ser e dos seus atributos essenciais”, abrangendo do ser imóvel à Deus. Age a partir de 4 doutrinas: da potência e do ato, da matéria e da forma, do particular e do universal, do motor e da coisa movida.
Escritos morais e políticos: a Ética a Nicômaco, em dez livros; a Ética a Eudemo, inacabada; a Grande Ética, compêndio das duas anteriores, com maior destaque para a Ética a Eudemo; a Política, com 8 livros inacabada. Coloca o Estado como superior ao indivíduo.
Escritos retóricos e poéticos: a Retórica, em 3 livros; Poética, em 2 livros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PADOVANI, Humberto, CASTAGNOLA, Luís. História da filosofia. 4 ed. São Paulo : Melhoramentos, 1961. p. 71 - 84.
MARITAIN, Jacques. Introdução à filosofia : elementos de filosofia I. tradução de Ilza das Neves e Heloísa de Oliveira Penedo. 10 ed. Rio de Janeiro : livraria agir editora, 1972. P. 57 - 67.
GRANDE Enciclopédia Delta Larousse. Rio de Janeiro : Editora delta S/A, 1979. v. 4. p. 488.
OS PENSADORES: Aristóteles – Vida e Obra. São Paulo : Editora Nova Cultura, 1999. p. 5 - 27.
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domingo, junho 19, 2011
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