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quinta-feira, março 10, 2011

Administraçao.:.Globalizaçao I

Trabalho sobre Globalização

Índice
O que é Globalização
Globalização e conjuntura internacional
Principais tendências da Globalização
A crescente hegemonia do capital financeiro
Novo Papel das Empresas Transnacionais
Os Impactos da Globalização para a América Latina
Impactos da globalização no mercado de trabalho e os sindicatos
Globalização e Meio Ambiente
Globalização - A História interativa


O que é Globalização?
"A notícia do assassinato do presidente norte-americano Abraham Lincoln, em 1865, levou 13 dias para cruzar o Atlântico e chegar a Europa. A queda da Bolsa de Valores de Hong Kong (outibro-novembro/97), levou 13 segundos para cair como um raio sobre São Paulo e Tóquio, Nova York e Tel Aviv, Buenos Aires e Frankfurt. Eis ao vivo e em cores, a globalização"
(Clóvis Rossi – do Concelho Editorial – Folha de São Paulo)
"O furacão financeiro que veio da Ásia, passou pela Europa, Estados Unidos e chegou ao Brasil, teve pelo menos uma vantagem didática. Ninguém pode mais alegar que nunca ouviu falar da globalização financeira. Até poucos meses, é provável que poucos soubessem onde ficava a Tailândia ou Hong Kong. Hoje muita gente sabe que um resfriado nesses lugares pode virar uma gripe aqui. Especialmente se fizer uma escala em Nova York."
(Celso Pinto – do Conselho Editorial – Folha de São Paulo)

Mas, o que é essa globalização e como é que ela se manifesta ?
Não há uma definição que seja aceita por todos. Ela está definitivamente na moda e designa muitas coisas ao mesmo tempo. Há a interligação acelerada dos mercados nacionais, há a possibilidade de movimentar bilhões de dólares por computador em alguns segundos, como ocorreu nas Bolsas de todo o mundo, há a chamada "terceira revolução tecnológica"( processamento, difusão e transmissão de informações). Os mais entusiastas acham que a globalização define uma nova era da história humana.

Qual a diferença entre Globalização, Mundialização e Internacionalização?
Globalização e Mundialização são quase sinônimos. Os americanos falam em globalização. Os franceses preferem mundialização. Internacionalização pode designar qualquer coisa que escape ao âmbito do Estado Nacional.
Quando o mundo começou a ficar globalizado?
Novamente, não há uma única resposta. Fala-se em início dos anos 80, quando a tecnologia de informática se associou à de telecomunicações. Outros acreditam que a globalização começou mais tarde com a queda das barreiras comerciais.

Globalização é poder comprar o mesmo produto em qualquer parte do mundo?
Não se pode confundir globalização com a presença de um mesmo produto em qualquer lugar do mundo. A globalização pressupõe a padronização dos produtos (um tênis Nike, um Big Mac) e uma estratégia mundialmente unificada de marketing, destinada a uniformizar sua imagem junto aos consumidores.

Se as empresas globalizadas não tem país-sede, o que ocorre quando querem fazer um lobby?
A rigor, as empresas globalizadas preocupam-se muito mais com marketing, o grosso de seus investimentos. Se em determinado país as condições de seu fornecedor se tornaram desfavoráveis - os juros aumentaram, o que implica no aumento dos produtos -, a empresa globalizada procura outro fornecedor em outro país. Ela não perderá tempo em fazer lobby sobre determinado governo para que o crédito volte a ser competitivo.

Por que dizem que a globalização gera desemprego?
A globalização não beneficia a todos de maneira uniforme. Uns ganham muito, outros ganham menos, outros perdem. Na prática exigem menores custos de produção e maior tecnologia. A mão-de-obra menos qualificada é descartada. O problema não é só individual. É um drama nacional dos países mais pobres, que perdem com a desvalorização das matérias-primas que exportam e o atraso tecnológico.

A globalização vai deixar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres?
Em seu relatório deste ano sobre o desenvolvimento humano, a ONU comprova que a globalização está concentrando renda: os países ricos ficam mais ricos, e os pobres, mais pobres. Há muitos motivos para isso. Alguns deles: a redução das tarifas de importação beneficiou muito mais os produtos exportados pelos mais ricos. Os países mais ricos continuam a subsidiar seus produtos agrícolas, inviabilizando as exportações dos mais pobres.
Conjuntura Internacional
A conjuntura internacional se desenvolve no contexto de declínio do sistema capitalista. É a antítese da era de prosperidade vivida nas primeiras décadas do pós-guerra e a expressão do esgotamento do padrão de acumulação de capital proveniente deste período. Configura-se uma situação crítica caracterizada por taxas de crescimento econômico declinantes e elevados níveis de desemprego em quase todos os países onde predomina a economia de mercado.
A crise econômica, que não deve ser confundida com as perturbações cíclicas do sistema provocadas pela superprodução, vem acelerando o processo de centralização e globalização do capital, traduzidos principalmente pela onda de aquisições, incorporações e megafusões de empresas. Como resultado, seus efeitos têm maior repercussão mundial, assim como as políticas propostas ou impostas como "solução" pelas classes que encarnam os interesses do capital.
O cenário atual está caracterizado pelo avanço da globalização econômica, financeira e comercial defendida pelos organismos internacionais (FMI, Banco Mundial e Organização Mundial do Comércio) com base na ideologia neoliberal. Trata-se de um processo em curso, comandado pelas grandes corporações transnacionais que procuram abrir novos mercados para sua produção e, ao mesmo tempo, recuperar as taxas de lucro, reduzindo seus custos pelo aumento da exploração dos trabalhadores, via redução de salários, aumento das jornadas de trabalho e eliminação dos direitos dos trabalhadores, atacando as conquistas sindicais e trabalhistas obtidas na era de ouro do sistema e desmantelando o chamado Estado de Bem-Estar Social. A globalização tem representado o aumento do desemprego, a precarização dos contratos de trabalho, a informalidade e crescentes ataques aos direitos de organização sindical.
O neoliberalismo surge neste quadro e vem sendo aplicado desde os anos 80 como uma resposta da burguesia ao panorama crítico. Tendo adquirido ares de verdade absoluta após a derrocada do "socialismo real", seu objetivo é, basicamente, elevar as taxas de lucros das empresas multinacionais (revertendo a queda observada nas últimas décadas). Em tese, o aumento dos lucros resultaria na recomposição dos níveis de investimentos e viabilizaria a inauguração de um novo padrão de acumulação e uma fase de crescimento econômico capitalista, o que na prática não vem ocorrendo.
O ritmo e a natureza da inserção das economias nacionais à globalização são diferenciados e depende em grande medida de opções políticas e da correlação de forças entre os setores populares e os defensores do neoliberalismo. Ainda não está concluída a forma de inserção das economias nacionais no mercado global.
Os sindicatos, em nível nacional e mundial, podem influir em seu curso. Greves e mobilizações recentes na Europa, Ásia e América Latina revelam que os sindicatos reagem e buscam alternativas para a maneira excludente como a globalização vem se processando. Essas lutas ainda ressentem-se da ausência de um projeto alternativo capaz de se contrapor ao neoliberalismo.
Grandes mobilizações, como a greve na Coréia do Sul, a mobilização dos mineiros alemães e dos trabalhadores franceses e belgas da Renault revelam que os trabalhadores não estão dispostos a arcar com os custos da globalização, e que é possível impor derrotas ao neoliberalismo.
As estratégias e os atuais modelos de organização sindical, criados num período de fronteiras nacionais parcialmente protegidas, têm sido incapazes de enfrentar as transformações econômicas em curso.

Principais tendências da globalização
A crescente hegemonia do capital financeiro
O crescimento do sistema financeiro internacional constitui uma das principais características da globalização. Um volume crescente de capital acumulado é destinado à especulação propiciada pela desregulamentação dos mercados financeiros. Nos últimos quinze anos o crescimento da esfera financeira foi superior aos índices de crescimento dos investimentos, do PIB e do comércio exterior dos países desenvolvidos. Isto significa que, num contexto de desemprego crescente, miséria e exclusão social, um volume cada vez maior do capital produtivo é destinado à especulação.
O setor financeiro passou a gozar de grande autonomia em relação aos bancos centrais e instituições oficiais, ampliando o seu controle sobre o setor produtivo. Fundos de pensão e de seguros passaram a operar nesses mercados sem a intermediação das instituições financeiras oficiais. O avanço das telecomunicações e da informática aumentou a capacidade dos investidores realizarem transações em nível global. Cerca de 1,5 trilhão de dólares percorre as principais praças financeiras do planeta nas 24 horas do dia. Isso corresponde ao volume do comércio internacional em um ano.
Da noite para o dia esses capitais voláteis podem fugir de um país para outro, produzindo imensos desequilíbrios financeiros e instabilidade política. A crise mexicana de 94/95 revelou as conseqüências da desregulamentação financeira para os chamados mercados emergentes. Foram necessários empréstimos da ordem de 38 bilhões de dólares para que os EUA e o FMI evitassem a falência do Estado mexicano e o início de uma crise em cadeia do sistema financeiro internacional.
Ao sair em socorro dos especuladores, o governo dos Estados Unidos demonstrou quem são os seus verdadeiros parceiros no Nafta. Sob a forma da recessão, do desemprego e do arrocho dos salários, os trabalhadores mexicanos prosseguem pagando a conta dessa aventura. Nos períodos "normais" a transferência de riquezas para o setor financeiro se dá por meio do serviço da dívida pública, através da qual uma parte substancial dos orçamentos públicos são destinados para o pagamento das dívidas contraídas junto aos especuladores. O governo FHC destinou para o pagamento de juros da dívida pública um pouco mais de 20 bilhões de dólares em 96.

Novo Papel das Empresas Transnacionais
As empresas transnacionais constituem o carro chefe da globalização. Essa empresas possuem atualmente um grau de liberdade inédito, que se manifesta na mobilidade do capital industrial, nos deslocamentos, na terceirização e nas operações de aquisições e fusões. A globalização remove as barreiras à livre circulação do capital, que hoje se encontra em condições de definir estratégias globais para a sua acumulação.
Essas estratégias são na verdade cada vez mais excludentes. O raio de ação das transnacionais se concentra na órbita dos países desenvolvidos e alguns poucos países periféricos que alcançaram certo estágio de desenvolvimento. No entanto, o caráter setorial e diferenciado dessa inserção tem implicado, por um lado, na constituição de ilhas de excelência conectadas às empresas transnacionais e, por outro lado, na desindustrialização e o sucateamento de grande parte do parque industrial constituído no período anterior por meio da substituição de importações.
As estratégias globais das transnacionais estão sustentadas no aumento de produtividade possibilitado pelas novas tecnologias e métodos de gestão da produção. Tais estratégias envolvem igualmente investimentos externos diretos realizados pelas transnacionais e pelos governos dos seus países de origem. A partir de 1985 esses investimentos praticamente triplicaram e vêm crescendo em ritmos mais acelerados do que o comércio e a economia mundial.
Por meio desses investimentos as transnacionais operam processos de aquisição, fusão e terceirização segundo suas estratégias de controle do mercado e da produção. A maior parte desses fluxos de investimentos permanece concentrada nos países avançados, embora venha crescendo a participação dos países em desenvolvimento nos últimos cinco anos. A China e outros países asiáticos, são os principais receptores dos investimentos direitos. O Brasil ocupa o segundo lugar dessa lista, onde destacam-se os investimentos para aquisição de empresas privadas brasileiras (COFAP, Metal Leve etc.) e nos programas de privatização, em particular nos setores de infra-estrutura.

Liberalização e Regionalização do Comércio
O perfil altamente concentrado do comércio internacional também é indicativo do caráter excludente da globalização econômica. Cerca de 1/3 do comércio mundial é realizado entre as matrizes e filiais das empresas transnacionais e 1/3 entre as próprias transnacionais. Os acordos concluídos na Rodada Uruguai do GATT e a criação da OMC mostraram que a liberação do comércio não resultou no seu equilíbrio, estando cada vez mais concentrado entre os países desenvolvidos.
A dinâmica do comércio no Mercosul traduz essa tendência. Na realidade a integração do comércio nessa região, a exemplo do que ocorre com o Nafta e do que se planeja para a Alca em escala continental, tem favorecido sobretudo a atuação das empresas transnacionais, que constituem o carro chefe da regionalização.
O aumento do comércio entre os países do Mercosul nos últimos cinco anos foi da ordem de mais de 10 bilhões de dólares. Isto se deve em grande parte às facilidades que os produtos e as empresas transnacionais passaram a gozar com a eliminação das barreiras tarifárias no regime de união aduaneira incompleta que caracteriza o atual estágio do Mercosul.
No mesmo período, o Mercosul acumulou um déficit de mais de 5 bilhões de dólares no seu comércio exterior. Este resultado reflete as conseqüências negativas das políticas nacionais de estabilização monetária ancoradas na valorização do câmbio e na abertura indiscriminada do comércio externo praticadas pelos governos FHC e Menem.
O empenho das centrais sindicais para garantir os direitos sociais no interior desses mercados tem encontrado enormes resistências. As propostas do sindicalismo de adoção de uma Carta Social do Mercosul, de democratização dos fóruns de decisão, de fundos de reconversão produtiva e de qualificação profissional têm sido rechaçadas pelos governos e empresas transnacionais.
A liberalização do comércio e a abertura dos mercados nacionais têm produzido o acirramento da concorrência. A super exploração do trabalho é cada vez mais um instrumento dessa disputa. O trabalho infantil e o trabalho escravo são utilizados como vantagens comparativas na guerra comercial. Essa prática, conhecida como dumping (rebaixamento) social, consiste precisamente na violação de direitos fundamentais, utilizando a superexploração dos trabalhadores como vantagem comparativa na luta pela conquista de melhores posições no mercado mundial. Nesse contexto, as conquistas sindicais são apresentadas pelas empresas como um custo adicional que precisa ser eliminado ("custo Brasil", "custo Alemanha" etc.).

Os Impactos da Globalização para a América Latina
São distintos os impactos da globalização para os países da periferia do sistema capitalista. O grau de inserção desses países depende, em grande parte, do estágio de desenvolvimento industrial alcançado até os anos oitenta, das perspectivas de crescimento do mercado interno e de condições políticas que vão se constituindo internamente. Isto vale para os países da América Latina, cujos governos se orientam pelas formas subordinadas de inserção preconizadas pelo chamado Consenso de Washington.
A partir dos anos cinqüenta, num contexto de políticas desenvolvimentistas e populistas, consolida-se a divisão internacional do trabalho com a presença de empresas multinacionais operando em setores chaves da estrutura produtiva de países como Brasil, México e Argentina. Desde então, as elites políticas e econômicas desses países aceitaram a condição de sócias minoritárias na condução do capitalismo associado e dependente da região.
Por meio dessa associação com o capital estrangeiro a burguesia industrial abdicou de qualquer pretensão à hegemonia na condução do desenvolvimento nacional, aceitando um papel subalterno na dinâmica do capitalismo dependente. O desenvolvimento industrial alcançado pela associação com o capital externo foi acompanhado de um padrão de financiamento que aprofundou a dependência desses países. Os empréstimos externos dos anos setenta resultaram no pesadelo da crise da dívida externa dos anos 80, provocada pelo aumento das taxas de juros internacionais impostos pelos EUA.
Os planos de estabilização monetária e a reforma do Estado são as condições impostas pelas organizações financeiras internacionais para que esses países venham se inserir, num futuro remoto, à nova realidade econômica mundial. A baixa taxa de crescimento dos países latino-americanos é uma das faces desse modelo de estabilização
1). Mas as conseqüências perversas são imediatas, e se expressam na desindustrialização, no desemprego, no aumento da miséria, na privatização das empresas e dos serviços públicos, com corte nos gastos sociais em educação, saúde, moradia, previdência etc.
O desemprego na Argentina, da ordem de 20% da força de trabalho, a informalidade do mercado de trabalho no Brasil, de cerca de 50% da PEA (população economicamente ativa), e o brutal arrocho dos salários que se seguiu à crise mexicana ilustram dramaticamente o preço que os trabalhadores latino-americanos estão pagando em nome da pretensa modernização econômica da região.
Quadro1 Taxas de crescimento países latino-americanos selecionados (*)
Países 81-90(*) 90 91 92 93 94 95 96 Brasil 1,6 -4,4 0,2 -0,8 4,2 5,7 4,2 3,1 Argentina -0,9 0,1 8,9 8,7 6,0 7,4 -3,5 Chile 3,0 3,0 7,3 11,0 6,3 4,2 8,5 México 1,7 4,4 3,6 2,8 0,6 3,5 -6,9 (*)média % - Fonte: Relatório da OEA (diversos) IPEA

Impactos da globalização no mercado de trabalho e os sindicatos
A eliminação dos postos de trabalho representa o lado mais perverso da globalização. Duas conferências de cúpula do G-7 já trataram do problema mundial do desemprego e a posição dos chefes de Estado dos países mais ricos foi a mesma: nada a fazer, senão prosseguir os programas de ajuste com base no rigor fiscal e no equilíbrio monetário. Mesmo que isto implique a continuidade das medíocres taxas de crescimento da economia mundial dos últimos vinte anos( vide quadro das taxas de crescimento dos países do G-7).
Quadro 2 Taxas de crescimento países G-7
G-7 81-90(*) 1991 1992 1993 1994 1995 1996 EUA 2,6 -0,6 2,7 2,2 3,5 2,0 2,1 Alemanha 2,2 4,5 1,8 -1,2 3,0 2,1 0,9 Japão 4,1 4,3 1,0 0,1 0,5 0,7 2,6 Itália 2,2 1,2 0,7 -1,2 2,2 3,0 2,4 França 2,4 0,8 1,3 -1,5 2,9 2,4 1,4 Inglaterra 2,7 -2,0 -0,5 2,3 3,8 2,4 2,2 Canadá 2,9 -1,8 0,8 2,2 4,6 2,2 1,8 (*) média % - Fonte: Relatório da OEA (diversos) IPEA

O resultado mais dramático da crise da economia capitalista é o crescimento extraordinário do desemprego, fenômeno motivado por duas causas básicas: o progressivo declínio das taxas de crescimento econômico aliado ao desenvolvimento tecnológico com aplicação condicionada pelas relações de produção características de tal sistema. O problema não é só social, mas sobretudo econômico. Revela a crescente ineficiência capitalista na utilização dos recursos colocados à disposição da humanidade pelo progresso das forças produtivas. Neste contexto, cresce a importância da luta em defesa do emprego e pela redução da jornada de trabalho. O proletariado europeu vem organizando e realizando grandes e poderosos movimentos neste sentido, num exemplo que merece ser seguido pelos trabalhadores do chamado Terceiro Mundo.
Os governos neoliberais dizem que o custo do trabalho e as conquistas históricas dos trabalhadores são as causas do desemprego. Buscam eliminar essas conquistas por meio da flexibilização da legislação trabalhista. O argumento é completamente mentiroso: a Espanha e a Argentina foram os países que mais avançaram na flexibilização e as taxas de desemprego, ao invés de cair, estão por volta de 20% da população ativa.
As transformações no mundo do trabalho indicam claramente as grandes dificuldades colocadas para um sindicalismo baseado exclusivamente nos setores tradicionais. A organização dos desempregados, dos trabalhadores informais, das mulheres, que ingressam no mercado de trabalho em condições ainda mais precárias do que os homens, e de contingentes cada vez mais amplos de excluídos, representa um desafio crucial para o futuro do sindicalismo.
A precarização dos contratos de trabalho (tempo parcial, tempo determinado), o aumento das jornadas, a rotatividade, a informalidade, a redução dos salários e a deterioração das condições de trabalho são outras tantas formas de ataque aos trabalhadores. Em razão destes ataques, o perfil do mercado de trabalho nos países desenvolvidos e em desenvolvimento começa apresentar semelhanças (o crescimento do desemprego nos países do G-7 é um fenômeno quase generalizado, como podemos comprovar na tabela abaixo).

Taxas de desemprego países desenvolvidos (definição OCDE)
81-90 (*) 1991 1992 1993 1994 1995 1996 EUA 7,1 6,7 7,5 6,9 6,1 5,6 5,8 Alemanha 7,1 5,5 7,8 8,9 9,5 9,4 11,1 Japão 2,5 2,1 2,2 2,5 2,9 3,2 3,4 Itália 8,0 8,1 9,7 10,3 9,3 8,2 11,8 França 9,3 9,4 10,3 11,7 12,3 11,6 12,1 Inglaterra 9,1 8,1 9,7 10,3 9,3 8,2 7,9 Canadá 9,4 10,3 11,3 11,2 10,4 9,5 9,6 (*)média % - Fonte: Relatório da OEA (diversos) IPEA

O novo padrão de acumulação pressupõe a destruição das conquistas trabalhistas obtidas no período anterior. Os ataques à organização sindical, ao contrato de trabalho e às negociações coletivas vêm se tornando cada vez mais intensos, ampliando a violência dos confrontos sociais e resultando em grandes mobilizações sindicais, como demonstram as greves gerais da França, Brasil e Coréia do Sul.
Estruturados numa fase de economias nacionais reguladas, mercados parcialmente protegidos e padrões de organização tradicionais, os sindicatos têm encontrado enormes dificuldades para combater os efeitos da globalização.
Apesar da crise, as perspectivas são muito maiores para uma ação internacional da classe trabalhadora, com vistas a realização de ações articuladas em torno de objetivos comuns. A uniformização das estratégias empresarias e os ataques aos trabalhadores produz reações nacionais que devem ser canalizadas pelo movimento sindical internacional para a promoção de campanhas mundiais.
O declínio relativo da liderança econômica dos EUA no mundo
Combinada à crise econômica, verificam-se os desdobramentos do declínio relativo da liderança econômica norte-americana no mundo capitalista, fenômeno decorrente do desenvolvimento desigual, que solapa as bases da ordem internacional formalizada nos acordos de Bretton Woods e acirra os conflitos entre as grandes potências. A decadência dos EUA tem sido acompanhada de uma ofensiva mais feroz por parte do Estado norte-americano. Sinais disto são as leis Helms-Burtons e Amato, de alcance extraterritoriais, contra multinacionais instaladas em Cuba, Irã e Líbia ou comércio com estes países - que geraram uma oposição enérgica de outras potências, principalmente na Europa; crescentes retaliações comerciais contra concorrentes; divergências em torno da constituição da Alca e ainda o processo de descertificação de países latino-americanos sob o pretexto de que não aplicam corretamente a hipócrita política anti-droga americana. São iniciativas que só se explicam pela pretensão dos EUA se transformarem no árbitro e polícia do planeta, fazendo da sua própria vontade e interesses os critérios de julgamento político e moral do universo, num movimento que contraria sua decadência econômica relativamente às outras potências capitalistas e vai criando novas contradições geopolíticas. As declarações do presidente francês, Jacques Chirac, durante sua visita ao Brasil e AL, são sintomáticas das contradições que emergem com o declínio relativo dos EUA e de redefinições de alianças que estão em curso. A CUT tem o dever de denunciar a crescente arrogância e agressividade do imperialismo norte-americano.
Os desequilíbrios da economia norte-americana - que no ano de glória e prosperidade de 1996 registrou o maior déficit no comércio de bens mercadorias com o exterior, superior a 180 bilhões de dólares, ao lado de um rombo nas contas correntes em torno de US$ 170 bilhões - têm grande repercussão econômica em todo o globo, uma vez que a necessidade de financiamento externo dos débitos influencia poderosamente o fluxo internacional de capitais. É bom lembrar que durante o ano de 1994, cujo final foi agitado pela crise cambial mexicana (num dezembro de pânico), ocorreram sete elevações das taxas de juros dos EUA. Novas altas dos juros norte-americanos influenciam imediatamente a capacidade de atração de capitais pelos países periféricos, assim como o custo dos empréstimos contraídos no exterior e a política de juros no interior desses países (a decisão do Banco Central de manter para maio a mesma Taxa Básica do BC - TBC -, interrompendo a política de redução gradual dos juros que vinha implementando desde setembro de 1996, foi motivada pela expectativa de elevação das taxas norte-americanas. A repercussão de tal decisão sobre a dívida interna será bem negativa). Também é importante observar, pois é mais um significativo sinal da crise do imperialismo, o avanço da extrema-direita - é um fenômeno que se observa em vários países, sobretudo na Europa e com mais ênfase na França (medidas e leis de intolerância contra imigrantes, por iniciativa do governo e das forças conservadoras; avanço eleitoral da Frente Nacional de Le Pen ), mostrando que uma das alternativas com que as classes dominantes vêm acenando é este, o do obscurantismo, do neofascismo (ou algo parecido). Os trabalhadores e as personalidades democráticas da sociedade não podem observar com passividade este fenômeno, como se expressasse acontecimentos sem maior importância. Vai ficando claro que neoliberalismo não combina com democracia.

GLOBALIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE
José de Sena Pereira Jr.
Abertura de mercados ao comércio internacional, migração de capitais, uniformização e expansão tecnológica, tudo isso, capitaneado por uma frenética expansão dos meios de comunicação, parecem ser forças incontroláveis a mudar hábitos e conceitos, procedimentos e instituições. Nosso mundo aparenta estar cada vez menor, mais restrito, com todos os seus cantos explorados e expostos à curiosidade e à ação humana. É a globalização em seu sentido mais amplo, cujos reflexos se fazem sentir nos aspectos mais diversos de nossa vida.
As circunstâncias atuais parecem indicar que a globalização da economia, com todas as suas conseqüências sociais e culturais, é um fenômeno que, no mínimo, irá durar. O fim da bipolaridade ideológica no cenário internacional, a saturação dos mercados dos países mais ricos e a ação dos meios de comunicação, aliados a um crescente fortalecimento do poder das corporações e inversa redução do poder estatal (pelo menos nos países que não constituem potências de primeira ordem) são apenas alguns dos fatores que permitem esse prognóstico. O meio ambiente, em todos os seus componentes, tem sido e continuará cada vez mais sendo afetado pelo processo de globalização da economia.
Os impactos da globalização da economia sobre o meio ambiente decorrem principalmente de seus efeitos sobre os sistemas produtivos e sobre os hábitos de consumo das populações. Alguns desses efeitos têm sido negativos e outros, positivos.
Está havendo claramente uma redistribuição das funções econômicas no mundo. Um mesmo produto final é feito com materiais, peças e componentes produzidos em várias partes do planeta. Produzem-se os componentes onde os custos são mais adequados. E os fatores que implicam os custos de produção incluem as exigências ambientais do país em que está instalada a fábrica. Este fato tem provocado em muitos casos um processo de "migração" industrial. Indústrias são rapidamente montadas em locais onde fatores como disponibilidade de mão-de-obra, salários, impostos, facilidades de transporte e exigências ambientais, entre outros, permitem a otimização de custos. Como a produção de componentes é feita em escala global, alimentando indústrias de montagem em várias partes do mundo, pequenas variações de custos produzem, no final, notáveis resultados financeiros.
O processo de migração industrial, envolvendo fábricas de componentes e materiais básicos, pode ser notado facilmente nos países do Sudeste Asiático e, mais recentemente, na América Latina. São conhecidas as preocupações dos sindicatos norte-americanos com a mudança de plantas industriais - notadamente da indústria química - para a margem sul do Rio Grande. O fortalecimento da siderurgia brasileira, além, é claro, de favoráveis condições de disponibilidade de matéria-prima, pode ser, em parte, creditado a esse fenômeno.
Há uma clara tendência, na economia mundial, de concentrar-se nos países mais desenvolvidos atividades mais ligadas ao desenvolvimento de tecnologias, à engenharia de produtos e à comercialização. Por outro lado, a atividade de produção, mesmo com níveis altos de automação, tenderá a concentrar-se nos países menos desenvolvidos, onde são mais baratos a mão-de-obra e o solo e são contornadas, com menores custos, as exigências de proteção ao meio ambiente.
Essa tendência poderá mascarar o cumprimento de metas de redução da produção de gases decorrentes da queima de combustíveis fósseis, agravadores do "efeito estufa", pois a diminuição das emissões nos países mais ricos poderá ser anulada com o seu crescimento nos países em processo de industrialização.
Outro fator que tem exercido pressão negativa sobre o meio ambiente e que tem crescido com a globalização da economia é o comércio internacional de produtos naturais, como madeiras nobres e derivados de animais. Este comércio tem provocado sérios danos ao meio ambiente e colocado em risco a preservação de ecossistemas inteiros.
A existência de um mercado de dimensões globais, com poder aquisitivo elevado e gostos sofisticados, é responsável por boa parte do avanço da devastação das florestas tropicais e equatoriais na Malásia, Indonésia, África e, mais recentemente, na América do Sul. A tradicional medicina chinesa, em cuja clientela se incluem ricos de todo o mundo, estimula a caça de exemplares remanescentes de tigres, rinocerontes e outros animais em vias de extinção. Mercados globalizados facilitam o trânsito dessas mercadorias, cujos altos preços estimulam populações tradicionais a cometerem, inocentemente, crimes contra a natureza.
Na agricultura e na pecuária, a facilidade de importação e exportação pode levar ao uso, em países com legislação ambiental pouco restritiva ou fiscalização deficiente, de produtos químicos e técnicas lesivas ao meio ambiente, mas que proporcionam elevada produtividade a custos baixos. É o caso, por exemplo, de determinados agrotóxicos que, mesmo retirados de uso em países mais desenvolvidos, continuam a ser utilizados em países onde não existem sistemas eficientes de registro e controle. Os produtos agrícolas e pecuários fabricados graças a esses insumos irão concorrer deslealmente com a produção de outros países.
A medida mais eficaz para evitar ou minimizar os efeitos deletérios dessas e de outras conseqüências da globalização sobre o meio ambiente seria a adoção, por todos os países, de legislações ambientais com níveis equivalentes de exigências. O fortalecimento das instituições de meio ambiente, principalmente dos órgãos encarregados de implementar e manter o cumprimento das leis, é igualmente fundamental. Para isto, seriam necessárias, além de ações dos governos dos países em desenvolvimento, assistência econômica e técnica das nações mais ricas.
Estas são preocupações expressas em vários documentos, como a Agenda 21, resultante da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. No entanto, interesses econômicos imediatos, aliados ao grave problema do desemprego, que hoje assola boa parte do mundo, têm dificultado o avanço de acordos e ações efetivas nesse sentido.
A globalização da economia, pelo menos na fase de transição que impõe a todos os países, cria um contingente de mão-de-obra desativada, via eliminação de empregos em setores nos quais o país não consegue competir. O estímulo à mecanização da agricultura, dispensando mão-de-obra, por outro lado, acelera o êxodo rural. Essa massa de excluídos do processo de integração da economia acaba por provocar grave degradação ambiental, principalmente no ambiente urbano, criando invasões de áreas não urbanizadas e favelas. A degradação do ambiente urbano - destruição de atributos naturais, poluição da água, perturbações da segurança e da saúde pública, prejuízos na estética urbana, etc.- resulta na perda da qualidade de vida, tanto dos novos como dos antigos moradores urbanos. O ressurgimento de epidemias e endemias supostas extintas é um dos ângulos mais visíveis desta questão.
Para uma transição menos traumática para uma economia globalizada, a sociedade deveria estar disposta e preparada para prover condições mínimas de subsistência aos que, provisória ou definitivamente, não se adaptassem às novas condições de acesso ao mercado de trabalho globalizado. Seria o preço a pagar pela tranqüilidade pública, por usufruir os benefícios materiais que a nova ordem econômica pode trazer àqueles mais aptos a obter os bens de consumo, o luxo, a comodidade e o conforto material que o sistema capitalista pode prover. Sem essa disposição da sociedade em dividir resultados, o meio ambiente como um todo sofrerá graves conseqüências, afetando profundamente nossas vidas e comprometendo o nosso futuro.
Mas a globalização da economia oferece também perspectivas positivas para o meio ambiente. Até pouco tempo era comum a manutenção, até por empresas multinacionais, de tecnologias ultrapassadas em países mais pobres e com consumidores menos exigentes. A escala global de produção tem tornado desinteressante, sob o ponto de vista econômico, esta prática. É o caso, por exemplo, dos automóveis brasileiros. Enquanto a injeção eletrônica era equipamento comum na maior parte do mundo, por aqui fabricavam-se motores carburados, de baixa eficiência e com elevados índices de emissão de poluentes. Com a abertura do mercado brasileiro aos automóveis importados, ocorrida no início desta década, a indústria automobilística aqui instalada teve que se mover. Rapidamente, passou-se a utilizar os mesmos motores e os mesmos modelos de carrocerias usadas nos países de origem das montadoras. É claro que isto causou impacto sobre a indústria nacional de autopeças, pois uma grande quantidade de componentes, principalmente os mais ligados à eletrônica, passaram a ser importados, o que antes não era possível, dado o caráter fechado que até então dominava o nosso mercado interno.
Os efeitos sobre a emissão de poluentes dos veículos foi notável. Dados da CETESB e da ANFAVEA mostram que os automóveis fabricados em 1996 emitem cerca de um décimo da quantidade de poluentes que emitiam os modelos fabricados em meados da década de 80. Os efeitos não são ainda notados na qualidade do ar das grandes cidades, porque a maior parte da frota de veículos em circulação é antiga, com sistemas precários de regulagem de motores.
O mesmo efeito sentido na indústria automobilística estende-se a uma gama de outros produtos, como os eletrodomésticos. A globalização da produção industrial está levando à rápida substituição do CFC, em refrigeradores e aparelhos de ar condicionado, por gases que não afetam a camada de ozônio. Isto está ocorrendo em todos os países, pois não é interessante, economicamente, a manutenção de linhas de produção de artigos diferenciados de acordo com os países que os vão receber.
Outro efeito positivo da globalização da economia sobre o meio ambiente é a criação de uma indústria e de um mercado ligados à proteção e recuperação ambiental. Nesta lista incluem-se equipamentos de controle da poluição, sistemas de coleta, tratamento e reciclagem de resíduos sólidos e líquidos, inclusive lixo e esgoto urbanos, e novas técnicas de produção. São setores que movimentam fortes interesses econômicos, os quais acabam por influenciar os poderes públicos para que as leis ambientais sejam mais exigentes e haja instituições mais eficientes para torná-las efetivas.

GLOBALIZAÇÃO - A HISTÓRIA INTERATIVA
Luiz Roberto Lopez
Globalização implica uniformização de padrões econômicos e culturais em Âmbito mundial. Historicamente, ela tem sido indissociável de conceitos como hegemonia e dominação, da qual foi, sempre, a inevitável e previsível conseqüência. O termo globalização e os que o antecederam, no correr dos tempos, definem-se a partir de uma verdade mais profunda, isto é, a apropriação de riquezas do mundo com a decorrente implantação de sistemas de poder. A tendência histórica à globalização - fiquemos com o termo atual - é um fenômeno que, no Ocidente moderno, tem suas raízes na era do Renascimento e das Grandes Navegações, quando a Europa emergiu de seus casulos feudais. Paralelamente no início da globalização, traduzida na europeização da América, tivemos a criação da imprensa (1455). À tecnologia que permitiu ao europeu expandir a sua civilização, correspondeu a tecnologia que lhe possibilitou expandir a informação. Até a Revolução Industrial, no entanto, o processo de globalização foi acanhado - pouco afetou Ásia e África. Resultava mecanismos predatórios e ainda incipientes da apropriação. Com a Revolução Industrial e a liberação do Capitalismo para suas plenas possibilidades de expansão, a globalização deu um salto qualitativo e significativo. Para entender este salto, é preciso ter presente que ;é intrínseco ao Capitalismo a apropriação e, por suposto, a expansão. A ampliação dos espaços de lucro conduziu à globalização.
O mundo passou a ser visto como uma referência para obtenção de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-primas. Num primeiro momento, a globalização foi também o espaço para o exercício de rivalidades inter-capitalistas e daí resultaram duas guerras mundiais. Simultaneamente à globalização da apropriação e da opressão, tentou-se a globalização dos oprimidos, o que levou ao surgimento das Internacionais de trabalhadores. Imaturos para se unirem e cooptados pelas rivalidades dos opressores, os oprimidos não conseguiram criar uniões duradouras e estáveis. Ao longo do século XX, a globalização do capital foi conduzindo à globalização da informação e dos padrões culturais e de consumo. Isso deveu-se não apenas ao progresso tecnológico, intrínseco à Revolução Industrial, mas - e sobretudo - ao imperativo dos negócios. A tremenda crise de 1929 teve tamanha amplitude justamente por ser resultado de um mundo globalizado, ou seja, ocidentalizado, face à expansão do Capitalismo. E o papel da informação mundializada foi decisivo na mundialização do pânico. Ao entrarmos nos anos 80/90, o Capitalismo, definitivamente hegemônico com a ruína do chamado Socialismo Real, ingressou na etapa de sua total euforia triunfalista, sob o rótulo de Neo-Liberalismo. Tais são os nossos tempos de palavras perfumadas: reengenharia, privatização, economia de mercado, modernidade e - metáfora do imperialismo - globalização. A classe trabalhadora, debilitada por causa do desemprego, resultante do maciço investimento tecnológico, ou está jogada no desamparo , ou foi absorvida pelo setor de serviços, uma economia fluida e que não permite a formação de uma consciência de classe. O desemprego e o sucateamento das conquistas sociais de outros tempos, duramente obtidas, geram a insegurança coletiva com todas as suas mazelas, em particular, o sentimento de impotência, a violência, a tribalização e as alienações de fundo místico ou similares. No momento presente, inexistem abordagens racionais e projetos alternativos para as misérias sociais, o que alimenta irracionalismos à solta. A informação mundializada de nossos dias não é exatamente troca: é a sutil imposição da hegemonia ideológica das elites. Cria a aparência de semelhança num mundo heterogêneo - em qualquer lugar, vemos o mesmo McDonald`s, o mesmo Ford Motors, a mesma Mitsubishi, a mesma Shell, a mesma Siemens. A mesma informação para fabricar os mesmos informados. Massificação da informação na era do consumo seletivo. Via informação, as elites (por que não dizer: classes dominantes?) controlam os negócios, fixam regras civilizadas para suas competições e concorrências e vendem a imagem de um mundo antisséptico, eficiente e envernizado. A alta tecnologia, que deveria servir à felicidade coletiva, está servindo a exclusão da maioria. Assim, não adianta muito exaltar as conquistas tecnológicas crescentes - importa questionar a que - e a quem - elas servem. A informação global é a manipulação da informação para servir aos que controlam a economia global. E controle é dominação. Paralelamente à exclusão social, temos o individualismo narcisístico, a ideologia da humanidade descartável, o que favorece a cultura do efêmero, do transitório - da moda. De resto, se o trabalho foi tornado desimportante no imaginário social, ofuscado pelo brilho da tecnologia e das propagandas que escondem o trabalho social detrás de um produto lustroso, pronto para ser consumido, nada mais lógico que desvalorizar o trabalhador - e, por extensão, a própria condição humana. Ou será possível desligar trabalho e humanidade? É a serviço do interesse de minorias que está a globalização da informação. Ela difunde modas e beneficia o consumo rápido do descartável - e o modismo frenético e desenfreado é imperativo às grandes empresas, nesta época pós- keynesiana, em que, ao consumo de massas, sucedeu a ênfase no consumo seletivo de bens descartáveis. Cumpre à informação globalizada vender a legitimidade de tudo isso, impondo padrões uniformes de cultura, valores e comportamentos - até no ser "diferente" (diferente na aparência para continuar igual no fundo). Por suposto, os padrões de consumo e alienação, devidamente estandartizados, servem ao tédio do urbanóide pós-moderno.
Nunca fomos tão informados. Mas nunca a informação foi tão direcionada e controlada. A multiplicidade estonteante de informações oculta a realidade de sua monotonia essencial - a democratização da informação é aparente, tal como a variedade. No fundo, tudo igual. Estamos - e tal é a pergunta principal - melhor informados? Controlada pelas elites que conhecemos, a informação globalizada é instrumento de domesticação social. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Administraçao.:.Estudo de viabilidade

Introdução


Este trabalho referiu-se ao estudo de viabilidade de abertura de uma nova empresa, sendo esta, uma empresa destinada a atuar com consultoria em informática.
Após a análise de diversas áreas de atuação, optou-se pela consultoria em informática. O motivo que levou o grupo a optar pela consultoria foi a experiência do aluno Rogério Alves Tortosa, que atua especificamente na área a aproximadamente três anos como consultor técnico, transmitindo o seu conhecimento, o que foi de suma importância na realização de toda a pesquisa. A empresa onde o aluno trabalha, Pró-Data System’s Softwares & Serviços LTDA., também forneceu o suporte necessário para a realização deste projeto.
Este projeto apresenta uma definição teórica a respeito de mercado consumidor, mercado concorrente e o mercado fornecedor, evidenciando as principais características de cada um.
Para demonstrar a necessidade da utilização da informática, uma abordagem sintética da evolução histórica da mesma foi realizada, pois contém dados e informações importantes, que serão utilizados como base para o empreendimento na área d consultoria.
O grupo realizou a pesquisa de mercado na área de consultoria em informática com base nos dados fornecidos pela empresa Pró-Data System’s, analisando os possíveis clientes, futuros concorrentes e fornecedores. A partir desta análise, obteve-se uma visão mais específica a respeito da viabilidade do negócio em questão.
Unindo os conhecimentos adquiridos nesta pesquisa, foi possível decidir pela abertura de uma empresa de consultoria em informática, como pode ser observado no capítulo justificativas para a criação da consultoria em informática.
Sendo assim, este capítulo definiu com bastante clareza e concisão a missão e os objetivos da empresa.



Justificativas para a criação de uma consultoria em informática


Em virtude de um dos componentes do grupo possuir uma admirável experiência na área de informática, atuando inclusive na área de treinamento de pessoal, decidiu-se concentrar os estudos do grupo na área de consultoria em informática. Este fator motivou o grupo, pois observou-se que o tipo de negócio em discussão exige pessoas muito dinâmicas, organizadas, perfeccionistas e uma incansável busca pelo aperfeiçoamento contínuo.
Além dos motivos anteriormente citados, a influência das informações dos mercados consumidor, concorrente e fornecedores, a evolução histórica da informática e um estudo específico na área de consultoria também tiveram peso na decisão do grupo. No que diz respeito ao mercado concorrente, existe algumas empresas que oferecem serviços semelhantes, por esta razão a necessidade de um aperfeiçoamento contínuo, a fim de conseguir “sobreviver” no mercado. Há a necessidade de diversificar os serviços prestados e melhorar constantemente a qualidade dos serviços. Deve-se ainda observar as deficiências dos concorrentes e desenvolver meios para suprir tais deficiências.
O mercado fornecedor neste ramo é muito amplo, porém, é preciso buscar aquele que melhor atenda as necessidades desta empresa em termos de preço, prazos de entrega e qualidade, pois uma sólida parceria com os fornecedores será um fator decisivo para a competitividade da empresa. Uma vez adquirindo produtos confiáveis, torna-se possível oferecer serviços confiáveis e melhores, satisfazendo a todas as necessidades dos clientes.
Também é de grande importância o conhecimento da evolução histórica da informática, pois através deste é possível prever a velocidade do crescimento da tecnologia. Constantemente são colocados no mercado microcomputadores softwares cada vez mais sofisticados, com o intuito de atender as necessidades de um mercado muito exigente.
Este ramo de negócio é muito didático, em virtude do volume de informações disponíveis e a facilidade de acesso as mesmas, possibilitando assim melhorar sensivelmente o nosso conhecimento. Atualmente, a utilização da informática deixou de ser um mero diferencial e passou a ser um pré-requisito considerável. Em um futuro não muito distante, a informática tende a ampliar ainda mais seu campo de atuação.



Consultoria em informática


Objetivando conhecer as características de um negócio na área de consultoria em informática, realizou-se uma pesquisa de campo, centrada na técnica de observação direta junto a empresa concorrente, Pró-Data System’s Softwares & Serviços LTDA. Os resultados desta pesquisa serão detalhados neste capítulo.
A consultoria em informática integra processos de informatização à organização empresarial de maneira prática e eficaz. Procura criar uma cultura de informática nas organizações envolvendo diretores, gerentes, coordenadores e o usuário final( pessoa que executa os processos em seu setor ), no sentido e estabelecer a informática como ferramenta de auxílio organizacional e consequentemente, proporcionar à organização saltos qualitativos e quantitativos bastante expressivos no ramo em que atua.
Com esta cultura, ocorrerá criações de projetos de informática sintonizados com a filosofia na organização, uma vez que estão se desenvolvendo internamente na empresa, promovendo assim o aperfeiçoamento do corpo funcional da organização e também as demais pessoas envolvidas no processo, tornando-as mais competentes e compromissadas com o projeto de informática que estão criando.
Contudo, não há uma fórmula para criação dessa cultura. O que existe são métodos confiáveis para desenvolver o trabalho, respeitando a individualidade de cada organização, procurando estabelecer um trabalho conjunto no sentido de capacitar a instituição para identificar e solucionar os problemas existentes.
Este trabalho consiste em planejar o ambiente de trabalho especificando os recursos tecnológicos, integrando profissionais de diversas áreas, trabalhando com diretores, pesquisando softwares empresariais, criando atividades, avaliando sinteticamente o processo e garantindo a continuidade e a qualidade da implementação.
Além disso, a consultoria em informática oferece cursos e seminários que abordam assuntos diversos, desde a manipulação de normas até assuntos específicos na área de informatização empresarial, atingindo um público composto por diretores, gerentes, coordenadores e usuários.
Outro serviço é oferecido através de um centro tecnológico de informática montado e estruturado para levar ao conhecimento do clinte toda gama de softwares existentes no mercado; principalmente os empresariais; incluindo os últimos lançamentos, evitando compras desnecessárias dos clientes.
São ministrados cursos e palestras que abordam temas de informática e administrativos de grande valor para diretores, gerentes e coordenadores.



Componentes fundamentais do mercado



Este capítulo tratará dos componentes fundamentais do mercado, tais como: mercado consumidor, concorrentes e fornecedores, que representam conceitos extremamente importantes para o sucesso do empreendimento.
O mercado é constituído por empresas e/ou pessoas que oferecem bens e serviços e, também, por empresas e/ou pessoas que desejam consumir estes bens e serviços.
Ao iniciar suas atividades, o empresário está atuando ao lado da oferta. Para conseguir sucesso na implantação da sua empresa, é necessário possuir amplos conhecimentos sobre os mercados consumidor, concorrente e fornecedor.


Mercado Consumidor

Abrange pessoas físicas ou jurídicas que buscam a satisfação de suas necessidades através dos bens e serviços oferecidos.
É preciso obter o maior número de informações possíveis para conhecer o perfil do seu futuro cliente. Procurar descobrir qual motivo levaria seu futuro cliente a procurar pelo seu bem ou serviço.
Também é muito importante considerar sempre a opinião de seus clientes, pois somente assim, é possível saber exatamente quais são as necessidades que devem ser satisfeitas.



Mercado Concorrente

Formado por pessoas ou organizações que atuam no ramo da informática oferecendo produtos ou serviços iguais ou semelhantes aos que são oferecidos por esta empresa, visando a satisfação do consumidor.
Este mercado pode ser analisado através das características das mercadorias ou serviços oferecidos, tais como: qualidade, preço, funcionalidade, confiabilidade, atendimento, aparência, praticidade e facilidade de utilização. Uma forma de testar os produtos e serviços é através de experimentos, objetivando o melhoramento dos mesmos, no sentido de aplicar as melhorias no próprio empreendimento, atingindo principalmente o mercado consumidor, onde o concorrente não estará presente.


Mercado Fornecedor

Responsável pelo suprimento da empresa, no que se refere a equipamentos, mercadorias, matéria-prima e outros materiais necessários ao funcionamento da organização.
Os fornecedores poderão poderão ser definidos mediante alguns critérios estabelecidos previamente pelo empreendedor, para o bom funcionamento da empresa, como: qualidade, preço, forma de pagamento, atendimento, prazo e forma de entrega, quantidade, assistência técnica, garantia e tecnologia.
É importante estabelecer um bom relacionamento de parceria com o fornecedor, com o intuito de garantir o abastecimento da empresa e assim satisfazer o mercado consumidor.




Estudo do mercado na área de consultoria em informática



Com o apoio de uma pesquisa de campo centrada na técnica de observação direta e intensiva, este capítulo tratará de maneira mais detalhada os mercados consumidor, concorrente e fornecedor voltados à consultoria em informática.

Mercado Consumidor

Após a realização de uma pesquisa de campo de caráter observatório, baseado em documentos fornecidos pela Pró-Data System’s, através de contatos telefônicos, constatou-se o interesse na aquisição de serviços de consultoria em informática, em virtude da concentração de empresas de grande porte e grande capital de investimento, as quais se demonstraram bastante eufóricas em relação a criar uma “cultura de informática”, ou seja, implantação da informática juntamente com os processos da organização.

Mercado Concorrente

Através de um processo exploratório, baseado em folhetos promocionais de empresas com serviços semelhantes, contatos telefônicos e pesquisas na Internet , indicaremos a seguir as principais características dos concorrentes desta empresa. A avaliação dos pontos fortes e fracos permitirá erguer as bases da estratégia de negócios a ser seguida.




Pró-Data Sistems Softwares & Serviços LTDA.


Nascida em 1989, a empresa originou-se de profissionais empreendedores, capacitados e comprometidos com a criação de um futuro diferente.
Diferenciando-se pela qualidade de seus produtos e serviços, a Pró-Data, de espírito jovem e maturidade profissional, oferece a seus clientes e parceiros a segurança e a integridade necessárias nas relações comerciais.
Prestando serviços de consultoria e assessoria empresarial, assessoria em informática, treinamento e cursos e desenvolvimento específico de soluções empresariais, sempre com melhorias constantes, assegurando a satisfação total dos clientes externos e internos, mantendo sua excelência em qualidade.


Sap Brasil

Fundada em 1972 em Walldorf, Alemanha, a Sap (Systems, Applications and Products in Data Processing) é o fornecedor mundial líder de soluções em aplicações cliente/servidor. Hoje, mais de 7500 empresas em mais de 90 países escolheram os sistemas SAP para mainframe e cliente/servidor para gerenciar funções abrangentes de finanças, manufatura, vendas, distribuição e recursos humanos, essenciais para suas operações. A SAP AG emprega mais de 15000 profissionais e tem escritórios em mais de 50 países. Com uma fatia de 29% no mercado mundial de software corporativo cliente/servidor, a SAP é o fornecedor número um em software aplicativo para negócios e o quarto maior fornecedor independente de software do mundo.
A SAP faturou US$ 3,5 bilhões em 1997, sendo que 80% desse total foi gerado fora da Alemanha.
A SAP Brasil, subsidiária da SAP AG, líder mundial no fornecimento de soluções para gestão empresarial, encerrou o ano de 97 com um faturamento de US$ 73,2 milhões, resultado 159% superior ao mesmo período do ano anterior.



J. D. Edwards

A J.D. Edwards é uma empresa privada, fundada em 1977 e sediada em Denver, Colorado, EUA. Seu faturamento mundial no ano fiscal de 1996 foi de US$ 478 milhões. Possui escritório no Brasil desde 1993, na cidade de São Paulo. Sua solução OneWorld é composta de uma suíte de módulos de Gestão Empresarial (ERP). A empresa conta com uma equipe de consultoria para identificar as reais necessidades de cada cliente, além de oferecer suporte completo antes, durante e após o processo de decisão. Os produtos J.D. Edwards estão disponíveis em português, inglês, espanhol e outros 12 idiomas. A versão brasileira está totalmente adaptada à nossa legislação contábil e fiscal, permitindo rápida atualização nos casos de alteração.
A J.D.Edwards conta com mais de 4200 clientes em mais de 90 países, 43 escritórios e mais de 3000 funcionários em todo o mundo, possui uma taxa de crescimento anual maior que 50% desde sua fundação, lucratividade constante e é a terceira empresa mundial no mercado ERP.
Além disso, a J.D.Edwards atende os seguintes segmentos do mercado: manufatura, distribuição e logística; finanças; serviços; arquitetura, engenharia e construção; energia e química; serviço público, governo e educação.
A J.D.Edwards está presente em 16 países, através da sua rede de escritórios, mais de 250 parceiros de negócios em todo o mundo, mantendo seu padrão de excelência em vendas e serviços em todas as regiões em que atua.


Microsiga do Brasil

A Microsiga foi constituída no último trimestre de 1996. O primeiro ano de atividade foi dedicado à reconquista da credibilidade de clientes ativos, que estavam mal implantados e agora, desde maio de 1998, a Microsiga iniciou sua alavancagem comercial, concentrando esforços nas pequenas e médias empresas.
Atualmente, a Microsiga conta com 43 clientes ativos, entre grandes, médios e pequenos, entretanto, sua filosofia de trabalho não se prende à vendas de sistemas ou pedaços do SIGA, se prende unicamente em apresentar uma solução de informatização de acordo com a realidade de cada empresa. Adota a técnica de fazer um diagnóstico e planejar uma implantação dentro de critérios definidos em conjunto com a direção de cada empresa.



Mercado Fornecedor

Os fornecedores são aqueles que suprem a empresa com: microcomputadores, equipamentos que visam melhorar o desempenho do computador ( placas, cabos, acessórios, etc. ), softwares empresariais (programas voltados ao gerenciamento da organização) e materiais de escritório e informática ( canetas, papéis, formulários, tinta para impressão, disquetes, etc. ).




Parceiros

Nossos fornecedores são nosso maiores parceiros, pois estes dão toda acessoria para o corpo técnico desta empresa, para o mesmo ser capacitado a ministrar cursos e prestar auxílio técnico aos clientes.



Kalunga

O oferece materiais de escritório e de informática em grande volume, a preços relativamente baixos e em diversas regiões de São Paulo.



Plug Use Computer Warehouse

Empresa que oferece produtos variados na área de informática como jogos, computadores, impressoras, softwares, acessórios e diversos materiais para informática.


WK Sistemas

Empresa especializada em software contábil, oferecendo produtos com qualidade e garantia em relação ao mercado. Oferece softwares para contabilidade fiscal e gerencial, escrita fiscal e ativo imobilizado.


Senior Sistemas

Empresa especializada em softwares de recursos humanos oferecendo produtos com qualidade e garantia em relação ao mercado. Oferece softwares para recursos humanos como folha de pagamento, ponto eletrônico, treinamento, benefícios, cargos e salários, etc.


NorthSoft Sistemas

Empresa especializada em softwares corporativos, oferecendo produtos com qualidade e garantia em relação ao mercado. Oferece softwares para área corporativa como estoque, faturamento, financeiro, produção, etc.




Riscos do Empreendimento

Os riscos do empreendimento foram levantados através de da coleta de informações junto à empresa Pró-Data System’s. Destacaremos a seguir, os mais relevantes.



Tecnologia

O empresário deve estar atento as inovações. O avanço tecnológico na área de informática é muito rápido. Com isso, o empreendedor deve estar sempre investindo em equipamentos, revistas especializadas, cursos, entre outros, visando estar sempre atualizado e oferecer o que existe de melhor e mais moderno ao seu cliente.
Além disso, devido ao fato do serviço ser prestado no próprio local das organizações, o cliente deve investir em seu parque industrial. Isso acarreta uma certa resistência do cliente em adquirir estes serviços, pois além da empresa pagar pelo serviço de consultoria, terá também de pagar pela tecnologia.



Preços

Ao adquirir a consultoria, o investimento inicia por parte do cliente será muito alto que consequentemente, repassará este custo para os seus produtos, atingindo o mercado consumidor e acarretando o possível afastamento dos consumidores, prejudicando assim o empreendimento, pois o cliente não terá mais condições de investir nesta área.



Profissionais

A consultoria procura trabalhar diretamente com o corpo de funcionários de cada setor ou função da empresa. Isso pode acarretar uma resistência por parte dos funcionários, devido a alguns funcionários não possuírem conhecimentos suficientes de informática. Geralmente, o funcionário tem medo, ou seja, receio do próprio computador. Isso dificulta a qualidade do projeto e fatalmente a satisfação do cliente.










Missão e Objetivos do Empreendimento

A finalidade deste capítulo é definir a missão e os objetivos deste empreendimento. Utilizando como base para o desenvolvimento do mesmo a pesquisa de campo centralizada na realização de uma entrevista com a empresa Pró-Data System’s.
Uma organização existe para atingir algum objetivo. A princípio, ela tem um propósito ou missão bem definida, mas ao longo do tempo, esta missão pode tornar-se obscura à medida que a organização cresce, acrescenta novos produtos e mercados. Ou a missão pode permanecer clara, mas alguns administradores podem não mais estar comprometidos com ela; ou pode permanecer clara mas não será a melhor alternativa, dada as novas condições do ambiente.
Quando a administração sente que a empresa está desviando dos seus objetivos, ela deve indagar-se: “Qual é o nosso negócio?” “Quem é o nosso cliente?” “O que nossos clientes valorizam?” Estas questões parecem simples, mas estão entre as mais difíceis para uma empresa. Empresas bem sucedidas freqüentemente levantam estas questões e as respondem de maneira cuidadosa e completa.
A administração deve evitar que a sua missão seja muito restrita ou muito ampla. A definição da missão deve ser específica e realista.
Mas a missão só fará sentido se sustentada por objetivos específicos determinados pela organização. A missão da empresa precisa ser traduzida em objetivos detalhados para cada nível de gerência. Cada administrador deve Ter objetivos e ser responsável por alcançá-los.
Apresentaremos à seguir a missão e os objetivos da empresa de consultoria em informática.



Missão da Consultoria em Informática


“Informatizar organizações empresariais, facilitando a interação do ser humano aos processos de gerenciamento.”
Seguindo esta missão, a empresa terá melhor visualização dos componentes da administração sobre os efeitos da informática como ferramenta de auxílio administrativo.


Objetivos da Consultoria em Informática

“Integrar o ser humano e a tecnologia, dominando e desmistificando a informática, promovendo e capacitando administradores, contribuindo assim, para uma administração melhor”.
“Promover verdadeiramente os gerentes à condição de usuários criativos, capazes de utilizar adequadamente estas tecnologias a serviço do desenvolvimento da empresa. A tecnologia deve permear a organização, na criação da chamada cultura de informática”.
“Persistir na busca pela qualidade, atendendo melhor ao cliente e dando ênfase a administração.”
“Possuir profissionais integrados e altamente qualificados, que se destacam por suas habilidades técnicas, inteligência e produtividade, que integrem-se em atividades multidisciplinares complexas, capazes de catalisar decisivamente o aprimoramento de pessoas e organizações.”
Com os objetivos mencionados, a consultoria em informática criará uma “cultura de informática” que irá desmistificar a idéia de que o computador é apenas um elemento de operação e que torna o ser humano incapaz de pensar, mostrando que ao contrário disso, ele é uma poderosa ferramenta administrativa e proporcionará melhor desenvolvimento para a organização.



Políticas

As políticas representam o impacto das decisões atuais sobre o futuro. Trata de desenhar qual seria o futuro desejado e os caminhos para torná-lo realidade. Apresentaremos a seguir as várias estratégias que serão adotadas pela consultoria em informática.



Políticas Organizacionais

A empresa procura implantar suas políticas organizacionais para atingir seus objetivos gerais.
No caso da consultoria em informática, além de controlar despesa fixas como salários, luz, água, aluguel, benefícios e também diversas despesas variáveis ( impostos, fornecedores, combustível, etc. ), é preciso manter serviços de última geração, tais como Internet, novas técnicas de apresentação, hardware, software entre outros, sempre destinados para a administração.
Além disso, todas as despesas precisam ser rigorosamente planejadas, de acordo com o faturamento para viabilizar o investimento em tecnologia e recursos humanos, pois a empresa não pode fugir de seu objetivo final que é o lucro.
É fundamental a apresentação de um diferencial em relação aos concorrentes, no que se refere a qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo.


Política de Negócios

Para elaborar uma política de negócios, primeiramente deve-se analisar os mercados: consumidor, fornecedor e concorrente. É preciso possuir capacidade para detectar a necessidade ideal de cada cliente e identificar as falhas dos concorrentes dentro dessas necessidades.
A omissão de um concorrente pode tornar-se em uma oportunidade de negócios; por isso é necessário estar sempre atualizado, buscando avanços tecnológicos, bem como, é imprescindível possuir profissionais capacitados e treinados.
Toda pessoa envolvida neste processo deve estar sempre em busca de aprimoramento, por taratar-0se de um mercado em constante evolução.
A consultoria em informática está direcionada para o investimento em tecnologia, pessoas e organizações para cumprir a missão de integrar processos de informatização à administração de maneira eficiente e eficaz.


Políticas Funcionais


Área de suporte técnico

Esta área preocupa-se com os métodos aplicados para a informatização das empresas visando uma perfeita interação entre a informática e a administração.
A Qualidade somente será mensurada através do grau de sati Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Administraçao.:.Custo fixo

TRABALHO DE CUSTO


1) - CUSTO FIXO: Sabidamente, não existe custo ou despesa eternamente fixos: são isso sim, fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade a que se referem, sendo que, após tais limites, aumentam, mas não de forma exatamente proporcional, tendendo a subir em “degraus”. Assim, o custo com a supervisão de uma fábrica pode manter-se constante até que se atinja, por exemplo, 50% da sua capacidade; a partir daí, provavelmente precisará de um acréscimo (5,20 ou 80%) para conseguir desempenhar bem sua função.
Alguns tipos de custos podem mesmo só se alterar se houver uma modificação na capacidade produtiva como um todo, sendo os mesmos de 0 a 100% da capacidade, mas são exceções (como a depreciação, por exemplo).
Podemos começar por verificar que uma planta parada, sem atividade alguma, já é responsável pela existência de alguns tipos de custo e despesas fixos (vigia, lubrificação das máquinas, depreciação, etc...).

Exemplos: Mão-de-obra indireta, constas do telefone da fábrica, depreciação das máquinas da produção, aluguel do prédio utilizado para produção da fábrica, etc...

1) - CUSTO VARIÁVEL: Em inúmeras empresas, os únicos custos realmente variáveis no verdadeiro sentido da palavra são as matérias-primas. Mesmo assim pode acontecer de o grau de consumo delas, em algum tipo de empresa, não ser exatamente proporcional ao grau de produção. Por exemplo, certas industrias têm perdas no processamento da matéria-prima que, quando o volume produzindo é baixo, são altas, tendendo a diminuir percentualmente quando a produção cresce.
Pode a mão-de-obra direta, noutro exemplo, crescer à medida que se produz mais, mas não de forma exatamente proporcional, devido à produtividade que tenderia a aumentar até certo ponto, para depois começar a cair.




Se o pessoal tem oito horas para produzir 60 unidades, quando normalmente levaria seis para tal volume, provavelmente gastará as oito horas todas trabalhando de

forma um pouco mais calma (se não estiver o volume por hora condicionado por máquinas). Se o volume passar para 80 unidades, trabalharão as mesmas oito horas; se for de 90 unidades, talvez levem pouco mais de nove horas, em função do cansaço, que faz decrescer a produtividade.
Exemplos: Matéria prima, mão-de-obra direta, embalagens, energia elétrica (consumida na fabricação direta do produto)etc... Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Administraçao.:.Contabilidade e Meio ambiente

INTRODUÇÃO

O mundo, dia após dia, passa a industrializar-se, há muito se foi o tempo em que o artesão, com seus instrumentos rústicos, era a única fonte de mercadorias e serviços consumidos pela sociedade.
Hoje, talvez mais do que nunca as produções em série e em grandes quantidades têm regido os processos de fabricação, fato que acarreta conseqüências, como os problemas, de qualidade de vida, falando numa forma mais abrangente.
Há de se convir, por exemplo, que os meios e métodos utilizados por uma empresa que venham a modificar as características ambientais de uma região, afetará toda a sociedade que ali residir ou até mesmo outras regiões que estejam em lugares mais longínquos e isto, é óbvio, está relacionado à qualidade de vida dessas pessoas.
E o que os universitários podem fazer para mudar a situação atual, como os inúmeros casos de atrocidades cometidas contra o meio ambiente?.
A resposta talvez seja simples: as dificuldades estariam em promovê-las, numa integração entres os diversos profissionais e áreas de atuação dos mais diversos segmentos, desde o produtor responsável pela geração de alimentos até o economista preocupado com questões ligados a finanças públicas ou privadas.
Diante dessa perspectiva como atuaria a figura do contador?
Ele tem, certamente, importante papel diante das questões ecológicas, pois é responsável pela divulgação, análise e, principalmente, como fornecedor de dados que possibilitem a tomada de decisões dentro de um mundo de economia industrializada, principalmente em países do primeiro mundo, onde se verifica um maior nível de industrialização.

1. HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA CONTABILIDADE

Segundo Peter Drucker, (1998, 57) há cerca de 80 anos surgia a contabilidade de Cadeia Econômica, a qual provê custos ao longo de toda cadeia econômica, desde fornecedores até o consumidor final dos seus produtos ou serviços.
Inventada nos Estados Unidos por Willian C. Durant, que entre 1908 e 1920 construiu a G.M., esse modelo foi copiado pela Sears na década de 20 e algum tempo depois ligeiramente modificado por Marks & Spencer. Em 1950 a Toyota o copia sem grandes modificações e, por volta da década de 70, Sam Walton, novamente nos Estados Unidos, faz dele a base do sucesso do Wal-Mart.
Atualmente um novo conceito tem dispertado interesse dos seus usuários: é a contabilidade baseada na atividade, que, ao invés de objetivar a minimização de custos, foi projetada para maximizar rendimentos.
O que se percebe é que a contabilidade evoluiu através dos tempos de mãos dadas com a sociedade, e mais do que informações a proprietários, credores, investidores e governo, fornece meios de se obter resultados satisfatórios a toda a sociedade, atuando direta e positivamente no bem estar social.

2. BALANÇO SOCIAL E MEIO AMBIENTE

A Contabilidade, dentro de suas diversas áreas de atuação, nos mostra o lado social das empresas através do Balanço Social.
Com a crescente conscientização da humanidade, em 1992 acontece no Rio de Janeiro a ECO/92, reunindo representantes de 114 países com o objetivo de debater, analisar e fixar diretrizes sobre práticas ecológicas. De todo esse processo uma coisa é certa, as demonstrações contábeis e relatórios devem se ajustar a uma nova consciência, conciliando metas ambientais, sociais e econômicas.
Sendo assim, a contabilidade deve rever seus objetivos, com o intuito de atender essas expectativas e não mais atender somente a credores, sócios das empresas e governo. Ela deve prestar informações atualizadas sobre mutações patrimoniais no ambiente social, não se limitando a questões de ordem monetária.
Objetivando a manutenção da convivência harmoniosa entre organizações e a humanidade, o Balanço Social é uma demonstração que nos permitirá identificar as relações de uma empresa com seus empregados e comunidade, além do meio ambiente.

2.1 Evolução do Balanço Social

Kroetz, (1998, 44) ao citar o profº. Serge Launois, afirma que a empresa é um ser de importante papel dentro da sociedade, seus atos influenciam na vida desta, ocasionando conseqüências positivas e/ou negativas e a Contabilidade, através de seus mecanismos, é agente responsável pelo fornecimento de informações que auxiliem, na tomada de decisões, a usuários internos e externos; no caso específico do Balanço Social, serve para informar à sociedade e principalmente a consumidores das práticas e métodos adotados por esta organização e seus respectivos efeitos sobre eles.
Ainda de acordo com Kroetz (46), a evolução do Balanço Social pode ser observado analisando-se resultados de pesquisas do profº. João E.P. Tinoco, nas quais esse autor verifica que no início dos anos 60, em decorrência da Guerra do Vietnã, o governo Nixon (EUA) e as empresas que o apoiavam foram severamente criticadas por suas posições diante do fato: “Clamava-se pelo fim da guerra, e por outro lado exigia-se que as empresas adotassem uma nova postura moral e ética, perante os cidadãos”.
A partir daí surgem as primeiras informações a respeito das relações sociais da empresa, internas e externas.
Ao se referir ao profº. A. Lopes de Sá, o profº. Kroetz (46) nos fala que o balanço social representa a expressão de uma prestação de contas da empresa à sociedade em face de sua responsabilidade para com a mesma, e diz ter sido inicialmente desenvolvido na década de 50, apesar de que na Alemanha, em 1939, a empresa AEG já publicava tal peça.
Com a já citada Guerra do Vietnã e as fortes pressões estudantis em decorrência de graves problemas sociais, outras empresas começam a divulgar o Balanço Social e assim aumentam as discussões sobre as responsabilidades sociais da empresa.
É o caso, na Alemanha, além da AEG, da Shell, da Bortelsman e da Hoechst; na França, da Savien, da Renault e da Siger; nos EUA, da Exxon; na Suíça, da Mygres; no Chile, das Manufaturas de Cobre S.A., MADECO, da Asociación Chilena de Seguridad e da SAACOL & CODIGAS.
Atualmente já se sabe que não bastam preços competitivos e produtos de qualidade. Os consumidores querem saber se os produtos ou serviços não são provenientes da degradação do meio ambiente ou da produção de grandes quantidades de lixo industrial.

2.2 Importância do Balanço Social

Diante da globalização, uma nova filosofia surge dentro das empresas: os clientes são mais conscientes, os investidores mais exigentes e o governo é mais rigoroso, devido até a alterações na legislação societária.
Perante essas exigências, as organizações são obrigadas, se não pela lei, pelo mercado, a publicar demonstrações com maior transparência e qualidade, evidenciando aspectos qualitativos do seu patrimônio, enfatizando o bem estar social e ambiental.
Além disso o Balanço Social é uma ferramenta para comparação e tomada de decisão relativos à empresa/meio ambiente/sociedade, e serve para evidenciar efeitos de políticas e estratégias sendo que muitos o usam como uma peça de marketing.

2.3 Composição do Balanço Social

Kroetz (48) diz que a empresa não é apenas um aglomerado de recursos que produz ou transforma bens e os coloca no mercado; ela é, também, um poder que representa uma força sócio-econômico-financeira determinada, com sua força de emprego, de expansão e criatividade que influi na melhor ou pior condição de vida na localidade em que se situa.
Quanto à forma apresentada, o Balanço Social pode ser evidenciado através de demonstrações monetárias, reflexos de questionários de entrevistas, de graus de satisfação, etc. Todas essas informações contribuirão para a elaboração do Balanço Social, que por sua vez demonstrará a contribuição das empresas em benefício da sociedade.

2.4 Realidade Brasileira

Encontra-se em estudo no Congresso Nacional o projeto Lei nº 3.116/97, apresentado pelas deputadas Marta Suplicy, Maria da Conceição Tavares e Sandra Starling, que, composto de maneira semelhante à lei francesa, obriga as empresas públicas de modo geral e as empresas privadas com mais de cem empregados a publicar o Balanço Social.
A proposição, em tramitação no Congresso Nacional, em seu Parágrafo. III, dispõe que o Balanço Social deverá conter informações sobre remuneração e encargos acessórios, condições de trabalho, formação do pessoal, relações profissionais e condições de vida dos trabalhadores e suas famílias.
Com relação ao meio ambiente (escopo deste estudo), no parágrafo XII lê-se o seguinte:
Investimento em meio ambiente: reflorestamentos, despoluição; gastos com introdução de métodos não poluentes e outros gastos que visem à conservação ou melhoria do meio ambiente, relacionando em cada item, os valores dos respectivos benefícios fiscais existentes.
Um dos maiores problemas a respeito desse projeto de lei é o da obrigatoriedade de sua publicação, questão que ainda gera muita polêmica porque em relação a essa obrigatoriedade de publicar, a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) apoia e incentiva, porém, não a torna obrigatória.

2.5 Responsabilidade Social da Empresa

A empresa deve entender o lucro não como algo a ser obtido independentemente de meios e métodos utilizados, mas como o resultado final do seu trabalho, respeitando aspectos humanos e ambientais.
É a partir desse respeito que se observa a responsabilidade social da empresa. Sendo algo maior do que exigências legais, ela deve ser entendida como um dever desta perante a comunidade em geral, visto sua influência e dependência devido à aceitação ou não do produto exposto no mercado.
Martins e Ribeiro citam alguns aspectos essenciais para proporcionar o bem estar social na organização, como:
Manutenção de condições saudáveis de trabalho, segurança, treinamento e lazer, para seus funcionários e familiares;
Contenção ou eliminação dos níveis de resíduos tóxicos decorrentes de seu processo produtivo e do uso ou consumo de seus produtos de maneira a não agredir o meio ambiente de forma em geral;
Elaboração e entrega de produtos ou serviços de acordo com as condições de qualidade e segurança desejadas pelos consumidores (1995, 02).
Diante desse contexto e com a padronização das normas internacionais de qualidade, principalmente aquelas voltadas para a preservação do meio ambiente como ISO 14.000, muitas empresas se aproveitam desses investimentos e os usam como marketing para seus produtos e serviços, tornando-os mais atrativos diante de similares de empresas que não praticam tais políticas sociais.

3. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL

Com certeza, uma das mais difíceis tarefas para a melhoria da qualidade de vida no planeta é a de promover a conscientização por parte não somente das empresas, mas principalmente da sociedade, visto que esta é detentora do poder de decidir se uma marca continua ou não no mercado.
Alicerçando esta linha de pensamento recente matéria publicada no jornal Gazeta Mercantil (SCHARF, 1999, A-8) enfatiza e tem como título “A conquista de mercado do produto verde”, nesta observa-se que “uma empresa que contribui para um projeto ambiental se diferencia no mercado porque devolve á comunidade” diz Garo Batmaniam, diretor executivo no Brasil da WWF (Fundo Mundial para a Natureza).
Contudo, o grande problema em se querer que a sociedade e empresas entendam esses mecanismos de responsabilidade social do qual trataremos com mais ênfase a seguir está em conciliar sistemas econômicos e ecológicos, visto que ambos se interagem e são essenciais para a manutenção da vida das gerações presentes e futuras.
Pensemos que a interação entre estes dois sistemas está condicionada da seguinte forma: enquanto a população sofre com a degradação do meio ambiente proveniente de exploração, poluição e outras promovidas pelas corporações no ensejo de constituir bens e serviços e com isso gerar riquezas, ela também depende dessas empresas das mais variadas formas para sua sobrevivência, seja como fonte de emprego ou como fabricantes dos produtos de que necessita, os quais, muitas vezes, são essenciais, como: alimentos, roupas, habitação e assistência médica.
Ribeiro (1992, 20) cita um exemplo de uma histórica afirmação do chefe da delegação Brasileira (General José Costa Cavalcanti) na primeira conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente em 1972, na Suécia “um país que não alcançou o nível satisfatório mínimo no prover o essencial, não está em condições de desviar recursos consideráveis para a proteção do meio ambiente”.
As riquezas computadas pelos homens ao longo dos anos teve um preço, sofrido por todo o planeta diante das agressões ambientais das quais só vêm a diminuir a expectativa de vida das futuras gerações.
Após a observação dessas questões, sociedade, empresários e governo começaram a mobilizar-se. Formou-se em nível internacional o Comitê Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável e, seguindo essa mesma idéia, criou-se a Fundação Brasileira para Desenvolvimento Sustentável, ambas com o objetivo de angariar recursos para investimentos no controle ambiental.
A maneira com que os recursos naturais foram extraídos nos faz pensar que muitas vezes isto significou sacrificar até regiões inteiras, uma vez que esses recursos eram gratuitos e raras eram as penalidades impostas.
Outro fato importante é que os custos referentes a essa degradação não eram (e muitas vezes ainda não são) computados à mercadoria produzida, uma vez que podem representar uma quantia muito superior àquelas conhecidas, influindo nas demonstrações de resultado.
Diante dessa perspetiva, uma coisa nos chama atenção: se estes custos não são computados às mercadorias produzidas, então os resultados obtidos não são reais, sendo assim a riqueza gerada por essas empresas na formação do PIB (Produto Interno Bruto) não é real.
A professora Ribeiro (21) nos alerta que “custos menores implicam lucros maiores, usualmente computados no PIB como aumento da riqueza nacional. Entretanto, neste caso, a soma das parcelas é igual ao produto bruto. Embora as empresas aumentam seus lucros individualmente, a riqueza do país não está crescendo de fato. Isto ocorre porque os recursos naturais não são mensurados economicamente, porém, a perda de seu potencial, isto é, o seu esgotamento determina a capacidade econômica do país, deixando-o mais pobre, ao contrário do que demonstram os resultados dos atuais cálculos do PIB”.
O que ocorre é justamente o inverso daquilo que se costuma considerar para efeito de cálculo, é como se fosse demonstrada a riqueza gerada por uma máquina ao longo de um período sem que se observasse o desgaste desta.
No mesmo trabalho a professora Ribeiro (22) cita exemplo de um vazamento de petróleo pelo navio Exxon Valdez, no Alasca, cujos gastos com a limpeza das áreas afetadas fizeram com que houvesse entrada de recursos financeiros nos cofres públicos, fazendo com que aumentasse o PIB dos Estados Unidos. Isso, porém, é ilusório, dada a contaminação gerada pelo vazamento que representa um consumo de recursos necessários à obtenção de receita.
Nesse sentido, a redução de custos ambientais significa aumento real de lucros com deterioração do planeta em que vivemos.
Outro exemplo citado no trabalho da professora Ribeiro (26) é o uso de refugos industriais de uma empresa que podem ser utilizadas por outra, caso da indústria de cimento S/A Indústrias Votorantim, que passa a utilizar o reprocessamento de resíduos sólidos de uma empresa química - a Monsanto do Brasil - em lugar do carvão utilizado, o qual é bastante poluidor.
Essa alternativa, além de diminuir os custos na obtenção do material necessário no seu processo industrial, também diminui a agressão ao meio ambiente em duas fontes: no carvão que iria ser consumido e iria poluir, e no consumo dos resíduos da empresa química, que provavelmente não teria outra utilidade.
Com o objetivo de promover a interação entre o sistema financeiro e o ecológico, o conceito de desenvolvimento econômico sustentável está fundamentado no princípio, do que ao mesmo tempo que a sociedade produz riquezas, deve propiciar a menor quantidade de resíduos e a menor degradação do meio ambiente, para que viva em melhores condições, além, é claro, de ter melhores resultados na própria obtenção de lucros.

4. CUSTOS AMBIENTAIS POR MEIO DO CUSTEIO POR ATIVIDADES

Os custos ambientais estão relacionados às práticas adotadas pelas empresas para confecção de seus produtos, ou seja os danos causados ao meio ambiente são resultados de poluentes expelidos no ar, água, em seu próprio lixo e até mesmo o barulho (poluição sonora) decorrente do processo industrial.
Esses valores podem ser identificados em passivos ambientais originados em taxas, contribuições, impostos, penalidades decorrentes do não-cumprimento das legislações ambientais ou pela implantação de métodos que tornem viável a continuidade de negócios relativos a aspectos ambientais.
Segundo Ribeiro (1998, 84) “custos ambientais são representados pelo somatório de todos os custos dos recursos utilizados pelas atividades desenvolvidas com o propósito de controle, preservação e recuperação ambiental”.
Ainda de acordo com a pesquisadora, poderiam ser identificados como custos diretos:
Insumos adicionais para combater a produção de resíduos poluentes.
Mão de obra especializada.
Depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na proteção e preservação ambiental.
Como custos indiretos poderíamos citar:
Aluguel da área ocupada por máquinas e pessoas destinadas ao trabalho de preservação e recuperação ambiental.
Salário de supervisores.
Como despesas operacionais:
Taxas.
Penalidades exigidas por legislação ambiental,
Materiais de escritório.
Salário do pessoal de escritório.
Depreciação de máquinas utilizadas no processo administrativo.
Em outro artigo, Martins e Ribeiro (1998, 07) afirmam que “o custo da atividade será o produto da multiplicação do custo de cada direcionador pela quantidade de vezes em que este se repete para a realização de uma atividade”.
A valorização dessas atividades far-se-á pela identificação da localização, na qual se encontram-se os agentes geradores e a classificação poderá ser feita por natureza, processo, centro de custo, período, linha de produto, produto e outros.
O custeio por atividade recém surgido oferece resultados bem mais precisos do que métodos como o variável e o de Absorção, por motivo de que a maioria dos custos indiretos de fabricação pode ser identificada por meio das atividades que o origina, diferente dos dois outros métodos citados, que na sua composição, especialmente no caso do método por absorção, tende à falta de precisão causada pelos rateios e no variável devido à falta de mensuração do custo de natureza fixa, que são considerados como custos gerais da empresa.
Martins e Ribeiro (14) afirmam que “o custeio por atividade “ABC” oferece informações mais confiáveis sobre os recursos realmente consumidos em cada fase do processo por produto e durante todo o ciclo de vida deste. Em decorrência, fica mais evidente a existência de desperdícios, sua origem e causa e as fases do processo operacional passíveis de melhorias”.
O que se pode concluir é que o método mais preciso oferecerá informações mais úteis, ainda mais quando falamos em meio ambiente, que geralmente envolve grandes valores. Sendo assim, existe uma necessidade de dados precisos para que esses ofereçam condições para redução de custos, em detrimento a desperdícios com matéria prima, ociosidade de mão de obra e má distribuição de recursos, e no que se refere a investimentos para controle e preservação ambiental.
Isso não só tem importância para uma saudável gestão econômica mas também pela própria continuidade da empresa, uma vez que existe responsabilidade social desta para com os habitantes que a circundam e, ainda, devido a sua imagem diante dos consumidores de seus produtos.

5. AUDITORIA

A auditoria ambiental ganhou espaço na área de auditoramento, principalmente depois de vários casos em que a não evidenciação de riscos potenciais de poluição de algumas empresas resultaram em declínios de suas ações nas bolsas de valores por provocar danos ao meio ambiente.
Além do trabalho de cientificação aos seus usuários, a auditoria ambiental pode diminuir ou até evitar danos causados por potenciais poluidores e degradadores do meio ambiente.
A professora Ribeiro (1992, 70) nos dá um exemplo de uma subsidiária de uma empresa canadense produtora de alumínio ALCAN, na qual verificou, através de auditoria, que os resíduos de soda caústica obtidos nas unidades de Utinga (SP) e Contagem (MG) poderiam ser utilizados no processo de transformação da bauxita em alumínio, na sua unidade de Ouro Preto (MG).
Outro exemplo, este de resultados não tão positivos, nos é dado pela professora Ferreira, (1996,76) a qual relata um fato ocorrido na Índia com a empresa Union Carbide, cuja tragédia resultou em centenas de mortes devido a vazamento de gases, e por isso suas ações despencaram nas Bolsas de Valores.
Episódios como este só vêm comprovar a importância do auditor ambiental nas demonstrações contábeis e na própria empresa, que no caso da ALCAN a fez economizar substanciais quantias utilizadas na aquisição de matéria prima.

6. ENFOQUES DA CONTABILIDADE AMBIEMTAL

6.1 Usuários da Contabilidade

A contabilidade existe para atender às necessidades de informação de administradores, além, é claro do governo.
Tais informações tem no seu encerramento, um usuário final que nada mais é, que toda a sociedade, quando essas demonstrações são publicadas.

6.2 As demonstrações de Resultado

Cairns (1998, 06) citando o relatório sobre questões do meio ambiente segundo estudos do ISAR (Grupo de Trabalho de Pronunciamentos Internacionais de Contabilidade e relatórios da área Organização das Nações Unidas ONU), divulgada pelo IBRACON, fala das informações que uma empresa deve incluir nas divulgações de resultado. Em suma, esse relatório diz respeito 1) às políticas contábeis adotadas, 2) montante de custos operacionais e não operacionais, 3) multas e penalidades ou danos causados na mensuração, 4) política formal e programas adotados pela empresa, 5) melhorias feitas pelas empresas nos últimos cinco exercícios, 6) grau em que as medidas de proteção ambiental foram resultado de aplicação da legislação governamental e 7) quaisquer processos judiciais importantes que a empresa sofreu de acordo com as leis ambientais.
No Brasil as demonstrações contábeis pertinentes ao meio ambiente é tratada em uma recomendação da Comissão de Valores Mobiliários (Parecer de Orientação 15/87), mas como foi dito, é uma recomendação que na sua maioria só é usada quando interessa à empresa.

6.3 Valor Adicionado Negativo

Surgindo inicialmente na França, o Valor Adicionado Negativo é o inverso do Valor Adicionado.
Segundo Tinoco (1994, 26) ele tem como principal idéia mostrar o montante de gastos que as empresas deveriam realizar para restabelecer o meio ambiente que degradam.

6.4 Ecobilan

Ecobilan é o balanço utilizado para analisar os processos de produção de forma a torná-los menos poluentes.

6.5 Despesas

Ao definir “despesa”, Ribeiro (1992, 77) recorre às palavras de Iudicibus, para os quais “Despesa, em sentido restrito, representa a utilização ou o consumo de bens e serviços no processo de produzir receitas. Note que a despesa pode referir-se a gastos efetuados no passado, no presente ou que serão realizadas no futuro. De forma geral podemos dizer que o grande fato gerador de despesa é o esforço continuado para produzir receita”.
Imaginemos uma empresa que, para continuidade de seu processo produtivo, venha a degradar o meio ambiente. Os efeitos catastróficos deste ato só irão aparecer no futuro.
Nesse caso, a receita ocorreu na venda do produto, porém a despesa só será notada depois de algum tempo.
Sendo assim, a profª. Ribeiro (78) diz que: “Sabendo-se que os custos e despesas destinados à preservação ambiental ocorrem em conexão com o processo produtivo e/ou em decorrência deste, entendemos que deveriam ser destacados um grupo específico da Demonstração de Resultados do Exercício”.
O reconhecimento da despesa se fará na proporção em que beneficia o exercício em curso, sendo identificada contra o resultado do exercício em que tenha seu fato tido como gerador da ocorrência. Entretanto, as despesas ambientais decorrentes de um processo produtivo dificilmente poderá ser associada a este exclusivamente; dessa forma, a melhor maneira para contabilização será a distribuição através de rateios entre os períodos identificados como geradores.

6.6 Ativos Ambientais

Os ativos ambientais compreenderiam tudo aquilo que a empresa possui (bens) que sirvam para preservação, proteção e recuperação ambiental. O estoque corresponderia a todos os itens que tenham por finalidade atender aos tópicos citados, como um produto que sirva para despoluir áreas atingidas.

6.6.1 Ativo Permanente

No grupo dos Ativos Permanentes classificam-se aqueles bens duráveis de baixa liquidez, máquinas e equipamentos que tenham a função de operacionalizar o processo de preservação e proteção ambiental. Sendo assim, estes seriam alocados no subgrupo Imobilizado.

6.7 Diferido Ambiental

De acordo com a lei 6.404/76, Deferidos Ambientais seriam os gastos com intenção de obter receitas em específicos períodos futuros; poderiam ser projetos, pesquisas e outras atividades que venham refletir seus resultados vindouros quando postos em atividade.




6.8 Desvalorização

A desvalorização provisionar-se-ia quando da percepção de fato que torne o valor econômico da empresa diminuído, normalmente ocasionado por mudanças no valor de mercado, mas, nesse caso, devido à mudança efetuada que tenha sua causa na ação do meio ambiente.
Ribeiro (93) cita caso da Eletro Paulo, possuidora, entre outros, das Usinas de Traição e Pedreira no Rio Pinheiros, São Paulo. Ela nos conta que as instalações dessas usinas estão corroídas devido ao contato com as águas do Rio Tietê, que como sabemos, tem em seu trecho que passa por São Paulo águas extremamente poluídas, reduzindo em 50% a capacidade de bombear água das usinas e fazendo com que as taxas de depreciação sejam até 10 vezes maiores, do que a de outras usinas.

6.9 Goodwill – (Know-How)

O termo Goodwill é definido por Calderelli (1997, 390) como “um valor material que um patrimônio qualquer tem em seu favor devido a sua capacidade de auferir bons resultados”.
Relacionado com aspectos ambientais e Ativos Intangíveis, o Goodwil de uma empresa poderá ser afetado em razão de mudanças que possam sofrer ou proporcionar ao meio ambiente onde se localizam.
Uma empresa de bens de gênero alimentício que tenha suas imediações tomado por empresas poluidoras, perderá valor econômico perante outra do mesmo porte e características que se encontre em local saudável.
Também pode haver casos em que a própria empresa polua, podendo ser alvo de retaliações de consumidores adeptos de movimentos ecológicos.

6.10 Contingências

Segundo Ribeiro, (1992, 103) Contingências “refere-se a possíveis efeitos decorrentes de ações passadas ou presentes que, contudo, não necessariamente se realizarão”.
6.10.1 Contingências Passiva

A Contingência passiva pode se realizar das seguintes maneiras:
Cumprimento de exigências legais;
Indenização a terceiros por prejuízos causados;
Prevenção em relação a eventos inesperados.

6.10.2 Contingência Ativa

Ao contrário da contingência passiva, esta se refere a ganhos que a empresa poderá ter em decorrência de condições e situações de incertezas.
Da mesma forma que a empresa poderá ter de desembolsar quantias, em virtude de atender indenizações, esta também poderá acionar terceiros para ressarcir prejuízos por eles causados. Uma vez existindo a chance de ganho de causa, existirá a contingência ativa.

6.11 Passivos Ambientais

Passivos Ambientais são gastos que preservam, recuperam e protegem o meio ambiente, originados em despesas do período atual ou anteriores e à aquisição de bens que teriam sua utilização na preservação e/ou recuperação do meio ambiente.

6.12 Despesas do Exercício Atual

As despesas do Passivo Ambiental serão reconhecidas e contabilizadas em contra partida a uma conta de resultado, quando essa despesa tiver origem no período em andamento.
Ribeiro (114) citando pesquisa da empresa Price Walter House, afirma que algumas indústrias extrativistas nucleares e de exploração e produção de carvão e de óleo, fazem o reconhecimento de suas obrigações de recuperação ou restauração no momento em que o fato gerador ocorre.


6.13 Resultado de Exercícios Anteriores

Quando existirem valores a serem contabilizados e que tiverem o fato gerador em períodos passados, estes deverão ser computados em conta de resultado do exercício em andamento.

6.14 Balanço Ambiental

O Balanço Ambiental tem sua origem no Balanço Social, e conterá informações físicas e monetárias, ou seja, informações quantitativas e qualitativas.
Tinoco (1994, 26) diz que “os reportes entre dados físicos e dados monetários devem permitir acumular, ao menos parcialmente, as insuficiências em matéria de avaliação. A colocação em paralelo, dos dois sistemas de dados permite evidenciar os custos específicos que representam os investimentos antipoluição segundo os setores”.

6.15 Exemplo de Balanço Ambiental Publicado

Ribeiro (1992, 66) nos mostra o exemplo de um Balanço Ambiental publicado por uma multinacional Holandesa, com filial no Brasil, a BSO/ORIGIN, uma “joint venture” da Philips e BSO/ Behher BV, a qual quantificou os prejuízos por ela causados no meio ambiente, embora esta não seja uma empresa que na suas atividades cotidianas degrade o meio ambiente.
Foram analisados fatores que causam impacto ao meio ambiente, como os gases emitidos pelos automóveis utilizados pelos funcionários, energia elétrica consumida, gás natural, entre outros.
Esse estudo mostrou que a dívida ambiental da empresa era de aproximadamente US$ 1.2 milhão e que ela tinha recolhido menos US$ 100 mil para pagamento de taxas de tratamentos de esgotos e de resíduos. Além disso, verificou-se que essa dívida representava 10% do seu lucro líquido.



6.16 Fusão, Cisão, Incorporação, Venda e Privatização

Nesses processos o Passivo ambiental deve ser observado instintivamente, uma vez que pode representar até 15% do potencial do valor de compra, como nos é citado por Marins e Ribeiro (1995, 05) que por sua vez citam pesquisa realizada pela Cetepla Tecnometal, empresa de consultoria especializada no ramo, que fez esse levantamento na época em que ocorria maior número de privatizações, por incentivo do governo Collor. Ainda nesse levantamento em 1989, estudos mostravam que para controlar as fontes de poluição na capacidade de produção da época, (15.9 milhões de toneladas por ano), as cinco empresas siderúrgicas do sistema Siderbras necessitavam investir 5% o Patrimônio Líquido dessas empresas.

CONCLUSÃO

A contabilidade hoje, e mais do que nunca, constitui uma importante ferramenta para promover a conscientização da sociedade, além é claro de resguardar os interesses de potenciais investidores em empresas que venham a interferir no meio ambiente, seja como poluidoras ou extrativistas.
Em seus registros guardam importantes informações não somente de cunho quantitativo, referentes a valores, mas qualitativos, expressos em suas notas explicativas e Balanços Sociais e Ambientais.
Entendemos que hoje a melhor forma de demonstrar todos esses registros das questões de natureza ambiental sejam feitas em demonstrações à parte, prelúdio para a formação de uma demonstração específica dos fatos dessa natureza.
Já não existem dúvidas de que as empresas que degradam o meio ambiente serão alvo de discriminação por parte da sociedade, e mais especificamente de consumidores, conscientes da barbárie em que se encontram determinados locais do planeta, devido à exaustão provocada pelo Homem em prol da acumulação de riqueza, como se tais recursos não fossem finitos.
Diante dessas constatações, cabe a cada um de nós, profissionais ou somente consumidores, fazer a nossa parte para a preservação do meio em que vivemos, tornando possível a existência saudável de futuras gerações.
Bibliografia

DRUCKER, Peter. A quarta revolução da informação. Exame, São Paulo, 26 ago, 1998. nº. 18. p. 56-58.
KROETZ, César Eduardo Stevens. Balanço social. Revista Brasileira de Contabilidade. [s.l.] set. 1998, nº. 113. p. 43-51.
MARTINS, E. ; RIBEIRO, M. S. A informação como instrumento de contribuição da contabilidade para a compatibilização do desenvolvimento econômico é a preservação do meio ambiente. Boletim do IBRACON. São Paulo. set. 1995 nº. 208.
SCHARF, Regina. Conquista de mercado do produto verde. Gazeta Mercantil. São Paulo. 9 abr. 1999. p. A-8.
RIBEIRO, Maisa de Souza. Contabilidade e Meio Ambiente. São Paulo, 1.992. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.
RIBEIRO, Maisa de Souza. O Custeio por atividades aplicado ao tratamento contábil dos gastos de natureza ambiental. Caderno de Estudos. FIPECAFI. set. 1998. São Paulo. nº. 19, p.82-91.
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FERREIRA, A. C. S. Contabilidade de Custos para gestão do meio ambiente. Revista Brasileira de Contabilidade. [s.l.] nº. 101. set. 1996. p. 72-79.
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TINOCO, J. E. P. Ecologia, Meio Ambiente e Contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade. [s.l.] nº. 89. nov. 1994. p. 24-31.
CALDERELLI, Antônio. Enciclopédia contábil e comercial brasileira. São Paulo: CETEC, 1.997. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Administraçao.:.O consenso de Washington

O CONSENSO DE WASHINGTON


Washington mostra neste consenso o escancaramento econômico dos países latinos americanos, a convicção destes países de só mostrar os pontos positivos onde eles mesmos esquecem à miséria crescente, as altas taxas de juros, de desemprego, de tensão social e graves problemas que deixam perplexa a burocracia internacional, que baseava-se em Washington.
Vários foram os países que se alinharam ao modelo neoliberal, e que não estão sofrendo tensões no balanço de pagamento tão fortes que façam correr o risco de um colapso cambial.
A maioria destes países tem no mercado internacional taxas de juros em alta. Para explicar que o terceiro mundo está dando certo perante as normas neoliberais do FMI e do banco mundial, os tecnocratas de Washington sugerem um comportamento mais humilde nas suas atitudes e que levassem em conta a complexidade e as especificidade latino americanas.
Após toda esta impressão amarga de que a América latina tenha sofrido com a liberdade econômica e o desejo de expansão em sua industrialização fica marcada toda burocracia internacional baseada em Washington, que integrava-se de uma elite de economistas que não se preocupavam com a realidade política e econômica de sua região mas buscava por em prática em nome de uma pretensa modernidade, teorias e doutrinas nas quais não há eco nos próprios países desenvolvidos onde alegadamente procurava expiração.
O Brasil foi um dos primeiros países que teve seus princípios neoliberais consolidados no consenso de Washington, e que bate de frente com a liberdade de ação que desejava manter para prosseguir em seu processo de industrialização.
Um dos pontos mais marcantes do neoliberalismo no país foi vivida na era Collor, que trouxe para nós o seu impeachment, que contou com forte apoio externo. O Brasil vive hoje um momento delicado, onde as classes dirigentes se acham minadas pela visão neoliberal.
Para concluir, não basta entretanto dizer que os países desenvolvidos não praticam um modelo neoliberal, ou melhor, podemos dizer que não o fazem da mesma forma e rigor que os recomendam. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...