Educação Física e Esportes
O texto “Educação Física e Esportes: Perspectivas para o século XXI” de Ademir Gebara, procura mostrar o surgimento da Educação Física, dentro de um sistema de evolução, problematização e solução.
Define o que é Educação Física buscando seu significado no passado e trazendo uma definição mais ampla para o presente com intenção de melhoras para o futuro.
“Para falar do presente e futuro é necessário conhecer o passado”
Assim ao falar das perspectivas para a Educação Física no Brasil é necessário viajar ao passado e buscar suas bagagens.
No período de 1.850 e o final do século, evidenciou-se o significado da “Educação Física”. A partir daí, novas pesquisas foram feitas a fim de buscar o seu núcleo gerador que deparasse com uma resposta conclusiva.
Em 1.890 na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, foi encontrada(e, ainda hoje é disponível) uma obra chamada “Tratado”(Mello Franco) que expõe um conjunto de conhecimentos sobre higiene e pediatria. Certas questões estavam interligadas a que se pretendia em Educação Física, atualmente esse manual não corresponde ao que pretendemos na área.
Em 1.854, desenvolveu-se regras às mães com preocupação com o meio ambiente, alimentação e atividade física , tornando a Educação Física mais complexa.
O Brasil traz consigo um nível grande de alterações, na política , educação e cultura e, devido a isso, a busca para compreender o homem brasileiro tornou-se evidente. A Educação Física foi interpretada de várias formas ( como “educação corpórea” , “arte da conservação dos meninos”, “educação medicinal”, “educação natural” ( foi consagrada em 1.761, na Academia de Harlem.
A Educação implica o intelectual, moral e físico e também, o desenvolvimento do espírito e dos costumes.
Em meados do século passado a Educação Física foi vista num ramo de educação e medicina.
OBJETO DE ESTUDO
SABER MÉDICO SABER PEDAGÓGICO
A Educação Física não deve se limitar somente no físico, e sim, no intelectual também.
1.978 - ênfase aos fatores sociais - relação atividade física e saúde
Também merece destaque o “tratamento militarista” a fim de reeducar o corpo do homem militar tornando-o mais dócil, corajoso e subordinado, e, conseqüentemente, apto a passar as resultantes da ginastica aos seus descendentes. Assim, se encontrando num mesmo ponto de vista a “instrução física” e a “Ed. Física”.
A relação da ginástica escolar e medicina é um ângulo importante, pois a ginástica seria uma parte da medicina que ensina como conservar e restabelecer a saúde por meio do exercício, permitindo um porte físico mais adequado, desenvolvimento físico melhor, fortalecimento da saúde , disciplina escolar, e progresso nos estudos, constituindo assim, um corpo sadio e disciplinado. A ginástica tem uma seção teórica e outra prática para menores e maiores de 10 anos.
Para os menores - a teoria fica a segundo plano e a prática compõe exercícios livres.
Para os maiores de 10 anos - a teoria abrange várias fontes para um melhor conhecimento do corpo humano, tais como: anatomia, anatomia animal, estrutura do corpo, peso do corpo, estrutura humana e tamanhos fora do comum, ciclo vital, aparelhos e funções, órgãos do movimento, esqueleto, beleza plástica, osteologia, artrologia.
“Para a prática é necessário conhecer a teoria.”
No início do século XX, a introdução dos esportes modernos no Brasil viriam compor a “Educação Física”. Exemplo : futebol.
E , em 1.920, ocorreu a sua escolarização que significa a prática obrigatória da Educação Física nas escolas brasileiras, com mais ênfase nos anos 30(serviu na construção da nacionalidade brasileira). A legislação criou um projeto pedagógico isolando a disciplina das outras.
Depois dos anos 60, novidades permitiram um desenvolvimento histórico na área, como o movimento ETP(tese de mestrado por Kátia Brandão), e a consolidação da educação Física no 3º grau e pós-graduação.
Essa disciplina é acadêmica, embora restam dúvidas se ela alcançou esse status. Pois está diante do objeto de estudo ( movimento humano, mas fragmentado pelo conhecimento.
O problema da Educação Física no 3ºgrau é que repete o que se trabalha no 2ºgrau, não se envolve profundamente na reflexão e conhecimento, se encontra esterilizado, assim a pós-graduação propiciara condições para o desequilíbrio qualitativo do ensino/pesquisa.
Um dos Problemas se encontra na teoria, pois é necessário um estudo mais aprofundado para um melhor conhecimento. A insuficiência de orientadores efetivos e recursos materiais, a ausência de pesquisa na área, a inexistência de uma política de estímulo, permitem uma disciplina estagnada. Por isso, o acréscimo de propostas de integrar especializações aos mestrados.
Alguns fatos significativos ocorreram de 1.987 a 1.991 ( “desenvolvimento do sistema” (surgimento de novas conquistas na área com crescimento lento e mais integração, diversificação e política), avanço na produção acadêmica(com definição de áreas de conhecimento) e melhoria da infra-estrutura do sistema.
Atualmente, os acadêmicos são mais multipolarizados, integrados, diversificados e politicamente mais organizados e menos corporativos.
Para avaliar a educação Física é necessária uma discussão mais aprofundada para suas perspectivas futuras. Trata-se de um objeto historicamente conformado e colado a práticas sociais, culturais, afetivas, ambientais. A à crise da Educação Física deve ser pensada com as premissas dialéticas e como um estado permanente, intrínseco ao objeto. As perspectivas para a área apresentam-se capazes de incorporar outras áreas de conhecimento: (ação motriz) - a despoluição também merecerá destaque diante da política diante da política e prática do lazer. E se tratando dos dispositivos, será importante o sistema de comunicação no mundo contemporâneo que continuarão sendo apreciados na educação Física.
A novidade será o desporto espetáculo, uma área parcialmente autônoma da Educação Física.
Conclusão
É muito importante a atual preocupação diante do profissional de Educação Física para o próximo século. Para que haja um avanço na área, o profissional deve buscar aperfeiçoar seu conhecimento com mais profundidade.
Procurar conhecer o corpo humano detalhadamente, buscar uma linguagem de fácil aprendizagem, mergulhar na filosofia. Não deve parar no tempo e sim, caminhar junto com a evolução.
É necessário conhecer o seu passado, buscar suas origens para que o presente seja melhor e o futuro mais garantido, buscando, assim, trabalho dentro da área, novos métodos de ensinar e de linguagem visando um sucesso maior para a Educação Física.
Palmiro Neto
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sexta-feira, junho 17, 2011
Educaçao Fisica.:.Capoeira Angola & SOMA
Capoeira Angola & SOMA
"Capoeira Angola, mandinga de escravo em ânsia de liberdade. Seu princípio não tem método e o seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista." Mestre Pastinha
A Capoeira Angola foi a manifestação mais decisiva no processo de resistência nos séculos de escravidão no Brasil. Ela nasceu para libertar o negro. A SOMA, uma terapia anarquista, também nasceu num período de resistência contra o autoritarismo, durante a ditadura militar, atuando sobre o indivíduo e sua liberdade de ser. Duas épocas, dois momento em que a natureza inventa formas criativas de reação contra aquilo que tenta bloquear seu desenvolvimento espontâneo.
Os negros africanos no Brasil, movidos por seu instinto de sobrevivência, reagiram desenvolvendo uma estratégia de luta: a Capoeira Angola. Disfarçando a luta em dança, o escravo pode treinar a única arma que possuia, o seu corpo. Os movimentos de ataque e defesa vieram da observação do funcionamento dos instrumentos de trabalho (martelo, foice), das formas de luta dos animais (coice de mula, rabo de arraia) e da cultura original mesclada a uma cultura estranha.
O desenvolvimento da SOMA é fruto da associação original de diversas áreas da ciência que estudam a vida e seus bloqueios, numa visão libertária. A SOMA buscou na Capoeira Angola um trabalho corporal bioenergético baseado nas idéias de Reich e acabou encontrando também Gestalt e a antipsiquiatria. A Angola trabalha a conscientização e a comunicação do movimento corporal, o aqui e agora da percepção clara da realidade e do equilíbrio energético alcançado. E depois de anos de pesquisa, descobrimos no jogo, na roda e na vida do angoleiro a mesma ideologia anarquista da SOMA.
A organização social que cria situações como a escravidão no período colonial ou a misérias nas sociedadesa atuais é a mesma. O autoritarismo de um senhor da Casa Grande querendo explorar outro homem, pois se considera superior e proprietário, é o mesmo de um empresário ou político corrupto que explora a miséria social em seu benefício. São os indivíduos autoritários que geram a sociedade autoritária. E é o anarquismo a ideologia que busca indivíduos livres, combatento todas as formas de autoritarismo. Indivíduos livres são amorosos, não são perversos. O homem livre busca e se relaciona solidariamente.
A capoeira depois da libertação dos escravos continuou a existir, sempre próxima as classes exploradas, aos marginais da sociedade. Ela evoluiu, modificou-se, mas sempre manteve sua ideologia de libertação. Hoje, só a Capoeira Angola preserva esta ideologia, com a mandinga, a estratégia, o jogo, o diálogo. A capoeira regional passou a ser esporte e competição em busca do melhor, da campeão. Na Angola não há melhor, não dá para comparar porque cada angoleiro é diferente do outro. Melhor não é a pessoa e sim a oportunidade.
Vicente Ferreira Pastinha, mestre Pastinha guardião da Capoeira Angola, costumava dizer que "cada um é cada um", mostrando sintonia com o anarquismo, pois o angoleiro leva a ética da roda para a sua vida. A SOMA tem o privilégio de relacionar a Capoeira Angola com o anarquismo e vice-versa. A ideologia da Natureza com uma estratégia vital.
Hoje só faz SOMA quem faz Capoeira Angola, porque temos certeza de que isto acelera o processo terapêutico, que significa mudança ideológica no cotidiano. Quem não faz SOMA também se beneficia do poder libertário da Capoeira Angola. Por isso, não queremos modificar, nem deturpar a capoeira e sim, pesquisar e jogar com os verdadeiros angoleiros.
O prazer de jogar capoeira só acontece num jogo com diálogo, troca, abertura, fechamento, desafio, brincadeira, um aprendizado, um relacionamento que também se deseja fora da roda. Um bom jogo é uma relação afetiva libertária, é uma relação produtiva autogestiva. Fora do jogo, sentado na roda ou nos instrumentos, puxando o corrido ou respondendo o coro, a relação de solidariedade que se procura desenvolver na Capoeira Angola é o jeito que os anarquistas querem a sociedade onde vivem. Sem autoritarismo, sem miséria social, sem escravidão.
"Capoeira Angola, mandinga de escravo em ânsia de liberdade. Seu princípio não tem método e o seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista." Mestre Pastinha
A Capoeira Angola foi a manifestação mais decisiva no processo de resistência nos séculos de escravidão no Brasil. Ela nasceu para libertar o negro. A SOMA, uma terapia anarquista, também nasceu num período de resistência contra o autoritarismo, durante a ditadura militar, atuando sobre o indivíduo e sua liberdade de ser. Duas épocas, dois momento em que a natureza inventa formas criativas de reação contra aquilo que tenta bloquear seu desenvolvimento espontâneo.
Os negros africanos no Brasil, movidos por seu instinto de sobrevivência, reagiram desenvolvendo uma estratégia de luta: a Capoeira Angola. Disfarçando a luta em dança, o escravo pode treinar a única arma que possuia, o seu corpo. Os movimentos de ataque e defesa vieram da observação do funcionamento dos instrumentos de trabalho (martelo, foice), das formas de luta dos animais (coice de mula, rabo de arraia) e da cultura original mesclada a uma cultura estranha.
O desenvolvimento da SOMA é fruto da associação original de diversas áreas da ciência que estudam a vida e seus bloqueios, numa visão libertária. A SOMA buscou na Capoeira Angola um trabalho corporal bioenergético baseado nas idéias de Reich e acabou encontrando também Gestalt e a antipsiquiatria. A Angola trabalha a conscientização e a comunicação do movimento corporal, o aqui e agora da percepção clara da realidade e do equilíbrio energético alcançado. E depois de anos de pesquisa, descobrimos no jogo, na roda e na vida do angoleiro a mesma ideologia anarquista da SOMA.
A organização social que cria situações como a escravidão no período colonial ou a misérias nas sociedadesa atuais é a mesma. O autoritarismo de um senhor da Casa Grande querendo explorar outro homem, pois se considera superior e proprietário, é o mesmo de um empresário ou político corrupto que explora a miséria social em seu benefício. São os indivíduos autoritários que geram a sociedade autoritária. E é o anarquismo a ideologia que busca indivíduos livres, combatento todas as formas de autoritarismo. Indivíduos livres são amorosos, não são perversos. O homem livre busca e se relaciona solidariamente.
A capoeira depois da libertação dos escravos continuou a existir, sempre próxima as classes exploradas, aos marginais da sociedade. Ela evoluiu, modificou-se, mas sempre manteve sua ideologia de libertação. Hoje, só a Capoeira Angola preserva esta ideologia, com a mandinga, a estratégia, o jogo, o diálogo. A capoeira regional passou a ser esporte e competição em busca do melhor, da campeão. Na Angola não há melhor, não dá para comparar porque cada angoleiro é diferente do outro. Melhor não é a pessoa e sim a oportunidade.
Vicente Ferreira Pastinha, mestre Pastinha guardião da Capoeira Angola, costumava dizer que "cada um é cada um", mostrando sintonia com o anarquismo, pois o angoleiro leva a ética da roda para a sua vida. A SOMA tem o privilégio de relacionar a Capoeira Angola com o anarquismo e vice-versa. A ideologia da Natureza com uma estratégia vital.
Hoje só faz SOMA quem faz Capoeira Angola, porque temos certeza de que isto acelera o processo terapêutico, que significa mudança ideológica no cotidiano. Quem não faz SOMA também se beneficia do poder libertário da Capoeira Angola. Por isso, não queremos modificar, nem deturpar a capoeira e sim, pesquisar e jogar com os verdadeiros angoleiros.
O prazer de jogar capoeira só acontece num jogo com diálogo, troca, abertura, fechamento, desafio, brincadeira, um aprendizado, um relacionamento que também se deseja fora da roda. Um bom jogo é uma relação afetiva libertária, é uma relação produtiva autogestiva. Fora do jogo, sentado na roda ou nos instrumentos, puxando o corrido ou respondendo o coro, a relação de solidariedade que se procura desenvolver na Capoeira Angola é o jeito que os anarquistas querem a sociedade onde vivem. Sem autoritarismo, sem miséria social, sem escravidão.
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Propaganda.:.O poder do invisível
O poder do invisível
Duas salas de cinema lotadas, mesmo filme e mesmo horário. No final da sessão, 60% das pessoas que estavam em uma delas se dirigiram a um quiosque que vendia um determinado produto e, sem pensar duas vezes, o consumiram. Das pessoas que estavam na
outra, um numero mínimo o fez. Esse é um fato antigo e bem conhecido, mas foi uma das primeiras experiências que comprovava a eficácia do uso dos subliminares na mídia. Desde então o uso dessas imagens "invisíveis" vem sendo amplamente discutido. É possível interferir na vida das pessoas de forma a modificar preferências, hábitos alimentares e de consumo? Seríamos capazes de manipular as opiniões políticas de uma sociedade somente pelo poder da imagem?
A resposta para todas essas questões é um sim que vai muito além de uma simples resposta afirmativa ou negativa e que reside dentro de uma outra pergunta: será ético, correto esse tipo de manipulação? Os subliminares são realmente capazes de transformar opiniões, influenciar pessoas, até uma sociedade inteira e seu uso não se restringe apenas às imagens, podem agir em qualquer um dos nossos cinco sentidos. O elemento subliminar pode ser, além de uma imagem, um som, um aroma, um sabor ou uma
textura e todos eles estão presentes na vida das pessoas, no seu dia-a-dia, só que de uma maneira natural. Quem nunca ficou com vontade de comer alguma coisa ao ouvir uma música ou sentir um cheiro qualquer? Ou então ao sentir um tipo de aroma lembrou de alguém especial? Isso são associações subliminares chamadas de sinestésicas (que estão associadas aos nossos cinco sentidos). Podem até ser inofensivas, o que vai depender sempre de como, onde e por que são usadas. A partir dessas definições o subliminar pode ser usado para influenciar qualquer pessoa e atingir os mais variados tipos de resultados.
Exemplo de posicionamento no momento de tirar uma fotografia. Pense bem, será que alguém serviria uma dose de qualquer tipo de bebida, segurando a garrafa desse modo. O que os homens seguram dessa maneira?
Subliminar embutido em líquido. Essa foto pode parecer natural, já que no anúncio de revista o líquido é pequeno no conjunto visual e não é o mais importante, mas aumentando é possivel perceber um pênis escondido no líquido.
A Imagem, estática ou em movimento, é um dos suportes mais usados para o emprego de subliminares e o resultado é sempre de uma eficácia incontestável. As fotos podem ser manipuladas, montadas ou produzidas com a finalidade de garantir uma venda maior para um determinado produto. Um dos elementos de influência subliminar mais usado é do apelo sexual, obtido, por exemplo, com a utilização de imagens dos órgãos genitais masculinos e/ou femininos ou partes do corpo humano que possuam apelo erótico.
Dentro de uma imagem, os subliminares podem aparecer nos lugares mais diversos e com mais frequência em locais onde são mais facilmente escondidos como: fumaças, líquidos, imagens com muitas luzes e/ou sombras, enfim, lugares onde uma interferência pode ser feita sem desconstruir a imagem fotografada. Essas alterações podem ser pré-fotográficas ou pós-fotográficas. Antes de fotografar: produzindo uma cena real com os elementos subliminares nos personagens, cenas, objetos, luz etc. Depois: fazendo uma montagem, desenhando algo sobre as fotos, interferindo em um ambiente, enfim, sempre manipulando-a em programas de tratamentos de imagens. Na imagem em movimento o uso do subliminar pode ser muito mais abrangente. Além da utilização de imagens, o uso do som como elemento de influência subliminar é bem forte. No cinema, faz com que as pessoas tenham suas emoções manipuladas de acordo com um conjunto visual e sonoro.
Subliminar feito direto no objeto fotografado. Pequena parte ampliada de um anúncio de revista para uma mistura de bolos. O público-alvo, homens, deveriam achar esse produto muito gostoso. Para isso foi modelado, na cobertura de chocolate do bolo, um clitóris.
Capa da revista Time onde a foto foi manipulada para receber subliminarmente as palavras Sex e Kill no rosto de Gaddafi. A foto da esquerda é a capa da revista impressa, a da direita mostra onde estão os subliminares embutidos nas luzes e sombras.
A exemplo disso pode-se citar o filme O Exorcista onde existe na trilha sonora, subliminarmente, sons de porcos sendo mortos, casais fazendo sexo, cachorros uivando, gatos no cio, entre outros. Esses sons não podem ser percebidos por estarem em uma frequência sonora que os ouvidos humanos não captam, somente o cérebro assimila e transmite reações para o corpo. Outros filmes que podemos citar seriam: O Silêncio dos Inocentes, Drácula - de Bram Stoker (92), Edward Mãos de Tesoura, De Olhos Bem Fechados, entre tantos outros e, muito antes disso, Cidadão Kane já os usava, mesmo sem saber de sua existência. Os elementos subliminares relacionados a imagens em movimento estavam ali. Nessas imagens, como no cinema ou video de um modo geral, outros elementos ajudam na "criação" de subliminares como: enquadramentos, pontuações, movimentações de câmera etc. Esse tipo de manipulação em produções cinematográficas, por vezes nao esbarram na ética, mas a partir do momento em que uma interferência é capaz de influenciar uma opinião, deve-se pensar até que ponto isso é correto.
Parte de uma foto amplida de um anúncio de cuecas. Público-alvo: homossexuais. O ombro do modelo foi manipulado para que exista uma associação com nádegas e a entrada do ânus. Esse tipo de sombra seria impossível de se conseguir naturalmente, já que não existe uma musculatura no ombro humano que cause esse relevo ou essa luz.
Acreditem ou não, o subliminar existe, funciona e usado em grande escala é capaz de criar líderes como Hitler, que usava subliminares sonoros em seus discursos. Sempre muito aclamado, moveu um exército, uma nação, de um modo objetivo e rápido demais. Como não se deixar influenciar com isso? O conhecimento. Esse é o único modo de se prevenir contra os subliminares. Saiba que essa possibilidade existe e quando você ficar extremamente interessado em algum produto, sentir uma emoção muito forte ao ver uma imagem, vivenciar as emoções de um filme etc, pode ter certeza que está sendo vítima de uma manipulação. Tudo a sua volta pode ser e pode ter um elemento subliminar. Este texto, por exemplo, possui um elemento de manipulação textual. O que vai passar na sua mente ao terminar de ler foi pensado e planejado, resta à você saber o que é. E somente descobrindo um elemento subliminar é que somos capazes de não nos deixar manipular por ele. Mas lembre-se o subliminar nunca é o óbvio. 1956, filme Picnic, no Brasil traduzido como Férias de Amor, com Kim Novac. Duas salas de cinema lotadas. No final da sessão, 60% das pessoas que estavam em uma delas consumiram Coca-cola.
_____________________________________________________
Indicações Bibliográficas: Propaganda Subliminar Multimidia - Flávio Mário de Alcântara Calazans - Summus Editorial - 1992 A Era da Manipulação - Wilson Bryan Key - Editora Scritta - 1996 Homem, Comunicação e Cor - Irene T. Tiski-Franckowiak - Editora Ícone - 1992
Enviado por Raquel Pitarello –
Duas salas de cinema lotadas, mesmo filme e mesmo horário. No final da sessão, 60% das pessoas que estavam em uma delas se dirigiram a um quiosque que vendia um determinado produto e, sem pensar duas vezes, o consumiram. Das pessoas que estavam na
outra, um numero mínimo o fez. Esse é um fato antigo e bem conhecido, mas foi uma das primeiras experiências que comprovava a eficácia do uso dos subliminares na mídia. Desde então o uso dessas imagens "invisíveis" vem sendo amplamente discutido. É possível interferir na vida das pessoas de forma a modificar preferências, hábitos alimentares e de consumo? Seríamos capazes de manipular as opiniões políticas de uma sociedade somente pelo poder da imagem?
A resposta para todas essas questões é um sim que vai muito além de uma simples resposta afirmativa ou negativa e que reside dentro de uma outra pergunta: será ético, correto esse tipo de manipulação? Os subliminares são realmente capazes de transformar opiniões, influenciar pessoas, até uma sociedade inteira e seu uso não se restringe apenas às imagens, podem agir em qualquer um dos nossos cinco sentidos. O elemento subliminar pode ser, além de uma imagem, um som, um aroma, um sabor ou uma
textura e todos eles estão presentes na vida das pessoas, no seu dia-a-dia, só que de uma maneira natural. Quem nunca ficou com vontade de comer alguma coisa ao ouvir uma música ou sentir um cheiro qualquer? Ou então ao sentir um tipo de aroma lembrou de alguém especial? Isso são associações subliminares chamadas de sinestésicas (que estão associadas aos nossos cinco sentidos). Podem até ser inofensivas, o que vai depender sempre de como, onde e por que são usadas. A partir dessas definições o subliminar pode ser usado para influenciar qualquer pessoa e atingir os mais variados tipos de resultados.
Exemplo de posicionamento no momento de tirar uma fotografia. Pense bem, será que alguém serviria uma dose de qualquer tipo de bebida, segurando a garrafa desse modo. O que os homens seguram dessa maneira?
Subliminar embutido em líquido. Essa foto pode parecer natural, já que no anúncio de revista o líquido é pequeno no conjunto visual e não é o mais importante, mas aumentando é possivel perceber um pênis escondido no líquido.
A Imagem, estática ou em movimento, é um dos suportes mais usados para o emprego de subliminares e o resultado é sempre de uma eficácia incontestável. As fotos podem ser manipuladas, montadas ou produzidas com a finalidade de garantir uma venda maior para um determinado produto. Um dos elementos de influência subliminar mais usado é do apelo sexual, obtido, por exemplo, com a utilização de imagens dos órgãos genitais masculinos e/ou femininos ou partes do corpo humano que possuam apelo erótico.
Dentro de uma imagem, os subliminares podem aparecer nos lugares mais diversos e com mais frequência em locais onde são mais facilmente escondidos como: fumaças, líquidos, imagens com muitas luzes e/ou sombras, enfim, lugares onde uma interferência pode ser feita sem desconstruir a imagem fotografada. Essas alterações podem ser pré-fotográficas ou pós-fotográficas. Antes de fotografar: produzindo uma cena real com os elementos subliminares nos personagens, cenas, objetos, luz etc. Depois: fazendo uma montagem, desenhando algo sobre as fotos, interferindo em um ambiente, enfim, sempre manipulando-a em programas de tratamentos de imagens. Na imagem em movimento o uso do subliminar pode ser muito mais abrangente. Além da utilização de imagens, o uso do som como elemento de influência subliminar é bem forte. No cinema, faz com que as pessoas tenham suas emoções manipuladas de acordo com um conjunto visual e sonoro.
Subliminar feito direto no objeto fotografado. Pequena parte ampliada de um anúncio de revista para uma mistura de bolos. O público-alvo, homens, deveriam achar esse produto muito gostoso. Para isso foi modelado, na cobertura de chocolate do bolo, um clitóris.
Capa da revista Time onde a foto foi manipulada para receber subliminarmente as palavras Sex e Kill no rosto de Gaddafi. A foto da esquerda é a capa da revista impressa, a da direita mostra onde estão os subliminares embutidos nas luzes e sombras.
A exemplo disso pode-se citar o filme O Exorcista onde existe na trilha sonora, subliminarmente, sons de porcos sendo mortos, casais fazendo sexo, cachorros uivando, gatos no cio, entre outros. Esses sons não podem ser percebidos por estarem em uma frequência sonora que os ouvidos humanos não captam, somente o cérebro assimila e transmite reações para o corpo. Outros filmes que podemos citar seriam: O Silêncio dos Inocentes, Drácula - de Bram Stoker (92), Edward Mãos de Tesoura, De Olhos Bem Fechados, entre tantos outros e, muito antes disso, Cidadão Kane já os usava, mesmo sem saber de sua existência. Os elementos subliminares relacionados a imagens em movimento estavam ali. Nessas imagens, como no cinema ou video de um modo geral, outros elementos ajudam na "criação" de subliminares como: enquadramentos, pontuações, movimentações de câmera etc. Esse tipo de manipulação em produções cinematográficas, por vezes nao esbarram na ética, mas a partir do momento em que uma interferência é capaz de influenciar uma opinião, deve-se pensar até que ponto isso é correto.
Parte de uma foto amplida de um anúncio de cuecas. Público-alvo: homossexuais. O ombro do modelo foi manipulado para que exista uma associação com nádegas e a entrada do ânus. Esse tipo de sombra seria impossível de se conseguir naturalmente, já que não existe uma musculatura no ombro humano que cause esse relevo ou essa luz.
Acreditem ou não, o subliminar existe, funciona e usado em grande escala é capaz de criar líderes como Hitler, que usava subliminares sonoros em seus discursos. Sempre muito aclamado, moveu um exército, uma nação, de um modo objetivo e rápido demais. Como não se deixar influenciar com isso? O conhecimento. Esse é o único modo de se prevenir contra os subliminares. Saiba que essa possibilidade existe e quando você ficar extremamente interessado em algum produto, sentir uma emoção muito forte ao ver uma imagem, vivenciar as emoções de um filme etc, pode ter certeza que está sendo vítima de uma manipulação. Tudo a sua volta pode ser e pode ter um elemento subliminar. Este texto, por exemplo, possui um elemento de manipulação textual. O que vai passar na sua mente ao terminar de ler foi pensado e planejado, resta à você saber o que é. E somente descobrindo um elemento subliminar é que somos capazes de não nos deixar manipular por ele. Mas lembre-se o subliminar nunca é o óbvio. 1956, filme Picnic, no Brasil traduzido como Férias de Amor, com Kim Novac. Duas salas de cinema lotadas. No final da sessão, 60% das pessoas que estavam em uma delas consumiram Coca-cola.
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Indicações Bibliográficas: Propaganda Subliminar Multimidia - Flávio Mário de Alcântara Calazans - Summus Editorial - 1992 A Era da Manipulação - Wilson Bryan Key - Editora Scritta - 1996 Homem, Comunicação e Cor - Irene T. Tiski-Franckowiak - Editora Ícone - 1992
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quinta-feira, junho 16, 2011
Biologia.:.O Que é Aborto ?
Abortamento ou Aborto
Interrupção da gravidez antes que o feto alcance a fase da viabilidade. Pode ser espontâneo ou provocado.
Ao longo do tempo e principalmente em fins do século XX, declinou a incidência do abortamento em sua forma espontânea, ao mesmo tempo em que a descriminalização do abortamento provocado era um dos problemas que maiores controvérsias provocavam em muitos países. Em lugar de abortamento, é comum o uso do termo aborto, que, a rigor, designa o próprio feto morto em conseqüência de sua expulsão do útero.
Abortamento é a interrupção da gravidez antes que o feto se torne viável, ou seja, antes que tenha condições de vida extra-uterina. A viabilidade é usualmente definida em termos de duração de gravidez e/ou peso do feto. Tradicionalmente, considerava-se que ocorria abortamento quando o feto era expulso com menos de 28 semanas de gestação e pesando menos de um quilo. Só além desses limites haveria nascimento prematuro. No entanto, os avanços científicos reduziram progressivamente esses limites, em particular mediante o aperfeiçoamento dos métodos de tratamento intensivo dos prematuros.
Uma das grandes conquistas da medicina moderna é a drástica redução nos índices de abortamento espontâneo, graças sobretudo a uma política preventiva. A instituição do acompanhamento pré-natal, em que periodicamente se avaliam aspectos da saúde da mãe, importantes para o desenvolvimento do feto, tem papel central nessa política. O pré-natal abrange também recomendações dietéticas, exercícios físicos e todo um trabalho de esclarecimento e apoio emocional à gestante.
Do ponto de vista de sua causa, classifica-se o abortamento em dois tipos principais: espontâneo e provocado. Entende-se por espontâneo o abortamento ocorrido em conseqüência de causas naturais. Quando resulta de ato deliberado da própria gestante ou de outra pessoa, diz-se provocado.
Abortamento espontâneo. São numerosas as causas ditas naturais do abortamento. Uma delas é a implantação do óvulo fecundado em pontos anormais do corpo da mulher. É o que ocorre na gravidez ectópica -- tubária (ou falopiana), ovariana, abdominal e cervical. No primeiro caso, o óvulo implanta-se na trompa; no segundo, dentro de um folículo (pequena cavidade) ovariano; no terceiro, na cavidade peritoneal; no último, no canal cervical. É muito raro a implantação ocorrer inicialmente na cavidade peritoneal. Mais comumente, verifica-se uma implantação original tubária a que se segue ruptura de tecido e posterior implantação abdominal.
O abortamento espontâneo pode decorrer também de fatores genéticos. Sua influência foi comprovada mediante estudos cromossômicos de tecidos embrionários, que indicaram alterações incompatíveis com o desenvolvimento intra-uterino normal. Tais fatores podem ser transmitidos quer pelo pai quer pela mãe e podem explicar casos do chamado aborto habitual, caracterizado pela ocorrência de três ou mais abortamentos espontâneos consecutivos em uma mulher.
Os principais sintomas do abortamento espontâneo são dores no baixo ventre e perda de sangue. As dores são causadas pelas contrações com que o organismo tenta expulsar o óvulo. Ao fim do processo, essas dores tornam-se cólicas fortes. A intensidade da hemorragia depende da extensão da superfície de descolamento provocado na parede do útero.
A morte do feto pode ser causada igualmente por doenças infecciosas contraídas pela mãe. Caso típico é o da rubéola, que aumenta as probabilidades de abortamento espontâneo e pode causar malformações congênitas na criança. Por essa razão, alguns médicos recomendam o abortamento provocado quando a mãe contrai rubéola.
Fatores químicos também podem causar ou contribuir para o abortamento espontâneo. As substâncias químicas ingeridas pela mãe, seja com medicamentos ou sob outras formas, podem passar para o feto através da placenta. Algumas dessas substâncias causam malformações ou morte do feto. Um exemplo dramático foi o da talidomida, droga hipnótica muito usada na década de 1960; se tomada pela mãe no início da gravidez, podia causar focomelia e outras malformações. A focomelia é o desenvolvimento defeituoso dos braços ou pernas, ou ambos, de modo que pés e mãos ficam ligados ao corpo da criança, lembrando barbatanas de foca.
Outro risco reside nas radiações, inclusive os raios X, que podem causar morte ou alterações do feto. Embora não haja registro de abortamentos resultantes do uso dos raios X como instrumento de diagnóstico, seus efeitos nocivos potenciais contribuem para explicar a rápida popularização da ultra-sonografia. Essa técnica permite formar imagens do interior do corpo com o emprego de sons com freqüência superior a vinte mil hertz. São relativamente raros os casos constatados de abortamento em conseqüência de acidentes, como quedas, que provoquem traumatismos. O corpo da mulher protege muito bem o feto contra choques e são comuns os casos de crianças que nascem ilesas de mães que foram vítimas de acidentes graves durante a gravidez.
Abortamento provocado. A forma de encarar o abortamento provocado variou muito ao longo do tempo e de cultura para cultura e essas diferentes atitudes se refletiram em tratamentos jurídicos igualmente variados. Na antiguidade, registraram-se ordenamentos jurídicos indiferentes a essa questão, outros que puniam danos causados à gestante por terceiros quando estes lhe provocavam abortamento, sem no entanto punir o próprio abortamento, e ainda os que puniam quem provocava abortamento, por privar o pai da descendência de seu interesse -- também nesse caso sem punir o próprio abortamento.
O cristianismo, que equiparou o feto ao ser humano, inspirou legislações radicalmente contrárias ao abortamento. Algumas chegaram a equipará-lo ao homicídio. Foi este o entendimento de alguns estados americanos em relação ao abortamento do feto viável, entendido como aquele que, a critério do médico encarregado do caso, tivesse razoável probabilidade de sobrevivência extra-uterina, com ou sem ajuda de recursos artificiais. Originadas sob inspiração cristã, as legislações contrárias ao abortamento sempre contaram com o apoio de diferentes igrejas, que se opuseram tenazmente a todas as tentativas de legalizá-lo.
A proibição do abortamento teve suas exceções. Uma delas foi o chamado abortamento terapêutico, que é aquele recomendado por médicos como recurso extremo para salvar a vida da mãe. Na prática, tornou-se caso raro. Uma variedade do abortamento terapêutico, também conhecida como abortamento eugênico, é a que visa inviabilizar feto com alta probabilidade de apresentar defeitos congênitos. Isso ocorre, por exemplo, quando a mãe contrai determinadas infecções ou ingere certos tipos de substâncias.
A vasta transformação das idéias e dos costumes que se operou na segunda metade do século XX em grande parte do mundo, principalmente o industrializado, levou a novas posturas, baseadas no entendimento de que a mulher tem o direito de controlar o próprio corpo e, portanto, deveria ser livre para decidir a interrupção da gravidez. Esta posição, relacionada com as lutas das mulheres por seus direitos, veio a prevalecer em várias legislações.
Outro argumento em favor da legalização do abortamento eram os riscos a que se expunham as mulheres, à mercê de profissionais mal preparados e clínicas clandestinas, que operavam à margem dos controles das autoridades sanitárias. Esse problema era particularmente grave entre as populações de menores recursos, com índices alarmantes de mortes em conseqüência de abortamento.
Como toda intervenção cirúrgica, o abortamento, praticado em condições deficientes, às vezes acarreta vários problemas. O mais grave é a perfuração uterina, que pode causar peritonite (inflamação do peritônio, membrana que reveste o abdome) e morte. Outro risco grave é a hemorragia profusa, capaz de causar choque. E, finalmente, há uma série de infecções que, a depender das circunstâncias, podem se revelar graves e até mortais.
Em mulher suscetível, a interrupção da gravidez pode precipitar uma reação psiconeurótica ou mesmo psicótica grave. Para alguns psiquiatras, cada aborto é uma experiência carregada de riscos sérios para a saúde mental. A Igreja Católica sempre se colocou radicalmente contra a prática do abortamento, mesmo nos casos chamados terapêuticos, e a moderna doutrina católica considera que é por ocasião da fecundação que o novo ser adquire vida (alma).
Direito brasileiro. O código penal do Brasil prevê seis tipos de abortamento: o autoprovocado; o consentido; o provocado por terceiro sem consentimento da gestante; idem com o consentimento; o qualificado; e o legal.
No abortamento autoprovocado, que é punível, tem de estar presente o dolo. No consentido, a gestante não o pratica em si mesma, mas consente que outrem o faça; aquele que provoca o abortamento responde por pena mais severa que a da gestante e a pena para esta, em ambos os casos, é de detenção de um a três anos, cabendo ao júri o julgamento.
O abortamento provocado por terceiro, sem consentimento da gestante, comporta duas formas: não-concordância real, onde há violência grave, ameaça ou fraude e não-concordância presumida, caso da menor de 14 anos, alienada ou débil mental. A pena para o agente provocador é a de reclusão de três a dez anos. No caso de haver consentimento na prática do aborto, responde a gestante por crime previsto no crime de auto-abortamento, enquanto que o terceiro será punido com a pena de reclusão de um a quatro anos.
O abortamento qualificado é aquele de que resulte morte ou lesão. A pena é aumentada de um terço, se a lesão for grave, ou duplicada, se resultar a morte. O abortamento legal comporta duas formas: o terapêutico e o sentimental, ético ou humanitário, quando a gravidez resulta de estupro. Em ambos os casos, é impunível.
Interrupção da gravidez antes que o feto alcance a fase da viabilidade. Pode ser espontâneo ou provocado.
Ao longo do tempo e principalmente em fins do século XX, declinou a incidência do abortamento em sua forma espontânea, ao mesmo tempo em que a descriminalização do abortamento provocado era um dos problemas que maiores controvérsias provocavam em muitos países. Em lugar de abortamento, é comum o uso do termo aborto, que, a rigor, designa o próprio feto morto em conseqüência de sua expulsão do útero.
Abortamento é a interrupção da gravidez antes que o feto se torne viável, ou seja, antes que tenha condições de vida extra-uterina. A viabilidade é usualmente definida em termos de duração de gravidez e/ou peso do feto. Tradicionalmente, considerava-se que ocorria abortamento quando o feto era expulso com menos de 28 semanas de gestação e pesando menos de um quilo. Só além desses limites haveria nascimento prematuro. No entanto, os avanços científicos reduziram progressivamente esses limites, em particular mediante o aperfeiçoamento dos métodos de tratamento intensivo dos prematuros.
Uma das grandes conquistas da medicina moderna é a drástica redução nos índices de abortamento espontâneo, graças sobretudo a uma política preventiva. A instituição do acompanhamento pré-natal, em que periodicamente se avaliam aspectos da saúde da mãe, importantes para o desenvolvimento do feto, tem papel central nessa política. O pré-natal abrange também recomendações dietéticas, exercícios físicos e todo um trabalho de esclarecimento e apoio emocional à gestante.
Do ponto de vista de sua causa, classifica-se o abortamento em dois tipos principais: espontâneo e provocado. Entende-se por espontâneo o abortamento ocorrido em conseqüência de causas naturais. Quando resulta de ato deliberado da própria gestante ou de outra pessoa, diz-se provocado.
Abortamento espontâneo. São numerosas as causas ditas naturais do abortamento. Uma delas é a implantação do óvulo fecundado em pontos anormais do corpo da mulher. É o que ocorre na gravidez ectópica -- tubária (ou falopiana), ovariana, abdominal e cervical. No primeiro caso, o óvulo implanta-se na trompa; no segundo, dentro de um folículo (pequena cavidade) ovariano; no terceiro, na cavidade peritoneal; no último, no canal cervical. É muito raro a implantação ocorrer inicialmente na cavidade peritoneal. Mais comumente, verifica-se uma implantação original tubária a que se segue ruptura de tecido e posterior implantação abdominal.
O abortamento espontâneo pode decorrer também de fatores genéticos. Sua influência foi comprovada mediante estudos cromossômicos de tecidos embrionários, que indicaram alterações incompatíveis com o desenvolvimento intra-uterino normal. Tais fatores podem ser transmitidos quer pelo pai quer pela mãe e podem explicar casos do chamado aborto habitual, caracterizado pela ocorrência de três ou mais abortamentos espontâneos consecutivos em uma mulher.
Os principais sintomas do abortamento espontâneo são dores no baixo ventre e perda de sangue. As dores são causadas pelas contrações com que o organismo tenta expulsar o óvulo. Ao fim do processo, essas dores tornam-se cólicas fortes. A intensidade da hemorragia depende da extensão da superfície de descolamento provocado na parede do útero.
A morte do feto pode ser causada igualmente por doenças infecciosas contraídas pela mãe. Caso típico é o da rubéola, que aumenta as probabilidades de abortamento espontâneo e pode causar malformações congênitas na criança. Por essa razão, alguns médicos recomendam o abortamento provocado quando a mãe contrai rubéola.
Fatores químicos também podem causar ou contribuir para o abortamento espontâneo. As substâncias químicas ingeridas pela mãe, seja com medicamentos ou sob outras formas, podem passar para o feto através da placenta. Algumas dessas substâncias causam malformações ou morte do feto. Um exemplo dramático foi o da talidomida, droga hipnótica muito usada na década de 1960; se tomada pela mãe no início da gravidez, podia causar focomelia e outras malformações. A focomelia é o desenvolvimento defeituoso dos braços ou pernas, ou ambos, de modo que pés e mãos ficam ligados ao corpo da criança, lembrando barbatanas de foca.
Outro risco reside nas radiações, inclusive os raios X, que podem causar morte ou alterações do feto. Embora não haja registro de abortamentos resultantes do uso dos raios X como instrumento de diagnóstico, seus efeitos nocivos potenciais contribuem para explicar a rápida popularização da ultra-sonografia. Essa técnica permite formar imagens do interior do corpo com o emprego de sons com freqüência superior a vinte mil hertz. São relativamente raros os casos constatados de abortamento em conseqüência de acidentes, como quedas, que provoquem traumatismos. O corpo da mulher protege muito bem o feto contra choques e são comuns os casos de crianças que nascem ilesas de mães que foram vítimas de acidentes graves durante a gravidez.
Abortamento provocado. A forma de encarar o abortamento provocado variou muito ao longo do tempo e de cultura para cultura e essas diferentes atitudes se refletiram em tratamentos jurídicos igualmente variados. Na antiguidade, registraram-se ordenamentos jurídicos indiferentes a essa questão, outros que puniam danos causados à gestante por terceiros quando estes lhe provocavam abortamento, sem no entanto punir o próprio abortamento, e ainda os que puniam quem provocava abortamento, por privar o pai da descendência de seu interesse -- também nesse caso sem punir o próprio abortamento.
O cristianismo, que equiparou o feto ao ser humano, inspirou legislações radicalmente contrárias ao abortamento. Algumas chegaram a equipará-lo ao homicídio. Foi este o entendimento de alguns estados americanos em relação ao abortamento do feto viável, entendido como aquele que, a critério do médico encarregado do caso, tivesse razoável probabilidade de sobrevivência extra-uterina, com ou sem ajuda de recursos artificiais. Originadas sob inspiração cristã, as legislações contrárias ao abortamento sempre contaram com o apoio de diferentes igrejas, que se opuseram tenazmente a todas as tentativas de legalizá-lo.
A proibição do abortamento teve suas exceções. Uma delas foi o chamado abortamento terapêutico, que é aquele recomendado por médicos como recurso extremo para salvar a vida da mãe. Na prática, tornou-se caso raro. Uma variedade do abortamento terapêutico, também conhecida como abortamento eugênico, é a que visa inviabilizar feto com alta probabilidade de apresentar defeitos congênitos. Isso ocorre, por exemplo, quando a mãe contrai determinadas infecções ou ingere certos tipos de substâncias.
A vasta transformação das idéias e dos costumes que se operou na segunda metade do século XX em grande parte do mundo, principalmente o industrializado, levou a novas posturas, baseadas no entendimento de que a mulher tem o direito de controlar o próprio corpo e, portanto, deveria ser livre para decidir a interrupção da gravidez. Esta posição, relacionada com as lutas das mulheres por seus direitos, veio a prevalecer em várias legislações.
Outro argumento em favor da legalização do abortamento eram os riscos a que se expunham as mulheres, à mercê de profissionais mal preparados e clínicas clandestinas, que operavam à margem dos controles das autoridades sanitárias. Esse problema era particularmente grave entre as populações de menores recursos, com índices alarmantes de mortes em conseqüência de abortamento.
Como toda intervenção cirúrgica, o abortamento, praticado em condições deficientes, às vezes acarreta vários problemas. O mais grave é a perfuração uterina, que pode causar peritonite (inflamação do peritônio, membrana que reveste o abdome) e morte. Outro risco grave é a hemorragia profusa, capaz de causar choque. E, finalmente, há uma série de infecções que, a depender das circunstâncias, podem se revelar graves e até mortais.
Em mulher suscetível, a interrupção da gravidez pode precipitar uma reação psiconeurótica ou mesmo psicótica grave. Para alguns psiquiatras, cada aborto é uma experiência carregada de riscos sérios para a saúde mental. A Igreja Católica sempre se colocou radicalmente contra a prática do abortamento, mesmo nos casos chamados terapêuticos, e a moderna doutrina católica considera que é por ocasião da fecundação que o novo ser adquire vida (alma).
Direito brasileiro. O código penal do Brasil prevê seis tipos de abortamento: o autoprovocado; o consentido; o provocado por terceiro sem consentimento da gestante; idem com o consentimento; o qualificado; e o legal.
No abortamento autoprovocado, que é punível, tem de estar presente o dolo. No consentido, a gestante não o pratica em si mesma, mas consente que outrem o faça; aquele que provoca o abortamento responde por pena mais severa que a da gestante e a pena para esta, em ambos os casos, é de detenção de um a três anos, cabendo ao júri o julgamento.
O abortamento provocado por terceiro, sem consentimento da gestante, comporta duas formas: não-concordância real, onde há violência grave, ameaça ou fraude e não-concordância presumida, caso da menor de 14 anos, alienada ou débil mental. A pena para o agente provocador é a de reclusão de três a dez anos. No caso de haver consentimento na prática do aborto, responde a gestante por crime previsto no crime de auto-abortamento, enquanto que o terceiro será punido com a pena de reclusão de um a quatro anos.
O abortamento qualificado é aquele de que resulte morte ou lesão. A pena é aumentada de um terço, se a lesão for grave, ou duplicada, se resultar a morte. O abortamento legal comporta duas formas: o terapêutico e o sentimental, ético ou humanitário, quando a gravidez resulta de estupro. Em ambos os casos, é impunível.
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Biologia
quinta-feira, março 31, 2011
Informática.:.117 Comandos para menu executar
Para facilitar é só copiar um comando de cada vez que estão na cor verde e colar no
menu > iniciar > executar.
Para facilitar ainda mais clique na tecla "Windows + R" para abrir o diálogo Executar
rapidinho.
1. Adicionar/Remover Programas: appwiz.cpl
2. Ferramentas Administrativas: control admintools
3. Atualizações Automáticas: wuaucpl.cpl
4. Assistente para Transferência de Arquivos Bluetooth: fsquirt
5. Compartilhamentos DDE: ddeshare
6. Gestor de Dispositivos: devmgmt.msc
7. Painel de Controlo do Direct X (se estiver instalado): directx.cpl
8. Ferramenta de Diagnóstico do Direct X: dxdiag
9. Limpeza de Disco: cleanmgr
10. Verificação de Assinatura de Arquivo:sigverif
11. Findfast: findfast.cpl
12. Opções de Pasta: control folders
13. Fontes: control fonts
14. Pasta Fontes: fonts
15. Conexões de Rede: control netconnections
16. Conexões de Rede: ncpa.cpl
17. Assistente para Configuração de Rede: netsetup.cpl
18. Propriedades de Internet: inetcpl.cpl
19. Configuração do IP (Exibe informações completas da Configuração da Conexão):ipconfig /all
20. Configuração do IP (Exibe o conteúdo da Cache DNS Resolver): ipconfig/displaydns
21. Configuração do IP (Depura a Cache DNS Resolver): ipconfig /flushdns
22. Configuração do IP (Libera o endereço IP para o adaptador especificado): ipconfig/release
23. Configuração do IP (Renova o endereço IP para o adaptador especificado): ipconfig/renew
24. Configuração do IP (Atualiza todas as concessões DHCP e registra novamente nomes DNS): ipconfig /registerdns
25. Configuração do IP (Exibe todas as identificações de classe DHCP permitidas para
o adaptador): ipconfig /showclassid
26. Configuração do IP (Modifica a identificação de classe DHCP): ipconfig /setclassid
27. Usuários e Grupos Locais: lusrmgr.msc
28. Logoff do Windows: logoff
29. Bate-Papo: winchat
30. Propriedades de Rato: control mouse
31. Propriedades de Rato: main.cpl
32. Impressoras e Aparelhos de Fax: control printers
33. Pasta Impressoras:printers
34. Editor de Caracteres Particulares: eudcedit
35. Editor do Registro: regedit
36. Editor do Registro: regedit32
37. Conexão de Área de Trabalho Remota: mstsc
38. Armazenamento Removível: ntmsmgr.msc
39. Tarefas Agendadas: control schedtasks
40. Central de Segurança do Windows: wscui.cpl
41. Serviços: services.msc
42. Pastas Compartilhadas: fsmgmt.msc
43. Propriedades de Som e Dispositivos de Áudio: mmsys.cpl
44. Utilitário de Rede para Clientes do SQL Server: cliconfg
45. Editor de Configuração do Sistema: sysedit
46. Utilitário de Configuração do Sistema: msconfig
47. Propriedades do Sistema: sysdm.cpl
48. Gestor de Tarefas: taskmgr
49. Cliente de Telnet: telnet
50. Desligar o Windows: shutdown
51. System File Checker (Pesquisa imediatamente todos os APS): sfc /scannow
52. System File Checker (Pesquisa imediatamente todos os APS a cada inicialização):
sfc /scanboot
53. Gestor de Utilitários: utilman
54. Firewall do Windows: firewall.cpl
55. System File Checker (Restaura a pesquisa à configuração padrão): sfc /revert
56. Lente de Aumento: magnify
57. Janela das Ligações de Rede: ncpa.cpl
58. Windows Management Infrastructure: wmimgmt.msc
59. Gestor de Disco: diskmgmt.msc
60. Gestor de Partição: diskpart
61. Propriedades de Vídeo: control desktop
62. Propriedades de Vídeo: desk.cpl
63. Propriedades de Vídeo (com a aba Aparência já seleccionada): control color
64. Dr. Watson: drwtsn32
65. Gestor de Verificação de controladores: verifier
66. Visualizador de Eventos: eventvwr.msc
67. Opções de Acessibilidade: verifier
68. Assistente para Adicionar Hardware: hdwwiz.cpl
69. Certificados: certmgr.msc
70. Mapa de Caracteres: charmap
71. Visualizador da Área de Transferência: clipbrd
72. Linha de Comando: cmd
73. Serviços de Componentes: dcomcnfg
74. Propriedades de Teclado: control keyboard
75. Configurações Locais de Segurança: secpol.msc
76. Gestor de Objectos - Pacote: packager
77. Administrador de Fonte de Dados ODBC: odbccp32.cpl
78. Opções de Telefone e Modem: telephon.cpl
79. Propriedades de Opções de Energia: powercfg.cpl
80. Solicitações do Operador de Armazenamento Removível: ntmsoprq.msc
81. Conjunto de Directivas Resultantes (XP Prof): rsop.msc
82. Scanners e Câmeras: sticpl.cpl
83. Serviços de Componentes: comexp.msc
84. System File Checker (Limpa o cache do arquivo): sfc /purgecache
85. Definições locais de segurança: secpol.msc
86. Performance Monitor: perfmon.msc
87. Resultant Set of Policies: rsop.msc
88. Serviços: services.msc
89. Contas de Usuário: control userpasswords2
90. Gestor de Usuários do Wint Server (somente windows2003 server): usrmgr
91. Instalador do Active Directory (somente Windows server): dcpromo
92. Gestor de Tarefas: taskmgr
93. Pastas Partilhadas: fsmgmt.msc
94. Politicas de Grupo: gpedit.msc
95. Utilizadores Locais e Grupos: lusrmgr.msc
96. Desfragmentador de Disco: dfrg.msc
97. Visualizador de Eventos: eventvwr.msc
98. Protegendo Banco de Dados de Contas do Windows XP: syskey
99. Conectar-se ao Site do Windows Update: wupdmgr
100. Introdução ao Windows XP: tourstart
101. Gestão do Computador: compmgmt.msc
102. Gestão de Discos: diskmgmt.msc
103. System File Checker (Define o tamanho de cache): sfc /cachesize=x
104. Gestor de Dispositivos: devmgmt.msc
105. Password Properties: password.cpl
106. Desempenho: perfmon.msc
107. Desempenho: perfmon
108. Opções Regionais e de Idioma: intl.cpl
109. Contas de Usuário: nusrmgr.cpl
110. Controladores de Jogo: joy.cpl
111. Group Policy Editor (XP Prof): gpedit.msc
112. Iexpress Wizard: iexpress
113. Serviço de Indexação: ciadv.msc
114. Check Disk: chkdsk
115. Gestor do Computador: compmgmt.msc
116. Propriedades de Data e Hora: timedate.cpl
117. Desfragmentador de Disco: dfrg.msc
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Informática
quinta-feira, março 24, 2011
Informática.:.O que é DHTML?
DHTML, Dynamic HTML, HTML Dinâmico, ou HTML Animado, é como se "convencionou" chamar à conjunção de vários componentes, principalmente linguagens de script, folhas de estilo (style sheets), e HTML, que permitem a criação de páginas que podem ser modificadas dinamicamente, ou seja, permitem alterar as propriedades de uma página HTML (cores, imagens, formulários, textos, etc) depois que ela foi carregada pelo browser. Atualmente há pelo menos 3 grandes grupos trabalhando no DHTML: o World Wide Web Consortium, que é o responsável pelas versões oficiais da HTML, a Netscape, e a Microsoft. Estas últimas disponibilizaram suas implementações de DHTML a partir do Communicator (Navigator 4.0) e Interrnet Explorer 4.0, respectivamente, mas essas implementações não são 100% compatíveis (páginas DHTML criadas para o Netscape Communicator
com alguma frequência não irão funcionar como planejado no Internet Explorer, e vice-versa). Portanto, podemos falar em DHTMLs, no plural.
A Netscape e a Microsoft incluíram vários recursos extras que "turbinam" ainda mais o DHTML (em relação à especificação oficial). Em outras palavras, esses DHTMLs vão algo além da capacidade de alterar as propriedades das marcações (tags) HTML dinamicamente. O DHTML da Microsoft, por exemplo, permite que se adicionem efeitos como sombra e néon a imagens dentro de um documento HTML. Já o recurso conhecido como Fontes Dinâmicas (Dynamic Fonts), da Netscape, permite que fontes sejam transmitidas pelo servidor junto com o documento HTML, possibilitando, a qualquer browser que implemente esse recurso, mostrar os caracteres (que podem ser os de uma língua particular: japonês, chinês, russo, etc) exatamente como planejou o autor do documento. Resumindo, DHTML é um conjunto de ingredientes que proporcionam um controle sem precedentes sobre a apresentação do conteúdo de páginas da Web, além de possibilitar a inclusão de componentes multimídia (como animações) diretamente no código HTML, sem a necessidade de plug-ins. Toda a curiosidade em torno do HTML Dinâmico se justifica então, já que o mesmo estabelece novos patamares de interação e movimento na WWW a um baixo custo (medido em velocidade, abrangência e flexibilidade, por exemplo, melhor do que em moeda corrente). Mas não o considere a oitava maravilha do mundo Internet.
Deveríamos estar sempre atentos aos recursos que surgem dia a dia. Sendo uma pré-adolescente, é de se esperar que a World Wide Web passe ainda por grandes transformações.
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Informática
quarta-feira, março 23, 2011
Marketing.:.Cliente mal atendido, de quem é a culpa?
CLIENTE MAL ATENDIDO,
DE QUEM É A CULPA?
Por: Roberto Pessoa Madruga
Todos nós sabemos o quanto as empresas estão preocupadas em atender seus clientes de maneira mais profissional e prioritária.
Na estrada do Telemarketing há muitos anos, tenho constatado que muitas empresas gastam despendem grandes somas de dinheiro em treinamento e tecnologia, mas não conseguem que seus próprios funcionários prestem um atendimento telefônico de qualidade. A estória que se segue, ilustra um grave problema que pode estar acontecendo em sua empresa:
Cena 1: O Cliente comprou, pelo Telemarketing uma coleção de CDs há duas semanas, mas ainda não a recebeu;
Cena 2: O Cliente liga para o mesmo número onde adquiriu os referidos CDs, questionando o atraso. Um operador de Telemarketing atende a ligação e responde: “Sinto muito Sr., mas não sei informar quando a coleção lhe será entregue. O Sr. precisa ligar para outro número a fim de obter maiores informações”;
Cena 3: O Cliente liga, outro operador atende e informa que irá verificar o ocorrido, comprometendo-se a retornar a ligação o quanto antes;
Cena 4: O Operador não retorna a ligação;
Cena 5: O Cliente, irritado, cancela a compra e pensa: “Não precisava mesmo dos CDs. Esta empresa não é séria”.
Acabamos de verificar que o operador, apesar de cordial, não resolveu o problema do Cliente. Quantas vezes por dia um Cliente pode estar sendo mal atendido em sua empresa ? Quantas vendas são perdidas?
Ao reclamar ou comprar, cada vez mais,o Cliente exige agilidade e comodidade
Devemos lembrar que a perda de um Cliente não significa a perda de uma única venda, mas sim de todo o relacionamento, durante sua vida útil, com a empresa. A boa escola do Marketing Direto define o valor do Cliente como LTV(Life Time Value), que significa a venda do mês 1 + mês 2 + mês 3 + etc.
Observemos os princípios básicos do Telemarketing:
Velocidade no atendimento;
Mídia pessoal e interativa;
Comodidade para o comprador e vendedor;
Conhecimento do Cliente pelo operador, através de Database Marketing
Podemos concluir, então, que este foi um caso de anti-telemarketing onde os diferenciais acima não forma aplicados.
Numa análise superficial, grande parte da insatisfação do Cliente reside no atendimento que obteve do operador.
Puro engano! Ele foi apenas o representante da empresa naquele momento.
Abre-se uma discussão: de quem é a culpa pelo mau atendimento? Do operador de Telemarketing? Dos sistemas administrativos? Do setor de entregas? Do gerente?
Analisemos a situação à luz do Marketing. Antes de mais nada, eliminemos a palavra “culpa” e a troquemos por “causas”. Somente desta maneira o verdadeiro gerente poderá identificar o real problema para implementar ações corretivas. O foco não deve estar sobre o operador, supervisor ou gerente mas sim sobre todos os processos que atuam no atendimento.
A insatisfação do Cliente pode estar aparentemente no atendimento, no produto ou serviço. Analisando-se a causa raiz vemos que erros acontecem em muitos outros departamentos como: logística, distribuição, treinamento, vendas, etc. Neste momento, vamos nos deter ao âmbito do Telemarketing.
Dentro de uma operação, é comum o Cliente, e até mesmo o gerente de Telemarketing, culpar o operador por um mau atendimento, muitas vezes considerando-o incapacitado para a função. Pergunta-se: quem foi o responsável por sua contratação? O treinamento foi ministrado dentro de suas necessidades e com carga horária adequada ? Será que o operador estava sob condições de trabalho suficientemente confortáveis para desempenhar um bom atendimento? O sistema de cadastramento funcionou à contento? O operador possuía todas as informações disponíveis no ato do atendimento?
O processo de atendimento é por demais complexo e envolve muitas variáveis que são em sua maioria de responsabilidade da alta gerência tais como: sistemas de telefonia, Database Marketing, seleção, treinamento, ergonomia, etc. A figura abaixo mostra o tripé de uma operação de Telemarketing e como a excelência no atendimento não depende apenas de uma pessoa:
Gestão - Cerca de 50% dos problemas de falha de atendimento são ocasionados por uma gestão deficiente do supervisor ou gerente de Telemarketing, que muitas vezes não foi preparado, adequadamente, para suas responsabilidades. A gestão não é simples. Tenho defendido a tese de que o conhecimento e a prática, pelo gerente ou supervisor, das dez ferramentas abaixo pode revolucionar a forma de atendimento ao Cliente:
Trabalhar em processos ao invés de tratar somente de problemas;
Seleção e recrutamento com métodos eficazes, baseados em perfis bem estabelecidos;
Administração das métricas de desempenho da operação e curva de produtividade;
Avaliação sistemática quantitativa e qualitativa dos operadores de Telemarketing;
Clima, reconhecimento e recompensa individual e por equipe;
Treinamento formal e feedback contínuo;
Análise das informações gerenciais, visando não só a correção , mas sobretudo a prevenção;
Confecção de script ou roteiro;
Monitoração telefônica da abordagem do operador e correto preenchimento do banco de dados
Auditoria de qualidade nos principais outputs da operação
Infra-estrutura - É a grande responsável(na opinião de gerentes e supervisores), pela baixa qualidade de atendimento. Muitas vezes o Cliente fica sem resposta ou não consegue contactar determinada central de atendimento por falhas de telefonia, por exemplo.
A falta de ânimo do operador também influencia na resposta ao Cliente. Em parte ela é originada por condições insuficientes de infra-estrutura tais como: monitor de computador desregulado, cadeiras desconfortáveis, baixa luminosidade, etc.
A infra-estrutura requer muitos investimentos assim como uma boa gestão para sua correta utilização. Vamos ao principais itens que devem se observados:
Layout adequado e produtivo da operação de Telemarketing;
Mobiliários adequados à norma NR17;
Estação de trabalho confortável e ergonômica;
Headsets modernos e leves;
Linhas telefônicas com qualidade e quantidade para suportar os picos de demanda;
Computadores, servidores e impressoras compatíveis com a rapidez do atendimento;
Gravação de chamadas para retreinamento da operação;
DAC(Distribuidor Automático de Chamadas);
Software de discagem, substituindo o uso do aparelho telefônico;
Software para consulta e cadastramento de Clientes;
Sistemas 0800 bem definidos
Banco de dados - Não apenas o Telemarketing mas também outros departamentos como faturamento, captam, diariamente, informações dos Clientes, ampliando a base de dados. Muitas vezes os dados ao invés de enriquecerem a base, causam seu empobrecimento, prejudicando em muito o repasse da informação para o próprio Cliente.
Uma boa gestão de dados começa quando o supervisor garante uma alimentação de dados qualitativa e padronizada, armazenando todo o relacionamento do Cliente com a empresa. Já o gerente tem como desafio, “transformar chumbo em ouro”, ou seja, transformar simples dados em informações, trazendo conhecimentos relevantes para a organização.
Nos dias de hoje, o Telemarketng transformou-se no melhor canal de comunicação do mundo para as empresas ouvirem e entenderem seus Clientes. Mais e mais pessoas exigem comodidade ao comprar ou reclamar, ao mesmo tempo em que esperam respostas imediatas.
O mau atendimento de um operador de Telemarketing pode estar apenas demostrando apenas a ponta de um imenso iceberg
Grandes empresas prosperaram nos últimos anos graças a remodelagem de seu produto, originada da própria manifestação do Cliente, via telefone. Vejam o exemplo da explosão no Brasil dos Tele-atendimentos no segmento bancário. O motivo foi simples: os bancos acabaram por entender, após sinalização do próprio Cliente, que o produto final não é a formação, diária, de uma fila bancária, mas sim os serviços financeiros ofertados e acessados, rapidamente pelo usuário.
Podemos concluir que ouvir atentamente o Cliente, transformar seus problemas em soluções imediatas não depende, exclusivamente, do atendimento prestado pelo operador de Telemarketing. Na maioria das vezes ele apenas representa a ponta de um iceberg. A excelência no atendimento inicia quando toda a organização prioriza a satisfação dos Clientes externos e internos.(
Roberto Pessoa Madruga é Pós-graduado em Marketing pela PUC, possuindo mais de 10 anos de experiência na área de Marketing, Vendas e Marketing Direto em grandes empresas como Cisper, Mesbla, Grupo Abril e atualmente na Xerox do Brasil. Nos últimos anos implantou inúmeros processos de Marketing Direto como Telemarketing Ativo e Receptivo, programas de Mala Direta, montagem de Database Marketing e Venda por canais alternativos.
Roberto Madruga é palestrante em diversas universidades no estado do Rio de Janeiro.
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março 23, 2011
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Marketing.:.A Demanda e a Oferta
1 – A Demanda e a Oferta
Estruturas de mercado, função demanda, função oferta, preço de equilíbrio no mercado de concorrência perfeita, escassez e excedente, tabelamento, deslocamentos das curvas de demanda e de oferta.
1.1 – Classificação dos Mercados
O mercado é o local onde se encontram os vendedores e compradores de determinados bens e serviços. Antigamente, a palavra mercado tinha uma conotação geográfica que hoje não mais subsiste, uma vez que os avanços tecnológicos nas comunicações permitem que hajam transações econômicas até sem contato físico entre o comprador e o vendedor, tais como nas vendas por telefone e/ou Internet.
Os economistas classificam os mercados as seguinte forma:
Concorrência perfeita – Trata-se de um mercado caracterizado pelos seguintes fatores:
Existência de um grande número de pequenos vendedores e compradores;
O produto transacionado é homogêneo;
Há livre entrada e saída de empresas no mercado;
Perfeita transparência, ou seja, perfeito conhecimento pelos compradores e vendedores, de tudo o que ocorre no mercado;
Perfeita mobilidade dos recursos produtivos
Como se percebe por suas características, o mercado de concorrência perfeita não é facilmente encontrado na prática, embora possa se afirmar que os mercados que mais se aproximam dela são os mercados de produtos agrícolas.
O mercado de concorrência perfeita é estudado pelos economistas para servir como um paradigma (referencial de perfeição) para análise dos outros mercados.
Monopólio – é o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. O monopólio pode ser legal ou técnico.
Oligopólio – é o mercado em que existe um pequeno número de vendedores ou em que, apesar de existir um grande número de vendedores, uma pequena parcela destes domina a maior parte do mercado.
Monopsônio – é um mercado em que há apenas um único comprador.
Oligopsônio – é o mercado caracterizado pela existência de um pequeno número de compradores ou ainda que, embora haja um grande número de compradores, uma pequena parte destes é responsável por uma parcela bastante expressiva das compras ocorridas no mercado.
Concorrência Monopolística – trata-se de um mercado em que apesar de haver um grande número de produtores (e, portanto, ser um mercado concorrencial), cada um deles é como se fosse monopolista de seu produto, já que este é diferenciado dos demais.
Esta não é a única classificação possível dos mercados, embora seja a mais utilizada.
Uma importante diferenciação entre as estruturas de mercados reside no grau de controle que vendedores e compradores têm sobre o preço pelo qual o produto é transacionado no mercado.
Na concorrência perfeita, nenhum vendedor ou comprador, considerado isoladamente, tem influência sobre o preço de mercado.
Neste mercado, portanto, é somente a influência conjunta de todos os vendedores e de todos os compradores quem determina o preço de mercado.
Nas demais estruturas de mercado, ou o vendedor ou o comprador, isoladamente, pode impor um preço ao mercado.
1.2 – A Demanda
1.2.1 – Conceito
A demanda de um determinado bem é dada pela quantidade de bem que os compradores desejam adquirir num determinado período de tempo. Ela será representada pelo símbolo DX.
A demanda do bem x depende de uma série de fatore, dos quais, os economistas consideram como os mais relevantes:
O preço do bem x (Px);
A renda do consumidor (Y);
O preço de outros bens (Pz);
Os hábitos e gostos dos consumidores (H).
Matematicamente, pode-se expressar a demanda do bom de x pela seguinte expressão:
Dx = f(Px, Y, Pz, H, etc.)
Onde a letra f significa que Dx é função de e a palavra etc. abarca as outras possíveis variáveis.
A demanda do bem x é, portanto, a resultante da ação conjunta ou combinada de todas essas variáveis.
Assim, por exemplo, caso se deseja saber o que ocorre com a demanda do bem x se o preço do mesmo aumentar, é preciso supor que todas as demais variáveis que influenciam a demanda permaneçam com o mesmo valor, de modo que a variação da demanda seja atribuível exclusivamente a variação de preço.
Nesse caso, podemos rescrever a demanda do bem x como sendo apenas a função do preço de x, já que as demais variáveis ficam com seu valor inalterado:
Dx = f (Px)
A esta relação denominaremos de função da demanda do bem de x e à sua representação gráfica será chamada de curva de demanda do bem x.
Supondo-se que o bem x seja perfeitamente divisível, sua curva de demanda provavelmente assumirá o formato a seguir:
Matematicamente, pode-se dizer que a demanda do bem x é uma função inversa ou decrescente do seu preço.
Embora seja perfeitamente aceitável ao bom senso comum que a quantidade procurada do bem x varie inversamente ao seu preço, os economistas justificam tal comportamento da demanda em função de dois efeitos:
Efeito-renda – quando o preço do bem x aumenta, o consumidor fica, em termos reais, mais pobre e, portanto, irá reduzir o consumo do bem; o inverso ocorrerá se o preço do bem x diminuir.
Efeito-substituição – se o preço do bem x aumenta e o de outros bens fica constante, o consumidor procurará substituir o seu consumo por outro bem similar; se o preço diminuir, o consumidor aumentará o consumo do bem x às expensas da diminuição do consumo dos bens sucedâneos.
1.2.2 – Exceções à Lei da Procura
Há dias exceções à lei da procura: os chamados bens de Giffen e bens de Veblen.
Os bens de Giffen são bens de pequenos valor, porém de grande importância no orçamento dos consumidores de baixa renda.
Os bens de Veblen são bens de consumo ostentatório, tais como obras de arte, jóia, tapeçarias e automóveis de luxo.
Tanto os bens de Giffen como os de Veblen têm curvas de demanda com inclinação positiva, ou seja, ascendentes da esquerda para a direita.
1.2.3 – Curva de Demanda do Mercado
Tudo o que foi exposto até agora referia-se ao consumidor individual, mas vale também para o mercado como um todo, já que a curva de demanda do mercado resulta de agregação das curvas individuais.
Assim, por exemplo, se o mercado for composto por dois consumidores (A e B), Ter-se-ia:
Consumidor A Consumidor B Mercado
1.3 – A Oferta
Q quantidade do bem x, por unidade de tempo, que os vendedores desejam oferecer no mercado constitui a oferta do bem x. Similarmente à demanda, a oferta também é influenciada por diversas variáveis, entre elas:
o preço do bem x (Px);
preço dos insumos utilizados na produção (Pi);
tecnologia (T);
preço de outros bens (Pz).
Matematicamente, pode-se expressar a oferta do bem x (Ox) pela seguinte função:
Ox = f (Px . Pi . T . Pz . etc.)
OBS.: etc. = refere-se a outras possíveis variáveis que possam influenciar a oferta.
Assumindo-se a hipótese do carteris paribus:
Ox = f (Px)
Expressão que é denominada função de oferta do bem x; a sua representação gráfica, mostrada a seguir, é denominada de curva do bem x.
A oferta do bem x é uma curva ascendente da esquerda para a direita, mostrando que, quanto maior o preço, maior será a quantidade que os produtores desejarão oferecer no mercado.
A oferta do bem x é portanto, uma função direta ou crescente do preço.
1.4 – O Equilíbrio de Mercado na Concorrência Perfeita
1.4.1 – Conceito
A oferta e a demanda do bem x conjuntamente determinam o preço de equilíbrio no mercado de concorrência perfeita. O preço de equilíbrio é definido como o preço que iguala as quantidades demandadas pelos compradores e as quantidades ofertadas pelos vendedores, de tal modo que ambos os grupos fiquem satisfeitos.
Veja o gráfico a seguir:
O gráfico apresenta as curvas de demanda e oferta do bem x e sua interação no mercado.
O preço e a quantidade de equilíbrio somente serão alterados no mercado se ocorrer um deslocamento das curvas de oferta e procura.
1.4.2 – Tratamento Matemático
Embora os economistas refiram-se às curvas de demanda e de oferta, estas também podem ser expressas linearmente.
QDx = 280 - 4Px (demanda)
QOx = - 20 + 2Px (oferta)
Px QDx = 280 – 4Px QOx = 20 + 2Px 30 280 – (4 x 30) = 160 - 20 + (2 x 30) = 40 40 280 – (4 x 40) = 120 - 20 + (2 x 40) = 60 50 280 – (4 x 50) = 80 - 20 + (2 x 50) = 80 60 280 – (4 x 60) = 40 - 20 + (2 x 60) = 100
Observando-se a tabela acima, percebe-se facilmente que o preço de equilíbrio é $50.
Para se obter o preço de equilíbrio, seria mais fácil igualar-se as quantidades demandadas e ofertadas (já que o preço de equilíbrio iguala as duas quantidades).
280 - 4Px = 20 + 2Px
300 = 6Px
Px = 300
6
Px = 50
1.4.3 – Tabelamento
Num mercado em concorrência perfeita, caso o Governo tabele o preço num valor inferior ao de equilíbrio, ocorrerá escassez do bem (excesso de quantidade demandada sobre a oferta).
Tendo em vista que a solução adequada para esta escassez, que seria a elevação do preço de mercado, não é possível pois o mesmo está tabelado, não há outra alternativa ao não ser a administração da escassez.
1.5 – Mudança no Preço de Equilíbrio de Mercado em Virtude de Deslocamentos das Curvas de Oferta e Procura
1.5.1 – Deslocamentos das Curvas de Demanda
A curva de demanda se desloca em relação à sua posição original quando uma daquelas variáveis que supusemos constantes quando traçamos a curva mudar de valor. Ela se deslocará para a direita da posição original quando a mudança do valor da variável antes suposta constante contribuir para aumentar a demanda e para a esquerda da posição original quando contribuir para diminuir a demanda.
1.5.1.1 – Mudança na Renda dos Consumidores
1.5.1.1.1 – Bens Normais
Bens normais são aqueles cujo consumo aumenta à medida que a renda do consumidor se eleva.
Suponha-se que um determinado nível de renda dos consumidores, a curva de demanda do bem x apresente os seguintes pares e quantidades procuradas:
Px QPx 10 100 11 90 12 81 13 76
O gráfico seria o seguinte:
Caso a renda dos consumidores se eleve, provavelmente eles aumentarão também as quantidades demandadas do bem x de tal forma que, para os possíveis níveis de preços:
Px QPx QP’x 10 100 110 11 90 100 12 81 91 13 76 86
1.5.1.1.2 – Bens Inferiores
bens inferiores são bens cuja demanda diminui quando o nível de renda do consumidor aumenta e aumenta quando o consumidor fica mais pobre.
Se o bem x for um bem inferior, o aumento de renda dos consumidores reduz a sua demanda, a curva desloca-se para a esquerda e o preço e a quantidade de equilíbrio diminuem.
1.5.1.2 – Mudanças nos Preços de Outros Bens (Pz)
Um determinado bem Z pode Ter as seguintes relações com o bem x:
Z é um bem de consumo independente de x;
Z é substituto de x;
Z é complementar de x.
1.5.1.2.1 – Bens Substitutos
São aqueles bens em que o consumo de um deles exclui o consumo do outro. A substituição não precisa ser total, basta o fato de ele comprar maiores quantidades de manteiga implicar um certa redução do seu consumo de margarina.
1.5.1.2.2 – Bens Complementares
São os bens cujo consumo é feito geralmente de forma simultânea. Da mesma forma que a substitubilidade, a complementaridade não precisa ser total, ou seja, o consumo de um implicar necessariamente no consumo do outro, bastando que o consumo de ambos seja associado de alguma forma. Exemplo: Pão e manteiga.
1.5.1.3 – Hábitos e Gostos dos Consumidores
Esta variável é influenciada principalmente por campanhas de publicidade e propaganda do bem x. Por exemplo, se uma campanha publicitária convencer o consumidor que o consumo de um determinado produto faz bem a saúde, a demanda deste deverá aumentar e, consequentemente, elevar seu preço e quantidade de equilíbrio.
1.5.2 – Deslocamentos da Curva de Oferta
A curva de oferta se desloca em relação à sua posição original quando uma daquelas variáveis que foram supostas constantes ao se traçar a curva mudar de valor. Se a mudança do valor da variável aumentar a oferta, ela se deslocará para a direita e de diminuir, para à esquerda da posição original.
1.6 – Tratamento Matemático da Função Demanda Revisitado
A demanda do bem x pode ser expressa matematicamente da seguinte forma:
Dx = f (Px, Y, Pz, H, etc.)
Assumindo-se que a função demanda seja linear, pode-se Ter, por exemplo:
QDx = - 2Px + 0,05Y – 1,5Pz
Aplicando-se a hipótese do cateris paribus, se for suposto que a renda do consumidor e o preço do outro bem permaneçam constantes em 1.000 e 8, respectivamente, obter-se à curva de demanda do bem x:
QDx = -2Px + (0,05 x 1000) – (1,5 x 8)
QDx = -2Px + 50 – 12
QDx = 38 – 2Px
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terça-feira, março 22, 2011
Medicina.:.ESTRESSE
ESTRESSE
Estresse é um termo retirado da física, e significa qualquer força que aplicada sobre um sistema, leva à sua deformação ou destruição. Aplicando-se o termo ao homem vê-se que estresse é qualquer estímulo que afeta negativamente a pessoa humana. Aí surge a pergunta: o que é afetar negativamente o homem? Na verdade, existem vários tipos de estímulos.Para nossos objetivos, dividimos os estímulos em absolutos e realtivos:
* Absolutos - como ruído , falta de oxigênio, pressão física.
* Relativos - como todas as nossas dificuldades
no dia a dia. São relativos porque não dependem tanto de “quanto”ou mesmo da “natureza”do problema, mas sim da ,maneira como são interpretados.
Em geral o estresse se manifesta de tres formas distintas :
* a primeira, a chamada Reação Aguda ao Estresse, é desencadeada sempre que nosso cérebro, independentemente de nossa vontade, interpreta alguma situação como ameaçadora.
* a segunda, chamada de Fase de Resistência, acontece quando a tensão se acumula, e sua principal característica são flutuações no nosso modo habitual de ser e maior facilidade para termos novas reações agudas.
* a terceira, chamada Fase de Exaustão, há uma queda acentuada de nossos mecanismos de defesa.
Todas as vezes que enfrentamos desafios, que nosso cérebro independentemente de nossa vontade encara a situação como potencialmente perigosa, nosso organismo se prepara para lutar ou fugir da situação. Essa era a estratégia que nossos ancestrais do período pleistoceno (a idade da pedra) usavam para escapar dos perigos efetivos que tinham que enfrentar no seu dia a dia. Nosso mundo mudou, mas ainda possuímos estruturas cerebrais que respondem como nossos ancestrais.
Há dois grupos de sintomas : os musculares e os vegetativos. Os sintomas musculares incluem tensão muscular que mantém os dentes cerrados ou rangendo, dores nas costas (especialmente nos ombros e nuca), dores de cabeça (em geral como um capacete), sensação de peso nas pernas e braços.
Já os sintomas vegetativos incluem episódios de diarréia, suores frios, sensação de calor intercalada com frio, mãos geladas, transpiração abundante, aumento do número de batimentos cardíacos, respiração rápida e curta, má digestão.
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Medicina.:.ENXAQUECA
ENXAQUECA
A enxaqueca é uma doença comum na qual a cefaléia é um dos principais sintomas. Apenas excepcionalmente pode se iniciar após os 30 anos, acometendo principalmente o sexo feminino. Em cerca de dois terços dos casos a dor é unilateral, mas alternante. Cefaléias unilaterais que ocorrem sempre do mesmo lado não devem ser enxaqueca. A enxaqueca é paroxística, com ataques durado de 4 a 72 horas, intercalados por períodos assintomáticos. Cefaléias diárias e contínuas têm poucas chances de ser puramente enxaqueca. A dor é pulsátil, de intensidade moderada a severa, piorando com exercícios físicos leves. Há também foto e fonofobia, náuseas e eventualmente vômitos. Assim, durante os ataques de enxaqueca, os pacientes procuram repouso em local tranquilo e pouco iluminado. A história familiar é frequentemente reveladora de outros casos, sobretudo em mulheres.
As enxaquecas descritas acima, as mais frequentes,
são chamadas enxaquecas sem aura (antiga enxaqueca comum). Caso as crises sejam de alguma forma associadas a distúrbios neurológicos focais, a possibilidade de enxaqueca com aura (antigamente denominada enxaqueca clássica, oftalmoplégica, hemiplégica, afásica, complicada) deve ser considerada. A aura da enxaqueca se caracteriza por sintomas neurológicos focais indicativos de alterações no córtex ou tronco cerebral, que se desenvolvem durante 5 a 20 minutos e duram menos de 60 minutos.
A cefaléia, geralmente de duração mais curta que na enxaqueca sem aura e acompanhada de fono/fotofobia, náuseas e vômitos, usualmente surge até 1 hora após a aura. Pode ser que a aura surja durante ou depois da dor, ou ainda isoladamente, sem que haja cefaléia. Ataques de enxaqueca sem aura e com aura em um mesmo paciente são frequentes. Na enxaqueca com aura prolongada (antiga enxaqueca complicada), as alterações neurológicas focais duram mais de 60 minutos e menos de 1 semana. Exames complementares de neuroimagem são obrigatórios no sentido de se fazer o diagnóstico diferencial com outras afecções intracranianas.
Crises de enxaqueca podem ser desencadeadas em alguns pacientes por determinados alimentos, como queijos, chocolate, frutas cítricas e vinho. Em alguns casos as crises podem acompanhar os ciclos mestruais.
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Medicina.:.TERROR DO SONO
TERROR DO SONO
O terror noturno tem como sinônimos pavor noturno, descargas autonômicas severas e terror do sono. É caracterizado por epsódios nos quais o paciente adormecido torna-se subitamente agitado, senta-se na cama, gritando ou chorando, com os olhos arregalados e com expressão de terror. Desconhece as pessoas a sua volta, mostra-se desorientado e raramente desperta. Durante o epsódio, há atividade autonômica intensa com taquicardia, midríase, aumento do tônus muscular, sudorese profusa, taquipnéia e piloereção. Dura em média 10 a 20 segundos. Em seguida, o paciente relaxa e volta a dormir calmamente. Pode estar associado a outras parassonias, principalmente com sonambulismo. Na maioria das vezes há amnésia destes epsódios, embora, em raros casos, o paciente se recorde de fragmentos ou de curtos períodos de sonhos. Raramente se acompanham de micção e vocalização. É observado em crianças de 4 a 12 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade.
O terror noturno sugere nos estágios 3 e 4 do sono NREM, sendo mais frequente no primeiro terço da noite. Quando se realiza a poligrafia do sono, observa-se que tais episódios são precedidos de surtos de atividade delta.
Os distúrbios desaparecem espontaneamente próximo da adolescência, estes distúrbios não constituem anormalidade orgânica ou mental.
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Medicina.:.INSÔNIA
INSÔNIA
A insônia é a redução do tempo total do sono, seja por dificuldade para iniciá-lo ou para mantê-lo (frequência no despertar noturno), seja na forma de um despertar precoce.
As insônias ocorrem de forma variada e podem ser classificadas, de acordo com a duração, em transitória, crônica e intermitente. De acordo com a origem, em psicológica, fisiológica e ambiental.
Podem ocorrer associadas a outros distúrbios e ser ainda classificadas de acordo com o momento da noite em que ocorrem (início, fase de manutenção ou despertar precoce).
Na avaliação diagnóstica da insônia é importante observar os componentes que podem desencadeá-la ou estar interferindo, como causa. Os mais frequentes são os fatores ambientais, fisiológicos e emocionais.
A avaliação clínica inclui:
- A avaliação ambiental, que aborda questões como temperatura, tipo de dormitório, presença ou ausência de barulho.
- A avaliação corpontamental, que se completa através de vários instrumentos ou abordagens como entrevista com o paciente, averiguando a forma de instalação, estilo de vida, as características do humor, drogas consumidas e entrevista com o companheiro.
- Diário do sono.
- Questionário.
- Avaliação psicológica (tipo de personalidade, grau de tensão e problemas emocionais graves e recentes).
- Avaliação clínica, pelo exame clínico completo para afatar problemas orgânicos (neurológicos, endócrinos, respiratórios e outros).
4.18 - Apnéia do Sono
O sono tem influência em todos os processos fisiológicos e, de forma particular, no controle da respiração. A síndrome da apnéia do sono é frequente e ocorre por distúrbio no controle respiratório durante o sono.
Pode ser do tipo obstrutivo, apnéia central ou apnéia mista. No tipo central, o fluxo aéreo na boca e narinas cessa por ausência dos movimentos torácicos e abdominais. Na apnéia do tipo obstrutivo, o fluxo aéreo na boca e narinas cessas cessa por obstrução das vias aéreas, principalmente ao nível da faringe persistindo os movimentos toracoabdominais. A apnéia mista se origina de uma apnéia central, tornando-se de uma apnéia central, tornando-se obstrutiva quando o indivíduo tenta retomar a ventilação.
O diagnóstico clínico é feito pela história clínica, geralmente baseada na descição do companheiro de quarto, que na maioria das vezes relata episódios de roncos, que sugerem obstrução das vias aéreas. Geralmente está associada à redução da saturação de O2. Os epsódios de obstrução aérea chamam a atenção do companheiro de quarto por se manifestarem com parada respiratória e roncos de intensidade sonora elevada, alternados com períodos de silêncio. A frequência e a duração dos períodos de apnéia e a intensidade dos roncos podem ser exarcebadas principalmente pela ingestão de álcool e aumento do peso.
Pacientes com apnéia grave podem ter epsódios prolongados acompanhados de cianose e, muitas vezes, roncos estridentes e vocalizações, que consistem em murmúrios e sons desconexos. Raramente ocorre morte súbita. Outros pacientes, principalmente idosos, despertam durante apnéia e passam a apresentar queixas de insônia e cansaço. Com a evolução da doença, os pacientes podem queixar-se de cefaléia, tonturas, distúrbios de coordenação e das funções cognitivas ou sonolência excessiva irresistível no decorrer do dia.
A apnéia ocorre em qualquer idade, desde a infância até a velhice, sendo mais frequente em homens entre 40 e 60 anos.
A tendência familiar é descrita, mas na maiora dos pacientes não se reconhecem fatores hereditários predisponentes. As causas mais encontradas são aumento de peso, hipertrofia tonsilar e anormalidades crânio-faciais.
O diagnóstico é comprovado pela realização da poligrafia. Períodos de apnéia superiores a 10 segundos de duração são considerados significativos. Os mais típicos duram entre 20 e 40 segundos. Em alguns pacientes chegam a durar minutos. Ocorrem mais frequentemente durante os estágios 1 e 2, são mais raros durante os estágios 3 e 4 de sono NREM, mas podem ocorrer somente durante período REM. Vários epsódios apnéicos podem ter um componente central inicial seguido por um componente obstrutivo, caracterizando-se como apnéia mista.
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Medicina.:.DERRAME
DERRAME
Dano causado ao cérebro pela interrupção de fornecimento de sangue, que por sua vez pode ser causada por um coágulo sanguíneo ( trombose) ou hemorragia cerebral. Os fatores que precipitam o derrame incluem a arteriosclerose, alta pressão sanguínea, aneurisma cerebral e consumo excessivo de álcool. Os sintomas do derrame dependem da área e da extensão do dano; o ataque costuma ser repentino. Os sintomas do derrame são geralmente limitados ao lado oposto do corpo onde ele ocorre; portanto, o lado esquerdo do corpo será afetado pelo derrame que ocorre no lado direito do cérebro. A paralisia é um sintoma comum; paralisia parcial, hemiplegia, perda sensorial e dano visual podem acontecer, como também a perda abrupta da consciência, que pode levar ao coma e à morte.
Anormalidades residuais são comuns após a
recuperação inicial e nelas estão incluídas a paralisia, a incontinência e dificuldades de fala. O tratamento é direcionado no sentido de reaver algumas das funções perdidas.
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